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3 ANO MÉDIO
Seu objetivo era renovar o ambiente artístico e cultural da cidade com "a
perfeita demonstração do que há em nosso meio: em escultura, arquitetura,
música e literatura, sob o ponto de vista rigorosamente atual", como
informava o Correio Paulistano a 29 de janeiro de 1922.
SERIA MESMO?
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http://www.artigonal.com/literatura-artigos/semana-de-arte-moderna-1983586.html
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=tJKYZdGU4rA#!
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(pergunta: essa arte já não existia aqui?) Apagemento de artistas e obras pela
Caravana modernista. Procedimento semelhante ao que aconteceu no
“descobrimento” do Brasil. Em 1924, uma caravana formada por Mário de
Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e o poeta franco-suíço Blaise
Cendrars, entre outros, percorreu as cidades históricas mineiras e acabou
entrando para os anais do Modernismo.
Observação: Feita durante sua estada nos Estados Unidos, A Boba é um dos pontos
mais altos da pintura de Anita. É fruto de uma fase em que a sua pintura
expressionista absorve elementos cubofuturistas. A Boba faz parte de um momento
de "busca ativa", a tela é construída com a cor, numa orquestração de laranjas,
amarelos, azuis e verdes, realçando as zonas cromáticas delineadas pelas linhas
negras, na maioria diagonais - ordenação cubista. No primeiro plano, uma angulosa
e assimétrica figura recebe aplicação irregular da cor. Na fisionomia, a expressão
anormal e vaga é ressaltada por traços negros, segundo a estética expressionista
do irracional e desarmônico. O fundo, elaborado com rápidas pinceladas, serve de
contraponto.
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos!
Clame a saparia
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Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas . . ."
Urra o sapo-boi:
- "Meu pai foi rei" - "Foi!"
- "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!"
Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
- "A grande arte é como
Lavor de joalheiro.
Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo."
Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas:
- "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".
Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Verte a sombra imensa;
Detalhes importantes
o Como dizia a tradição, não convidem para a mesma mesa Mário de Andrade
e Oswald de Andrade. Tem gente que os supõe irmãos. Não tinham nenhum
parentesco. Outros os imaginam cada um a metade de um mesmo todo.
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Foram durante uns poucos anos, logo tomaram rumos diversos. Pelo menos,
defenderão terceiros, foram amigos.
o
Essa Semana tão comemorada não inaugurou o movimento, foi apenas a
festa planejada para anunciar o engatinhar de uma nova mentalidade.
ODE AO BURGUÊS
De Pauliceia desvairada (1922)
Mário de Andrade
Eu insulto o burguês-funesto!
O indigesto feijão com toucinho, dono das tradições!
Fora os que algarismam os amanhãs!
Olha a vida dos nossos setembros!
Fará Sol? Choverá? Arlequinal!
Mas à chuva dos rosais
o èxtase fará sempre Sol!
Morte à gordura!
Morte às adiposidades cerebrais!
Morte ao burguês-mensal!
ao burguês-cinema! ao burguês-tílburi!
Padaria Suissa! Morte viva ao Adriano!
"– Ai, filha, que te darei pelos teus anos?
– Um colar... – Conto e quinhentos!!!
Mas nós morremos de fome!"
LEITURAS OBRIGATÓRIAS:
https://racismoambiental.net.br/2022/02/13/wisnik-semana-de-22-ainda-diz-muito-
sobre-a-grandeza-e-a-barbarie-do-brasil-de-hoje/
https://vejasp.abril.com.br/cultura-lazer/os-novos-modernistas/