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SEMANA DE ARTE MODERNA

PRIMEIRA FASE DO MODERNISMO


BRASILEIRO: A DEMOLIÇÃO
Capítulos 27, 28 e 29.
Ecos e reflexos das Vanguardas Europeias – alguns antecedentes
da SAM

O que é ser moderno hoje?

A SAM – os três dias de festivais

A renovação pós SAM – quebra de paradigmas e origem de


correntes distintas

Como seria uma Semana de Arte Moderna hoje?


Antecedentes e anos emblemáticos
1917: Oswald de Andrade e Mário de Andrade tornam-se amigos. Publicações: Há uma gota
de sangue em cada poema, de Mário de Andrade (Mário Sobral), Moisés e Juca Mulato, de
del Picchia, A cinza das horas, de Manuel Bandeira, primeira versão de Memórias
sentimentais de João Miramar, de Oswald de Andrade. Exposições: caricaturas de di
Cavalcanti; segunda mostra de Anita Malfatti, criticada por Monteiro Lobato (“Paranoia ou
mistificação”).

Obras de Malfatti:
O homem de sete cores
A boba
1920: descoberta de Victor Brecheret – monumento às Bandeiras (Parque do
Ibirapuera – São Paulo. Tendências vanguardistas).

1921: Manifesto de Trianon. Publicação de artigos críticos sobre os parnasianos


(Mestres do passado); exposição de Di Cavalcanti (Fantoches da meia-noite); retorno
de Graça Aranha – surgia a ideia de realizar a Semana de Arte Moderna.
1922: A Semana de Arte Moderna (na verdade, três dias de festivais)

- Centenário da Independência (Quase um pretexto para ‘sacudir’ as artes).

- Necessidade de ‘combater’ o passadismo e o parnasianismo ainda vigente.


- Vontade de mudar a cena artístico-cultural brasileira, com inspiração nos
movimentos europeus.
- União de forças: Graça Aranha, Oswald de Andrade, Patrícia Galvão, Anita
Malfatti, Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, entre outros.
- Mário de Andrade chega a ser chamado de poeta futurista.

Em 2022, celebramos o segundo centenário da Independência e uma nova SAM poderia


ser organizada. Mas o que seria moderno hoje? Que inovações a arte poderia ou deveria
apresentar?
A SAM – Os três festivais - O sarau modernista! (capítulo 27)
Dias: 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922. No programa havia pintura, escultura,
música, poesia e crítica, tudo apresentado no Teatro Municipal de São Paulo.

Palestra de
Graça Aranha
em defesa do
moderno.

Cartaz da SAM – Di Cavalcanti


Palestras de Mário de Andrade e
Manuel Bandeira.
Declamação de ‘Os Sapos’ (de
Bandeira por Ronald de Carvalho)

‘Os Sapos’
Heitor Villa-Lobos, que apresenta de
casaca e chinelos. Erudito e popular
unidos.

Ouvir fragmento de Bachianas


Brasileiras nº 2 – Trenzinho caipira
CAPÍTULO 28
- O coloquialismo: poesia e canção (Patativa
do Assaré e Adoniran Barbosa)
Ex.: Saudosa maloca
CAPÍTULO 29
- Manifestos e revistas
- Autores da primeira fase modernista :
Oswald de Andrade
Mário de Andrade
Manuel Bandeira
Em resumo, os movimentos e grupos surgidos a partir da SAM:

TAMANDUÁ ANTA

MOVIMENTOS PAU-BRASIL MOVIMENTO VERDE-AMARELO


E ANTROPÓFAGO

Oswald de Andrade, Tarsila Plínio Salgado, Menotti del


do Amaral, Raul Bopp Picchia, Cassiano Ricardo

Ironia, inovação linguística; Nacionalismo ufanista,


deglutição, deboche e destruição purismo, folclore
A novidade modernista:
A LITERATURA e a arte, como um todo, não podem mais ser iguais. A partir
das Vanguardas, da Semana de Arte Moderna e dos manifestos, o projeto
modernista brasileiro ganha corpo e passa a contar com, pelo menos, três grandes
linhas:
- desintegração da linguagem tradicional;
- adoção das conquistas das vanguardas;
- busca da expressão nacional.
Para garantir esses três propósitos, os autores recorrem, inclusive, à
fragmentação, à piada, à ironia, à paródia, aos flashes cinematográficos e à
revisão histórica. Sua crítica mais incisiva volta-se contra os parnasianos.
Leitura ‘compartilhada’ de Vede como primo
Urra o sapo-boi:
Os sapos Em comer os hiatos!
- "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
Que arte! E nunca rimo
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não
Os Sapos Enfunando os papos, Os termos cognatos.
foi!".

Saem da penumbra, O meu verso é bom


Brada em um assomo
Aos pulos, os sapos. Frumento sem joio.
O sapo-tanoeiro:
A luz os deslumbra. Faço rimas com
- A grande arte é como
Consoantes de apoio.
Lavor de joalheiro.
Em ronco que aterra, (...)
Berra o sapo-boi: Vai por cinquenta anos
- "Meu pai foi à guerra!" Que lhes dei a norma:
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não Reduzi sem danos
São necessários para essa
foi!". A fôrmas a forma. leitura compartilhada:
imitadores de sapo; ᶻzumzum
O sapo-tanoeiro, Clame a saparia de descontentamento e coro
Parnasiano aguado, Em críticas céticasᶻ:
de respostas nas aspas.
Diz: - "Meu cancioneiro Não há mais poesia,
É bem martelado. Mas há artes poéticas..."
A novidade modernista:
Em geral a linguagem modernista poderia ser caracterizada por:
- fragmentação e flashes;
- síntese (inclusive com vocabulário enxuto e sem adjetivação);
- busca de uma língua brasileira;
- nacionalismo (crítico e revisionista ou ufanista);
- valorização do folclórico e do popular;
- temas extraídos do cotidiano;
- urbanismo (influência direta do Futurismo);
- uso de ironia, humor, piada e paródia.
Essas características irão perpassar todo o modernismo, mas, como
tendência, encontrar-se-ão sobremaneira na 1ª fase – a fase da DEMOLIÇÃO.

Fonte das características: Cereja e Magalhães.


OBRIGADA

Contato: (51) 3713 8500


E-mail: saoluis@maristas.org.br​

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