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Medusa – a subversão do capítulo

final

Este ensaio pretende levantar reflexões


sobre as representações do mito da
Medusa, o feminismo e a cultura do
estupro por meio de uma breve análise de
alguns trabalhos artísticos relacionando-os
aos estigmas relacionados à cultura
patriarcal ocidental. Utilizaremos a arte
como ponto de partida pois como disse
Schwarcz 1 as
“artes visuais são “sistemas de signos”,
formados por convenções que os quadros,
fotografias, objetos escultóricos, monumentos
arquitetônicos carrega como formas de
“textualidade” e de “discurso”. Teríamos assim
como que “avenidas de referências” quase
Figura 1 - Medusa - Gian Lorenzo Bernini, 1636 (?) formalizadas em sistemas de notação,
convenções figuradas, alfabetos, caligrafias,
caracteres e uma série de unidades de
significados bastante estabelecidos e “legíveis”. Não me parece que seja o
caso de voltar ao conceito de “mímesis”: ao menos daquele que trata da
representação como cópia e correspondência (Bhabha, 2002). Talvez
pudéssemos arriscar o conceito de “mímica” usado por Homi Bhabha, no
sentido de alteração, releitura e tradução. O mais importante é investir nesse
jogo complexo de visualidades, com seus aparatos, discursos, corpos e jogos
de figura. Por outro lado, a entrada em cena da ideia de recepção e do próprio
expectador deve se constituir numa questão tão complexa como as “formas de
leitura” – decodificação, deciframento, interpretação –, e que nos leva a
problematizar a própria experiência visual, ou mesmo nosso verdadeiro
“analfabetismo visual”.

A Medusa de Gian Lorenzo Bernini (1598-1680) data de 1636, porém essa é


uma convenção, pois a data exata não é conhecida. Bernini trabalhou durante o período
barroco, que durou desde o final do século XVI até o século XVII. Os artistas deste
período produziram obras de arte emocionais com composições abertas, fortes diagonais
e buscavam trabalhar muito com efeitos de luz e escuridão. Ele buscou representá-la viva,
com expressões fortes e movimento.
Segundo a convergência das histórias que foram passadas, Medusa era uma
virgem, que se dedicava exclusivamente às atividades do templo de Athena, onde
trabalhava e havia feito seus votos. Um dia o deus Poseidon a conheceu e a desejou

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LENDO E AGENCIANDO IMAGENS: O REI, A NATUREZA E SEUS BELOS NATURAIS - schwarcz, moritz lilia
sociologia&antropologia | rio de janeiro, v.04.02: 391– 431, outubro, 2014

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ardentemente. Para satisfazer seu desejo ele resolveu tomá-la à força. Athena ficou furiosa
e decretou o destino da sua serva: transformou-a em um ser condenado a arcar com o
exílio, acrescidos de deformação facial, corporal e capilar, para que ninguém mais
conseguisse olhar para ela. Aqueles que olhassem, seriam transformados em pedra pelo
poder das serpentes que cada fio de cabelo havia se transformado. Apartada para sempre
do contato e afetos humanos, a solidão lhe é imputada até morrer. Resultado: o homem,
o deus, sai desta história ileso, enquanto a mulher violentada foi sentenciada como
culpada.
A obra de Bernini parece ter conseguido captar e transpor para o mármore a
expressão de sofrimento, desolação, tristeza e dor em seu momento de transformação.
Seu sofrimento é registrado em sua expressão facial enquanto seu cabelo se transforma,
mecha por mecha, em serpentes se contorcendo. A forma extremamente complexa de seu
cabelo, com suas muitas camadas sobrepostas, é uma demonstração virtuosa de
habilidade. Bernini pretendia fazer uma criação realista de mármore nesta escultura. Ele
habilmente transformou o mito da Medusa em sua cabeça; em vez de Medusa
transformando carne em pedra, ele a transformou em pedra.

Figura 2: Medusa de Bernini de perfil 1

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O efeito é dinâmico, criando a impressão de movimento. As sombras
constantemente em mudança obscurecem e revelam detalhes enquanto o espectador se
move em torno desta escultura. O único ponto de descanso visual é encontrado na
expressão angustiada de Medusa, o centro emocional da peça. Bernini esculpe seu rosto
com uma textura suave para mostrar sua humanidade, em contraste com as cobras mais
grosseiras. O artista acentua a crueldade do castigo de Medusa pela expressão ameaçadora
da cabeça de cada cobra em sua cabeça.
A cultura do estupro, da violência, do assédio à mulher remonta à antiguidade.
No caso do Brasil, assim como vários outros países latino-americanos, onde se tenha a
presença de colonizadores, encontramos traços da violência na miscigenação de raças,
uma característica que acompanha sempre os dominadores —  exemplos coloniais não
faltam, dos senhores que estupravam suas escravas, dos colonizadores que estupravam as
índias— , realidades muitas vezes romantizadas como forma de acobertar crimes e
insentar uma elite que tal como os deuses do Olimpo, seguiram endeusados em práticas
onde a justiça não os alcançaram..
Aqui no Brasil, recentemente, para efeito de ilustração e paralelismo com o mito
de Medusa e a cultura do estupro, podemos citar diversos casos, mas um em especial,
chama-nos a atenção, justamente por estar ligado à uma mulher que tal qual a Medusa
estava em pleno exercício de seus rituais religiosos quando sofreu um ataque. Caso que
foi noticiado pelo próprio autor do estupro, e tal qual na mitologia grega, saiu impune.
Estamos falando do caso de um
ex-ator de telenovelas, atual deputado federal pelo Partido Social Liberal, revela
narrando de modo jocoso “ter pegado uma mãe de santo” no extinto programa de
entrevistas Agora é Tarde6 da Rede Bandeirantes7 - programa que se enquadrava no
gênero late-night talk show8. Durante a entrevista o apresentador Rafael Bastos pede
para o ator contar uma história engraçada da sua vida; e ele começa: “eu comi uma
mãe de santo”, contextualiza a história e diz que não resistiu e ficou excitado ao ver
as “curvas” do seu corpo, e que o desejo incontrolável o fez virar a mãe de santo de
costas, colocá-la de quatro, erguer sua saia, agarrá-la e segundo ele “mandar ver”,
“sapequei ela, fiz tanta pressão na nuca dela... que ela apagou, dormiu”. Durante a
descrição e tentativa de reinterpretação da cena, o ator, o apresentador – que não se
ausenta durante a revelação, fazendo comentários sarcásticos – e a plateia riem
incessantemente.

“Fiquei olhando aquele bundão! Vou comer!

Peguei o braço dela, “botei” ela de quatro.

Ergui sua saia, agarrei, mandei ver!

Gozei!

Era tanta pressão que ela apagou

Larguei no chão

Levanta filha da puta!”

As frases acima foram ditas e encenadas pelo ator durante a entrevista no Agora É
Tarde, que foi transmitida pela primeira vez no dia 22 de abril do ano de 2014 (nesta

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primeira exibição não houve repercussão). Em 25 de fevereiro de 2015, a mesma
entrevista é reprisada e gera grande impacto nas redes sociais9, Facebook e Twitter, a
maior parte dessas manifestações/produções interpretava a história como uma cena de
estupro10, ou melhor, como a confissão de um estupro, qualificando o ator como
estuprador e em alguns momentos como racista. Uma página feminista e antirracista
no Facebook posta parte da entrevista e produz uma legenda própria: “comeu” ou
estuprou!?; não houve consentimento; o cara apagou a mãe de santo com violência;
aplausos calorosos a uma cena de estupro; é isso que a sociedade faz com o machismo
e o racismo, aplaude. Esse vídeo teve 3.019.363 visualizações, 15 mil curtidas, 7,5
mil comentários e 27.407 mil compartilhamentos11. Essas produções também acusam
o ator, o apresentador, o programa e as mídias comerciais como responsáveis por
naturalizar certos fatos relacionados à violência sexual, como (re) produtoras da
cultura do estupro:

(...) Está na hora dos veículos de comunicação assumirem sua responsabilidade como
patrocinadores da violência contra a mulher. Isso NÃO É ENTRETENIMENTO.
(Publicação na página do coletivo feminista no Facebook). 2

Medusa estava inserida em uma sociedade, ativa, tinha seus propósitos, possuía
beleza e graça, e de repente perdeu tudo por causa de um homem. Na verdade mais do
que um homem, um deus, e deuses podem fazer o que bem entenderem. A sociedade
também a injustiça, pois um dado nessa bizarra narrativa é que a pessoa responsável pelo
templo, que julga e condena a subalterna, também é uma mulher. No caso brasileiro do
estupro declarado na televisão pelo atual deputado do PSL, cremos que ele também segue
impune por se achar um “deus”, acima dos meros mortais, de alguma forma inatingível
pela justiça. Naquela época, em 2014 talvez se sentisse blindado por sua fama, e, agora
permanece assim devido ter alcançado um cargo na política (ou melhor, na necropolítica).
E como ficou a mãe de santo que foi “apagada” e estuprada por ele? Como ficamos todas
nós?
Na milenar versão de Ovídio 3, Perseu faz declarações machistas, dizendo que a
punição foi “justa” e “merecida”. O deputado do PSL faz declarações mais do que
machistas, mas também racistas. Medusa trabalhava no templo de Atena. Poseidon a
cobiça e a estupra. A mãe de santo trabalhava em um terreiro, e foi estuprada por ser
“gostosa.”Atena condena Medusa como a culpada pelo acontecido, transformando-a em
um ser com serpentes no lugar dos cabelos, para que qualquer homem que a olhasse
fosse transformado em pedra. E a mãe de santo, foi transformada em quê ou o quê?
Medusa segue para o seu exílio, almaldiçoada e ainda por cima grávida, com o
fruto do estupro. As histórias sobre a cabeça de serpentes que petrifica homens chamam
a atenção de reis gananciosos, que delegam a Perseu a tarefa de matar a Górgona e
entregar-lhes a mortífera cabeça. Atena volta à cena, patrocinando a empreitada de

2
Ana Carolina Braga Azevedo, « Foi estupro ou apenas uma piada? Os embates midiáticos,
políticos/militantes e judiciais em torno de um caso público », Ponto Urbe [Online], 23 | 2018, posto
online no dia 28 dezembro 2018, consultado o 29 abril 2019. URL :
http://journals.openedition.org/pontourbe/5698 ; DOI : 10.4000/pontourbe.5698
3
Medusa - https://pt.wikipedia.org/wiki/Medusa. Acesso em 29/04/2019 às 14:38

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Perseu, que o equipa com um escudo; um par de sandálias aladas, doados por Hermes e
um capacete que o tornava invisível, doado pelo deus Hades. Dentre as muitas versões
sobre a morte da Medusa, algumas relatam que Perseu nem chegou a usar todas estas
armas incríveis, pois quando ele a
encontrou, ela estava dormindo. Ele
aproveita o momento em que esta se
apresenta indefesa e a decapita.
Perseu é exaltado como o grande
herói que venceu a tenebrosa Medusa.
Na verdade foi um grande covarde.
No momento em que ele decepa sua
cabeça, dois seres mitológicos
nascem do pescoço que sangra: o
cavado alado Pégasus e o gigante
dourado Crisaor. Perseu irá usar a
cabeça da Medusa em várias de suas
aventuras até entregá-la à Atena, que
a recebe e fixa-a em seu escudo, o
Aegis.
Daí chegamos a mais cruel e uma das
mais belas representações de Medusa
na arte, na figura 3: Perseu com a
cabeça da Medusa, de Cellini.
Na época em que a escultura foi criada, o
bronze não havia sido usado em quase meio
século para uma obra de arte monumental.
Cellini tomou a decisão consciente de
trabalhar neste meio porque derramando
metal derretido em seu elenco, ele estava
vivificando a escultura com sangue que dá
vida. 4

A psicanálise visitou esse mito e criou


teorias e interpretações sobre os
diversos aspectos que se apresentam,
Em 1940, a obra Das Medusenhaupt
Figura 3 : Perseus with the Head of Medusa - escultura de (A Cabeça da Medusa), de Sigmund
bronze de Benvenuto Cellini (1545-1554). Freud, publicada postumamente,
tornou fértil o campo de discussões,
análises e críticas a respeito desse ser mitológico. A Medusa é apresentada como “o
supremo talismã, que fornece a imagem da castração – associada na mente da criança à
descoberta da sexualidade maternal – e sua negação.”[5] Além de destacar a impunidade
dos estupradores e da covardia exaltada como heroísmo, queremos também discutir o
papel exercido por Atena, que representa também a sociedade, com sua ausência de
sororidade, a implacável atitude machista, sua crueldade, um extremismo ao punir uma

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https://en.wikipedia.org/wiki/Perseus_with_the_Head_of_Medusa – acesso em 29/04 2019 – 17:56

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de suas servas, quase como uma vingança, fruto de inveja, de competição, de um ódio
que não se reprime. A psicanalista Beth Seelig,

analisa a punição da Medusa a partir do aspecto do crime de ter sido "estuprada" no


templo da deusa Atena, no lugar de ter consentido voluntariamente, como um
desenvolvimento dos próprios conflitos não-resolvidos da deusa com o seu pai, Zeus. 5

Athena depois faz questão de carregar e ostentar em seu escudo, depois do


assassinato de Medusa, a cabeça daquela que deveria ter sido protegida, e não duramente
tratada como inimiga e monstro.
Vemos em nossa sociedade o problema da perpetuação do machismo sendo
exercido não só por homens, mas também por mulheres que conscientemente ou
inconscientemente agem de forma impensada, autômata, desde a criação das crianças,
reforçando esteóripos, ideias conservadoras, preconceitos e as diversas formas de
violência contra as mulheres. A desconstrução das que são implacáveis e que agem como
Atena, é um exercício que todos nós temos que trabalhar urgentemente, sensibilizando e
tentando romper as bolhas da insensibilidade, que parte de atitudes da inocente avó e mães
machistas; dos avôs, pais, homens, irmãos - em nós mesmos, pois carregamos germes de
muitas mazelas e/ou estamos propensos a sentir ódios, raivas, ressentimentos – ou seja,
não só repensar o papel da família, mas agir como pessoas construtoras e transformadoras
em nossos círculos familiares, pois só assim, agindo no ambiente conhecido e próximo,
pode-se tentar expandir o pensamento libertário e transformador para outros ambientes,
com amigos, escola, enfim, englobando a sociedade.
A questão política atual onde temos mulheres que se tornaram políticas,
deputadas, senadoras, infelizmente não nos traz conforto e representatividade, uma vez
que todas deveriam se unir e abraçar a causa feminista, mas não o fazem por questões de
um alinhamento ideológico completamente distorcido. Estamos vivendo um retrocesso
fantasmagórico que impede que as mulheres rompam suas bolhas e lutem juntas por seus
direitos e por uma sociedade mais justa. Por isso precisamos nos inspirar e dotar-nos de
um espírito crítico e combativo, que não precisa vir com a imagem da medusa furiosa
adotada por grupos feministas ao longo das décadas de 1960 e 1970, porque aquela cabeça
com as cobras atacando, representava a raiva, a ira. A raiva é legítima sim, mas nos dias
de hoje precisamos aprender como canalizá-la para trabalhar a nosso favor. Um bom
exemplo que ilustra a subversão está na figura 4, que fecha este texto.
Em 2008 Luciano Garbatti fez uma escultura em mármore, que contrapõe e
subverte o trabalho de Benvenutto Cellini (figura 2); pela primeira vez vemos uma
imagem da Medusa com um semblante feminino, belo, sério, lívido, sem expressões
odiosas e monstruosas. Ela não é mais uma Górgona repulsiva, mas uma mulher que
exibe seu corpo, escultural, sem estar metamorfoseada em um ser com um rabo de víbora,
como é possível ver em várias outras representações. Ao contrário da obra de Cellini, que
exibe heroicamente seu troféu, com o braço em riste, para cima, vaidoso, pisando sobre

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https://pt.wikipedia.org/wiki/Medusa acesso em 29/04/2019 – 17:45

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Figura 4: “Medusa with the head of Perseus”, Luciano Garbati, 2008.

o corpo da mulher, a Medusa de Garbati carrega a cabeça de Perseu naturalmente, como


se estivesse carregando um objeto qualquer. A pose da escultura mostra o último capítulo
reescrito, Medusa fez seu trabalho, cumpriu seu dever - de defender-se, matando aquele
que foi enviado para matá-la. Com isso ela talvez resgate o espírito do qual devemos nos
imbuir, pois mostra uma Medusa que reagiu, que talvez tenha conseguido uma pequena
vitória em sua miserável vida de condenada, mas que com isso sente sua dignidade
restituída, justiçada, entrando pela primeira vez em um papel da guerreira que vence um
guerreiro, lutando, com a espada, e não com as cobras, exerce agora o papel de vencedora
no lugar da derrotada. Quais seriam os desdobramentos na mitologia e seu impacto na
história ocidental se a versão de Garbati, de uma Medusa vencedora, fosse a que tivesse
sido contada para o mundo?

Muito se fala sobre a questão do lugar de fala. Adoraríamos que Garbatti fosse
uma escultora, mas é um escultor, um homem, e, mais uma vez contamos com o trabalho
dos homens na arte para o trabalho de mudar as represenações e nos auxiliar na luta. Ao
contrário dos seus antecessores e vários outros artistas, não precisamos que as obras e os
meios midiáticos-artísticos-literários-familiares-sociais-políticos nos detonem ainda
mais. Precisamos buscar alternativas e histórias que nos empoderem, reforcem a luta para
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desconstruir as fontes de tanta violência e discriminação, restituindo nossa força, nosso
poder. E às vezes ajudar também quem está muito próximo mas que ainda sofre a
contaminação de quem age e rema contra as mulheres ou o poder feminino inerente nas
mais diversas representações.
Recentemente ouvi uma pessoa dizer, em tom de brincadeira, na minha presença
- como se eu não estivesse por perto - para o meu irmão, que eu era péssima influência
para a filha dele, minha sobrinha. Então respondi:
- Realmente eu sou e sempre serei sempre uma má influência para ela. Pois se
eu a influenciar ela se tornará uma mulher forte, independente, auto-confiante e livre.
Fará o que ela quiser e se tornará tudo o que ela quiser ser.
É espantoso como ainda no séc. XXI temos que continuar a lutar por direitos tão
básicos, como o respeito, o direito à vida, não só às mulheres, mas dos seres humanos,
além dos direitos que o movimento feminista encampa. Ser feminista nos dias de hoje
ainda carrega uma carga pejorativa. Criaram o termo feminazi para insultar quem tem os
ânimos mais fortes e inflamados, e feministo para os homens que muitas vezes trabalham
a favor das mulheres, mas como não têm lugar de fala, são mal vistos por muitos
movimentos. Tanto homens quanto mulheres precisam deixar de lado os confrontos
sectários e buscar o que os unem, convergir para o que é essencial, que é se opor a uma
necropolítica que massacra, a ambos, mas muito mais às mulheres.

Referências

AZEVEDO, Ana Carolina Braga - Foi estupro ou apenas uma piada? Os embates
midiáticos, políticos/militantes e judiciais em torno de um caso público - Ponto Urbe
[Online], 23 | 2018, posto online no dia 28 dezembro 2018, consultado o 29 abril 2019.
URL : http://journals.openedition.org/pontourbe/5698 ; DOI : 10.4000/pontourbe.5698
LINS, Beatriz Accioly- “Ih, vazou!”: pensando gênero,sexualidade, violência e
internetnos debates sobre “pornografia devingança - cadernos de campo, São Paulo,
n. 25, p. 246-266, 2016 – disponível
em: http://www.periodicos.usp.br/cadernosdecampo/article/download/114851/134104
acesso em29/04/2019 as 15:40
Medusa - https://pt.wikipedia.org/wiki/Medusa acesso em 29/04/2019 às 14:38
Medusa - Ebah - https://www.ebah.com.br/content/ABAAAfLEMAL/medusa acesso em
29/04/2019 – 17:30
Perseus with the head of Medusa.
https://en.wikipedia.org/wiki/Perseus_with_the_Head_of_Medusa – acesso em 29/04
2019 – 17:56
SCHWARCS, Moritz Lilia - Lendo e agenciando imagens: O REI, A NATUREZA E
SEUS BELOS NATURAIS - sociologia&antropologia | rio de janeiro, v.04.02: 391–
431, outubro, 2014

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UOL – "Eu já transei com uma mãe de santo", revela Alexandre Frota na TV9 Do
UOL, em São Paulo 23/05/2014,01h11
https://televisao.uol.com.br/noticias/redacao/2014/05/23/eu-ja-transei-com-uma-mae-de-santo-
revela-alexandre-frota-na-tv.htm - – acesso em 29/04/2019 17:30

Referências das imagens

Figura 1- https://art.scholastic.com/pages/topics/posters/medusa-gian-lorenzo-
bernini.html
Figura 2 - http://allpainters.org/paintings/medusa1-gian-lorenzo-bernini.html
Figura 3 - https://en.wikipedia.org/wiki/Perseus_with_the_Head_of_Medusa
Figura 4 - https://worthingtheatres.co.uk/jasmin-vardimons-medusa-a-modern-take-on-an-
ancient-myth/luciano-garbati-medusa/

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