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DE
ARTE
MODERNA
"Marco oficial do Modernismo brasileiro, a Semana de
Arte Moderna aconteceu em São Paulo (SP) e reuniu
artistas das mais diversas áreas no Theatro Municipal de
São Paulo ao longo dos dias 13 e 18 de fevereiro de
1922. Apresentações musicais e conferências
intercalavam-se às exposições de escultura, pintura e
arquitetura, com o intuito de introduzir ao cenário
brasileiro as mais novas tendências da arte."
Resumão
"Aconteceu entre 13 e 18 de fevereiro de 1922, no Theatro Municipal de São Paulo;
É considerada um marco no Modernismo brasileiro;
Congregou artistas de diversas áreas: pintura, escultura, arquitetura, música, dança, literatura;
Participaram, direta ou indiretamente, nomes célebres da arte brasileira, como Graça Aranha,
Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Ronald de Carvalho, Mario de Andrade, Anita
Malfatti, Heitor Villa-Lobos, Victor Brecheret, Di Cavalcanti, Guiomar Novais, entre
outros;
Pinturas e esculturas ficaram expostas no saguão do Theatro e causaram grande escândalo ao
gosto público da época;
Conferências, saraus e apresentações de dança e música aconteceram em três dias do evento;
Consolidou o ambiente propício para a publicação de diversas obras que caracterizaram a
Primeira Geração do Modernismo brasileiro (Geração de 20)."
Contextualizando
"Até o início do século XX, a escola artística tida como oficial no Brasil era o Parnasianismo."
"As grandes reviravoltas da Revolução Industrial haviam instituído uma nova maneira de viver,
modificando completamente as relações humanas. A luz elétrica e a rapidez dos automóveis e das
produções fabris em larga escala transformaram a sociedade."
"O advento da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e a destruição mortífera causada por ela também
influenciaram social e filosoficamente os artistas do período."
"O Brasil, por sua vez, também começava a se modernizar. As primeiras indústrias começavam a se
instalar na cidade de São Paulo, e a produção de café do interior paulista gerava grandiosa receita de
exportação, transformando o estado em novo centro econômico brasileiro."
"Além disso, 1922 foi o centenário da Independência do Brasil. Assim, o cenário era ideal para a
renovação artística nacional, e esse foi um dos motes da Semana: a atualização intelectual da
consciência nacional."
"Predecessora importante da Semana foi a
Exposição de Pintura Moderna – Anita Malfatti,
que ocorreu em 1917, também em São Paulo.
Cinquenta e três obras da pintora foram
apresentadas ao lado de obras de artistas
internacionais ligados às vanguardas europeias.
As telas impressionaram nomes que liderariam,
depois, a Semana, como Mário de Andrade,
Oswald de Andrade, Menotti del Picchia e Di
Cavalcanti."
A ESTUDANTE
A obra "A Estudante" de Anita Malfatti, pintada em 1915, foi
revolucionária na arte brasileira da época por várias razões.
Primeiramente, ela introduziu influências das vanguardas
europeias, como o expressionismo, no cenário artístico brasileiro.
Com suas cores vibrantes, pinceladas ousadas e representação
distorcida do corpo humano, a obra refletia a influência das
correntes artísticas inovadoras que surgiam na Europa.
Além disso, "A Estudante" foi uma das obras-chave que
desencadeou a famosa Semana de Arte Moderna de 1922, em
São Paulo. A exposição dessa pintura gerou controvérsias e
críticas, marcando um momento de ruptura com a estética
tradicional vigente no Brasil na época. Artistas e intelectuais
modernistas, influenciados por Malfatti, passaram a buscar uma
arte mais autêntica e brasileira, distante das influências
estrangeiras.
Em resumo, "A Estudante" de Anita Malfatti foi revolucionária
porque introduziu o modernismo e as vanguardas europeias no
Brasil, desafiou as convenções estéticas da época e
desempenhou um papel fundamental na transição para a arte
moderna brasileira.
"Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que vêem
normalmente as coisas e em conseqüência disso fazem arte pura,
guardando os eternos rirmos da vida, e adotados para a
concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos
grandes mestres. Quem trilha por esta senda, se tem gênio, é
Praxíteles na Grécia, é Rafael na Itália, é Rembrandt na Holanda, é
Rubens na Flandres, é Reynolds na Inglaterra, é Leubach na Alemanha,
é Iorn na Suécia, é Rodin na França, é Zuloaga na Espanha.