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MODERNISMO NO

BRASIL
PROFESSORA ANDRESSA TAVARES
CENÁRIO CULTURAL –
SÉCULO XX
Belle Époque
Construção da Avenida Central (Avenida Rio Branco) – Rio de Janeiro
Iluminação elétrica – favorecimento da vida noturna
Demolição de construções históricas – Igrejas, casas
Desejo de acompanhamento do padrão de vida europeu
ANTECEDENTES DA SEMANA
DE ARTE MODERNA
Chegada de Anita Malfatti – 1917
Valores europeus (Vanguardas Europeias)
Publicação do artigo Paranoia e Mistificação de Monteiro Lobato

“Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as coisas e
em consequência disso fazem arte pura, guardando os eternos rirmos da vida, e
adotados para a concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos
grandes mestres. A outra espécie é formada pelos que veem anormalmente a natureza,
e interpretam-na à luz de teorias efêmeras,
sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes,
surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva.
São produtos de cansaço e do sadismo de todos os períodos de decadência: são frutos
de fins de estação, bichados ao nascedouro.
Estrelas cadentes, brilham um instante, as mais das vezes com a luz de escândalo, e
somem-se logo nas trevas do esquecimento.”
...
Em resposta, Mário de Andrade publicou no Jornal Commercio revelando os
princípios dessa nova arte:
1. Rejeição ao artificialismo
2. Arte pela arte
3. Regras limitadoras da criação
4. Imposição de um conceito de beleza
ANITA MALFATTI
Anita nasceu com atrofia no braço e na mão direita, deficiência que carregou o resto
de sua vida.
Antes de tornar-se amiga de Tarsila “disputaram” a atenção de Mário e Oswald.
Oswald viaja para a Europa ao encontro de Tarsila, Mário “shippa” o casal
apelidando carinhosamente de “TARSIWALDO”
Mário e Anita aproximam-se cada vez mais.
Após a morte de sua mãe na década de 1940, Anita vai para sua chácara em Diadema
onde morou até sua morte em 06 de novembro de 1964.
MÁRIO DE ANDRADE
Escrevo-lhe para lhe dizer que evoco de vez em quando sua imagem. Sinto-me tão
feliz a seu lado. Essa felicidade que vem da confiança mútua.
Uma amizade muito grande, lindo oásis nesta vida de lutas, de ambições. Tarsila,
você não imagina o bem que me faz. [para TARSILA]

Eventualmente não senti necessidade de dizer-te com palavras sobre a minha


admiração para com a sua arte, eu já o faço com minhas atitudes. Anita, você tem um
olhar atento e uma mão precisa. Você é uma deusa do saber e do efetuar. Ah, minha
cara! Eu admiro tua luta e tua superação, do teu doce amigo que te ama
ferventemente. [para Anitta]
SEMANA DE ARTE MODERNA
“Malditos para sempre os mestres do passado!
Que a simples recordação de um de vós escravize os
espíritos no amor incondicional pela forma!
Que um olhar passeando por acaso nos vossos livros
cegue à procura de um certo ouro!”

Mário de Andrade
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SEMANA DE ARTE MODERNA
1922 – Com base no centenário da Independência do Brasil foi realizado no
THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO.
Com arrecadação de fundos fornecidos por fazendeiros e exportadores de café
13, 15 e 17 de Fevereiro
Cada dia foi marcado
pela predominância de um tema
13 DE FEVEREIRO
53 obras de Anita Malfatti
Abertura de Graça Aranha
Poesia, palestras e músicas

“Os que assimilam a arte ao Belo são retardados:


a arte é a realização de nossa integração no cosmos
pelas emoções derivadas de nossos sentidos.”
15 DE FEVEREIRO
Ronald de Carvalho leu o poema Os Sapos de Manuel Bandeira,
critica direta ao Parnasianismo.
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio. [...]

Manuel Bandeira
MENOTTI DEL PICCHIA
“Nós queremos luz, ar, ventiladores, reivindicações, motores, chaminés, fábricas,
sangue, velocidade, sonho na nossa Arte!”

Inspirações do Futurismo
Manifesto Futurista
17 DE FEVEREIRO
Foi publicado no dia 16 de Fevereiro no Jornal Folha da noite a seguinte critica:
“Foi, como se esperava, um notável fracasso, deveria chamar-se Semana de Mal – às
artes”
Público menor
Villa Lobos foi de chinelos devido um calo inflamado
POESIA PAU-BRASIL
Em 1924 Oswald de Andrade publicou no
Jornal Correio da Manhã o Manifesto Pau-Brasil
Ilustrado pela esposa, Tarsila Amaral
Reivindicava uma linguagem natural, conclamava a originalidade nativa,
fonte de imaginação estética: índios e povos negros,
liberdade de espírito e a junção do moderno com o arcaico
Primeira poesia brasileira que serviu de “exportação”
“A poesia existe nos fatos. Poesia Pau-Brasil de Exportação”
Homenagem a Pagu, que na época tinha 12 anos, já era militante, lutava
pelas causas modernista. Em 1930, Oswald separa-se de Tarsila e
casa com Pagu. (BOATOS QUE FORAM AMANTES POR MUITOS ANOS)
Pagu+e+Oswald+de+Andrade.jpg
VERDE-AMARELISMO
Formado por Plínio Salgado, Menotti del Picchia, Cassiano Ricardo e Guilherme de
Almeida
Acreditavam que a literatura Brasileira deveria rejeitar INTEGRALMENTE
quaisquer contribuições e influências de culturas estrangeiras.
Tom Ufanista
Símbolo: ANTA (como totem tupi)
ANTROPOFAGISMO
1928 – Revista Antropofagia
Proposta de que o Brasil se alimentasse devorando aquilo que seria útil nas culturas
estrangeiras, mas que eliminasse, em contrapartida, aquilo que considerasse
supérfluo.
A LINGUAGEM DO MODERNISMO
Utilização de temas do cotidiano
Tempo psicológico
Temas antipoéticos
Desmistificação do passado
Poema-piada
Versos livres
Liberdade gramatical

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