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DO MODERNISMO
(1922-1930)
- Manuel Bandeira
Escultura da Roma antiga: Laaoconte e Escultura romântica francesa: Ugolino
seus dois filhos. e os filhos tentando sobreviver à fome.
O PROJETO MODERNISTA
Um projeto estético renovador e anárquico
Quebra com as convenções do século XIX que permaneciam no XX
Redimensionamento da expressão da brasilidade
A influência das vanguardas
A liberdade formal e temática
OS TEMAS
O cotidiano: a cidade, o movimento, o som das ruas, os tipos
humanos, o progresso
A crítica: o passadismo artístico (o cultivo das paródias), a
história do Brasil, os hábitos da burguesia brasileira
conservadora
O nacionalismo: a língua, a mistura de raças, a cultura
popular, o primitivo, a metrópole, a tropicalidade
O Capoeira O REVISIONISMO HISTÓRICO
(o primitivismo)
- Qué apanhá sordado? Erro de português
- O quê?
- Qué apanhá? Quando o português chegou
Pernas e cabeças na calçada. Debaixo de uma bruta chuva
(Oswald de Andrade) Vestiu o índio
Que pena!
PROSA X VERSO Fosse uma manhã de sol
O índio tinha despido
O português.
Hípica (Oswald de Andrade)
Saltos records
Cavalos da Penha
Correm jóqueis de Higienópolis
Os magnatas
As meninas CUBISMO
E a orquestra toca
Chá
Na sala de cocktails
(Oswald de Andrade)
Canção do exílio
Gonçalves Dias canto de regresso à pátria
Oswald de Andrade
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o Sabiá,
As aves, que aqui gorjeiam,
Minha terra tem palmares
Não gorjeiam como lá. Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Nosso céu tem mais estrelas, Não cantam como os de lá
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida, Minha terra tem mais rosas
Nossa vida mais amores. E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
[...] Minha terra tem mais terra
Minha terra tem primores, A PARÓDIA
Que tais não encontro eu cá; Ouro terra amor e rosas
Em cismar – sozinho, à noite – Eu quero tudo de lá
Mais prazer encontro eu lá; Não permita Deus que eu morra
Minha terra tem palmeiras, Sem que volte para lá
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá; Sem que volte pra São Paulo
Sem que desfrute os primores Sem que veja a Rua 115
Que não encontro por cá; E o progresso de São Paulo
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
OS MANIFESTOS
VERDE-
AMARELISMO
O TROVADOR MODERNISTA
AS RAÍZES AMERÍNDIAS + A
TRADIÇÃO EUROPEIA
TRANSPLANTADA
MANUEL BANDEIRA
Aos 18 anos, foi diagnosticado com tuberculose e,
em seguida, perdeu pessoas importantes da
família
A morte é uma figura presente em sua poética
Não participou da Semana de 22 presencialmente,
mas o poema "Os sapos", de sua autoria, foi lido
na segunda noite
A tematização do cotidiano em suas diversas
facetas
Pneumotórax
Febre, hemoptise, dispneia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido e que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
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atraso x modernidade
A CAPTURA DOS NENHUM CARÁTER =
sertão x litoral CARÁTER
VALORES
ANTAGÔNICOS folclore x vanguarda INDEFINIDO
o mítico x o real
A CONSTRUÇÃO DO PERSONAGEM
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói da nossa gente. Era preto retinto e filho do medo
da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera,
que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma.
Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o
incitavam a falar exclamava:
— Os filhos da mandioca não ganham da máquina nem ela ganha deles nesta luta. Há
empate.
Não concluiu mais nada porque inda não estava acostumado com discursos porém palpitava
pra ele muito embrulhadamente muito! que a máquina devia de ser um deus de que os
homens não eram verdadeiramente donos só porque não tinham feito dela uma Iara
explicável mas apenas uma realidade do mundo. De toda essa embrulhada o pensamento
dele sacou bem clarinha uma luz: Os homens é que eram máquinas e as máquinas é que
eram homens.
QUESTÃO ENEM (2015.1)
Vei, a Sol
Ora o pássaro careceu de fazer necessidade, fez e o herói ficou escorrendo sujeira de
urubu. Já era de madrugadinha e o tempo estava inteiramente frio. Macunaíma
acordou tremendo, todo lambuzado. Assim mesmo examinou bem a pedra mirim da
ilhota para vê si não havia alguma cova com dinheiro enterrado. Não havia não. Nem a
correntinha encantada de prata que indica pro escolhido, tesouro de holandês. Havia
só as formigas jaquitaguas ruivinhas.
Então passou Caiuanogue, a estrela da manhã. Macunaíma já meio enjoado de tanto
viver pediu pra ela que o carregasse pro céu.
Caiuanogue foi se chegando porém o herói fedia muito.
— Vá tomar banho! — ela fez. E foi-se embora.
Assim nasceu a expressão “Vá tomar banho” que os brasileiros empregam se referindo
a certos imigrantes europeus.
(ANDRADE, M. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. Rio de Janeiro: Agir, 2008)
O fragmento de texto faz parte do capítulo VII, intitulado “Vei, a
Sol”, do livro Macunaíma, de Mário de Andrade, pertencente à
primeira fase do Modernismo brasileiro. Considerando a lin-
guagem empregada pelo narrador, é possível identificar:
Abaporu (1928)
A negra (1923)
Estrada de Ferro Central do Brasil (1924)
Operários (1933)
o modernismo no RN
JORGE FERNANDES
Nascimento: agosto de 1887, em Natal;
Estudou no Atheneu, mas interrompeu sua trajetória
acadêmica para trabalhar;
Livro de Poemas (1927): publicado na forma de um
caderno (inspirado em Oswald de Andrade) e
distribuído pelas ruas da cidade. Desprezo do público,
mas reconhecimento de figuras importantes da cultura
do estado, como Câmara Cascudo;
Inovações formais do modernismo, inserção de
elementos regionais;
Depois do livro, só publicou poemas esparsos em
jornais do país.
Olhares críticos:
(Tribuna do Norte)
OBRIGADO!
Dúvidas?
lucas_jose_28@hotmail.com