Você está na página 1de 35

Semana de arte

moderna de 1922
Professora Graziela Zorzenon
A Semana de Arte Moderna,
também chamada de Semana de
22, ocorreu em São Paulo no ano
de 1922, nos dias 13, 15 e 17 de
fevereiro, no Teatro Municipal.
Antecedentes:
• 1912- chegada de Oswald de Andrade da Europa trazendo
ideias das vanguardas europeias.
• 1913- exposição de pinturas expressionistas de Lasar Segal.
• 1917- exposições de Anita Malfati ( daqui a pouco falamos
mais)
• 1920 exposição da maquete da obra de Victor Brecheret “
Monumento às bandeiras”
Quem criou a capa foi o pintor Di
Cavalcanti
Conferencias
Recitais
Exposições
Ampla apresentação do projeto
Cada dia da semana foi dedicado a um
tema: pintura e escultura, poesia,
literatura e música.
Esse era o ano em que o país
comemorava o primeiro centenário da
Independência e os jovens
modernistas pretendiam redescobrir o
Brasil, libertando-o das amarras que o
prendiam aos padrões estrangeiros.
A Semana de Arte Moderna nada mais foi
do que uma ebulição de novas idéias
totalmente libertadas, nacionalistas em
busca de uma identidade própria, de uma
maneira mais livre de expressão e de uma
ruptura com o passado.
O escritor Garça Aranha abriu o evento
lendo o texto “ A emoção estética na
arte moderna”
Alguns trechos...
“Para muitos de vós a curiosa e sugestiva exposição que
gloriosamente inauguramos hoje, é uma aglomeração de
horrores...”

“...Nenhum preconceito é mais perturbador à concepção da


arte que o da Beleza...”

“...Cada um que interrogue a si mesmo e responda que é a


beleza? Onde repousa o critério infalível do belo? A arte
é independente deste preconceito. É outra maravilha que
não é a beleza...”
Essa frase é especialmente para vocês

“...Toda a manifestação estética é


sempre precedida de um
movimento de ideias gerais...”
Participaram da Semana nomes consagrados do
modernismo brasileiro, como Mário de Andrade,
Oswald de Andrade, Víctor Brecheret, Plínio
Salgado, Anita Malfatti, Menotti Del Pichia,
Guilherme de Almeida, Sérgio Milliet, Heitor
Villa-Lobos, Tarsila do Amaral, Tácito de
Almeida, Di Cavalcanti entre outros.
Antes de continuarmos acho
importante mencionar um fato
histórico
Antes da “semana” uma exposição de Anita Malfatti
provocou uma grande polêmica com os adeptos da arte
acadêmica.
A jovem voltava da Europa trazendo a experiência das
novas idéias, e em 1917 realiza a que foi chamada de
primeira exposição modernista brasileira, A exposição
causou escândalo e foi alvo de duras críticas de Monteiro
Lobato que era muito conservador
Atenção para trechos do texto escrito por
Lobato para o jornal “O Estado de São
Paulo”
“todas as artes são regidas por princípios
imutáveis, leis fundamentais que não
dependem do tempo nem da latitude”.
Vejamos alguma obras de
Anita Malfati
Percebam que os desenhos não tem
compromisso com a semelhança total, o
enquadramento está totalmente fora do
padrão, o retrato é livre e utiliza cores
contratantes
O Farol
O Tropical
O Homem Amarelo
A estudante
Na música o mais importante
participante foi o maestro Heitor Villa
Lobos
O poeta Manuel Bandeira, estava adoentado
e não compareceu ao evento, no entanto
mesmo distante, provocou inúmeras
reações de agrado e de ódio devido a seu
poema "Os Sapos", que foi lido durante o
evento.
trecho
Os sapos

Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.

Em ronco que aterra,


Berra o sapo-boi:
- "Meu pai foi à guerra!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".
É importante lembrar que a pintora Tarsila
do Amaral, um importante nome nacional
do modernismo não participou do evento
pois estava em Paris
A carreira de Tarsila foi dividida
em dois momentos bem
diferentes.
No início, com ótimas condições
financeiras e grande interesse por
artistas europeus Tarsila vivia
pela Europa freqüentando as mais
badaladas exposições de arte
Foi só após a perda das fazendas de pai
e de seu casamento com Oswald de
Andrade que Tarsila começou a olhar
o Brasil de outra forma,
transformando o país em sua principal
fonte de inspiração
Um dos artistas que inspiraram Tarsila foi o alemão Hans Beluchek em
sua obra Proletarierinnem
Operários- Tarsila do amaral
Qualquer semelhança não é
coincidência.
O ABAPORU
ANTROPOFAGIA
MORRO DA FAVELA
CARVANAL EM MADUREIRA

Você também pode gostar