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IV Encontro de Ciência e Tecnologia em Plantas Medicinais &

XIII Ciclo de Palestras em Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares


Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
Lavras, 09 a 14 de novembro de 2020

09 a 15 de Novembro de 2020
Lavras, MG

ANAIS DE
RESUMOS

1
José Eduardo Brasil Pereira Pinto
Suzan Kelly Vilela Bertolucci
Manuel Losada Gavilanes

IV Encontro de Ciência e Tecnologia em


Plantas Medicinais & XIII Ciclo de Palestras
em Plantas Medicinais, Aromáticas e
Condimentares
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas
Medicinais

1ª Edição

Lavras
2020
NEMAC
Ficha catalográfica elaborada pelo Setor de Processos Técnicos da Biblioteca
Universitária da UFLA

Encontro de Ciência e Tecnologia em Plantas Medicinais (5. : 2020 : Lavras, MG)


[Anais do] IV Encontro de Ciência e Tecnologia em Plantas Medicinais & XIII
Ciclo de Palestras em Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares:
empreendedorismo e inovações tecnológicas em plantas medicinais, 09 a 14 de
novembro de 2020 / José Eduardo Brasil Pereira Pinto, Suzan Kelly Vilela
Bertolucci, Manuel Losada Gavilanes. – Lavras : UFLA/ NEMAC, 2020.
80 p.

Publicação do Núcleo de Estudos em Plantas Medicinais, Aromáticas e


Condimentares da Universidade Federal de Lavras.
ISBN: 978-65-993182-1-4

1. Plantas medicinais. 2. Plantas aromáticas. 3. Condimentos. I. Pinto, José


Eduardo Brasil Pereira. II. Bertolucci, Suzan Kelly Vilela. III. Gavilanes, Manuel
Losada. IV. Ciclo de Palestras em Plantas Medicinais, Aromáticas e
Condimentares (13. : 2020 : Lavras, MG). V. Universidade Federal de Lavras,
Núcleo de Estudos em Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares. V.
Título.

Ficha elaborada por Eduardo César Borges (CRB 6/2832)


IV Encontro de Ciência e Tecnologia em Plantas Medicinais & XIII Ciclo de Palestras
em Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares – Empreendedorismo e
Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais (2020)

Eduardo Brasil Pereira Pinto


Suzan Kelly Vilela Bertolucci
Manuel Losada Gavilanes

Comissão científica Comissão organizadora

Alexandre Alves de Carvalho Anna Olímpio do Carmo


Aline Carvalho Pereira Dálete Sarah Pereira
Bárbara Coutinho M. Cavalcanti Janina de Sales Guilarducci
Douglas Correa de Souza Jeimmy Esneider Bonivento Rodriguez
Janina de Sales Guilarducci Jeremias José Ferreira Leite
Jeimmy Esneider B. Rodriguez João Paulo Lima de Oliveira
João Paulo Lima de Oliveira José Eduardo Brasil Pereira Pinto
Manuel Lousada Gavilanes Júlia Assunção de Castro Oliveira
Maria de Fátima Santos Larissa Felipe da Costa Silva
Rafael Marlon Alves de Assis Manuel Lousada Gavilanes
Thalita Gonelli Rafael Marlon Alves de Assis
t r a sc te ava ca t Suzan Kelly Vilela Bertolucci
Wanderley José M. Bittencourt Thalita Gonelli
Vytória Piscitelli Cavalcanti
IV ENCONTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM PLANTAS MEDICINAIS & XIII CICLO DE PALESTRAS EM
PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

Realização

Apoio

Patrocínio

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IV ENCONTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM PLANTAS MEDICINAIS & XIII CICLO DE PALESTRAS EM
PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

NEMAC e NEPRON

A fundação dos núcleos NEMAC (Núcleo de Estudos em Plantas


Medicinais, Aromáticas e Condimentares) e NEPRON (Núcleo de Estudos em
Produtos Naturais) da Universidade Federal de Lavras ocorreu em Fevereiro de
2003, sob orientação do Prof. Dr. José Eduardo Brasil Pereira Pinto e da Profª.
Drª. Suzan Kelly Vilela Bertolucci. Atualmente os núcleos reúnem alunos de
graduação e pós-graduação nas áreas de Agronomia, Biologia, Farmácia e
Nutrição, Enfermagem, Medicina, Odontologia e Pedagogia.
Na pesquisa, destacam-se atividades voltadas ao cultivo, etnobotânica,
processamento de plantas medicinais, extração, caracterização e atividades
biológicas/farmacológicas de princípios ativos vegetais, tornando possível a
transformação de plantas em medicamentos que beneficiam toda a população.
Nas atividades de extensão toda a sociedade é beneficiada seja pela
criação de hortas medicinais, bem como por meio de oficinas que capacitam
pessoas para o preparo de chás, sais, azeites e vinagres condimentares assim
como pela visita e aprendizado no ambiente do Horto de Plantas Medicinais da
Universidade Federal de Lavras, que a partir de 2019 oferece visitas diárias a
um jardim sensorial.

O EVENTO

Este é o nosso IV Encontro de Ciência e Tecnologia em Plantas Medicinais & XIII


Ciclo de Palestras em Plantas Medicinais, Aromáticas e Condimentares, que ocorreu
de forma totalmente online, oferecendo palestras gravadas, mesas-redondas ao vivo,
submissão e apresentação de resumos por vídeo-pôster e apresentação oral ao vivo,
além do III Concurso de Fotografia e Poesia de Plantas Medicinais. A cada ano
recebemos um público maior e diversificado, com estudantes, profissionais e
toda comunidade interessada em plantas medicinais. Neste ano, devido às
condições atuais de distanciamento social o evento foi oferecido de forma
totalmente online, o que permitiu a participação de pessoas de todo o Brasil,
nos permitindo oferecer o acesso da população às pesquisas realizadas em
todo o país na área de plantas medicinais, aromáticas e condimentares.
O evento é anual e realizado pelos núcleos de estudos NEMAC e
NEPRON da Universidade Federal de Lavras – UFLA, visando fortalecer junto
à comunidade acadêmica da UFLA e de outras instituições da região a
importância do conhecimento nas áreas de cultivo, processamento e uso das
plantas medicinais, aromáticas e condimentares.

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IV ENCONTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM PLANTAS MEDICINAIS & XIII CICLO DE PALESTRAS EM
PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

PROGRAMAÇÃO

09 de Novembro de 2020

06:00 – Abertura

06:00 – Palestra (vídeo gravado): Cultivo de plantas aromáticas para


produção de óleos essenciais – uma oportunidade de negócio.
Prelecionistas: Cleicy Alves De Brito Zanetti e Gabriel Francisco De Brito
Zanetti (Sócios e proprietários da Olinda Óleos essenciais).

06:00 – Palestra (vídeo gravado): O que você precisa para ser um


EMPREENDEDOR?
Prelecionista: Prof. Dr. Jorge Nei Brito (Coordenador do curso de Engenharia
Mecânica e de Produção da UFSJ) e Dra. Giovanna Resende Costa (Diretora
criativa e sócia da HISHA e OHUL).

18:00 – Mesa-redonda (ao vivo): Empreendedorismo em plantas


medicinais e produtos naturais.
Prelecionista: Cleicy Alves De Brito Zanetti, Gabriel Francisco De Brito
Zanetti, Prof. Dr. Jorge Nei Brito e Dra. Giovanna Resende Costa.

10 de Novembro de 2020

06:00 – Palestra: A propriedade intelectual como ferramenta de


desenvolvimento científico e tecnológico
Prelecionista: Marcelo Gomes Speziali (Professor / Departamento de Química
da UFOP).

06:00 – Palestra: Educação, Inovação e Desenvolvimento Profissional na


Atualidade
Prelecionista: Marcos Antônio Fernandes Brandão (Professor titular da
UFJF).

18:00 – Mesa-redonda: Inovações tecnológicas na cadeia produtiva de


plantas medicinais e fitoterápicos.
Prelecionista: Marcelo Gomes Speziali e Marcos Antônio Fernandes
Brandão.

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PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

11 de Novembro de 2020

06:00 – Palestra: Cadeia tecnológica e produtiva de plantas medicinais


para atendimento às demandas de Saúde Pública.
Prelecionista: Maria Behrens (Chefe do Departamento de Produtos Naturais /
Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fundação Oswaldo Cruz –
Farmanguinhos/Fiocruz).

06:00 – Palestra: O mundo comercial das plantas medicinais e


condimentares.
Prelecionista: Wilson Magela Gonçalves (Professor Associado III na UFLA).

18:00 – Mesa-redonda: Agronegócio e o acesso da população brasileira às


plantas medicinais e aos fitoterápicos.
Prelecionista: Maria Behrens e Wilson Magela Gonçalves.

12 de Novembro de 2020

06:00 – Palestra: Uso de óleos essenciais como antimicrobianos: o que


temos até agora?
Prelecionista: Roberta Hilsdorf Piccoli (Professor Titular na UFLA).

06:00 – Palestra: Conhecendo a química vegetal: como obter plantas ricas


em princípios ativos?
Prelecionista: Rafaela Karin de Lima (Professor Adjunto I na UFSJ).

18:00 – Mesa-redonda: Aplicações das inovações tecnológicas a partir de


plantas medicinais e produtos naturais.
Prelecionista: Roberta Hilsdorf Piccoli e Suzan Kelly Vilela Bertolucci
(Professor Adjunto UFLA).

13 de Novembro de 2020

08:00 - 09:30 – Apresentações orais

08:00 - QUALIDADE DE MUDAS DE Copaifera Langsdorffii CULTIVADAS


EM SUBSTRATOS ALTERNATIVOS EM FUNÇÃO DA FONTE E MÉTODOS
DE APLICAÇÃO DE ÁCIDOS HÚMICOS

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PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

08:30 - INTERCROPPING SYSTEMS IN PLANT-PARASITIC NEMATODE


MANAGEMENT: A REVIEW

09:00 - COMÉRCIO INFORMAL DE PLANTAS CONDIMENTARES: UMA


VISÃO ETNOBOTÂNICA SOBRE ESTA PRÁTICA INTEGRATIVA EM
SAÚDE

13:00 - 15:00 – Apresentações orais

13:00 - PLANTAS MEDICINAIS COM EFEITOS TOXICOLÓGICOS À SAÚDE


HUMANA: UMA REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA

13:30 - LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO SOBRE AS PLANTAS


MEDICINAIS UTILIZADAS NO ASSENTAMENTO BENEDITO ALVES
BANDEIRA, ACARÁ-PA

14:00 - PLANTAS MEDICINAIS COM POTENCIAL ANTI-HIPERTENSIVO:


UMA AVALIAÇÃO ETNOFARMACOLÓGICA NA COMUNIDADE DE TRÊS
LAGOAS, AMARGOSA-BA

14:30 - EXTRATO GLICÓLICO DE Rosmarinus officinalis L. APRESENTA


POTENCIAL PROFILÁTICO in vivo NO MODELO DE Galleria mellonella
INFECTADA POR Candida albicans

18:00 – Palestra bônus: Assuntos regulatórios em Plantas Medicinais e


Fitoterápicos.
Prelecionista: Wanderley José Mantovani Bittencourt (Professor na
Unilavras).

14 de Novembro de 2020

06:00 - 18:00 – Exposição dos vídeo-pôsteres

18:00 – Encerramento e Premiações

15 de Novembro de 2020

Todas as atividades ficaram disponíveis para acesso.

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PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

Tabelas com todos os resumos, divididos de acordo com as áreas temáticas:

Área 1 - Produção, cultivo e biotecnologia


Código Autores Título
Adriane Duarte Coelho, Camila Knopp
de Souza, Gustavo Costa Santos, Érica REGULADORES DE CRESCIMENTO NA
284145 Alves Marques, Juliana Pace Salimena, INDUÇÃO DE CALOS EM FOLHAS DE
Suzan Kelly Vilella Bertolucci, José Hyptis suaveolens (L.) Poit.
Eduardo Brasil Pereira Pinto
Adriane Duarte Coelho, Gustavo Costa
Santos, Érica Alves Marques, Juliana
LUZ NA INDUÇÃO DE CALOS EM
Pace Salimena, Júlia Assunção de
284147 FOLHAS DE Hyptis suaveolens (L.) Poit.
Castro Oliveira, Suzan Kelly Vilella
(LAMIACEAE)
Bertolucci, José Eduardo Brasil Pereira
Pinto
GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ERVA-
Hemily Miranda Arsego, Suzana
286086 BALEEIRA EM DIFERENTES TEMPOS DE
Stefanello, Patrícia da Costa Zonetti
EMBEBIÇÃO E ARMAZENAMENTO
Cassiano Melo de Moura, Laise de PRODUTIVIDADE DE RIZOMAS DE
286281 Souza de Oliveira, Luana Santos dos YACON NO NOROESTE DO RIO GRANDE
Santos DO SUL
PRODUÇÃO DE MASSA SECA DE
Cassiano Melo de Moura, Laise de
CAPÍTULOS DE CAMOMILA (Matricaria
286284 Souza de Oliveira, Luana Santos dos
recutita L.) EM DIFERENTES IDADES DE
Santos
COLHEITA
Laise de Souza de Oliveira, Esmailson
Moreira dos Santos, Luana Santos dos
Gliricidia sepium (Jacq.) Walp COMO FONTE
Santos, Cassiano Melo de Moura ,
286425 DE NITROGÊNIO NO CULTIVO DE Acmella
Fernanda Paula Sousa Fernandes,
oleracea [(L.) R. K. Jansen]
Amanda de Paula Viana Souza,
Gilberta Carneiro Souto

Luana Santos dos Santos;Laise de


Acmella oleracea (L.) R. K. Jansen SOB
Souza de Oliveira; Esmailson Moreira
286506 CULTIVO ORGÂNICO COM Gliricidia
dos Santos; ; Gilberta Carneiro Souto;
sepium
Cassiano Melo de Moura
Alan da Cunha Honorato; Gabriel Akira
ÉPOCA DE CULTIVO OTIMIZA A
Nohara; João Francisco Amaral Maciel;
PRODUÇÃO DE BIOMASSA E O
291512 Thainá de Oliveira; Alexandre Alves de
RENDIMENTO DE ÓLEO ESSENCIAL DE
Carvalho; José Eduardo Brasil Pereira
TOMILHO NA REGIÃO DE LAVRAS-MG
Pinto; Suzan Kelly Vilela Bertolucci

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PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

Rafael Marlon Alves de Assis, Vytória


Piscitelli Cavalcanti, Janina de Sales
CULTIVO DO Pilocarpus microphyllus Stapf
Guilarducci; João Paulo Lima de
291930 ex Wardleworth: UMA ANÁLISE
Oliveira, Dalete Sarah Pereira, José
BIBLIOMÉTRICA
Eduardo Brasil Pereira Pinto, Suzan
Kelly Vilela Bertolucci

Rafael Marlon Alves de Assis, Vytória


Piscitelli Cavalcanti, Janina de Sales
CULTIVO DA Carapichea ipecacuanha
Guilarducci; João Paulo Lima de
291981 (Brot.) L. Andersson: UMA ANÁLISE
Oliveira, Dalete Sarah Pereira, José
BIBLIOMÉTRICA
Eduardo Brasil Pereira Pinto, Suzan
Kelly Vilela Bertolucci

Vytória Piscitelli Cavalcanti, Ludmila


Caproni Morais, Maysa Mathias Alves INTERCROPPING SYSTEMS IN PLANT-
292909 Pereira, Clerio Rodrigues Ribeiro, PARASITIC NEMATODE MANAGEMENT:
Kamilly Maria Fernandes Fonseca, A REVIEW
Brenda Miriam Silva, Joyce Dória
Bárbara Mourão, Adriane Duarte Eficiência do Protocolo de Desinfestação para
292924 Coelho, Patrícia Gomes Cardoso e José Isolamento de Fungos Endofíticos em
Eduardo Brasil Pereira Pinto Mesosphaerum suaveolens (L.) Kuntze

Gustavo Costa Santos, Adriane Duarte


POTENCIAL DAS PLANTAS MEDICINAIS
292968 Coelho, Kaio Henrique dos Santos, José
CONTRA A COVID-19
Eduardo Brasil Pereira Pinto

Ludmila Caproni Morais, Maysa M. A.


Pereira, Vytoria P. Cavalcanti, Maria Diferentes sistemas de cultivo no teor e
293014 das Graças de S. Carvalho, Abraao J. S. rendimento de óleo essencial de Pelargonium
Viana, Otávio B. Machado e Joyce graveolens L.„H‟erit
Doria.
Ludmila Caproni Morais, Maysa M.A.
Diferentes sistemas de cultivo na composição
Pereira, Abraão J. S. Viana, Maria G. S.
293048 química de óleo essencial de Pelargonium
Carvalho, Vytoria P. Cavalcanti, Otávio
graveolens L.„Hérit
B. Machado e Joyce Doria.
Dálete Sarah Pereira, Vytória Piscitelli
Cavalcanti, Rafael Marlon Alves de EVOLUÇÃO DAS PESQUISAS COM
293406 Assis, Janina de Sales Guilarducci, João PLANTAS MEDICINAIS: UMA ANÁLISE
Paulo Lima de Oliveira, Anna Olímpio BIBLIOMÉTRICA
do Carmo

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PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
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Heloísa Donizete da Silva, Andréia


QUALIDADE DE MUDAS DE Copaifera
Brandão de Melo Lopes Rêgo, Gilson
Langsdorffii CULTIVADAS EM
Araujo de Freitas, Bruno Aurélio
293815 SUBSTRATOS ALTERNATIVOS EM
Campos Aguiar, Indira Rayane Pires
FUNÇÃO DA FONTE E MÉTODOS DE
Cardeal, Regina Da Silva Oliveira,
APLICAÇÃO DE ÁCIDOS HÚMICOS
Rubens Ribeiro da Silva

Área 2 - Botânica, etnobotânica de plantas medicinais


Código Autores Título
LEVANTAMENTO DE ESPÉCIES DA
Rafaela Cordeiro de Souza de Moura, COLEÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS DO
279416
Maiara de Souza Nunes Ávila ICET/UFAM: FONTE DE CONHECIMENTO
PARA A BIOPROSPECÇÃO

Daniela da Costa de Oliveira, Samuel USO DA INFUSÃO DE Bauhinia forficata


282261 Vitor Assis Machado de Lima, João Link NO TRATAMENTO DE DIABETES
Paulo Lima de Oliveira MELLITUS
Juliana Pace Salimena, Érica Alves
Marques Marafeli, Adriane Duarte Croton lechleri (Müll. Arg.): UMA REVISÃO
284055
Coelho, Vytória Piscitelli Cavalcanti, DOS ÚLTIMOS 5 ANOS
Manuel Losada Gavilanes
Júlia Assunção de Castro Oliveira,
Érica Alves Marques Marafeli, Alisson
Potencial Medicinal das Lamiaceae de
285566 Lara de Carvalho, Adriane Duarte
ocorrência no estado de Minas Gerais
Coelho, Maria de Fátima Santos,
Manuel Losada Gavilanes
LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO
Camila Garcia de Freitas, Josimar SOBRE AS PLANTAS MEDICINAIS
Cunha Vasconcelos, Janina de Sales UTILIZADAS NO ASSENTAMENTO
Guilarducci, louise ferreira rosal, BENEDITO ALVES BANDEIRA, ACARÁ -
285774 Acacio Tarciso Moreira de Melo PA
Luana Santos, Larisse Medeiros, Laise
Indicações Terapêuticas de Plantas Medicinais
286208 Souza, Matheus Hermann, Cassiano
na Comunidade Itaboca, Inhangapi, Pará
Melo, Pedro Henrique
Laise de Souza de Oliveira, Esmailson
CONHECIMENTO TRADICIONAIS NA
Moreira dos Santos, Luana Santos dos
AMAZÔNIA BRASILEIRA: USO DE
286422 Santos, Cassiano Melo de Moura,
PLANTAS MEDICINAIS NA VILA DO
Amanda de Paula Viana Souza, Larissa
TREME, BRAGANÇA, PARÁ
da Costa Brito
Ana Clara Silva De Morais, Lidyanne
Plantas Com Potencial Anti-Inflamatório: Um
Aona, Yuji Nascimento Watanabe,
286972 Levantamento Sobre O Uso e Registro na
Bárbara de Jesus, Floricea Magalhães
Comunidade de Três Lagoas-Amargosa-BA
Araújo

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INTERLAÇO DE SABERES
Isabella millena Alves Evangelista, TRADICIONAIS: A COMERCIALIZAÇÃO
287107
Luana Santos dos Santos PLANTAS MEDICINAIS NA AFEPRUC,
CASTANHAL, PARÁ

Isabella millena Alves Evangelista, ENTREPOSTOS E SUAS REDES NA


287111 DIFUSÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS EM
Luana Santos dos Santos
CASTANHAL, PARÁ
PLANTAS MEDICINAIS COM EFEITOS
Douglas Velmud Perinazzo, Daiana TOXICOLÓGICOS À SAÚDE HUMANA:
288773
Bortoluzzi Baldoni UMA REVISÃO NARRATIVA DE
LITERATURA
Maria de Fátima Santos, Kiara Cândido
Duarte da Silva, Bárbara do Carmo
Rodrigues Virote, João Paulo Lima de ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA DE Siparuna
289616
Oliveira, Marcos Ferrante, Manuel guianensis Aubl. (SIPARUNACEAE)
Losada Gavilanes, Elisângela Elena
Nunes Carvalho
PLANTAS MEDICINAIS COM POTENCIAL
Victoria Gomes Martins, Bárbara de
ANTI-HIPERTENSIVO: UMA AVALIAÇÃO
Jesus, Lidyanne Aona, Yuji
289636 ETNOFARMACOLÓGICA NA
Nascimento Watanabe, Floricea
COMUNIDADE DE TRÊS LAGOAS,
Magalhães Araújo
AMARGOSA-BA
Giulia Nayara Duarte, Giuliana Rayane
PLANTAS INVASORAS OCORRENTES
Barbosa Duarte, Maria de Fátima
NOS CANTEIROS DO HORTO DE
Santos, Júlia Assunção de Castro
291742 PLANTAS MEDICINAIS DA
Oliveira, Érica Alves Marques
UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS,
Marafeli, Andressa Souza de Oliveira,
MINAS GERAIS, BRASIL
Manuel Losada Gavilanes
Letícia Elias, Gislaine Serafim de Jesus, ESTUDO FARMACOBOTÂNICO DE
293230 Marcos Roberto Furlan e Elisa Mitsuko FOLHAS DE Solanum paniculatum L.
Aoyama (SOLANACEAE)
Letícia Elias, Gislaine Serafim de Jesus,
MORFOANATOMIA FOLIAR DE Allamanda
293237 Marcos Roberto Furlan e Elisa Mitsuko
cathartica L. (APOCYNACEAE)
Aoyama
Raphaela Bomfim de Oliveira; Camilo
Uso popular de Psychotria poeppigiana Mull.
293265 Pereira da Silva; Adamara Machado
Arg. (Rubiaceae) para fins medicinais
Nascimento
COMÉRCIO INFORMAL DE PLANTAS
Douglas Velmud Perinazzo, Daiana CONDIMENTARES: UMA VISÃO
293312
Bortoluzzi Baldoni ETNOBOTÂNICA SOBRE ESTA PRÁTICA
INTEGRATIVA EM SAÚDE

Carla Elisa Alves Bastos, Maria USO TRADICIONAL DE PLANTAS


293490 Adriana Santos Carvalho, Pedro MEDICINAIS ASSOCIADAS A DOENÇAS
Henrique Milhomem Lucas, Vitor de RESPIRATÓRIAS EM FORMOSO DO
Laia Nascimento ARAGUAIA, TOCANTINS

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PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
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Bernardino Domingos Mango e Brás Práticas de uso da Moringa- Nene badadjino


295387
Serifo dos Santos Brasil e na Guiné-Bissau

Área 3 - Botânica, etnobotânica e etnofarmacologia


Código Autores Título
Mariana Cafalchio Rozzatto, Simone
Análise do efeito antimicrobiano do extrato de
278700 Lapena, Lucas de Paula Ramos e
Rosa centifolia L sob Pseudomonas aeruginosa
Luciane Dias de Oliveira
João Paulo Lima de Oliveira, Maria de
Fátima Santos, Janina de Sales, PLANTAS MEDICINAIS E DIABETES:
279518
Guilarducci, Elisângela Elena Nunes UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA
Carvalho
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE
João Paulo Lima de Oliveira, Janina de
TERAPÊUTICA DE Solidago chilensis Meyen
Sales, Guilarducci, Bruna Nogueira
279916 NO TRATAMENTO DE AFECÇÕES
Andrade, Camila Garcia de Freitas,
CUTÂNEAS: UMA REVISÃO DE
Manuel Losada Gavilanes
LITERATURA
Camila Garcia de Freitas, Bruna
ESTUDO DAS ATIVIDADES
Nogueira Andrade, Janina de Sales
TERAPÊUTICA DE Talinum paniculatum
282111 Guilarducci, João Paulo Lima de
(Jacq.) Gaertn: UMA REVISÃO DE
Oliveira, Manuel Losada Gavilanes,
LITERATURA
Luciane Vilela Resende
Sabrina Ferreira dos Santos Liberato,
Lana Ferreira Santos, Vanessa Marques
EFEITO ADITIVO DA COMBINAÇÃO DOS
Meccatti, Ellen Roberta Lima Bessa,
284030 EXTRATOS Rosa centifolia L. e Curcuma
Thaís Cristine Pereira, Patrícia Michele
longa L. SOBRE Candida dubliniensis
Nagai de Lima, Luciane Dias de
Oliveira
Bruna Nogueira Andrade, Camila
BENEFÍCIOS DO USO DE Pereskia aculeata
Garcia de Freitas , João Paulo Lima de
285483 Miller NA ALIMENTAÇÃO HUMANA:
Oliveira, Janina de Sales Guilarducci,
UMA REVISÃO DE LITERATURA
Manuel Losada Gavilanes
Érica Alves Marques Marafeli, Júlia
Assunção de Castro Oliveira, Adriane CARACTERÍSTICAS BIOQUÍMICAS DE
285659 Duarte Coelho, Juliana Salimena, Palicourea rigida Kunth (RUBIACEAE):
Nelma Ferreira de Paula Vicente, UMA REVISÃO DE LITERATURA
Manuel Losada Gavilanes

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IV ENCONTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM PLANTAS MEDICINAIS & XIII CICLO DE PALESTRAS EM
PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

Janina de Sales Guilarducci, Vytória


MELÃO DE SÃO CAETANO (Momordica
Piscitelli Cavalcanti, Camila Garcia de
charantia L.) COMO POSSÍVEL
Freitas, Bruna Nogueira Andrade,
285673 ADJUVANTE NO TRATAMENTO DO
Hellen Custódio Machado, Breno
DIABETES: UMA ANÁLISE
Augusto Ribeiro Marcelino, João Paulo
BIBLIOMÉTRICA
Lima de Oliveira

Nelma Ferreira de Paula Vicente, Érica AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DOS


Alves Marques Marafeli, Abraão José ELEMENTOS QUÍMICOS NA RAIZ DE
286224
Silva Viana, Adjaci Uchôa Fernandes, Pereskia grandfolia Haw OBTIDOS POR
Roberta Hilsdorf Piccoli TÉCNICAS DE ANÁLISE ELEMENTAR
Maria de Fátima Santos, Erica Alves
ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE
Marques Marafeli, Giulia Nayara
Siparuna guianensis Aublet.
286437 Duarte, Marcos Ferrante, Manuel
(SIPARUNACEAE): UMA REVISÃO
Losada Gavilanes, Elisângela Elena
SISTEMÁTICA
Nunes Carvalho

Bruna Nogueira Andrade, Janina de


Sales Guilarducci, Camila Garcia de
ERVA-TOSTÃO (Boerhavia diffusa L.): UMA
289475 Freitas, João Paulo Lima de Oliveira,
REVISÃO BIBLIOMÉTRICA
Luciane Vilela Resende, Manuel
Losada Gavilanes
Kiara Cândido Duarte da Silva, Bárbara
do Carmo Rodrigues Virote, Maria de Efeitos do óleo essencial de Cymbopogon
289494
Fátima Santos, Luis David Solis citratus em embriões e larvas de Danio rerio
Murgas
Kiara Cândido Duarte da Silva, Maria
de Fátima Santos, Bárbara do Carmo Utilização do modelo animal Danio rerio para
290835 Rodrigues Virote, Marcos Ferrante, o estudo de plantas medicinais: Uma análise
Elisângela Elena Nunes Carvalho, Luis bibliométrica
David Solis Murgas

Janina de Sales Guilarducci, João Paulo


Lima de Oliveira, Camila Garcia de AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE
Freitas1, Bruna Nogueira Andrade, HEPATOPROTETORA DA ERVA-TOSTÃO
291810
Breno Augusto Ribeiro Marcelino, (Boerhavia diffusa L.): UMA REVISÃO
Luciane Vilela Resende, Manuel ATUALIZADA
Losada Gavilanes

Vytória Piscitelli Cavalcanti, João


LYCHEE (Litchi chinensis Sonn.,
Paulo Lima de Oliveira, Janina de Sales
SAPINDACEAE) AS AN ADJUVANT IN
292788 Guilarducci, Ludmila Caproni Morais,
THE TREATMENT OF DIABETES: A
Maysa Mathias Alves Pereira, Juliana
BIBLIOMETRIC REVIEW
Pace Salimena, Joyce Dória

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IV ENCONTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM PLANTAS MEDICINAIS & XIII CICLO DE PALESTRAS EM
PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

Larissa de Souza Moura, Vanessa


EXTRATO GLICÓLICO DE Rosmarinus
Marques Meccatti, Livia Mara Alves
officinalis L. APRESENTA POTENCIAL
Figueiredo Godoi, Juliana Campos
292888 PROFILÁTICO In vivo NO MODELO DE
Junqueira, Lucas de Paula Ramos,
Galleria mellonella INFECTADA POR
THAIS CRISTINE PEREIRA,
Candida albicans
LUCIANE DIAS DE OLIVEIRA
Bárbara Mourão, Adriane Duarte Fungos Endofíticos Associados a Plantas
292925
Coelho e Patrícia Gomes Cardoso Medicinais: uma Revisão de Literatura
A UTILIZAÇÃO DO ALECRIM (Rosmarinus
Hellen Custódio Machado, João Paulo Officinalis L.) COMO MÉTODO
293225 Lima de Oliveira, Elisângela Nunes TERAPÊUTICO NAS DOENÇAS
Carvalho CARDIOVASCULARES: UMA ANÁLISE
DE INDICADORES BIBLIOMÉTRICOS
Hellen Custódio Machado, João Paulo A RELAÇÃO ENTRE PLANTAS
Lima de Oliveira, Janina de Sales MEDICINAIS E DEMÊNCIA: UMA
293226
Guilarducci, Elisângela Nunes ANÁLISE DE INDICADORES
Carvalho BIBLIOMÊTRICOS
Nara Tayná Veloso Borges; Bárbara
Rodrigues Freitas; Caio de Sousa Triagem das classes de metabólicos secundários
293264 Murta; Lúcio Valério de Oliveira Neto; em extratos de sementes de Amburana
Marco Aurélio Leite Fontes; Cristiane cearensis
Fernanda Fuzer Grael

Nara Tayná Veloso Borges; Bárbara


Rodrigues Freitas; Caio de Sousa Triagem das classes de metabólicos secundários
293266 Murta; Lúcio Valério de Oliveira Neto; em extratos de sementes de Pterodon
Marco Aurélio Leite Fontes; Cristiane emarginatus
Fernanda Fuzer Grael
Daniele Cristina Vitorelli Venancio e Brazilian plants with antifungal activity against
293409
Marilene Rodrigues Chang Candida spp: literature review

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IV ENCONTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM PLANTAS MEDICINAIS & XIII CICLO DE PALESTRAS EM
PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

Área 1 - Produção, cultivo e


biotecnologia de plantas medicinais

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REGULADORES DE CRESCIMENTO NA INDUÇÃO DE CALOS EM


FOLHAS DE Hyptis suaveolens (L.) Poit

Adriane Duarte Coelho*1, Camila Knopp de Souza1, Gustavo Costa Santos1, Érica
Alves Marques1, Juliana Pace Salimena1, Suzan Kelly Vilella Bertolucci1, José Eduardo
Brasil Pereira Pinto1
1
Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*duartecoelho.adriane@gmail.com

A Hyptis suaveolens (L.) Poit, conhecida popularmente como bamburral, é uma planta
medicinal utilizada no tratamento inflamações, diarreia, gripe e infecções. Estudos
recentes indicam que as raízes de H. suaveolens contém podofilotoxina, uma lignana
conhecida por suas propriedades antimitóticas, utilizada no tratamento de câncer e de
verrugas genitais. A cultura de tecidos vegetais, por meio da produção de calos in vitro,
permite o estudo da influência do ambiente no metabolismo secundário e é uma técnica
utilizada na otimização da produção de compostos bioativos de valor comercial, como a
podofilotoxina. Neste contexto, objetivou-se avaliar a influência de reguladores de
crescimento na indução de calos in vitro em folhas de H. suaveolens cultivadas em casa-
de-vegetação. Folhas de plantas matrizes foram coletadas e imersas em solução de
hipoclorito de sódio (50%) por 15 min, sob agitação constante. Os explantes passaram
por tríplice lavagem em água destilada autoclavada, posteriormente foram padronizados
em quadrados de 1 cm2 e inseridos em tubos de ensaio contendo 15 mL de meio de
cultivo MS com adição de 1 mg L-1 de cinetina combinados com 3 diferentes
concentrações de 2,4 D (0,5; 1,0 e 2,0 mg L-1), acrescido de um tratamento controle
(sem reguladores de crescimento). Cada tratamento foi constituído de 5 repetições,
sendo 4 tubos por repetição. Os tubos permaneceram por 30 dias em sala de
crescimento, a 26oC e ao abrigo da luz. Avaliou-se a matéria fresca (mg), frequência de
indução (%) e aspectos visuais dos calos. O uso de 0,5 mg L-1 de 2,4 D em combinação
com 1 mg L-1 de cinetina proporcionou 100% de indução de calos e 212,4 mg de
matéria fresca, ao passo que o uso de 1,0 mg L-1 de 2,4 D resultou em 60% de indução
de calos e 29,6 mg de matéria fresca. A presença de 0,5 e 1,0 mg L-1 de 2,4 D no meio
de cultura induziram a produção de calos friáveis e de coloração amarelo-claro. Não
houve indução de calos em folhas cultivadas em meio sem reguladores de crescimento e
em meio MS contendo 2,0 mg L-1 de 2,4 D. Desta forma, é indicado o uso de 0,5 mg L-1
2,4 D + 1,0 mg L-1 de cinetina para indução de calos friáveis em folhas de Hyptis
suaveolens.

Palavras-chave: Bamburral; Micropropagação; Auxinas; Citocininas; Plantas


medicinais.

Apoio financeiro: CNPq, CAPES e FAPEMIG.

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LUZ NA INDUÇÃO DE CALOS EM FOLHAS DE Hyptis suaveolens (L.) Poit.


(LAMIACEAE)

Adriane Duarte Coelho*1, Gustavo Costa Santos1, Érica Alves Marques1, Juliana Pace
Salimena1, Júlia Assunção de Castro Oliveira1, Suzan Kelly Vilella Bertolucci1, José
Eduardo Brasil Pereira Pinto1
1
Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*duartecoelho.adriane@gmail.com

A Hyptis suaveolens (L.) Poit é uma planta medicinal conhecida popularmente como
bamburral e possui atividade inseticida, fungicida, nematicida e bactericida, devido aos
compostos bioativos produzidos no seu metabolismo secundário. A produção de calos
in vitro permite estudar o efeito do ambiente no metabolismo das plantas e obter
protocolos otimizados para a produção de metabólitos de valor comercial. Neste
contexto, objetivou-se avaliar a presença e ausência da luz na indução de calos em
folhas de H. suaveolens cultivadas em casa-de-vegetação. Folhas de plantas matrizes
cultivadas em casa-de-vegetação foram coletadas e imersas em solução de hipoclorito
de sódio (50%) por 15 min, sob agitação constante. Posteriormente, os explantes
passaram por tríplice lavagem em água destilada autoclavada, padronizados em
quadrados de 1 cm2 e inseridos em tubos de ensaio contendo 15 mL de meio de cultivo
MS com adição de 0,5 mg L-1 de 2,4 D e 1,0 mg L-1 de cinetina. Os tubos
permaneceram por 30 dias em sala de crescimento a 26oC em dois ambientes: ao abrigo
da luz e sob lâmpada LED branca (39 μmol-2 s-1), com fotoperíodo de 16h. Avaliou-se a
matéria seca (mg), frequência de indução (%) e aspectos visuais dos calos. Calos
cultivados sob as lâmpadas LED apresentaram melhor desenvolvimento e coloração
amarelo-esverdeada, ao passo que os que permaneceram no escuro apresentaram
coloração escura e pouco desenvolvimento. Maior matéria seca (14,54 mg) foi
observada em calos cultivados na presença de luz em comparação com os calos
cultivados na ausência de luz (9,17 mg). Entretanto, ambos tratamentos geraram calos
friáveis e com frequência de indução de 100%. Desta forma, é indicado o uso de
lâmpadas LED para induzir de calos em folhas de H. suaveolens.

Palavras-chave: Bamburral; Cultura de tecidos; Calogênese; Plantas medicinais.

Apoio financeiro: CNPq, CAPES e FAPEMIG.

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GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE ERVA-BALEEIRA EM DIFERENTES


TEMPOS DE EMBEBIÇÃO E ARMAZENAMENTO

Hemily Miranda Arsego1*, Suzana Stefanello2, Patrícia da Costa Zonetti2


1
Discente do Curso de Ciências Biológicas, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Setor Palotina,
Palotina, Paraná, Brasil.
2
Docentes da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Setor Palotina, Palotina, Paraná, Brasil.
*hemilymiranda.oi@gmail.com

A erva-baleeira (Varronia curassavica Jacq.) pertencente à família Boraginaceae é uma


planta com comprovada atividade anti-inflamatória. A espécie é pouco domesticada e
produz sementes que atingem a maturidade de forma irregular. Desta forma, estudos que
visem elucidar o processo germinativo, o armazenamento e a conservação das sementes
são de fundamental importância. O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito da
embebição das sementes, bem como das condições e do tempo de armazenamento na
emergência de plântulas de erva-baleeira. Foram utilizadas sementes maduras coletadas
de uma planta cultivada na Universidade Federal do Paraná (UFPR), Setor Palotina,
Palotina, PR no período de dezembro de 2019 a março de 2020. Avaliou-se a
embebição (ausência ou durante 24 horas), o tempo de armazenamento (0 dias para
sementes recém-coletadas e 90 dias) e as temperaturas de armazenamento (temperatura
ambiente e a 4ºC). A semeadura foi realizada em tubetes de plástico (contendo substrato
comercial composto por casca de pinus, areia para substrato, composto orgânico e
vermiculita). O delineamento foi inteiramente casualizado em esquema fatorial (2
tempos de embebição x 2 tempos de armazenamento x 2 temperaturas de
armazenamento). A unidade experimental consistiu de uma fileira de 10 tubetes e 4
repetições, com uma semente por tubete, semeada a uma profundidade de 0,5 cm. A
emergência das plântulas foi acompanhada diariamente até a estabilização quando foi
avaliado o percentual de emergência e o índice de velocidade de emergência (IVE). As
bandejas contendo os tubetes permaneceram em espaço aberto sob telado de polietileno
com 50% de sombreamento. A temperatura média durante a avaliação do experimento
foi 23ºC e umidade relativa de 50%. A irrigação foi realizada uma vez ao dia, com
auxílio de um regador. A emergência das plântulas iniciou no 9º dia e a estabilização
ocorreu aos 77 dias. Verificou-se que houve interação entre os fatores embebição das
sementes e períodos de armazenamento onde os maiores percentuais de emergência
foram obtidos quando sementes recém-coletadas foram embebidas em água por 24
horas (92,5%), diferindo de sementes armazenadas por 90 dias e embebidas (62,5%).
Para as sementes armazenadas não houve diferença quanto a embebição. Também não
houve diferença significativa para o IVE nas interações e nos tratamentos isolados.
Concluiu-se que a emergência das plântulas de erva-baleeira é favorecida pela
embebição das sementes por 24 horas com maiores percentuais de emergência logo após
a coleta, podendo ser armazenadas por até 90 dias em geladeira ou mesmo em
temperatura ambiente.
Palavras-chave: Boraginaceae; Emergência; Propagação; Varronia curassavica Jacq.

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PRODUTIVIDADE DE RIZOMAS DE YACON NO NOROESTE DO RIO


GRANDE DO SUL

Cassiano Melo de Moura1*, Laise de Souza de Oliveira1, Luana Santos dos Santos1
1
Programa de Pós-Graduação em agronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná-UTFPR,
Pato Branco, Paraná, Brasil.
*E-mail: cassianomoura@alunos.utfpr.edu.br

O yacon (Polymnia sonchifolia Poep. Endl.), família Asteraceae, é uma planta perene
que apresenta um complexo sistema subterrâneo, sendo extremamente adaptável quanto
ao clima, altitude e tipo de solo, sendo que sua alta resistência ao frio e à seca está
relacionada à grande quantidade de carboidratos de reserva nos órgãos subterrâneos. As
raízes tuberosas apresentam grandes quantidades de fruto-oligossacarídeos do tipo
inulina como carboidratos de reserva, o que justifica sua importância potencial na
indústria alimentícia. O objetivo do trabalho foi avaliar a produção de rizomas de yacon
em regiões do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul. Os experimentos foi
inteiramente casualizado e utilizando-se o mesmo tratamento para toda a área, e com
três repetições. Foram conduzidos nos municípios de São Valério do Sul e Santo
Augusto no Estado do Rio Grande do Sul, em área experimental de 36 m2, sendo o
plantio realizado em agosto de 2019 utilizando-se rizomas pesando entre 50 e 70 g, com
espaçamento de 0,90 m x 0,90 m (entre linhas e plantas), e profundidade de
aproximadamente 0,20 m. As adubações foram adaptadas baseando-se nas
recomendações para o cultivo de batata, sendo feitas uma adubação de plantio, com 1,62
kg de fósforo, 1,26 kg de potássio, 0,54 kg de nitrogênio e duas aplicações nitrogenadas
em cobertura de 0,72 kg. A colheita foi realizada em junho/julho de 2020, após 10/11
meses de cultivo, retirando-se os órgãos subterrâneos de yacon manualmente, obteve-se
uma média de 6 kg de rizomas de yacon por planta, e um total de 150 kg de rizomas. Os
resultados obtidos foram satisfatórios, pois houve um perfeito estabelecimento e
desenvolvimento da cultura na região de estudo. Não houve diferença estatística em
termos de produção de rizomas, isso se deve a qualidade do solo das áreas onde foi
realizado o experimento e a rusticidade da planta em se adaptar e produzir nas
condições da região Noroeste do RS. Concluiu-se que a cultura do yacon tem potencial
de desenvolvimento e produtividade na região Noroeste do Estado do RS, podendo vir a
ser uma ótima alternativa de diversificação e de incremento de renda aos pequenos
produtores rurais.

Palavras-chave: Alimento alternativo; Agregação de renda; Saúde; Preservação.


Polymnia sonchifolia.

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PRODUÇÃO DE MASSA SECA DE CAPÍTULOS DE CAMOMILA (Matricaria


recutita L.) EM DIFERENTES IDADES DE COLHEITA

Cassiano Melo de Moura1*, Laise de Souza de Oliveira1, Luana Santos dos Santos1
1
Programa de Pós-Graduação em agronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná-UTFPR,
Pato Branco, Paraná, Brasil.
*E-mail: cassianomoura@alunos.utfpr.edu.br

A camomila (Matricaria recutita L.) é uma planta muito utilizada tanto na medicina
tradicional, como na forma de medicamento fitoterápico, pois é uma planta herbácea,
anual e aromática com várias propriedades medicinais. A camomila, sob a forma de
chás e óleos, é frequentemente utilizada devido seu efeito calmante. O uso de plantas
medicinais vem ganhando espaço no que se refere a alternativas terapêuticas, observado
o número de estudos que vem sendo feitos para a testagem do potencial terapêutico de
novos extratos. O objetivo do trabalho foi avaliar qual o período se obtém maior
produção de massa seca de capítulos, realizando-se várias colheitas. O experimento foi
realizado no município de Santo Augusto/RS. O delineamento experimental foi
inteiramente casualizado, com 5 tratamentos (85, 92, 99, 106 e 113 dias após a
emergência (DAE) das plântulas) e três repetições, as parcelas possuíam 2,0 m x 3,0 m,
sendo 2,0 m2 de parcela útil, com distância de 1,0 m entre cada parcela. Após cada
colheita de todos os capítulos florais da parcela útil de cada tratamento, procedeu-se a
secagem em secador com circulação de ar, a temperatura de 65ºC por 10 horas e
posterior pesagem. A massa seca dos capítulos florais da camomila foi 118,5; 342,6;
412,2 kg ha-1 aos 85, 92 e 99 DAE, respectivamente, sendo observado aumento até a
colheita aos 106 DAE (457,3 kg ha-1), a partir da qual ocorreu redução para 423,6 kg
ha1 aos 113 DAE. Concluiu-se que aos 106 DAE ocorreu a maior produção de massa
seca de capítulos, evidenciando que houve diferença significativa e o corte tardio
apresentou melhores ganhos em produção de massa seca.

Palavras-chave: Calmante natural; Uso medicinal; Ganhos; Qualidade.

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Gliricidia sepium (Jacq.) Walp COMO FONTE DE NITROGÊNIO NO CULTIVO


DE Acmella oleracea [(L.) R. K. Jansen].

Laise de Souza de Oliveira*1, Esmailson Moreira dos Santos2, Luana Santos dos
Santos1, Cassiano Melo de Moura 1, Fernanda Paula Sousa Fernandes2, Amanda de
Paula Viana Souza2, Gilberta Carneiro Souto2
1
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Pato Branco, Paraná, Brasil.
2
Instituto Federal do Pará – IFPA, Castanhal, Pará, Brasil.
*laise.03la@gmail.com

O jambu (Acmella oleracea [(L.) R. K. Jansen]) é uma planta herbácea, pertencente à


família Asteraceae, de comum comercialização e consumo na Região Norte do Brasil.
Esta espécie é muito apreciada na culinária nortista como especiaria em pratos
regionais. Seu uso é passível como antibiótico e anestésico, sendo importante nos
tratamentos de doenças como dispepsia, malária e infecções. Os compostos orgânicos
usados no cultivo da cultura não têm sido suficientes para atender as demandas
nutricionais da planta, notadamente o nitrogênio. Desta forma a gliricídia (Gliricidia
sepium) por se tratar de uma fabaceae rica em nitrogênio se apresenta como uma
alternativa para disponibilização deste nutriente. À vista disso, a presente pesquisa teve
por objetivo avaliar o efeito do incremento de diferentes doses de gliricídia na adubação
orgânica com composto orgânico sobre a produtividade do jambu. Esta pesquisa foi
realizada no Instituto Federal do Pará - Campus Castanhal, no setor de produção e
pesquisas em horticultura da instituição. O delineamento do experimento foi em blocos
casualizados com 4 tratamentos e 4 repetições, sendo os tratamentos constituídos do uso
de gliricídia triturada e seca em 4 dosagens - 0; 1,250; 2,5; 3,750 kg/m-2, todos os
tratamentos receberam 5 kg/m-2 de composto orgânico como adubação de fundação.
Aos 42 dias após o transplantio foi realizado a coleta e análise de massa fresca,
comprimento da haste e massa seca. O tratamento que recebeu 2,5 kg/m-2 de gliricídia
apresentou melhores resultados quanto a massa fresca e altura. Os dados de massa seca
não apresentaram diferenças significativas. A quantidade de adubo utilizada nesta
pesquisa apresenta-se em menor quantidade aos demais trabalhos com a cultura, mas
apresenta resultados aproximados aos valores dos parâmetros analisados como massa
fresca, massa seca e comprimento de haste. A gliricídia apresenta-se como uma
alternativa promissora para a complementação da adubação orgânica, visto que além de
apresentar alto teor de N, também é rico em outros nutrientes que são absorvidos pela
planta.

Palavras-chave: Cultivo orgânico; Gliricídia; Composto; Vermicomposto; Jambu.

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Acmella oleracea (L.) R. K. Jansen SOB CULTIVO ORGÂNICO COM Gliricidia


sepium

Luana Santos dos Santos*1, Laise de Souza de Oliveira1, Esmailson Moreira dos
Santos2, Gilberta Carneiro Souto2, Cassiano Melo de Moura¹
1
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Pato Branco, Paraná, Brasil.
2
Instituto Federal do Pará – IFPA, Castanhal, Pará, Brasil.
*lu-santosdossantos@hotmail.com

A produção de hortaliças sob bases orgânicas é uma prática que se expande na


agricultura. O cultivo de hortaliças nesses moldes utiliza de tecnologia que respeitem os
processos naturais do meio biofísico, não interferindo de modo agressivo ao meio
ambiente, promovendo assim, alimentos de qualidade e com proteção à saúde de
produtores e consumidores. Este tipo de cultivo de hortaliças apresenta benefícios que
perpassam pelo tripé: propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. Porém,
estudos sobre a adubação orgânica em diversas espécies de hortaliças ainda são
escassos, assim como na cultura do jambu (Acmella oleracea (L.) R. K. Jansen), espécie
muito cultivada e apreciada na Região Amazônica brasileira. Neste sentido, a pesquisa
teve por objetivo avaliar o efeito da Gliricidia sepium em três diferentes formas de
adubação orgânica em jambu. O trabalho foi desenvolvido no Instituto Federal do Pará
– Campus Castanhal no setor de olericultura, em que se emprega procedimentos
totalmente naturais de cultivo, sem a utilização de produtos químicos, onde destaca-se o
uso da técnica de minhocultura, que possibilita uma maior nutrição e enriquecimento do
solo. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso em esquema fatorial de 3x4,
com 4 repetições. Foram coletados galhos e folhas de gliricídia e posteriormente estes
foram triturados e trabalhados em três diferentes formas de adubação: gliricídia verde
depositada em sulcos nas entrelinhas das plantas; gliricídia verde depositada como
cobertura na parcela e; gliricídia seca depositada como cobertura nas parcelas. Todos os
tratamentos foram executados nas seguintes proporções – 0; 1,250; 2,5; 3,750 kg/m-2.
As características analisadas foram: comprimento da haste, obtido através de uma trena
medindo-se a planta do colo até o ápice; massa fresca e massa seca. Os tratamentos que
receberam 2,5 km/m-2 apresentaram melhores resultados de massa fresca e comprimento
de haste tanto com o uso de gliricídia verde depositada em sulcos nas entrelinhas das
plantas e gliricídia seca depositada como cobertura nas parcelas. Quanto a massa seca,
não foi observado diferenças entre as proporções utilizada do adubo nas duas situações.
A utilização gliricídia verde depositada como cobertura na parcela apresentou queima
das folhas e baixo desenvolvimento das plantas de jambu, além da perda de algumas
parcelas devido a fermentação do material depositado verde, enquanto que o uso de
gliricídia seca proporcionou menores condições de desenvolvimento de ervas daninhas
sobre as parcelas. Desta forma, torna-se mais indicado a utilização da gliricídia triturada
e seca, uma vez que, além de fornecer nitrogênio para o desenvolvimento da planta,
apresenta-se como uma boa cobertura do solo impedindo o desenvolvimento de ervas
indesejadas no cultivo.

Palavras-chave: Agricultura orgânica; Olericultura; Segurança alimentar; Jambu.

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ÉPOCA DE CULTIVO OTIMIZA A PRODUÇÃO DE BIOMASSA E O


RENDIMENTO DE ÓLEO ESSENCIAL DE TOMILHO NA REGIÃO DE
LAVRAS-MG

Alan da Cunha Honorato1; Gabriel Akira Nohara1; João Francisco Amaral Maciel1;
Thainá de Oliveira1; Alexandre Alves de Carvalho1; José Eduardo Brasil Pereira Pinto1;
Suzan Kelly Vilela Bertolucci1
1
Universidade Federal de Lavras: UFLA – Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*alan_honorato18@hotmail.com

As estratégias de manejo agrícola, como a época de cultivo, exercem influência


significativa no metabolismo da planta e, consequentemente, na produção de biomassa e
de óleo essencial. Dessa forma, objetivou-se avaliar a produção de biomassa e de óleo
essencial de tomilho (Thymus vulgaris L.) cultivado nas estações do outono e primavera
no município de Lavras-MG. O experimento foi conduzido em condição de pleno sol no
Horto de Planta Medicinais da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em vasos de 10
dm³ contendo terra e areia (2:1) e adubados com esterco bovino na dose equivalente a
10kg.m-². A irrigação desse experimento seguiu um turno de rega de 48 horas, com uma
lâmina d‟água aplicada a fim de elevar a umidade do substrato para 90% da capacidade
de campo. As plantas foram colhidas 100 dias após o transplantio das mudas. O
delineamento experimental adotado foi o inteiramente casualizado sendo avaliado o
fator época de cultivo em dois tratamentos: outono (22/03 a 30/06 de 2018) e primavera
(08/09 a 16/12 de 2018) e 10 repetições. Avaliaram-se o peso seco total e o teor (%) e
rendimento do óleo essencial nas folhas (g planta-1). O óleo essencial foi hidrodestilado
em aparelho de Clevenger modificado. Os dados obtidos foram submetidos a análise de
variância. O peso seco total e o rendimento de óleo essencial máximos obtidos no
experimento foi de 37,07 g e 71,6 mg planta-1 nas plantas de tomilho cultivadas na
primavera, respectivamente. Estes valores corresponderam a um aumento em relação ao
outono de 144,6% em biomassa e de 72% em rendimento de óleo essencial. O teor de
óleo essencial não divergiu estatisticamente entre as estações, sendo observado: 1,36 e
1,46 % de óleo essencial no outono e na primavera, respectivamente. Conclui-se que a
primavera é a melhor alternativa para cultivo de tomilho no município de Lavras-MG,
quando se deseja aumentar a produção biomassa e o rendimento de óleo essencial.

Palavras-chave: Thymus vulgaris; Primavera; Outono; Manejo agrícola.

Apoio Financeiro: CNPq, CAPES e FAPEMIG.

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CULTIVO DO Pilocarpus microphyllus Stapf ex Wardleworth: UMA ANÁLISE


BIBLIOMÉTRICA

Rafael Marlon Alves de Assis *1, Vytória Piscitelli Cavalcanti1, Janina de Sales
Guilarducci1, João Paulo Lima de Oliveira1, Dalete Sarah Pereira1, José Eduardo Brasil
Pereira Pinto1, Suzan Kelly Vilela Bertolucci1
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*rafamarlon7@gmail.com

O Jaborandi (Pilocarpus microphyllus Stapf ex Wardlew), família Rutaceae, é uma


espécie nativa do Brasil e encontrada na região do Estado do Pará. Conhecida
popularmente como jaborandi verdadeiro, apresenta altos teores de pilocarpina em suas
folhas e por isso, é o mais intensamente coletado e usado no tratamento de glaucoma.
Essa espécie encontra-se na lista do IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis) de plantas medicinais ameaçadas de extinção. Além
disso, informações sobre o cultivo na área de plantas medicinais são escassos. Portanto,
objetivou-se por meio desta pesquisa buscar dados bibliométricos do jaborandi em
relação ao seu cultivo. Esse estudo bibliométrico consistiu na identificação de
indicadores usando bases de dados online. A busca de dados ocorreu nas bases Scopus e
Web of Science (WOS) no dia 24 de Setembro de 2020 com as seguintes palavras
chaves “Medicinal plants”, “Pilocarpus microphyllus” e “Cultivation”, onde foram
observados o período e número de publicações, ano com maior publicação, tipo de
documento encontrado, área de publicação e país com maior número de publicações.
Foram encontrados na Scopus e WOS somente 12 e 4 documentos, respectivamente,
demonstrando a falta de estudos nessa área de pesquisa, sendo que os anos das
publicações variaram de 2001-2020 na base Scopus e de 2012-2017 na WOS, onde o
ano de maior publicação ocorreu em 2012 (n=3) na Scopus, já na WOS não houve ano
com maior número de publicação. Em ambas as bases foram encontrados somente dois
tipos de documentos, artigo e revisões, sendo os artigos predominantes. Para as áreas de
publicações na Scopus destacaram-se a Farmacologia, Toxicologia e Farmacêutica com
30% (n=6) dos documentos, seguido das áreas de agricultura e ciências biológicas, e
medicina, ambas com 20% (n=4). Já na WOS não houve variações. No que tange aos
países que mais publicaram sobre o jaborandi e seu cultivo nas bases Scopus e WOS, o
Brasil destacou-se com cerca de 9 e 4 documentos, respectivamente, sendo que na
Scopus os demais países (Alemanha, Índia, Coréia do Sul, EUA) apresentaram somente
um documento publicado. Conclui-se que o cultivo do jaborandi ainda é pouco
estudado, possibilitando, portanto novos estudos e inovações nessa área, principalmente
no Brasil, já que foi o país que se destacou nos números de publicações.

Palavras-chave: Plantas Medicinais; Cultivo; Pilocarpina; Glaucoma.

Apoio Financeiro: CAPES; CNPq e FAPEMIG.

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CULTIVO DA Carapichea ipecacuanha (Brot.) L. Andersson: UMA ANÁLISE


BIBLIOMÉTRICA

Rafael Marlon Alves de Assis *1, Vytória Piscitelli Cavalcanti1, Janina de Sales
Guilarducci1, João Paulo Lima de Oliveira1, Dalete Sarah Pereira1, José Eduardo Brasil
Pereira Pinto1, Suzan Kelly Vilela Bertolucci1
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*rafamarlon7@gmail.com

A ipeca (Carapichea ipecacuanha (Brot.) L. Andersson) é uma planta medicinal


reconhecida mundialmente, sendo conhecida popularmente por ipeca, ipeca-verdadeira,
poaia, cinzenta, dentre outras. Em suas raízes, são encontrados dois valiosos alcalóides,
de grande valor farmacológico: a emetina e a cefalina, usadas no tratamento
antidiarréico, amebicida, expctorante e antinflamatório. Possui como seu centro de
origem o Brasil, onde pode ser encontrada na floresta, sob árvores de grande porte, nos
Estados de Mato Grosso, Rondônia, Pará, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo,
Pernambuco e Bahia. A ipeca é uma espécie ameaçada de erosão genética e/ou extinção
por ter sofrido intenso processo extrativo nos 2 séculos passados. Desta forma,
objetivou-se por meio desta pesquisa buscar dados bibliométricos em relação ao cultivo
da ipeca. Esse estudo bibliométrico consistiu na identificação de indicadores usando
bases de dados online. A busca de dados ocorreu nas bases Scopus e Web of Science
(WOS) no dia 24 de Setembro de 2020 com as seguintes palavras chaves “Medicinal
plants”, “Carapichea ipecacuanha” e “Cultivation”, onde foram observados o período e
número de publicações, ano com maior publicação, tipo de documento encontrado, área
de publicação e país com maior número de publicações. Foram encontrados na Scopus
somente seis, sendo que na Web of Science não foram encontrados resultados,
evidenciando a carência de estudos nessa área de pesquisa, sendo que os anos das
publicações variaram de 2015-2019, onde o ano de maior publicação ocorreram em
2015 (n=2) e 2017 (n=2). Em relação aos tipos de documentos, foram encontrados dois
tipos, artigo 83,3% (n=5) e revisões 16,7% (n=1). Para as áreas de publicações
destacaram-se a áreas de agricultura e ciências biológicas, e medicina, ambas com
23,1% (n=3), seguida das áreas de química e Farmacologia, Toxicologia e Farmacêutica
com 15,4% (n=2). No que tange aos países que mais publicaram sobre o cultivo da
ipeca, a China e o Japão destacaram-se, ambos com dois documentos, sendo que os
demais países (Argentina, Colômbia, Irã e Polônia) apresentaram somente um
documento publicado. Conclui-se que o cultivo da ipeca ainda é pouco estudado,
possibilitando, portanto novos estudos e inovações nessa área de pesquisa.

Palavras-chave: Plantas Medicinais; Cultivo; Ipeca; Emetina; Cefalina.

Apoio Financeiro: CAPES; CNPq e FAPEMIG.

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INTERCROPPING SYSTEMS IN PLANT-PARASITIC NEMATODE


MANAGEMENT: A REVIEW

Vytória Piscitelli Cavalcanti1*, Ludmila Caproni Morais1, Maysa Mathias Alves


Pereira1, Clerio Rodrigues Ribeiro1, Kamilly Maria Fernandes Fonseca1, Brenda Miriam
Silva1, Joyce Dória1
1
Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*vytoria.cavalcanti@estudante.ufla.br

Plant-parasitic nematode (PPN) management is one challenge in agriculture, in view


that they are microscopic microrganisms that occur in the soil and the symptoms can be
confused with nutritional deficiencies or other diseases. The intercropping system is one
option that increases soil biodiversity with the potential to reduce the PPN population in
many ways. In this way, the purpose of this research was to analyze the publications
related to intercropping in the management of plant-parasitic nematodes. The searches
were conducted on September 20, 2020, and performed in the Scopus and Scielo
database using the descriptors “Intercropping” and “Nematode” and “Management”.
Mendeley was used to gather the documents and delete the duplicates. Were found 48
documents published in the period of 1988 to 2020. After the exclusion of the articles
that did not evaluate the effect of the intercropping in the management of PPN and after
the exclusion of duplicates, 35 articles remained. Of the selected articles, 82.86% were
scientific articles and 17.14% were reviews. Taking into account only the scientific
articles that shown the intercropped species in the abstract, being 22 documents, were
found that 81.82% of the intercropping systems presented efficiency in PPN
management, and 18.18% presented an increase in the PPN population. Among them,
18.18% had an adverse effect on plant growth and only 4.55% had a positive effect on
plant production. The PPN species most cited were Meloidogyne spp. (50%) and
Pratylenchus spp. (22.73%). The main interplanted companion crops were marigold
(Tagetes spp.) and sunn hemp (Crotalaria spp.), being used, respectively, in 36.36%
and 22.73% of the selected scientific articles. The intercropping system is shown to be a
relevant strategy in plant-parasitic nematode management. The selection of the
companion crop is an important step that needs attention not only in its effect on plant-
parasitic nematode management but also in its effects on the crop to be implanted,
needing to present a harmonic interaction between them.

Key-words: Mixed cropping system; Interplanted companion crops; Biocontrol;


Phytoparasitic nematodes; Root pathogen.

Financial supporter: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior


(CAPES).

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EFICIÊNCIA DO PROTOCOLO DE DESINFESTAÇÃO PARA ISOLAMENTO


DE FUNGOS ENDOFÍTICOS EM Mesosphaerum suaveolens (L.) Kuntze

Bárbara Mourão*1, Adriane Duarte Coelho1, Patrícia Gomes Cardoso1, José Eduardo
Brasil Pereira Pinto1
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*
bmoubio@gmail.com

A Mesosphaerum suaveolens é uma espécie nativa, pertencente à família Lamiaceae.


No Brasil, encontra-se bem distribuída por todas as regiões, ocorrendo na Floresta
Amazônica, Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado e Pantanal. Esta espécie é considerada
medicinal por ser, popularmente, utilizada nos tratamentos de diversas infecções, dores
estomacais e reumatismo. O estudo de fungos endofíticos relacionados à M. suaveolens
permite inicialmente identificar os principais gêneros que vivem associados a esta
espécie vegetal. Para isolamento destes microrganismos a primeira etapa seria a
desinfestação das amostras de plantas evitando a contaminação por espécies de
microrganismos epifíticos. Existem diferentes protocolos que utilizam principalmente
álcool e hipoclorito de sódio. Porém, a concentração e tempo de tratamento variam entre
as plantas. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência da
desinfestação de M. suaveolens para isolamento de fungos endofíticos associados à
espécie. Caules, folhas e sementes foram imersos em etanol 70%, por 2 minutos, em
hipoclorito de sódio (2,0% de cloro ativo) por 3 minutos, seguido de imersão,
novamente, em etanol 70%, por 1 minuto. Posteriormente, o material passou por três
lavagens em água destilada autoclavada. A última água de lavagem foi utilizada para a
avaliação da eficiência da desinfestação, colocando-se uma alíquota de 100 µL em meio
de cultura MEA – extrato de malte (30g), peptona (5g) e ágar (15g). As placas foram
mantidas em BOD a 25oC. Para o tratamento controle, foi utilizado uma alíquota de 100
µL de água destilada autoclavada. Cada tratamento foi constituído por 3 repetições,
sendo uma placa por repetição. As placas foram observadas diariamente para avaliação
da presença de crescimento microbiano. Não foram observadas contaminações em
nenhuma das repetições. Desta forma, concluímos que a metodologia de desinfecção
adotada foi eficaz para a desinfestação superficial de M. suaveolens visando o
isolamento de fungos endofíticos.

Palavras-chave: Lamiaceae; Medicinal; Microrganismos.

Apoio Financeiro: CAPES.

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POTENCIAL DAS PLANTAS MEDICINAIS CONTRA A COVID-19

Gustavo Costa Santos1*, Adriane Duarte Coelho1, Kaio Henrique dos Santos1, José
Eduardo Brasil Pereira Pinto1
1
Universidade Federal de Lavras, UFLA: Lavras, MG, Brasil. *gustavo.santos10@ufla.br

No final de 2019, um novo coronavírus denominado SARS-CoV-2 foi descrito em


Wuhan, na China. Esse vírus causa um conjunto de sintomas principalmente
respiratórios denominados Covid-19. Em 2020, esse vírus se espalhou pelo mundo
numa pandemia que ultrapassou milhões de vítimas fatais, agravou a crise econômica
global e aumentou da desigualdade social. Vários laboratórios públicos e privados têm
pesquisado por diferentes tipos de vacina e ainda não existe certeza se terão eficácia
desejada, pois os vírus sofrem mutações e evoluem mais rápido que a tecnologia,
especialmente na alta taxa de propagação observada nessa pandemia. Também se
observa uma busca intensa por medicamentos tanto para os sintomas da síndrome
quanto para inativar diretamente o vírus. Para o tratamento dos sintomas da Covid-19,
existem relatos bem-sucedidos com o uso de corticoides, anticoagulantes, anticorpos e
antifibróticos. Na China, o governo divulgou protocolos com chás de plantas medicinais
para fortalecer o sistema imunológico. Índia também teve procedimentos semelhantes.
Porém, ainda não foi encontrado ou desenvolvido um medicamento com eficiência
comprovada para inativar o vírus quando já está no organismo humano. Nessa
conjuntura, vários pesquisadores têm procurado avaliar o potencial de fitofármacos em
se ligar nos principais alvos virais, como a proteína Spike (S) e a Protease Principal
(Mpro). Para isso, utilizam Docking Molecular, capaz de prever a energia de ligação da
substância medicinal com as proteínas alvo. Com o uso desta técnica de bioinformática,
estima-se que os compostos isotimol, timol, limoneno, p-cimeno e ϒ-terpineno,
presentes no óleo essencial de Ammoides verticillata, são boas moléculas candidatas.
Numa triagem em banco de dados de fitofármacos, as três principais moléculas
encontradas foram a Crocina, produzida pela espécie Crocus sativus L., a
Digitoxigenina, presente na espécie Nerium oleander L. e a β-Eudesmol, que pode ser
encontrada em pequenas quantidades na espécie Lauris nobilis L. Nesse estudo temos o
exemplo de uma substância bastante tóxica como a Digitoxigenina, que futuramente
pode ser modificada por tecnologia do DNA recombinante para uma forma molecular
mais segura. Outro estudo com banco de dados de fitoterápicos descobriu que os
compostos hesperidina, rutina, diosmina, apiina e diacetilcurcumina foram mais efetivos
em inativar in silico (simulação computacional) a Mpro. É importante destacar que o
potencial dessas moléculas foi superior ao observado em algumas das drogas mais
estudadas contra o SARS-CoV-2, como hidroxicloroquina. Além disso, existe a
possibilidade de utilizar algumas dessas moléculas de forma mais segura em máscaras e
outros equipamentos de segurança. Existem estudos para produzir vacinas comestíveis,
nas quais os antígenos serão expressos nas plantas. Conclui-se que os fitoterápicos
apresentam grande potencial no combate e prevenção ao SARS-Cov-2 por meio de
pesquisas preliminares in sílico.
Palavras-chave: SARS-CoV-2; Pandemia; Medicina Tradicional; Fitofármacos, Bioinformática.

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DIFERENTES SISTEMAS DE CULTIVO NO TEOR E RENDIMENTO DE


ÓLEO ESSENCIAL DE Pelargonium graveolens L.'Hérit

Ludmila Caproni Morais*¹, Maysa Mathias Alves Pereira¹, Vytoria Piscitelli


Cavalcanti¹, Maria das Graças de Souza Carvalho², Abraão José Silva Viana¹, Otávio
Bernardes Machado¹, Joyce Doria¹
1
Universidade Federal de Lavras, UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
²Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, Minas Gerais, Brasil.
*ludmilacaproni@gmail.com

O gerânio é uma planta medicinal de alto valor para a industria farmacêutica e de


perfumaria devido ao seu óleo essencial, rico em citronelol e geraniol. Relata-se uma
vasta gama de bioatividades para a espécie, tais como, ação antimicrobiana, ansiolítica,
antiespasmódico e antioxidante. Sabe-se que o rendimento de seu óleo é baixo, menos
de 1% do peso seco. Assim, surge a necessidade da elaboração de um sistema de
manejo estratégico para o aumento de sua produtividade. Desta forma, o objetivo do
presente trabalho foi avaliar a ação de diferentes sistemas de cultivo no teor e
rendimento de óleo essencial de gerânio. Os sistemas de cultivo foram representados
por sete tratamentos: T1) solo + N-P-K; T2) solo sem adubação; T3) solo + adubação
biodinâmica; T4) solo + adubação orgânica (composto a base de esterco bovino, palha
de café e vinhança de cana; e micronutrientes); T5) solo + adubação biodinâmica +
bactérias promotoras de crescimento de plantas (BPCP); T6) solo + adubação orgânica
+ BPCP e T7) solo + composto. O experimento foi realizados em blocos casualizados
contendo três repetições por tratamento. O teor e rendimento foram calculados pelas
equações: Teor de óleo (%) = [volume do óleo (mL)/BSF (Biomassa seca do
farmacógeno) (g)] x 100. Rendimento (g planta-1) = [Teor de óleo (%) x BSPA
(biomassa seca da parte aérea) (g)] /100. O rendimento dos óleos essenciais em T1, T3 e
T5 foram escassos em P. graveolens L impossibilitando demais análises. Os
tratamentos T4 e T6 apresentaram maiores rendimentos de óleo, 0,0359 e 0,0218 g
planta-1, respectivamente. Enquanto T2 apresentou maior teor (0,0275%), seguido de T4
(0,0225%). O menor rendimento e menor teor de óleo essencial foi observado em T7,
apresentando 0,0066 g planta-1 e 0,0107%. Portanto, mediante a comparação dos dados,
sugere-se que o sistema de cultivo a base de adubação orgânica pode ser considerado
uma estratégia de produção promissora para o cultivo comercial de P. graveolens L.
para produção de óleo essencial.

Palavras-chave: Plantas medicinais; Malva cheirosa; Agroecologia; Biodinâmica;


Gerânio.

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq e UFLA.

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DIFERENTES SISTEMAS DE CULTIVO NA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE


ÓLEO ESSENCIAL DE Pelargonium graveolens L.'Hérit

Ludmila Caproni Morais*¹, Maysa Mathias Alves Pereira¹, Abraão José Silva Viana¹,
Maria das Graças de Souza Carvalho², Vytoria Piscitelli Cavalcanti¹, Otávio Bernardes
Machado¹, Joyce Doria¹
1
Universidade Federal de Lavras, UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
²Universidade José do Rosário Vellano, UNIFENAS, Alfenas, Minas Gerais, Brasil.
*ludmilacaproni@gmail.com

Gerânio é uma planta reconhecida por seu óleo essencial de agradável odor e com
diversas finalidades terapêuticas, composto principalmente por citronelol (C) e geraniol
(G). A relação C:G do óleo é o que lhe atribui maior valor de mercado nas industrias
farmacêuticas, alimenticias e de perfumaria. Desta forma, surge a necessidade da
elaboração de um sistema de manejo estratégico que favoreça a produção de metabólitos
secundários de interesse comercial. Objetivou-se avaliar o perfil fitoquímico do óleo
essencial de gerânio sob diferentes sistemas de cultivo, representados por sete
tratamentos: T1) solo + N-P-K; T2) solo sem adubação; T3) solo + adubação
biodinâmica; T4) solo + adubação orgânica (composto a base de esterco bovino, palha
de café e vinhança de cana; e micronutrientes); T5) solo + adubação biodinâmica +
bactérias promotoras de crescimento de plantas (BPCP); T6) solo + adubação orgânica
+ BPCP e T7) solo + composto. O experimento foi realizado em blocos casualizados
contendo três repetições por tratamento. Após 160 dias do plantio, as plantas foram
coletadas, desidratadas em estufas com circulção de ar a 35°C e levadas para
hidrodestilação em aparelho clavenger por, em média, 4 horas. O óleo obtido foi
submetido a análise de cromatografia gasosa com detector de espectrometria de massas.
Os tratamentos T1, T3 e T5 não apresentaram quantidades suficientes de óleos
essenciais. A partir da análise, observou-se que os óleos essenciais de T2, T4, T6 e T7
apresentaram semelhança entre os principais constituintes químicos, sendo compostos
majoritariamente por: citronelol, formato citronelil, cariofileno, aristolene e isomentona.
Não foi possível atingir a razão C:G em nenhum dos tratamentos. Ressaltando-se o T2 e
T7, uma vez que, não foi observado a presença de geraniol nos mesmos. Ainda assim, o
óleo produzido pode ser usado por outras indústrias, na fabricação de cremes, sabonetes,
produtos de higiene pessoal e aromaterapia. Vale ressaltar que o estudo foi realizado na
primavera, sob condições de calor, enquanto a produção de geraniol é beneficiada em
climas mais frios. São necessárias adaptações nos sistemas de cultivo e maior
observação na sazonalidade para produção de óleo essencial em P. graveolens L.

Palavras-chave: Plantas medicinais; Malva cheirosa; Agroecologia; Biodinâmica,


Gerânio.

Apoio Financeiro: CAPES, CNPq e UFLA.

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EVOLUÇÃO DAS PESQUISAS COM PLANTAS MEDICINAIS: UMA


ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA

Dálete Sarah Pereira*1, Vytória Piscitelli Cavalcanti¹; Rafael Marlon Alves de Assis¹;
Janina de Sales Guilarducci¹; João Paulo Lima de Oliveira¹; Anna Olímpio do Carmo¹
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*dalete.pereira1@estudante.ufla.br

A Anvisa define por planta medicinal qualquer espécie vegetal, cultivada ou não, que é
utilizada com propósitos terapêuticos. O uso de plantas medicinais é muito explorado
pelo ser humano desde a antiguidade e, apesar de já haver a produção de várias
substâncias sintéticas, atualmente é perceptível o aumento do interesse da população em
tratamentos naturais e mais acessíveis. Desse modo, este trabalho objetivou analisar a
evolução das pesquisas sobre plantas medicinais utilizando indicadores bibliométricos.
Assim, foi feito o estudo dos indicadores bibliométricos da base Web of Science a partir
da busca realizada no dia 29 de setembro de 2020 usando o descritor em inglês
“Medical Plant”. Foram observados: os países com mais publicações, os tipos de
documentos publicados, as principais áreas de estudos referentes ao tema, o período de
publicação e o ano com maior número de publicações. O primeiro documento
encontrado na Web of Science sobre o tema foi publicado em 1946. Em 2020 já foram
publicados 3936 documentos. Desde a primeira publicação, foram encontrados 54452
documentos, sendo que 80% são artigos científicos, 10,3% são revisões e os 9,7%
restantes estão distribuídos entre artigos em procedimento de publicação, resumos de
encontros, entre outros. Até o momento, o ano com maior volume de publicações foi
2019, com 5268 documentos, correspondendo a 9,6% do total de artigos publicados em
74 anos. Esse resultado indica um crescimento nas pesquisas relacionadas às plantas
medicinais, acompanhando o aumento da busca por tratamentos naturais. Em relação
aos países com maior número de publicações, estão: a Índia (16,6%), China (12,6%) e
Brasil (8,2%). As categorias de estudo mais exploradas são a Farmacologia (26,2%),
Ciência Vegetal (25,3%), Química Medicinal (18,5%). Outras categorias de suma
importância nesta área são a Agronomia (3,8%), categoria fundamental para orientação
sobre como cultivar as plantas medicinais de forma a obter elevada produção de
princípios ativos, e a Biologia (2,2%), categoria que oferece orientação acerca da
identificação correta dessas plantas, assim como a identificação de novas espécies
medicinais dentre a vasta biodiversidade existente. Portanto, esses resultados indicam
que os estudos sobre plantas medicinais estão em ascensão e as categorias de estudos
sobre cultivo e biologia precisam de mais pesquisas.

Palavras-chave: Publicações; Cultivo; Biologia.

Apoio Financeiro: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior


(CAPES).

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QUALIDADE DE MUDAS DE Copaifera Langsdorffii CULTIVADAS EM


SUBSTRATOS ALTERNATIVOS EM FUNÇÃO DA FONTE E MÉTODOS DE
APLICAÇÃO DE ÁCIDOS HÚMICOS

Heloisa Donizete da Silva1*, Andréia Brandão de Melo Lopes Rêgo2, Gilson Araújo de
Freitas 3, Bruno Aurélio Campos Aguiar4, Indira Rayane Pires Cardeal5, Regina Da
Silva Oliveira 6, Rubens Ribeiro da Silva7.
1
Universidade Federal do Tocantins- UFT, Gurupi, Tocantins, Brasil, *isadonizette@gmail.com
2
Universidade Federal do Tocantins, UFT, Gurupi-TO, Brasil, andreia.b.melo@hotmail.com
3
Universidade Federal do Tocantins, UFT, Gurupi-TO, Brasil, freitas@uft.edu.br
4
Universidade Federal do Tocantins, UFT, Gurupi-TO, Brasil, aguiar.florestal@gmail.com
5
Universidade Federal do Tocantins, UFT, Gurupi-TO, Brasil, indypires1@gmail.com
6
Universidade Federal do Tocantins, UFT, Gurupi-TO, Brasil, reginasilva3377@gmail.com
7
Universidade Federal do Tocantins, UFT, Gurupi-TO, Brasil, rrs2002@mail.uft.edu.br

A Copaifera langsdorffii Desf sp. pertencente à família Fabaceae Caesalpinioidae, é


uma espécie de ocorrência tanto em áreas mais férteis e bem drenadas, bem como em
solo pobre e ácido. Várias são as indicações para o óleo de copaíba, como o efeito anti-
inflamatório, antisséptico, sífilis, antiasmático, tratamento de bronquite, faringite,
hemoptise, pneumonia, dermatites, psoríases, analgésico, antidiarreico, cicatrizante,
afrodisíaco, antitetânico, bactericida, anticancerígeno, antitumoral, reumatismo,
hemorragias, paralisia e picadas de cobra. Assim, frente ao aumento na potencialidade
de uso, surgi o interesse por conhecimentos técnicos que promovam o aumento da
produtividade. Os ácidos húmicos promovem o aumento da área radicular e do número
de raízes fisiologicamente ativas. O objetivo foi avaliar o efeito dos métodos de
aplicação de ácidos húmicos em substrato orgânico alternativo na qualidade de mudas
de Copaifera langsdorffii Desf.. O delineamento experimental foi inteiramente
casualizado, com cinco repetições, sendo cada repetição uma parcela composta por seis
plantas. As plantas foram avaliadas aos 15; 42; 60; 90 e 114 dias após a germinação,
sendo submetidas aos métodos de aplicação (foliar, imersão de tubetes e sobre o solo)
dos ácidos húmicos de base comercial (Fertiactyl®) e alternativo (ácido húmico
alternativo - AHA). Após a última aplicação, foi mensurado o número de folhas (NF),
área foliar (AF), altura de planta (AP), e comprimento de raiz (CR), na sequência as
mudas foram particionadas e colocadas na estufa por 72 horas, avaliando-se a massa
seca da parte área e (MSPA) e massa seca de raiz (MSR), mensuração do diâmetro do
colo (DC) e com esses dados determinou o índice de qualidade de mudas (IQD). As
mudas que não receberam ácidos húmicos apresentaram, significativamente, a menor
altura, menor diâmetro do coleto e menor massa seca da parte aérea. Infere-se que o
ácido húmico de composição comercial proporcionou equilíbrio no incremento em
altura e diâmetro do colo. O IQD variou de 0,06 e 0,15, sendo respectivamente o menor
na dose zero (T0) e maior com aplicação de ácido húmico comercial via foliar (T2AHC-
F). Nos demais métodos de aplicação, os valores foram intermediários entre esses dois
extremos, apresentando diferença significativa quando se faz uso do ácido húmico, seja
de composição comercial ou alternativa.

Palavras-chave: Produção de mudas; Plantas medicinais; Cerrado.

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Área 2 - Botânica e etnobotânica de


plantas medicinais

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LEVANTAMENTO DE ESPÉCIES DA COLEÇÃO DE PLANTAS MEDICINAIS


DO ICET/UFAM: FONTE DE CONHECIMENTO PARA A BIOPROSPECÇÃO

Rafaela Cordeiro de Souza Moura1, Maiara de Souza Nunes Ávila1*


1
Universidade Federal do Amazonas-UFAM, Itacoatiara, Amazonas, Brasil.
*maynunes@yahoo.com.br

As coleções biológicas apresentam uma importância significativa nas pesquisas


científicas em diferentes áreas de conhecimento. Muitas espécies pertencentes ao bioma
amazônico precisam ser conhecidas quanto ao seu potencial biotecnológico e biologia
da conservação. Sendo assim, esse trabalho teve como objetivo organizar, classificar e
informatizar a coleção de exsicatas de plantas medicinais do laboratório do Instituto de
Ciências Exatas e Tecnologia da Universidade Federal do Amazonas e acrescentar as
espécies da coleção viva, observando as suas fenologias na região. O estudo foi
conduzido no Laboratório de Botânica do Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia, em
Itacoatiara, Amazonas. As exsicatas das plantas coletadas pelos alunos de graduação de
agronomia do campus foram digitalizadas e a identificação das espécies foram
realizadas por meio de chaves de identificação, estereomicroscópio e comparações com
a literatura pertinente. Foram confeccionadas exsicatas das espécies medicinais
presentes na horta medicinal do campus e essas foram incorporadas à coleção botânica.
Todas as exsicatas foram registradas em um “caderno de registro” da coleção. As
exsicatas passaram por limpeza, desinfestação, organização e armazenamento em
armário de ferro. A coleção botânica conta atualmente com 276 exsicatas, divididas em
73 espécies pertencentes a 40 famílias. As famílias mais representativas foram
Lamiaceae, com 12 espécies, Asteraceae, com 5 espécies, e Amaranthaceae, com 4
espécies. As espécies da coleção viva de plantas medicinais foram catalogadas
conforme a floração. As espécies da horta apresentaram fenologia semelhante a outras
regiões brasileiras. A espécie Piper callosum Ruiz & Pav., da família Piperaceae é um
arbusto perene e nativo e apresentou floração em todos os meses de estudo. Cissus
verticillata (L.) Nicolson & C.E. Jarvis (Vitaceae) é uma planta trepadeira perene que
apresentou floração no mês de setembro podendo ser observado este fenômeno também
em dezembro, fevereiro e março. Com o desenvolvimento do presente projeto foi
possível recuperar exsicatas em mal estado de conservação e acrescentar as espécies
presentes na horta medicinal, possibilitando introduzir uma coleção botânica de plantas
medicinais no Instituto, servindo de suporte e acervo para consulta, uso em disciplinas e
compartilhamento de material com coleções de outras instituições, além de contribuir
com a formação de recursos humanos em atividades relacionadas à curadoria de
coleções. Também possibilitou a verificação das famílias botânicas de plantas
medicinais mais abundantes na região de Itacoatiara, Amazonas, Brasil.

Palavras-chave: Etnobotânica; Herbários; Diversidade florística; Conservação;


Patrimônio ambiental.

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USO DA INFUSÃO DE Bauhinia forficata Link NO TRATAMENTO DE


DIABETES MELLITUS

Daniela da Costa de Oliveira1, Samuel Vitor Assis Machado de Lima2*, João Paulo
Lima de Oliveira3
1
Universidade Estácio de Sá (UNESA): Juruaia, Minas Gerais, Brasil.
2
Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG): Alfenas, Minas Gerais, Brasil.
3
Universidade Federal de Lavras (UFLA): Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*samuelvamdelima@gmail.com

O diabetes mellitus é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas em todo o
mundo. Uma das plantas medicinais utilizadas pela população brasileira no tratamento
do diabetes mellitus é a Bauhinia forficata Link, também conhecida como “pata-de-
vaca”. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de estudos de casos clínicos a
fim de analisar o efeito hipoglicemiante da infusão de B. forficata em indivíduos
diabéticos e pré-diabéticos. Foi realizada uma busca direta por artigos de casos clínicos
nas bases de dados LILACS, PubMed, SciELO e Scopus. Foram pesquisados trabalhos
em espanhol, inglês ou português, publicados nos últimos 10 anos e que utilizassem
apenas a infusão das folhas da espécie vegetal no tratamento de homens e mulheres,
acima de 18 anos de idade, com pré-diabetes ou diabetes mellitus. Foram utilizadas as
palavras-chave "Bauhinia forficata" e "diabetes", e o operador booleano “AND”. Foram
encontrados cinco estudos, dos quais três apresentaram resultados positivos em relação
ao uso da infusão de B. forficata como agente hipoglicemiante eficaz em diabéticos e
pré-diabéticos, enquanto dois estudos não apresentaram resultados positivos. Nos três
estudos que mostraram resultados positivos foi possível notar que o consumo constante
da infusão da planta diminuiu significativamente os níveis de hemoglobina glicosilada
e/ou glicemia em jejum do grupo teste em comparação ao grupo controle. Em contra
partida os outros dois estudos não demonstraram diferenças significativas nas análises
realizadas entre os pacientes do grupo teste e grupo controle, contudo embora não se
possa concluir se a B. forficata foi positiva para essas pessoas, pôde-se perceber que não
foi negativo o seu uso. Concluiu-se que a infusão de B. forficata tem potencial para
auxiliar no tratamento do diabetes mellitus, apesar da necessidade de maiores evidências
científicas sobre o assunto.

Palavras-chave: “Pata-de-vaca”; Hipoglicemiante; Fitoterápico.

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Croton lechleri Müll. Arg.: UMA REVISÃO DOS ÚLTIMOS CINCO ANOS

Juliana Pace Salimena*1, Érica Alves Marques1, Adriane Duarte


Coelho1, Vytória Piscitelli Cavalcanti1, Manuel Losada Gavilanes1
1
Universidade Federal de Lavras, UFLA, Minas Gerais, Brasil.
*julianapsalimena@gmail.com

A espécie Croton lechleri Müll. Arg. é uma planta medicinal pertencente à família
Euphorbiaceae, nativa da América do Sul e amplamente distribuída na América Latina.
O nome “sangue-de-dragão” é usado popularmente para designar diversas espécies do
gênero, assim como também é o nome utilizado para identificar o látex de coloração
vermelha que essas plantas apresentam. O objetivo desse estudo foi realizar um
levantamento das publicações nos últimos cinco anos sobre a espécie Croton lechleri.
Foram realizadas buscas de documentos sobre a espécie nas bases de dados Scopus e
Web of Science. Utilizou-se o nome Croton lechleri como palavra-chave. O gerenciador
de bibliografia EndNote foi utilizado para reunir os documentos e excluir as duplicatas.
Somente foram selecionados artigos que abordavam o nome científico da espécie em
seu título ou resumo. Dados como: autor, ano, título, objetivo, outras espécies
estudadas, uso, parte estudada, metodologia e conclusão foram reunidos. Inicialmente
foram encontrados 24 artigos, após refinamento e exclusão de duplicatas restaram 16
artigos. Dos artigos selecionados foram encontradas uma revisão sistemática e duas
revisões simples. Foi observado que a maioria dos trabalhos relatou o uso do látex por
suas propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes e antimicrobianas. Em outros artigos
foi encontrada uma mistura do látex ou extrato do látex com outras plantas, assim como
extrato padronizado e composto purificado. Nos estudos in vivo e in vitro, o látex
apresentou atividade antidiarreica (três artigos), antimicrobiana (um artigo),
antioxidante (dois artigos), anti-inflamatória (um artigo) e leishmanicida (um artigo). A
espécie Croton lechleri é uma planta medicinal com grande potencial terapêutico e
ainda existem poucos estudos recentes na área.

Palavras-chave: Látex; Sangue-de-dragão; Planta medicinal.

Apoio Financeiro: CAPES, CNPQ e FAPEMIG.

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POTENCIAL MEDICINAL DAS LAMIACEAE DE OCORRÊNCIA NO


ESTADO DE MINAS GERAIS

Júlia Assunção de Castro Oliveira1*, Érica Alves Marques Marafeli1, Alisson Lara de
Carvalho1, Adriane Duarte Coelho1, Maria de Fátima Santos1, Manuel Losada
Gavilanes1
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*julia.assuncaooliveira@hotmail.com

A família Lamiaceae Martinov compreende aproximadamente 240 gêneros e 7200


espécies com distribuição cosmopolita. No Brasil são encontrados aproximadamente 63
gêneros dos quais 7 são endêmicos e 575 espécies das quais 358 são endêmicas. Muitas
destas espécies possuem importância medicinal, principalmente devido a vasta
variedade de compostos que são responsáveis por atividades antimicrobianas, anti-
inflamatórias, antioxidantes, dentre outras. Neste contexto, objetivou-se realizar um
levantamento bibliográfico sobre o potencial medicinal das Lamiaceae de ocorrência no
estado de Minas Gerais, Brasil. Utilizou-se a base de dados Google Acadêmico, onde as
palavras-chave utilizadas foram “Lamiaceae”, Lamiaceae Medicinais” e “Lamiaceae
Minas Gerais”. Foram incluídos documentos do tipo artigo, trabalho de conclusão de
curso, teses e dissertações, em seguida foi feita uma seleção a partir dos títulos e
resumos, onde foram selecionados apenas documentos que abordavam sobre o uso
medicinal das Lamiaceae que ocorrem em Minas Gerais. Foram encontrados 54 estudos
que mencionaram, pelo menos, uma espécie desta família, totalizando 71 espécies e 24
gêneros com ocorrência em Minas Gerais. Dentre os municípios mais citados destacam-
se: Belo Horizonte, Juiz de Fora, Lavras, Ouro Preto e Viçosa. A maioria dos estudos
foi do tipo etnobotânico, mas também foram encontrados trabalhos dos tipos: florístico,
fitoquímico, levantamento de espécies invasoras com propriedades medicinais,
etnofarmacológico, fisiologia/anatomia e micropopagação/germinação de sementes.
Dentre os usos comuns das espécies da família Lamiaceae podemos destacar problemas
do trato digestivo (cólicas, fígado, gastrite), problemas do sistema respiratório (tosse,
gripe, garganta e bronquite) e problemas do sistema nervoso (estresse, ansiedade,
calmante). Verificou-se que em todos os trabalhos revisados deste levantamento,
mencionam o uso popular das folhas como chá (infusão e decocção), banhos, macerados
in natura e xaropes. Desta forma, nota-se a ampla utilização medicinal das espécies da
família Lamiaceae de ocorrência em Minas Gerais. No entanto, ressalta-se que mais
estudos devem ser realizados, principalmente os que investiguem o perfil fitoquímico e
comprovem as atividades biológicas e farmacológicas destas espécies, promovendo
novas descobertas sobre o potencial medicinal das espécies desta família e suas
aplicações para o desenvolvimento de novos fitoterápicos e fitofármacos.

Palavras-chave: Medicina Popular; Fitoterápicos; Etnobotânico.


Apoio financeiro: CAPES e FAPEMIG.

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LEVANTAMENTO ETNOBOTÂNICO SOBRE AS PLANTAS MEDICINAIS


UTILIZADAS NO ASSENTAMENTO BENEDITO ALVES BANDEIRA, ACARÁ
- PA

Camila Garcia de Freitas*1; Josimar Cunha Vasconcelos2; Janina de Sales Guilarducci1


Louise Ferreira Rosal2; Acácio Tarciso Moreira2
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
2
Instituto Federal do Pará Campus-Castanhal.
*camilagarcia.f@hotmail.com

Tem sido observado um declínio do conhecimento sobre plantas medicinais como


prática fitoterápica, o que pode estar atrelado à desvalorização dos saberes tradicionais
pelas novas gerações e tambeém ao acesso à medicina convencional. Uma das formas
de conservação desses valorosos conhecimentos são os registros etnobotânicos, que tem
papel fundamental para que não ocorra essa perda. Diante disso, o objetivo deste
trabalho foi realizar um levantamento etnobotânico sobre as plantas medicinais
utilizadas no Assentamento Benedito Alves Bandeira, Acará - Pará. A ferramenta
utilizada para a coleta de dados foi a entrevista orientada por um questionário
semiestruturado. Assim, foram realizadas entrevistas em 37 casas, envolvendo jovens,
adultos e idosos, que totalizaram 63 participantes. Foram relatadas 103 espécies. Para o
preparo dos remédios são utilizadas folhas, cascas, cascas de frutos, frutos, caule, raízes,
óleo, leite (látex), limo (colônia de musgo que se acumula em superfície úmida
formando uma camada esverdeada), flor, cipó, semente e ouriço, verificando a
versatilidade de uso das plantas medicinais, dando aos usuários diferentes perspectivas
de uso a partir do material vegetal disponível. Dentre as finalidades citadas pelos
participantes, destacam-se o uso para o tratamento do sistema respiratório, relacionado
principalmente a gripe e resfriados associados à tosse e dor de cabeça. As inflamações
também foram relatadas com frequência e estavam relacionadas ao aparelho
geniturinário ou aos sistemas osteomuscular e digestivo. Dos entrevistados, 47 já
recomendaram o uso de plantas medicinais para outras pessoas, os que ainda não
repassaram seus saberes atribuem isso à falta de experiência que tem com o preparo das
formulações caseiras. A principal forma de repasse de conhecimento foi a oral e as mães
representam a fonte primária de conhecimento. Desta forma, foi confirmado que o
conhecimento tradicional relacionado ao uso de plantas medicinais está vivo no
assentamento Benedito Alves Bandeira.

Palavras-chave: Saberes populares; Etnobotânica; Nordeste Paraense.

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INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS DE PLANTAS MEDICINAIS NA


COMUNIDADE ITABOCA, INHANGAPI, PARÁ

Luana Santos dos Santos*1, Larisse Medeiros Gonçalves1, Laise de Souza de Oliveira1,
Matheus Hermann dos Santos1, Cassiano Melo de Moura¹, Pedro Henrique da Silva
Monteiro¹
1
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Pato Branco, Paraná, Brasil.
*lu-santosdossantos@hotmail.com

O Brasil é um país de grande biodiversidade. Dentre as espécies florísticas, várias são


passíveis de uso terapêutico/medicinal. Embora grande parte destas espécies ainda não
tenha sido investigada quanto aos seus princípios ativos e potencialidades terapêuticas,
o conhecimento tradicional leva a utilização dessas plantas como meios para tratar
doenças e enfermidades. Ressalta-se que a etnobotânica é uma ciência que aborda e
fortalece o conhecimento sobre o uso da biodiversidade através dos saberes locais, é
uma ferramenta importante para estreitar os conhecimentos tradicionais do uso dessas
plantas e o universo científico. Dessa forma, o trabalho teve por objetivo fazer um
levantamento dos usos terapêuticos das plantas medicinais usadas na comunidade
quilombola de Itaboca em Inhangapi, Pará. A metodologia aplicada foi a técnica de
Snowball, que ajudou a diminuir a área de abrangência até que os dados se mostrassem
saturados, constituindo um total de 30 famílias entrevistadas. Foram usadas para a
coleta de dados entrevistas semiestruturada e checklist. As indicações de uso terapêutico
foram classificadas nas seguintes categorias: doenças culturais, doenças endócrinas,
nutricionais e metabólicas, doenças infecciosas e parasitárias, doenças da pele e do
tecido subcutâneo, doenças do sistema circulatório, doenças do sistema digestório,
doenças do sistema geniturinário, doenças do sistema nervoso, doenças do sistema
osteomuscular, doenças do sistema respiratório, lesões, envenenamento e outras
consequências de causas externas, neoplasias e outras indicações. As plantas de uso
mais citados são para problemas de saúde dos sistemas digestório, geniturinário e
doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, isto pode estar relacionado ao provável
tratamento de água de baixa qualidade para o consumo da comunidade. Nestas
categorias as doenças comumente tratadas são colesterol alto, diabetes, hepatite, dores
estomacais e infecções nos rins. As plantas mais citadas para tratar dessas doenças são
popularmente conhecidas como: Alfavaca (Ocimum gratissimum), Andiroba (Carapa
guianensis), Amor crescido (Portulaca pilosa), Boldo (Vernonia condensata), Capeba
(Pothomorphe umbellata), Capim Santo (Cymbopogon citratus), Catinga-de-mulata
(Tanacetum parthenium), Cipó-pucá (Cissus sicyoides), Elixir paregórico (Piper
callosum), Espinheira santa (Maytenus ilicifolia), Jucá (Caesalpinia leiostachya),
Mastruz (Dysphania ambrosioides), Oriza (Pogostemon patchouly), Pariri (Arrabidaea
chica), Pau de Acapú (Vouacapoua americana), Quebra-pedra (Phyllanthus
acutifolius), Sucuúba (Himatanthus sucuuba) e Vindicá (Alpinia speciosa). É visível a
vastidão dos conhecimentos tradicionais da comunidade sobre uso de plantas
medicinais, a imersão nesse universo é ponto importante de estudo visando respeitar os
atores locais e entender suas relações com as plantas medicinais.

Palavras-chave: Etnobotânica; Etnofarmacológicas; Conhecimento tradicional.

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CONHECIMENTO TRADICIONAIS NA AMAZÔNIA BRASILEIRA: USO DE


PLANTAS MEDICINAIS NA VILA DO TREME, BRAGANÇA, PARÁ

Laise de Souza de Oliveira*1, Esmailson Moreira dos Santos2, Luana Santos dos
Santos1, Cassiano Melo de Moura1, Amanda de Paula Viana Souza2, Larissa da Costa
Brito2
1
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Pato Branco, Paraná, Brasil. 2 Instituto Federal
do Pará – IFPA, Castanhal, Pará, Brasil.
*laise.03la@gmail.com

A utilização de plantas na prevenção, tratamento e cura de doenças é de uso desde os


primeiros indícios da civilização, de modo empírico e intuitivo. Nesse sentido, a
etnobotânica, ciência que apresenta elevada importância na obtenção do conhecimento
de plantas com princípios ativos é importante ao passo que leva em consideração o uso
correto, sua eficácia e segurança para fins terapêuticos. Assim, o trabalho se constitui
como um levantamento etnobotânico que tem por objetivo relatar o uso de plantas
medicinais pelos moradores da Vila do Treme. O estudo foi desenvolvido na Vila do
Treme, município de Bragança – Pará. A pesquisa foi do tipo descritiva em que foi
empregada a técnica de Snowball, que se tratou de amostras não probabilísticas com um
ponto de referência, até que as informações atingiram um nível de saturação. Com isto
foram entrevistadas 15 famílias. As informações obtidas foram tabuladas no software
Microsoft Excel 2016 e submetidas à análise baseada em estatística descritiva. Dos
entrevistados 87% eram do sexo feminino, o que evidencia nesta pesquisa a maior
participação das mulheres na transmissão do conhecimento entre as gerações, e o
cuidado na saúde da família. A faixa etária variou de 41 a 88 anos, sendo que 90% dos
entrevistados tinham mais de 41 anos, demonstrando que o repasse do conhecimento
tradicional ainda é frequente entre os mais velhos. Foram listadas pelos entrevistados 64
etnoespécies. Todas as etnoespécies descritas tiveram indicações etnofarmacológicas,
em que as mais citadas foram catinga-de-mulata (Aeollanthus suaveolens Mart. ex
Spreng.) com 13 citações; arruda (Ruta graveolens L.) com 11 citações; oriza
(Pogostemon heyneanus Benth) com 9 citações e pluma (Tanacetum sp.) com 9
citações. As espécies em sua maioria são para tratamentos como regulação menstrual,
tonificação do útero; derrame; problemas do coração; ação analgésica, hepática, enjoo;
banho atrativo e dores de cabeça. Entretanto, as espécies menos citadas, também são
utilizadas para algumas das doenças mencionadas, sendo assim, há mais de uma
etnoespécie para determinado tratamento. Os entrevistados indicaram que a principal
parte utilizada das plantas são as folhas (86%), sendo que apenas uma pessoa realizava
o uso comercial de fitoterápicos por meio de garrafadas (misturas com diversas ervas),
os demais entrevistados fazem uso doméstico de plantas medicinais, cultivadas em
quintais. Os moradores da Vila do Treme possuem conhecimentos relevantes sobre o
uso de plantas medicinais, demonstrados nas diferentes indicações e finalidade de uso
desses recursos.
Palavras-chave: Etnobotânica; Etnofarmacológicas; Saber local.

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PLANTAS COM POTENCIAL ANTI-INFLAMATÓRIO: UM


LEVANTAMENTO SOBRE O USO E REGISTRO NA COMUNIDADE DE
TRÊS, LAGOAS, AMARGOSA, BA

Ana Clara Silva de Morais¹, Bárbara Oliveira de Jesus2, Lidyanne Yuriko Saleme
Aona2, Yuji Nascimento Watanabe2, Floricéa Magalhães Araújo1
1
Universidade Federal da Bahia (UFBA) Salvador, Bahia, Brasil
2
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Cruz das Almas, Bahia, Brasil
*anaclarasdmorais@gmail.com

As plantas medicinais são utilizadas para cura e tratamento de enfermidades desde os


primórdios da humanidade, assim estudos centralizados na biodiversidade brasileira,
valorizando o conhecimento popular e otimizando a segurança terapêutica na utilização
em comunidades, devem ser incentivados. Este trabalho tem como fundamento uma
pesquisa etnobotânica sobre espécies com propriedades anti-inflamatórias utilizadas
numa comunidade tradicional. As informações foram obtidas por meio de questionário
semi-estruturado e as espécies foram depositadas no Herbário do Recôncavo da Bahia
(HURB). Para comprovar seus princípios de cura, efeitos tóxicos e contraindicações, foi
realizada pesquisa na Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS; no
1º Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira e no Conselho Regional de
Farmácia de São Paulo e para identificar ineditismo, endemicidade e metabólitos a
pesquisa foi efetuada por meio de artigos científicos. Foram citadas 78 plantas com uso
anti-inflamatório e dessas, e 04 delas não possuem estudos prévios até o momento,
incentivando estudos futuros. A partir das pesquisas nas fontes citadas, confirmou-se a
capacidade anti-inflamatória de 11 espécies utilizadas na comunidade, dentre elas, as
espécies Aloe vera (L.) Burm. f., Caesalpinia férrea Mart. ex. Tul. e Cymbopogon
citratus (DC.) Stapf. As espécies sem dados nas fontes oficiais foram pesquisadas em
artigos científicos, levando à confirmação anti-inflamatória para 15 espécies, dentre elas
estão Aloysia aloysioides Loes. & Moldenke, Caesalpinia pyramidalis Tul. e Cereus
hildmannianus K. Schum. A presença de alguns metabolitos como, flavonoides, taninos,
terpenos e alcaloides nas espécies corroboram com a proposta de que os compostos
fenólicos atuam contra radicais livres e reações inflamatórias. O estudo realizado
destaca a necessidade de conscientização acerca do uso indiscriminado e a valorização
do conhecimento popular, uma vez que foram encontrados dados de reações adversas
em 11 espécies das 12 plantas com comprovações nas fontes oficiais para o tratamento
de doenças. Os dados comparativos obtidos permitiram identificar plantas utilizadas na
comunidade para fins distintos do que prevê os órgãos de saúde, como é o caso de C.
citratus, que é usada contra gripe, pressão alta e febre, enquanto o seu uso é indicado no
tratamento de cólicas e como calmante. Assim, informações sobre a forma de uso,
contraindicações e reações adversas reforçam a importância da pesquisa e estudo sobre
as plantas medicinais, garantindo o uso seguro pela comunidade.

Palavras-chave: Metaboloma; Etnobotânica; Fitoterapia; Anti-inflamatórios.

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB).

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INTERLAÇO DE SABERES TRADICIONAIS: A COMERCIALIZAÇÃO


PLANTAS MEDICINAIS NA AFEPRUC, CASTANHAL, PARÁ

Isabella Millena Alves Evangelista* ¹, Luana Santos dos Santos²


¹Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA, Castanhal, Pará, Brasil.
²Universidade tecnólogica Federal do Paraná – UTFPR, Pato Branco, Paraná, Brasil.
*millenaevangelista@hotmail.com

A cadeia produtiva de Plantas Medicinais perpassa em maior parte por feiras, comércios
locais e regionais. Fazem-se necessário estudos em mercados públicos como estratégias
para o reconhecimento e entendimento das redes comercializadas de plantas medicinais,
uma vez que estas são uma alternativa econômica que proporciona melhorias para os
atores locais. Nesses moldes, a pesquisa objetivou estudar a comercialização de plantas
medicinais na Feira do Produtor Rural de Castanhal (AFEPRUC), Pará. A pesquisa foi
conduzida através de métodos qualitativos, caracterizado por apresentar um
aprofundamento na compreensão com aspectos da realidade que não podem ser
quantificados, trabalham com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças,
valores e atitudes, o que condiz a um espaço mais profundo das relações e processos em
determinado ambiente, computados por meio de entrevistas. Nas pesquisas a
predominância participativa é feminina, isto está relacionado com a divisão social de
trabalho instituída historicamente em que a mulher faz o papel de responsável pela
saúde familiar, com maior prática fitoterápica. Entre os feirantes 20% são aposentadas e
utilizam da comercialização como complemento de renda familiar, ou outros 80%
vivem exclusivamente da renda gerada através da venda dos produtos na feira ou para
atravessadores, o que mostra a importância da comercialização dessas plantas como
meio de sustento familiar. O uso de plantas medicinais é relatado como parte do
cotidiano dos respondentes, todos afirmam que o conhecimento adquirido sobre plantas
medicinais provém da família, através de observações e de acordo com a necessidade,
desde o cultivo até o preparo de chás, banhos e lambedores. A família se apresenta
novamente como principal difusora e mantenedora desses conhecimentos tradicionais.
As principais indicações foram de plantas consideradas expectorantes, recomendadas
utilizadas para gripes e resfriados. No total foram citadas vinte plantas de finalidade
medicinal ou terapêutica, todas essas plantas comercializadas são frescas arranjadas em
maços ou em mudas para serem transplantadas. Por esse motivo, a variedade de plantas
é menor e a oferta é planejada para atender a demanda das mais solicitadas, que são as
plantas usadas principalmente em chá, banhos e lambedores. Os erveiros e feirantes,
têm uma importância fundamental no processo de manutenção das ervas medicinais.
Esses comerciantes auxiliam a manter, junto à população, o conhecimento cultural e o
fortalecimento da importância que a flora medicinal traz com seus princípios ativos.

Palavras-chave: Erveiros; Feiras locais; Fitoterápicos.

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ENTREPOSTOS E SUAS REDES NA DIFUSÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS


EM CASTANHAL, PARÁ
Isabella Millena Alves Evangelista* ¹, Luana Santos dos Santos²
¹Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará – IFPA, Castanhal, Pará, Brasil.
²Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Pato Branco, Paraná, Brasil.
*millenaevangelista@hotmail.com
Os entrepostos são pontos de comercialização que atuam como redes importantes na
difusão de uso de Plantas Medicinais. Assim, o trabalho objetivou estudar os
entrepostos e suas redes para a difusão das plantas medicinais em Castanhal – Pará. Para
atender o proposto, foi empregada pesquisa qualitativa através de entrevista
semiestruturadas. Em um primeiro momento foi possível entender que a cadeia de
plantas medicinais que perpassa até os entrepostos se dá na seguinte organização:
produtor, que pode fornecer as plantas à indústria ou atravessadores, que então levam
aos entrepostos, ou ainda as plantas são retiradas por extrativistas que levam aos
entrepostos. Foram mapeados 10 entrepostos no centro comercial da cidade, desses, 8
aceitaram participar da pesquisa e assinaram o termo de consentimento livre e
esclarecido. Os entrepostos são responsáveis por oferecerem o produto ao consumidor.
Verificou-se que nos entrepostos estudados, uma parte das plantas comercializadas são
provenientes de outras cidades, estados ou até mesmo países, como São Paulo, Paraná e
Chile. Em cinco entrepostos os produtos revendidos possuem marcas próprias, com
embalagens plásticas seladas e os produtos líquidos envasados em potes ou garrafas
plásticas lacradas, o que garante maior credibilidade ao produto. Em apenas dois
entrepostos as plantas são comercializadas de estado fresco (recém colhidos ou muda da
planta), os outros, realizam secagem do material vegetal, e afirmam que é feita
inteiramente a sombra. Em três entrepostos os comerciantes optam por comprar
produtos a granel e embalar, afirmando que é uma estratégia para garantir que o produto
esteja sempre nas melhores condições, e assim oferecem a qualidade e eficácia para a
finalidade esperada e controlar melhor os preços finais. Nesses pontos os principais
métodos de armazenamento encontrados foram embalagens plásticas individuais para as
cascas, folhas e flores secas. Óleos, xaropes, lambedores e exsudatos, são
acondicionados em pequenos recipientes de vidro, e garrafas de plástico. Foram
relatadas 39 espécies medicinais comercializadas nesses entrepostos. A pesquisa indica
que de maneira geral, as folhas são as partes vegetais mais vendidas, indicadas
principalmente para a produção de chá, entre as mais populares estão as de nome
comum: boldo, quebra-pedra, pata-de-vaca, graviola, unha-de-gato, uxi-amarelo e
verônica. As enfermidades mais citadas e que tiveram maior número de indicações
foram inflamações, diabetes e problemas gástricos. Os dados levantados nesta pesquisa
permitem uma melhor compreensão de alguns elos da cadeia produtiva de plantas
medicinais, colocam o erveiro como parte fundamental também na disseminação dos
saberes, e reforçam que o mercado no município é favorável tanto para a
comercialização de produtos como chás e partes de plantas medicinais in natura ou
desidratadas, quanto para produção de plantas medicinais e de mudas.
Palavras-chave: Comerciantes; Fitoterápicos; Cadeia Produtiva.

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PLANTAS MEDICINAIS COM EFEITOS TOXICOLÓGICOS À SAÚDE


HUMANA: UMA REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA

Douglas Velmud Perinazzo* 1, Daiana Bortoluzzi Baldoni 2


1
Universidade Estadual do Rio Grande o Sul (UERGS), São Borja, Rio Grande do Sul, Brasil.
2
Universidade Estadual do Rio Grande o Sul (UERGS), São Borja, Rio Grande do Sul, Brasil.
*Email: douglas-perinazzo@uergs.edu.br

As relações do homem com as propriedades das plantas são datadas desde a


antiguidade, que sempre as utilizou de variadas formas. Dentre estas formas, temos
aquelas que produzem metabólitos secundários que pela inalação, ingestão ou contato
podem causar alterações patológicas ao homem ou animais, que na literatura são
chamadas de plantas tóxicas. Nesse sentido, o presente estudo busca revisar na produção
científica quais plantas medicinais apresentam riscos de toxicidade à saúde humana, a
fim de mapear um perfil de utilização caseira, evitando o uso incorreto ou
indiscriminado deste recurso natural. Metodologicamente trata-se de uma pesquisa
bibliográfica de caráter descritivo-exploratório, que encadeará elementos qualitativos e
quantitativos. Tendo como documentos em investigação artigos científicos disponíveis
nas bases de dados do Google Acadêmico e da SCIELO no período de 2018 a 2020.
Somando-se todas as bases de dados, foram encontrados 41 artigos. Após a leitura dos
títulos e dos resumos dos artigos em investigação, foram selecionados 7 artigos
científicos e 2 artigos de revisão literária, que contribuíram com uma significativa
amostragem de plantas medicinais usadas de forma empírica pelo homem com efeitos
toxicológicos a saúde. Os demais artigos foram excluídos, pois não diziam respeito ou
não preenchiam os critérios deste estudo. Desta pesquisa resultou a identificação de 23
famílias botânicas com 30 espécies de vegetais, sendo as mais comuns: Ora-pro-nóbis
(Pereskia aculeata Miller); Mamona (Ricinus communis L.); Romã (Punica granatum
L.); Guiné (Petiveria allicea L.); Arruda (Ruta graveolens L.) e Chá-da-Índia (Camellia
sinensis (L.) Kuntze). As espécies mencionadas segundo os documentos investigados
são de uso comum, aliadas ao uso indiscriminado deste recurso natural, provocando
algum efeito adverso ao organismo, sendo os sintomas variáveis de um indivíduo para
outro. Neste cenário as intoxicações estão baseadas em acontecimentos, pois não há
informações concretas na literatura. Desta forma destaca-se a fala e a pesquisa
interdisciplinar a fim de investigar e compreender possíveis efeitos toxicológicos das
plantas por aqueles que as utilizam e suas interferências ao bem estar humano. Destas
discussões, deve ser destacada a importância da transmissão oral do conhecimento,
principalmente entre as gerações, pois esta transmissão preenche as lacunas e resolve os
equívocos existentes.

Palavras-chave: Toxicidade; Etnobotânica; Etnofarmacologia.

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PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA DE Siparuna guianensis Aubl. (SIPARUNACEAE)

Maria de Fátima Santos*1, Kiara Cândido Duarte da Silva1, Bárbara do Carmo


Rodrigues Virote1, João Paulo Lima de Oliveira1, Marcos Ferrante1, Manuel Losada
Gavilanes1, Elisângela Elena Nunes Carvalho1
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*mariadefatimasmf@gmail.com

A Bibliometria é uma ferramenta que emprega métodos matemáticos e estatísticos para


quantificar os documentos sobre um determinado tema, disponíveis em uma base de
dados, sendo verificado o ano, autor, instituição, países, tipo dos documentos (artigos
científicos, artigos de revisão, capítulos de livros e eventos científicos, entre outros) e
área temática dos documentos publicados. O objetivo deste trabalho foi analisar
indicadores bibliométricos da espécie Siparuna guianensis Aubl. (Siparunaceae)
conhecida popularmente como negramina. A pesquisa bibliométrica foi realizada no dia
13 de setembro de 2020, utilizando a base de dados Scopus empregando a palavra-chave
“Siparuna guianensis”, sendo observados os períodos de publicação, país com maior
número de publicações, documentos por afiliação (instituições), tipos de artigos e áreas
de estudo. Foram identificados 71 documentos, desde 1976 (n=1) até o ano atual (2020),
observando-se que o maior número de publicações relacionados com esta planta foram
em 2015 (n=8); atualmente em 2020 já foram publicados 7 artigos. O Brasil se destaca
no requisito publicações, sendo listados 65 documentos; os países como a Bélgica,
Portugal, Estados Unidos e Venezuela apresentam somente dois artigos relacionados à
espécie. A universidade brasileira que mais realiza pesquisas voltadas para esta espécie
é a Universidade Federal de Viçosa (n= 12) em segundo lugar está a Universidade
Federal do Tocantins (n=9) a Universidade Federal de Lavras encontra-se em oitavo
lugar com quatro documentos publicados. Dos 71 documentos identificados na base de
dados Scopus, 94,4% são considerados artigos científicos (n=67), 2,8% artigos de
revisão (n=2) o restante dos documentos são cartas do editor, capítulos de livros,
resumos de congressos, entre outros (n=2). De acordo com as áreas de estudo das
publicações, 35,5% dos trabalhos são na Ciências Agrárias e Biologia (n=39) em
segundo lugar está a área de Farmacologia, Toxicologia e Farmacêutica (n=16). A partir
da pesquisa bibliométrica por meio da base de dados Scopus foi possível observar que
existem poucos trabalhos relacionados à espécie S. guianensis.

Palavras-chave: Negramina; Scopus; Plantas medicinais; Etnofarmacologia.

Apoio Financeiro: CAPES, CNPQ, FAPEMIG.

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PLANTAS MEDICINAIS COM POTENCIAL ANTI-HIPERTENSIVO: UMA


AVALIAÇÃO ETNOFARMACOLÓGICA NA COMUNIDADE DE TRÊS
LAGOAS, AMARGOSA-BA

Victoria Gomes Martins¹*, Bárbara Oliveira de Jesus³, Lidyanne Yuriko Saleme Aona²,
Yuji Nascimento Watanabe², Floricéa Magalhães Araújo¹

¹Universidade Federal da Bahia (UFBA) Salvador, Bahia, Brasil


²Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Cruz das Almas, Bahia, Brasil
³Comunidade de Três Lagoas, Amargosa, Bahia, Brasil
*victoriagm@ufba.br

A biodiversidade da flora brasileira dispõe de inúmeras espécies vegetais para uso


medicinal. A sabedoria popular deve ser valorizada a fim de manter a tradição e
aperfeiçoar as técnicas em conjunto com o conhecimento científico. O presente estudo
teve como objetivo apresentar as informações sobre as plantas medicinais utilizadas
para o tratamento da hipertensão arterial na comunidade de Três Lagoas, município de
Amargosa, por meio de um levantamento etnofarmacológico, respeitando e resgatando a
cultura e tradicionalidade local. A coleta de informações foi realizada por meio de
questionário semi-estruturado e as plantas medicinais indicadas foram depositadas no
Herbário do Recôncavo da Bahia. O levantamento de dados em busca de comprovação
terapêuticas das espécies citadas, foi realizado por meio de compêndios oficiais da
Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Ministério da Saúde e literatura científica.
Das 17 plantas utilizadas como anti-hipertensivas, foram verificadas evidências na
regularização da pressão arterial, para as 15 das espécies: A. gigantea, A. gratíssima, A.
zerumbet, B. heterotricha, C. aurantifolia, C. spicatus, C. citratus, D. ambrosioides, F.
vulgare, L. alba, L. thymoides, M. fragrans, M. pulegium, M. spicata, S. edule. A
respeito das espécies E. glomeratus, Z. nemorale não foram encontrados estudos
farmacológicos e fitoquímicos, prospectando a possibilidade de estudos na descoberta
de potenciais metabólitos e atividades biológicas. Em Três Lagoas as principais formas
de uso apresentadas são o chá, banho, suco e sumo, sendo utilizado todas as partes da
planta, juntas ou separadas. Foram consideradas anti-hipertensivas as plantas com
relatos de uso na diminuição da pressão arterial, diurético e melhora da circulação,
levando em conta a farmacologia de regulação da pressão alta, como o mecanismo de
bloqueio de canais de cálcio e inibidores da enzima conversora da angiotensina II,
principais mecanismos de ação das plantas medicinais nas evidências científicas. Além
das indicações para o controle da pressão arterial, as plantas citadas também são
frequentemente mencionadas no combate da inflamação, dor de cabeça, tosse, gripe e
dores. Destarte, o estudo etnofarmacológico de plantas medicinais ratifica a importância
da valorização do conhecimento tradicional, da proteção da biodiversidade, da
exploração racional de fontes naturais e da manutenção da saúde e cura de doenças.

Palavras-chave: Etnofarmacologia; Hipertensão; Plantas medicinais; Fitoterapia.

Apoio Financeiro: Programa Permanecer UFBA.

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PLANTAS INVASORAS OCORRENTES NOS CANTEIROS DO HORTO DE


PLANTAS MEDICINAIS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS,
MINAS GERAIS, BRASIL

Giulia Nayara Duarte1*, Giuliana Rayane Barbosa Duarte1, Maria de Fátima Santos1,
Júlia Assunção de Castro Oliveira1, Érica Alves Marques Marafeli1, Andressa Souza de
Oliveira 1, Manuel Losada Gavilanes1
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*
duartegiulia@yahoo.com.br

As plantas invasoras são aquelas que invadem os cultivos por se desenvolverem de


forma rápida causando prejuízos para as plantas cultivadas. As plantas invasoras
apresentam baixas exigências fisiológicas, elevada taxa de crescimento e tolerância às
variações climáticas, produzem grande número de sementes com grande capacidade de
dispersão e longevidade o que garante o sucesso do seu desenvolvimento em condições
consideradas adversas. Estas espécies causam prejuízos às plantas cultivadas, pois
competem por água, luz e nutrientes, podendo causar efeitos alelopáticos e hospedar
pragas que atacam as culturas. No entanto, muitas das plantas consideradas invasoras
podem ser úteis ao ser humano e serem usadas como medicinais, fonte de alimento,
forragem, ornamentais, néctar/poliníferas ou inseticidas. Diante do exposto, objetivou-
se identificar a origem e as plantas daninhas encontradas no Horto de Plantas
Medicinais da Universidade Federal de Lavras, Minas Gerais. O levantamento foi
realizado ao longo dos anos de 2018 e 2019, observando essas espécies ocorrentes, ao
lado daquelas cultivadas, nos canteiros destinados às plantas medicinais. Foram
identificadas 73 espécies, representando 54 gêneros, pertencentes a 26 famílias, com
predominância de plantas invasoras nativas (54,8%). A família Asteraceae apresentou o
maior numero de espécie invasoras (20,5%), dentre elas Ageratum conyzoides L. –
Mentrasto, Bidens pilosa L. – Picão-preto, Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. –
Arnica-paulista, Tridax procumbens L. – Erva-de-touro. Em segundo lugar a família
Poaceae com 9,6% das espécies (Cenchrus echinatus L. – Capim-carrapicho, Melinis
minutiflora P.Beauv. – Capim-gordura, Panicum repens L. – Capim-torpedo) e em
terceiro a Amaranthaceae (8,2%) com as espécies Alternanthera tenella Colla – Apaga-
fogo, Amaranthus deflexus L. – Caruru, Amaranthus spinosus L. – Caruru-de-espinho.
Desta forma, nota-se que existe um grande número de espécies consideradas como
sendo invasoras por causarem prejuízos no cultivo das plantas medicinais do horto. No
entanto, estas espécies poderiam ser utilizadas para outros fins, pois muitas apresentam
potencial já comprovado como medicinal, ornamental e alimentar, potencial este que
muitas das vezes deixa de ser explorado pela dificuldade em cultivar plantas
consideradas invasoras.

Palavras-chave: Daninhas; Etnobotânica; Terapêutico.


Apoio financeiro: CAPES, CNPq e FAPEMIG.

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ESTUDO FARMACOBOTÂNICO DE FOLHAS DE Solanum paniculatum L.


(SOLANACEAE)

Letícia Elias1*, Gislaine Serafim de Jesus1, Marcos Roberto Furlan2 e Elisa Mitsuko
Aoyama1.
1
Universidade Federal do Espírito Santo, UFES Campus São Mateus, São Mateus/ES, Brasil.
2
Universidade de Taubaté, UNITAU, Taubaté/SP, Brasil.
*leticia_dominicini@hotmail.com.

Solanum paniculatum L., é conhecida popularmente como jurubeba, e embora seja


bastante utilizada na medicina tradicional e culinária, são poucos os estudos com a
espécie. O presente trabalho teve como objetivo descrever a morfologia e a anatomia
foliar dessa espécie, visando reconhecer estruturas úteis nas suas delimitações. As
plantas foram coletadas em áreas da Universidade Federal do Espírito Santo, Campus
São Mateus, ES. Para a análise da morfologia foliar foram utilizadas folhas adultas de
jurubeba, avaliadas quanto à filotaxia, consistência, nervação, divisão e formato do
limbo, superfície, bordo, ápice e base foliar. Para as análises anatômicas, folhas recém
coletadas foram seccionadas à mão livre com auxílio de isopor e lâmina de aço, tanto no
sentido transversal como paradérmico. As lâminas foram confeccionadas segunda
técnicas usuais de anatomia vegetal. Morfologicamente, as folhas de S. paniculatum são
incompletas, contendo apenas limbo e pecíolo, o qual apresenta um espinho solitário em
sua base. A folha é simples, de consistência herbácea, com nervação peninérvea,
formato ovado, superfície pilosa e rugosa, e bordo palmatífido. A base foliar é truncada,
o ápice possui formato cuspidado e a filotaxia é alterna dística. Anatomicamente, as
superfícies foliares apresentam células com paredes sinuosas, sendo a sinuosidade sutil
na face adaxial e mais expressiva na face abaxial. São observados tricomas gandulares e
tectores multisseriados estrelados, que se destacam pelo valor taxonômico em
Solanaceae. As folhas são anfiestomáticas, com estômatos anisocíticos, característico da
família. Em vista transversal, a lâmina foliar apresenta epiderme uniestratificada, com
células de formato quadrangular. O mesofilo é dorsiventral, disposto em um único
estrato de parênquima paliçádico e três a cinco camadas de parênquima lacunoso. Os
tecidos vasculares encontram-se distribuídos em feixes colaterais em todas as nervuras.
A nervura mediana apresenta formato biconvexo, com o maior arco na face abaxial. A
epiderme é uniestratificada com células arredondadas, e, sub-epidermicamente, há
colênquima angular com oito a nove camadas na face adaxial e três a cinco camadas na
face abaxial. Preenchendo a nervura central há parênquima fundamental com células
isodiamétricas e de paredes delgadas, com idioblastos com conteúdo não fenólico
ocupando os espaços intercelulares. O sistema vascular está disposto na forma de arco
central com feixes colaterais. Conclui-se que o espinho na base do pecíolo, os estômatos
anisocíticos e os tricomas multisseriados estrelados são caracteres morfoanatômicos que
auxiliam na identificação de S. paniculatum.
Palavras-chave: Anatomia Foliar; Anfiestomática; Jurubeba; Medicina Tradicional.

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MORFOANATOMIA FOLIAR DE Allamanda cathartica L. (APOCYNACEAE)

Letícia Elias1*, Gislaine Serafim de Jesus1, Marcos Roberto Furlan2 e Elisa Mitsuko
Aoyama1.
1
Universidade Federal do Espírito Santo, UFES Campus São Mateus, São Mateus/ES, Brasil.
2
Universidade de Taubaté, UNITAU, Taubaté/SP, Brasil.
*leticia_dominicini@hotmail.com.

Allamanda cathartica L., conhecida popularmente como dedal-de-dama apresenta


registros do seu uso contra malária, icterícia e picadas de serpentes; apresenta atividade
analgésica, antinematódea, antifúngica, antitumoral; e o seu látex é utilizado para
eliminar piolhos e sardas. Apesar de já estudada quanto à fitoquímica e às atividades
biológicas, estudos sobre a descrição da estrutura foliar podem ser úteis para a
identificação e ampliação dos conhecimentos sobre a espécie. O trabalho objetivou-se
em descrever a morfologia e anatomia foliar de A. cathartica, visando reconhecer
estruturas úteis nas suas delimitações. As plantas foram coletadas em áreas da
Universidade Federal do Espírito Santo, Campus São Mateus, Espírito Santo. Foram
utilizadas folhas adultas de alamanda, avaliadas quanto à filotaxia, consistência,
nervação, divisão e formato do limbo, superfície, bordo, ápice e base foliar. As folhas
recém coletadas foram seccionadas à mão livre com auxílio de isopor e lâmina de aço,
tanto no sentido transversal como paradérmico, para a obtenção dos dados anatômicos.
As lâminas foram confeccionadas segundo técnicas usuais de anatomia vegetal.
Morfologicamente, as folhas de A. cathartica são classificadas como incompletas e
sésseis, com formato elíptico, superfície glabra e lisa com consistência membranácea e
nervação peninérvea. A base foliar possui formato acunheado, o ápice é cuspidado e a
filotaxia é verticilada. Em vista frontal são observadas ao microscópio óptico células
com paredes retas na face adaxial e levemente sinuosas na face abaxial. As folhas são
hipoestomáticas, com estômatos do tipo anomocítico, comumente observado em
Apocynaceae. Em vista transversal, a lâmina foliar apresenta epiderme uniestratificada,
com células de formato quadrangular. O mesofilo é dorsiventral, com um único estrato
de parênquima paliçádico e várias camadas de parênquima lacunoso com grandes
lacunas. Os tecidos vasculares apresentam organização colateral em todas as nervuras.
A nervura central apresenta formato biconvexo, com o maior arco na face abaxial. A
epiderme é uniestratificada com células arredondadas. O colênquima angular ocupa
posição subepidérmica, com três a quatro camadas. Preenchendo a nervura central, há
parênquima fundamental com presença de laticíferos, importantes na medicina caseira,
pois o látex é usado para a eliminação de sardas e piolhos. Na região central, próximo
aos tecidos vasculares há parênquima clorofiliano com grandes lacunas. O sistema
vascular está disposto na forma de arco central com feixes colaterais. Conclui-se que a
filotaxia verticilada, os estômatos anomocíticos e os laticíferos são caracteres que
auxiliam na identificação de A. cathartica.
Palavras-chave: Anatomia da folha; Dedal-de-dama; Medicina tradicional.

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USO POPULAR DE Psychotria poeppigiana Mull. Arg. (RUBIACEAE) PARA


FINS MEDICINAIS

Raphaela Bomfim de Oliveira*1,2, Camilo Pereira da Silva1, Adamara Machado


Nascimento1
1
Universidade Federal do Acre – UFAC, Campus Floresta, Cruzeiro do Sul, Acre, Brasil.
2
Instituto Federal do Acre – IFAC, Campus Cruzeiro do Sul, Cruzeiro do Sul, Acre, Brasil.
*raphaela.bomfim@hotmail.com

A espécie Psychotria poeppigiana Mull. Arg., conhecida popularmente como lábios-de-


prostituta, pertence à família Rubiaceae e, como ocorre com outros indivíduos desta
família, acredita-se que ela tenha aplicações terapêuticas na medicina popular de
diferentes comunidades das Américas. Portanto, o presente estudo objetivou investigar
como se dá o uso popular de P. poeppigiana para fins medicinais. Trata-se de uma
revisão bibliográfica, em que para sua construção pesquisou-se os termos “Psychotria
poeppigiana” e seu sinônimo “Chephaelis tomentosa” nas plataformas “Pubmed”,
“Science Direct”, “Google” e “Google Scholar”. Foram contabilizadas todas as
menções referentes ao uso medicinal da planta, sendo as informações categorizadas em
grupos de finalidades terapêuticas. Foram encontrados 21 manuscritos que apontavam o
uso medicinal popular de P. poeppigiana em vários países: Peru, Belize, Colômbia,
Nicarágua, Suriname, Guiana Francesa, Panamá, Guatemala, Brasil e Sri Lanka. As
indicações terapêuticas populares encontradas na literatura para a espécie referiram-se
ao a) sistema reprodutor feminino: ausência de menstruação, hemorragias uterinas,
cólica menstrual, infertilidade, atraso no parto, aborto entre outros; b) sistema dérmico:
“doenças de pele”, queimaduras, erupções cutâneas, feridas e cortes; c) sistema
digestivo: diarreia, sangramento na gengiva, gengivite e vômito; d) sistema respiratório:
tosse/coqueluche, doenças respiratórias e doenças pulmonares; e) sistema nervoso: dor
de cabeça, astenia e uso antialucinogênico. Também ficou evidente a aplicação da
planta em enfermidades como dor de ouvido, diabetes, hemorroidas, “criança chorando
muito”, mordidas/picadas de animais como serpentes e escorpiões, febre, leishmaniose e
em crenças culturais e religiosas. Em comunidades peruanas foi citado o uso da planta
contra o “mal aire”, que é considerado um problema médico cultural existente na
América Latina. Identificou-se ainda que todas as partes da planta são utilizadas para os
diversos tratamentos terapêuticos e que são preparadas infusões e decocções para usos
orais, além de banhos de vapor e uso tópico. Conclui-se que o uso popular da espécie P.
poeppigiana para fins medicinais é muito versátil entre os diferentes países e que além
de sua finalidade médica, a espécie também tem importância cultural e religiosa. Desse
modo, este trabalho pode servir como base para posteriores estudos químicos e
farmacológicos que visem identificar princípios ativos presentes na planta e suas
atividades biológicas, observadas através de seu uso popular.
Palavras-chave: Etnobotânica; etnoconhecimento; plantas medicinais.

Apoio financeiro: Universidade Federal do Acre – UFAC

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COMÉRCIO INFORMAL DE PLANTAS CONDIMENTARES: UMA VISÃO


ETNOBOTÂNICA SOBRE ESTA PRÁTICA INTEGRATIVA EM SAÚDE

Douglas Velmud Perinazzo* 1, Daiana Bortoluzzi Baldoni 2


1
Universidade Estadual do Rio Grande o Sul (UERGS), São Borja, Rio Grande do Sul, Brasil.
2
Universidade Estadual do Rio Grande o Sul (UERGS), São Borja, Rio Grande do Sul, Brasil.
*Email: douglas-perinazzo@uergs.edu.br

Os conhecimentos empíricos sobre a ação dos vegetais são transmitidos até os dias
atuais, e a sua utilização tornou-se uma prática generalizada. Diante disso, as
observações populares associadas a estudos botânicos, farmacológicos e fitoquímicos
tem possibilitado a comprovação científica fortalecendo o conhecimento empírico. O
presente estudo tem como objetivo fazer um levantamento etnobotânico das plantas
condimentares comercializadas no Mercado Público Municipal em São Borja - Rio
Grande do Sul, com o intuito de verificar na literatura possíveis atividades biológicas
benéficas aos seres humanos, proporcionando assim um instrumento de conhecimento
popular e científico. Metodologicamente, trata-se de um estudo de campo, onde se
relacionaram as pesquisas bibliográficas e as atividades de campo. Para a análise dos
dados, adotou-se a análise textual discursiva que tem como finalidade analisar dados e
informações textuais de natureza qualitativa, centrando-se na compreensão e explicação
das relações sociais. Além disso, os dados foram comparados com estudos
etnobotânicos a partir de 2010, com a finalidade de confrontar e obter informações
interdisciplinares sobre as atividades biológicas das plantas mencionadas neste estudo.
Com base nos resultados destaca-se uma variedade de plantas condimentares utilizadas
e comercializadas pela comunidade, sendo apresentadas pelos feirantes 6 famílias
botânicas com 11 espécies de vegetais: Amaryllidaceae – Allium sativum L. (Alho),
Allium schoenoprasum L. (Cebolinha); Apiaceae – Petroselinum crispum (Mill.) Fuss
(Salsa); Lamiaceae - Mentha x villosa Huds (Hortelã), Salvia rosmarinus Spenn.
(Alecrim), Ocimum basilicum L. (Manjericão), Origanum vulgare L. (Orégano);
Lauraceae – Laurus nobilis L. (Louro); Solanaceae – Capsicum baccatum L. (Pimenta-
dedo-de-moça) e Zingiberaceae – Curcuma longa L. (Açafrão-da-terra) e Origanum
majorana L. (Manjerona). Ao confrontar a literatura, 82% das plantas condimentares
mencionadas neste estudo possuem alguma atividade farmacológica comprovada,
oferecendo subsídios para o conhecimento e buscando estratégias seguras para o uso e
para produção de fitoterápicos. De modo geral, as plantas comercializadas pelos
feirantes, seja ela na forma medicinal, ornamental ou condimentar é, em muitos locais, a
primeira forma de tratamento, devido à confiança, altos custos dos medicamentos, além
do difícil acesso ao Sistema Único de Saúde. Neste cenário o esclarecimento sobre a
utilização é primordial, pois possibilita a integração de conhecimentos etnobotânicos e
etnofarmacológicos minimizando os riscos. Por isso, os resultados deste estudo
permitem afirmar que os costumes antigos no tratamento e cura de doenças continua
sendo uma prática eficaz e economicamente viável a todas as classes sociais.
Palavras-chave: Botânica; Etnofarmacologia; Atividades biológicas.

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USO TRADICIONAL DE PLANTAS MEDICINAIS ASSOCIADAS A DOENÇAS


RESPIRATÓRIAS EM FORMOSO DO ARAGUAIA, TOCANTINS

Carla Elisa Alves Bastos*¹, Maria Adriana Santos Carvalho¹, Pedro Henrique
Milhomem Lucas¹, Vitor de Laia Nascimento²
1
Instituto Federal do Tocantins Campus Avançado Formoso do Araguaia, IFTO, Formoso do Araguaia,
Tocantins, Brasil.
² Universidade Federal do Tocantins Campus Gurupi, UFT, Gurupi, Tocantins, Brasil
*carla.bastos@ifto.edu.br.

Levantamentos etnobotânicos são importantes ferramentas para triagem de plantas


utilizadas para fins terapêuticos. No ambiente natural, além da prospecção de princípios
ativos, estes levantamentos contribuem para a identificação de espécies em risco de
extinção. No estado do Tocantins há uma forte estima e dependência da população por
produtos do Cerrado, do qual extraem frutos, como pequi e buriti, que são utilizados na
alimentação e na complementação da renda. Estima-se que no Cerrado haja muitos
princípios ativos ainda desconhecidos ou pouco explorados pela humanidade, e dado o
avanço da agricultura intensiva nestas áreas, algumas destas espécies correm o risco de
extinção ou de ter limitado o seu uso. Diante disto, neste trabalho se propôs investigar
as plantas tradicionais utilizadas na cidade de Formoso do Araguaia, região sul do
Tocantins, associadas ao tratamento de gripes e doenças respiratórias, e classificá-las
em nativas e exóticas. Para tanto, 47 questionários semiestruturados foram aplicados
durante o mês de fevereiro de 2020 na região central e em dois bairros da cidade de
Formoso do Araguaia. As questões no questionário eram relacionadas à parte da planta
utilizada como medicamento, forma de utilização, local da coleta, importância da
manutenção do conhecimento de plantas tradicionais e aspectos sociais. Dos 47
entrevistados 46 afirmaram fazer uso de plantas medicinais para auxiliar no tratamento
de doenças. Todos os entrevistados afirmaram confiar em remédios caseiros e
consideraram importante que os conhecimentos em plantas medicinais sejam passados
através de gerações. Foram listadas 24 espécies de plantas utilizadas contra gripe,
doenças pulmonares, infecções das vias respiratórias, tuberculose, dor de garganta,
limpeza de garganta, expectorante, bronquite e tosse, sendo quatro delas nativas do
Cerrado. 57% dos entrevistados afirmaram retirar parte das plantas de que utilizam das
áreas de mata, associado ou não ao cultivo em quintais ou à aquisição em feiras. Os
resultados permitem concluir que a população local faz uso constante de remédios
populares, muitos dos quais extraídos das áreas de mata. Estudos adicionais são
necessários para assegurar os compostos naturais presentes nas plantas utilizadas bem
como as quantidades recomendadas e segurança de uso.

Palavras-chave: Etnobotânica; Cerrado; Remédios caseiros.

Apoio Financeiro: IFTO, CNPq, CAPES.

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PRÁTICAS DE USO DA MORINGA-NENE BADADJI NO BRASIL E NA


GUINÉ- BISSAU

Bernardino Domingos Mango1*, Brás Serifo dos Santos2

Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira-UNILAB,


Cidade de Acarape, CE, Brasil
*dinomango77@gmail.com

A moringa é uma planta medicinal cujo nome científico é Moringa oleifera Lam., e o
nome comum variando de região para região pode ser denominado de árvore-rabanete-
de-cavalo, moringueiro, Nene Badadji. É uma planta com alto valor medicinal e
nutricional: na sua composição possui sete vezes mais vitamina C do que a laranja,
quatro vezes mais vitamina A que a cenoura, quatro vezes mais Cálcio que o leite de
vaca, três vezes mais Ferro que o espinafre, três vezes mais Potássio que a banana e
duas vez mais proteínas do que iogurte ou igual a um ovo e a composição de sua
proteína mostra um balanço excelente de aminoácidos essenciais. O presente trabalho
objetivou descrever algumas práticas de uso da Moringa no Brasil e na Guiné-Bissau e,
de igual modo descrever a sua importância no tratamento de algumas doenças assim
como na alimentação e na agricultura. A metodologia utilizada para a elaboração do
presente trabalho é de caráter bibliográfico, fundamentada com cinco artigos científicos
e um texto publicados no anos de 2014, 2015 e 2018 que debruçam sobre o uso da
Moringa no Brasil e na Guiné-Bissau. As folhas verdes e secas, as flores, frutos novos e
sementes de moringa são usados para alimentação humana, na agricultura são utilizados
como adubos verdes e para alimentação de animais como galinha, cabras e vacas. Para
uso medicinal, é usado para tratamento da conjuntivite, dor de dente, tosse, anemia e
feridas. Por ser uma planta de grande importância medicinal e nutricional é necessário
que haja mais pesquisas para fomentar o seu uso na medicina tradicional e moderna,
assim como na alimentação humana e animal, buscando efeitos benéficos e equilibrados
entre diferentes organismos.

Palavras-chave: Nene badadji; Planta medicinal; Saúde; Alimentação.

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PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

Área 3 - Botânica, etnobotânica e


etnofarmacologia

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IV ENCONTRO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM PLANTAS MEDICINAIS & XIII CICLO DE PALESTRAS EM
PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
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ANÁLISE DO EFEITO ANTIMICROBIANO DO EXTRATO DE Rosa centifolia


L SOB Pseudomonas aeruginosa

Mariana Cafalchio Rozzatto*1,2, Lucas de Paula Ramos², Simone de Biazzi Lapena¹,


Luciane Dias de Oliveira²

¹ Universidade Paulista UNIP São José dos Campos, São Paulo, Brasil
² Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho UNESP, São José dos Campos, São Paulo, Brasil
* Mari_rozzatto@hotmail.com

Popularmente conhecida como Rosa-Branca ou Rosa-do-remédio, a Rosa centifolia L.


(Rosaceae) é uma rosa híbrida de parentesco desconhecido. Tem como características
folhas de cor verde azulada e flores de tom pálido que pode variar entre branco puro e
rosa claro. Seu uso popular é na forma de chá através da infusão das pétalas. É muito
utilizada no tratamento de afecções oculares (conjuntivite) e também como laxante.
Apesar de existirem poucos estudos científicos relacionados a ela, existem registros da
sua utilização na época da Mesopotâmia, datados de 5.000 a.C. e hoje poucos estudos já
começam a apontar seu potencial antifúngico. O aumento da expectativa de vida no
mundo e a qualidade de vida está intimamente conectado ao controle da resistência
antimicrobiana, uma vez que infecções promovidas por bactérias multirresistentes
promove altas taxas de mortalidade e morbidade. Diante disso, recorremos ao
conhecimento empírico e científico para provar como os extratos naturais de plantas
podem se tornar uma alternativa para o combate de bactérias multirresistentes. O
objetivo dessa pesquisa foi avaliar a ação antimicrobiana, in vitro, do extrato glicólico
de Rosa centifolia L, em quatro cepas multirresistentes de Pseudomonas aeruginosa. As
quatro cepas multirresistentes de P. aeruginosa foram provenientes do banco de cepas
do laboratório Bioclin de São José dos campos, elas foram submetidas ao teste de
microdiluição em caldo, seguindo o protocolo M7-A9 da Clinical and Laboratory
Standards Institute (CLSI). Para isso soluções padronizadas em 106 UFC/mL de cada
cepa, foram submetidas a 10 diferentes concentrações do extrato glicólico de R.
centifolia L. A Concentração inibitória mínima foi determinada através da turbidez dos
poços e a Concentração microbicida mínima foi determinada através da semeadura de
alíquotas em ágar Brain Heart Infusion (BHI). O extrato promoveu resultados de
Concentração inibitória mínima com a concentração de 12,5 mg/mL para as cepas 1, 2 e
3 e 25 mg/mL para a cepa 4. A Concentração microbicida mínima foi obtida com 25
mg/mL do extrato sob as cepas 1, 2 e 3, enquanto a cepa 4 obteve Concentração
microbicida mínima com 50 mg/mL. Como conclusão, o extrato de Rosa centifolia
apresentou ação antimicrobiana sobre cultura planctônicas de cepas multirresistentes de
P. aeruginosa, demonstrando valores de Concentração inibitória mínima e
Concentração microbicida mínima, sendo assim uma alternativa a ser explorada no
combate a bactérias multirresistentes.

Palavras chave: Rosa centifolia L; Pseudomonas aeruginosa; Extrato.

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PLANTAS MEDICINAIS E DIABETES: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA

João Paulo Lima de Oliveira*1, Maria de Fátima Santos1, Janina de Sales Guilarducci1;
Elisângela Elena Nunes Carvalho1
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.

*joaopaulolimanut@gmail.com

O Diabetes é uma doença crônica não transmissível multifatorial, caracterizada pelo


aumento dos níveis de glicose no sangue devido a uma ineficácia da secreção de
insulina ou resistência funcional da ação da insulina nos tecidos elevando o nível
glicêmico. A utilização de plantas medicinais no tratamento do diabetes tem-se
demonstrado eficaz e utilizada principalmente como terapia alternativa (uso popular).
Sendo assim, o objetivo deste foi buscar indicadores bibliométicos no que se refere a
plantas medicinais e a aplicação destas no tratamento de diabetes. Trata-se de um estudo
de identificação de indicadores bibliométricos utilizando a base de dados Scopus,
realizado no dia 07 de setembro de 2020, por meio dos descritores em inglês “medicinal
plants”, “diabetes” e “blood glucose”, sendo observado o período de publicação, ano
com maior número de publicações, país com maior número de publicações, tipo de
documentos e área de estudo. Foram recuperados 1504 documentos, sendo o primeiro
documento publicado no ano de 1962 até o ano atual (2020), ressalva-se que no ano de
1962 foi publicado um artigo e no ano de 2020 até o momento foram publicados 50
artigos. 125 documentos foram publicados somente no ano de 2011, destacando esse o
ano com o maior número de publicações. Os países com maior número de publicações
são Índia (n=480), China (n=169), Iran (n=96), Nigéria (n=94), Brasil (n=62),
respectivamente. Em relação aos tipos de documentos publicados, 93,6% (n=1407) são
artigos, 5,1% (n=76) artigos de revisão e 1,3% (n=21) que equivalem a cartas do editor,
capítulos de livros, resumos de congressos, entre outros. No que diz respeito à área de
estudo, 39,6% (n=919) dos documentos pertencem a área de Farmacologia, Toxicologia
e Farmacêutica, seguido de 27,1% (n=619) da área de Medicina, 16,3% (n=379) da área
de Bioquímica, Genética e Biologia Molecular, 5,0% (n=117) da área de Ciências
Biológicas e Agrárias, sendo apenas 0,5% (n=12) das publicações pertencentes à área
Multidisciplinar. A partir dos indicadores bibliométricos foi possível observar que o
tratamento com plantas medicinais no diabetes encontra-se bem elucidado na literatura,
caracterizando a Índia como o país com maior número de publicações na área, sendo
publicado artigos na sua maioria pertencentes à área de Farmacologia, Toxicologia e
Farmacêutica.

Palavras-chave: Doença Crônica; Diabetes; Glicemia; Plantas Medicinais.

Apoio Financeiro: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior


(CAPES).

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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE TERAPÊUTICA DE Solidago chilensis Meyen


NO TRATAMENTO DE AFECÇÕES CUTÂNEAS: UMA REVISÃO DE
LITERATURA

João Paulo Lima de Oliveira*1, Janina de Sales Guilarducci1; Bruna Nogueira Andrade1,
Camila Garcia de Freitas1, Manuel Losada Gavilanes1
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*joaopaulolimanut@gmail.com

Solidago chilensis Meyen (Sin. Solidago microglossa DC.) é uma espécie vegetal
pertencente à família Asteraceae. É conhecida popularmente como “arnica-brasileira”
ou “arnica-do-campo”. A espécie é nativa do Brasil, sendo encontrada na América do
Sul; as suas folhas têm sido utilizadas na medicina popular como atividade para o
tratamento de dores, inflamações, hematomas, inchaços e feridas, sendo cultivada no
Brasil principalmente para fins farmacológicos. O objetivo deste foi realizar uma
revisão de literatura em relação ao uso da espécie vegetal nas afecções da pele. Foi
realizada uma busca nas bases de dados PubMed e Scopus utilizando as palavras-chave
“Solidago chilensis” e “skin” em inglês. Foram incluídos artigos realizados com
humanos e modelos experimentais. Foram excluídos da revisão artigos que se tratavam
de estudos etnobotânicos. Em um primeiro momento quando utilizou-se somente a
palavra-chave “Solidago chilensis”, foram recuperados 93 artigos, e ao adicionar “skin”
foram encontrados 11 artigos. Na filtragem final quatro estudos foram elegíveis para
compor a revisão, sendo todos em língua inglesa. Em dois estudos conduzidos com
humanos foi demonstrado que a utilização do extrato glicólico de S. chilensis foi eficaz
para o tratamento dos sintomas de dor lombar e tendinite nos músculos flexor e extensor
das mãos e pulsos de pacientes submetidos a intervenção. Em um estudo conduzido
com ratos (linhagem Wistar) quando comparou-se o tratamento para queimadura
utilizando a terapia a laser e o extrato hidroalcóolico de S. chilensis foi possível
observar que ambas as técnicas promoveram a reparação tecidual. Em outro estudo
realizado com ratos machos albinos (linhagem Swiss) foi investigado se o principio
ativo (solidagenona) da S. chilensis seria eficaz na diminuição do edema na orelha dos
modelos experimentais, sendo demonstrado que o princípio ativo foi eficaz na
diminuição do processo inflamatório demonstrando eficácia para ser utilizado em
inflamações cutâneas. Os artigos apresentados demonstraram que a S. chilensis foi
eficaz para o tratamento de dores musculares, reparação tecidual em queimaduras e
diminuição do processo inflamatório cutâneo, evidenciando que a espécie vegetal
apresenta resultados promissores para o tratamento dos sintomas de afecções na pele
tanto em humanos quanto em modelos experimentais.

Palavras-chave: Planta medicinal; Inflamação; Lesão cutânea; Arnica brasileira.

Apoio Financeiro: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior


(CAPES).

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ESTUDO DAS ATIVIDADES TERAPÊUTICA DE Talinum paniculatum (Jacq.)


Gaertn: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Camila Garcia de Freitas*1; Bruna Nogueira Andrade1, Janina de Sales Guilarducci1,


João Paulo Lima de Oliveira1, Manuel Losada Gavilanes1 Luciane Vilela Resende1
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil. *camilagarcia.f@hotmail.com

A espécie Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn, pertencente à família Portulacaceae é


nativa do continente americano, é conhecida popularmente como João-gomes, língua-
de-vaca, Maria-gorda. A espécie é considerada invasora e ruderal, pois cresce
espontaneamente entre plantas cultivadas e em beira de estradas e terrenos baldios; é
caracterizada como erva ou subarbusto com folhas carnosas. T. paniculatum é
considerada uma Planta Alimentícia Não Convencional (PANC) sendo utilizada, na
alimentação em muitas partes da América do Sul, África e Ásia. Na medicina popular é
largamente utilizada contra afecções da pele, feridas e inflamações, e como diurética. O
objetivo deste foi realizar uma revisão de literatura em relação às atividades terapêuticas
da espécie vegetal; para isto foi realizada uma busca nas bases de dados Scopus e Web
of Science, utilizando a palavras-chave “talinum paniculatum”. As revisões
bibliográficas e artigos etnobotânicos foram excluídos utilizando-se apenas artigos
científicos que apresentassem estudos em humanos ou ratos. Ao utilizar o termo
“talinum paniculatum” 36 artigos foram encontrados na base Scorpus e 24 na Web of
Science, mostrando que a espécie é pouco estudada. Para a verificação da atividade
terapêutica utilizou-se somente trabalhos com estudos in vivo (em ratos), estudos em
humanos não foram encontrados. O estudo in vivo, utilizando extratos de raízes e folhas
de T. paniculatum, em ratos ovarioectomizados, demonstraram que a atividade
estrogênica aumentou significativamente a cornificação e alterações proliferativas na
vagina, útero e tecido ductular mamário, significando que os extratos podem ser úteis no
controle da regressão dos tecidos reprodutivos durante a menopausa. Outro estudo
também em úteros de ratos, forneceram a primeira evidência de que o extrato de raiz da
planta produz efeitos tocolíticos em contrações espontâneas e induzidas. Análogo a isso
um estudo mostrou que o extrato de raiz de T. paniculatum diminuiu significativamente
o nível sérico de malondialdeído (MDA) e suprimiu a condição de estresse oxidativo e
de acordo com os dados deste estudo, indicam que o extrato de raiz tem potencial para
ser usado como antioxidante. Os estudos utilizados para a construção desse trabalho
evidenciam o potencial farmacológico desta espécie através de estudos in vivo, porem
mais estudos são necessários para o uso da espécie de foram segura.

Palavras-chave: Planta medicinal, PANC, língua-de-vaca.

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais -


FAPEMIG

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EFEITO ADITIVO DA COMBINAÇÃO DOS EXTRATOS Rosa centifolia L. e


Curcuma longa L. SOBRE Candida dubliniensis

Sabrina Ferreira dos Santos Liberato ¹*, Lana Ferreira Santos ¹, Vanessa Marques
Meccatti ¹, Ellen Roberta Lima Bessa ¹, Thaís Cristine Pereira ¹, Patrícia Michele Nagai
de Lima ¹, Luciane Dias de Oliveira ¹

¹ Universidade Estadual Paulista “ Júlio de Mesquita Filho” UNESP, São José dos
Campos, São Paulo - Brasil.
* sliberato95@gmail.com

Candida dubliniensis é a espécie mais prevalente em pacientes HIV positivo e


compartilha caracteristicas com Candida albicans. Os fitoterápicos têm sido
amplamente estudados como terapia alternativa, entre eles, Rosa centifolia (Rosaceae) e
Curcuma longa (Zingiberaceae) possuem muitos efeitos terapêuticos comprovados,
portanto, torna-se relevante investigar a ação antifúngica desta combinação. O objetivo
desse trabalho foi avaliar a ação antifúngica que a combinação de tais extratos vegetais
produzirá sobre Candida dubliniensis. Para tanto, foi utilizada a técnica “tabuleiro de
xadrez” (baseada no teste de microdiluição em caldo), a concentração inibitória mínima
de cada extrato isolado foi usada como referência e concentrações de cada extrato foram
preparadas, sendo que a diluição do extrato de Rosa centifolia (50 µL) foi realizada de
forma seriada na placa de 96 poços já preparada com 50 µL de meio nos poços
mapeados. A diluição seriada do extrato de Curcuma longa foi realizada em microtubos
e os poços mapeados também receberam 50 µL deste extrato, cada coluna recebeu uma
concentração correspondente a um microtubo. Por fim, foi adicionado 100 μL do
inóculo já padronizado em salina (1x106 células/mL), exceto no controle de esterilidade
que recebeu somente meio. Como controle negativo, uma coluna recebeu meio e
inóculo. Após incubação (37ºC/24 h) foi analisada a possível ação sinérgica utilizando o
índice de concentração inibitória fracionada. Os extratos apresentaram combinação
aditiva no qual a concentração inibitória fracionada foi >0,5 e ≤1,0. Portanto
concluímos que os extratos de Rosa centifolia e Curcuma longa atuam de forma aditiva
contra Candida dubliniensis.

Palavras chave: Candida dubliniensis; Curcuma; Rosa centifólia.

Apoio financeiro: FAPESP

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BENEFÍCIOS DO USO DE Pereskia aculeata Miller NA ALIMENTAÇÃO


HUMANA: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Bruna Nogueira Andrade*1, Camila Garcia de Freitas1, João Paulo Lima de Oliveira1,
Janina de Sales Guilarducci1, Manuel Losada Gavilanes1
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.

*bna.brunanogueira@gmail.com

Pereskia aculeata Miller é uma espécie vegetal pertencente à família Cactaceae.


Conhecida popularmente como “ora-pro-nobis”, a espécie é nativa do Brasil e ocorre
em regiões de clima seco, sendo encontrada na faixa tropical do continente americano.
As folhas de Pereskia aculeata, são usadas na alimentação de algumas regiões
brasileiras como uma planta alimentícia não convencional. Apresentam altas
quantidades de proteínas, minerais, carotenóides, fibras e vitaminas A e C,
proporcionando efeitos benéficos à saúde e sendo uma alternativa para agregar valor
nutricional às massas, como pães e macarrão. O objetivo deste trabalho foi realizar uma
revisão de literatura a respeito do uso da espécie P. aculeata na alimentação humana.
Foi realizada uma busca na base de dados Scopus, utilizando as palavras-chave
“Pereskia aculeata” e “food” em inglês. Foram encontrados 33 artigos na base Scopus,
sendo escolhidos 5 artigos recentes, os quais abordavam características botânicas e
fitoquímicas e dois estudos clínicos para confecção do trabalho. Em um estudo de
análise fitoquímica e das atividades biológicas da espécie, P. aculeata não apresentou
hepatotoxicidade e foi considerado como uma alternativa para enriquecimento da
alimentação da população de baixa renda e na elaboração de nutracêuticos, devido ao
seu potencial antioxidante. Em outro estudo clínico, onde se avaliou os efeitos de uma
bebida que continha farinha de ora-pro-nobis na microbiota intestinal e nos parâmetros
antropométricos de mulheres foram encontrados resultados positivos na redução de
peso, gordura corporal, redução da circunferência da cintura, melhora na consistência
das fezes e diminuição da constipação. Estes efeitos podem ser atribuídos a grande
quantidade de fibras encontradas na espécie. Não foram encontradas alterações na
microbiota intestinal. Os artigos apresentados demonstraram que a P. aculeata é uma
espécie de alto valor nutricional que pode ser incorporada na alimentação humana,
como forma de enriquecer a alimentação da população.

Palavras-chave: Hortaliça Não Convencional; Ora-Pro-Nobis; Saúde.

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais


(FAPEMIG)

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CARACTERÍSTICAS BIOQUÍMICAS DE Palicourea rigida Kunth


(RUBIACEAE): UMA REVISÃO DE LITERATURA

Érica Alves Marques Marafeli1*, Júlia Assunção de Castro Oliveira 1, Adriane Duarte
Coelho1, Juliana Salimena1, Nelma Ferreira de Paula Vicente1, Manuel Losada
Gavilanes1
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*ericagroeng@yahoo.com.br

A família Rubiaceae Juss. possui cerca de 640 gêneros, variando entre 12.000 a 13.000
espécies, essencialmente tropicais; ocupando o quarto lugar em diversidade entre as
Angiospermas. Considerada medicinal, Palicourea rigida Kunth popularmente
conhecida como bate-caixa é tradicionalmente empregada no tratamento de patologias
do sistema urinário e é uma espécie ameaçada de extinção. Neste contexto, objetivou-se
realizar o levantamento bibliográfico dos estudos bioquímicos referentes a espécie. A
busca foi realizada no período de 02/09/2020 a 15/09/2020, na base de dados Scopus
com a palavras-chave: Palicourea rigida, realizando em seguida o filtro para área de
bioquímica, sendo encontrados somente quatro artigos. No Brasil, a espécie possui
distribuição geográfica restrita, evidenciando o endemismo, em particular no cerrado e
campos rupestres dos estados de Minas Gerais, Bahia e Goiás. O uso de marcadores
moleculares para determinar a estrutura genética da espécie juntamente com estudos
cromossômicos e a avaliação das variações sazonais nas relações hídricas e
fotossintéticas a fim de obter informações relevantes para promover programas de
conservação da espécie, são os principais focos de investigação. Porém, são poucos os
estudos bioquímicos realizados com a mesma, não sendo investigado seu perfil químico
e sua ação no organismo humano, havendo apenas uma investigação quanto ao
conteúdo de alcalóides e iridóides no extrato etanólico das folhas. Desta forma, novos
estudos devem ser realizados em busca de mais características bioquímicas da
Palicourea rigida que subsidiarão novas descobertas em outros campos de pesquisa
como: agronômicos, fisiológicos, botânicos, entre outros já que o conhecimento da
estrutura bioquímica da planta indica e explica sua adaptação a determinados ambientes.
Além disso, investigações fitoquímicas e farmacológicas possibilitam a confirmação do
seu uso tradicional para tratar problemas do trato urinário e o desenvolvimento de
fitofármacos e fitoterápicos para esta finalidade.

Palavras-chave: Endemismo; Espécie Medicinal; Bioquímica.

Apoio financeiro: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior


(CAPES) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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MELÃO DE SÃO CAETANO (Momordica charantia L.) COMO POSSÍVEL


ADJUVANTE NO TRATAMENTO DO DIABETES: UMA ANÁLISE
BIBLIOMÉTRICA

Janina de Sales Guilarducci 1*, Vytória Piscitelli Cavalcanti 1, Camila Garcia de


Freitas1, Bruna Nogueira Andrade1, Hellen Custódio Machado1, Breno Augusto Ribeiro
Marcelino1, João Paulo Lima de Oliveira1
1
Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, Minas Gerais, Brasil.

*janinanutricao@gmail.com

O diabetes está associado aos principais problemas de saúde pública no mundo. Trata-se
de uma doença crônica cujo o estado de inflamação de baixo grau influência
negativamente no metabolismo da glicose. Mediante o contexto, o Melão de São
Caetano (Momordica charantia L. da família Cucurbitaceae), tem demonstrado eficácia
como adjuvante no tratamento do diabetes com melhora significativa nos níveis da
glicemia, principalmente com extratos obtidos a partir do fruto da planta. Assim, o
objetivo deste trabalho foi analisar a relação do Melão de São Caetano no diabetes
através de descritores bibliométricos. Realizou-se buscas na base de dados Scopus, no
dia 21 de setembro de 2020, com os seguintes descritores: “Momordica charantia”,
“diabetes” e “blood glucose”. Os indicadores bibliométricos observados foram: ano com
maior número de publicações, tipos de documentos, área temática, países com maior
número de publicações e documentos por patrocinador de financiamento. Foram
encontrados 235 documentos publicados entre os anos de 1980 e 2020. O ano com
maior número de publicações foi em 2018 (n=16). Os principais tipos de documentos
foram: 80% artigos, 17% revisão e 3% outros, e em relação as principais áreas temáticas
foram: 28,4% área da medicina, 23,2% área da farmacologia, toxicologia e
farmacêutica; 19,1% bioquímica, genética e biologia molecular e 29,3% outros. Em
relação aos países com maior número de publicações foram encontrados Índia (n=76),
China (n=28), Estados Unidos (n=25) e em relação ao Brasil foi encontrado apenas um
documento. O principal financiador encontrado foi a Fundação Nacional de Ciências
Naturais da China. Portanto, observou-se que o Melão de São Caetano (Momordica
charantia) tem sido amplamente estudado na literatura científica como adjuvante no
tratamento do diabetes, sendo a Índia o país com maior número de estudos e o maior
número de documentos publicados estão relacionados a área da medicina.

Palavras-chave: Diabetes; Glicemia; Plantas Medicinais; Cucurbitaceae.

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais


(FAPEMIG)

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AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO DOS ELEMENTOS QUÍMICOS NA RAIZ


DE Pereskia grandfolia Haw OBTIDOS POR TÉCNICAS DE ANÁLISE
ELEMENTAR

Nelma Ferreira de Paula Vicente1*, Érica Alves Marques Marafeli1, Abraão José Silva
Viana1, Adjaci Uchôa Fernandes2, Roberta Hilsdorf Piccoli1
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.2Universidade de São Paulo -USP
*nellmaferreira@hotmail.com

Pereskia grandfolia Haw, popularmente conhecida como ora-pro-nobis, considerada


planta medicinal e alimentícia não convencional (PANCS). É de fácil cultivo e
propagação, sabor agradável e suas folhas podem ser consumidos após branqueamento.
O objetivou-se neste trabalho avaliar a composição química elementar da raiz de P.
grandfolia Haw. Os métodos analíticos utilizados foram Fluorescência de Raios-X por
Energia Dispersiva (EDXRF), equipamento Shimadzu EDX-720, feitas no modo quali-
quantitativo, com ar atmosférico, limitando a análise elementar de Al13 (Alumínio) a
U92 (Urânio), expressos em 100% dos elementos detectados, enquanto para detecção de
C, H, N e proteína, utilizou a análise elementar com a queima da amostra em forno de
combustão em alta temperatura, no equipamento LECO TRUSPEC Micro. A hortaliça
foi coletada no Horto de Plantas Medicinais da UFLA, sendo suas raízes separadas,
lavadas e submetidas à secagem em estufa ventilada, a 55°C, por 72 horas,
posteriormente trituradas em moinho e peneiradas em malha 40 mesh. Exsicatas foram
registradas no herbário da EPAMIG (PAMG 58224). Como resultado foi observado que
as raízes continham em sua composição elementar pela técnica de EDXRF
(inorgânicos), K (56,1%), Ca (18,8%), S (8,4%), Fe (6,0%), Si (5,4%), P (3,4%), Ti
(1,1%), Mn (0,3%), Ag (0,2%), Cu (0,1%), Zn (0,1%), Sr (0,1%) e Rb (0,1%). Pela
técnica de combustão, para análise dos elementos orgânicos (teor total), C (45,4%), N
(1,1%), H (6,4%) e proteína (6,8%). Observamos que entre os macronutrientes, o K
representa o maior teor, seguido pelo Ca, S e P, respectivamente. Dentre os
micronutrientes, o Fe apresentou o maior teor, seguido do Si, Mn, Cu e Zn,
respectivamente. Conclui-se que as raízes de ora-pro-nobis respeitam o princípio básico
do estado nutricional das plantas de Malavolta et al (2006), exceto o Fe que foi superior
ao P, lembrando que a absorção de elementos químicos, está associada às características
da cultura e do meio onde a planta se desenvolve. Quanto aos elementos orgânicos
(equivalem a 52,9%, exceto o oxigênio), o carbono, como se espera para um vegetal,
representa o maior teor elementar das raízes.

Palavras-chave: Ora-pro-nobis; Planta Medicinal; Fluorescência de Raios-X.

Apoio financeiro: CAPES e FAPEMIG.

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ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE Siparuna guianensis Aublet.


(SIPARUNACEAE): UMA REVISÃO SISTEMÁTICA.

Maria de Fátima Santos*1, Erica Alves Marques Marafeli1, Giulia Nayara Duarte1,
Marcos Ferrante1, Manuel Losada Gavilanes1, Elisângela Elena Nunes Carvalho1
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*mariadefatimasmf@gmail.com

A Siparuna guianensis Aublet. (Siparunaceae) é uma planta aromática, popularmente


conhecida como “negramina” que é utilizada na medicina popular no tratamento de
dores no corpo, náuseas, contra gases intestinais, febre, antibiótico pós-parto e
reumatismo. Na composição química do óleo essencial desta espécie encontra-se β-
mirceno, germacreno-D, siparunona e curzerenona. Este estudo teve como objetivo
identificar os principais trabalhos científicos realizados com a S. guianensis em testes
antibacterianos. A revisão sistemática foi realizada utilizando dados disponíveis no
Portal CAPES (Scopus, Web of Science, Pubmed, Lilacs, Science direct e Scielo); como
palavra-chave “Siparuna guianensis AND antibacterial”, a busca foi realizada no dia 07
de setembro de 2020, incluindo-se nesta revisão artigos científicos que realizaram testes
laboratoriais. A partir dos descritores foram identificados 33 documentos, sendo 9 em
duplicatas, 4 artigos de revisão, 6 publicações em livros e 10 trabalhos que não
realizaram testes bacterianos com a espécie; por meio desta análise foram selecionados
para este trabalho 4 artigos. A partir da análise dos artigos incluídos foram verificados
que todos os autores realizaram pesquisas sobre atividade antibacteriana do óleo
essencial obtido a partir das folhas da planta, sendo relatada uma atividade inibitória
moderada sobre bactérias como a Staphylococcus aureus, Streptococcus salivarius, S.
sobrinus, S. mitis, S. sanguinis, Lactobacillus casei, Pseudomonas aeruginosa,
Staphylococcus sp., Mycobacterium tuberculosis e M. kansasii. O óleo essencial em
análise mostrou boa atividade inibitória também contra a Streptococcus mutans e
Mycobacterium avium com concentração de inibição mínima de 50 e 250 µg/mL,
respetivamente. Foi identificado também o efeito inibitório fraco em bactérias Gram-
positivas e atividade nula de inibição para as bactérias Gram-negativas, observado que
as bactérias Listeria monocytogenes e Staphylococcus aureus foram mais suscetíveis.
Foi visto também que mesmo na concentração mais baixa (0,87 μg/mL) do óleo
essencial de S. guianensis este demostrou toxicidade e inibiu o crescimento celular de
Streptococcus pyogenes e Pseudomonas aeruginosa; esta mesma concentração foi capaz
de retardar o crescimento celular da Escherichia coli. Conclui-se que o óleo essencial de
S. guianensis apresenta atividade antibacteriana; entretanto diante do número de artigos
analisados são necessários mais estudos relacionados à inibição bacteriana utilizando
esta espécie vegetal.

Palavras-chave: Negramina; Bactéria; Plantas Medicinais.

Apoio Financeiro: CAPES, CNPQ, FAPEMIG.

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PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
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ERVA-TOSTÃO (Boerhavia diffusa L.): UMA REVISÃO BIBLIOMÉTRICA

Bruna Nogueira Andrade1, Janina de Sales Guilarducci 1*, Camila Garcia de Freitas1,
João Paulo Lima de Oliveira1, Luciane Vilela Resende1, Manuel Losada Gavilanes 1
1
Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, Minas Gerais, Brasil.

*bruna.andrade2 @estudante.ufla.br

Boerhavia diffusa L. (Nyctaginaceae) é uma planta medicinal conhecida em vários


países, principalmente na Índia onde é conhecida, popularmente, como “punarnava” e
“tarvine”, sendo utilizada além do aspecto medicinal (devido a apresentar propriedades
anti-inflamatórias e expectorantes), as suas folhas são frequentemente utilizadas como
vegetal. No Brasil ela é popularmente conhecida como “erva-tostão” e “pega-pinto”,
sendo considerada como invasora de áreas cultivadas e também como ruderal; as suas
raízes são frequentemente empregadas em afecções das vias urinárias. Vários estudos
correlacionam sua ampla variedade de constituintes fitoquímicos com a produção de
fármacos e fitoterápicos, além de grande relevância econômica como biocombustível,
entre outras. Sendo assim, este trabalho tem como objetivo analisar a bibliometria da
Boerhavia diffusa (erva-tostão) com ênfase nas principais áreas abrangentes de estudo
da mesma. O levantamento bibliográfico foi realizado na base de dados Scopus, no dia
vinte de setembro de 2020. Analisaram-se os seguintes dados: número de documentos
publicados sobre a planta, ano com maior número de publicações, tipos de documentos
disponíveis, países com o maior número de estudos e principais áreas de estudos da
planta. Foram encontrados 347 documentos publicados no período de 1980 a 2020,
sendo que o maior número de publicações sobre a planta aconteceu no ano de 2014
(n=32) e similarmente em 2015 (n= 32). Os principais documentos disponíveis sobre a
planta são: artigos (84,7%, n= 294) e outros (15,3%, n= 53). A erva-tostão é
principalmente estudada nas seguintes áreas: Farmacologia, Toxicologia e Farmacêutica
(34,2%), Ciências agrárias e biológicas (17%), Medicina (15,7%), Bioquímica, Genética
e Biologia Molecular (15,2%), entre outros (17,9%). Os países com maior número de
publicações são: Índia (n=237), Paquistão (n=17), Nigéria (n=16), Brasil (n=15), Arábia
Saudita (n=13), Estados Unidos (n=12) e outros. Portanto, foi observado que a erva-
tostão tem sido amplamente estudada, sendo a Índia o país pioneiro de estudos sobre
essa planta medicinal e a área de maior interesse da comunidade científica é na área
referente a ciências farmacêuticas.

Palavras-chave: Fitoterapia; Toxicologia; Farmacologia; Plantas Medicinais.

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais


(FAPEMIG)

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EFEITOS DO ÓLEO ESSENCIAL DE Cymbopogon citratus EM EMBRIÕES


E LARVAS DE Danio rerio

Kiara Cândido Duarte da Silva¹*, Bárbara do Carmo Rodrigues Virote², Maria de


Fátima Santos³, Luis David Solis Murgas

Universidade Federal de Lavras –UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil


*kiaracandido@hotmail.com

Produtos que são oriundos de fontes naturais despertam interesse no mercado desde a
antiguidade e a Cymbopogon citratus (DC.) Stapf – Poaceae tem-se destacado
atualmente, devido à grande utilização em indústrias farmacêuticas como: anti-
hipertensivo, antiasmático e antisséptico. Com a ampla utilização popular da C. citratus
tornou-se necessário realizar pesquisas para analisar a segurança desta planta. O
objetivo desse trabalho foi avaliar a toxicidade do óleo essencial (OE) da C. citratus em
embriões e larvas do Danio rerio. A extração do OE foi realizada pela técnica arraste
por vapor de água. Os embriões de zebrafish foram expostos às concentrações de 50;
25; 12,5; 6,25; 3,12; 1,56; 0,79; 0,39 μg/mL de OE da C. citratus diluídas em 0,5% de
DMSO (Dimetilsulfóxido) na solução Egg Water e dois controles, um com a solução
Egg Water e outro com a solução Egg Water diluída a 0,5% de DMSO, sendo utilizados
40 embriões por tratamento. O ensaio foi realizado em placas de 96 poços, sendo
distribuído um embrião por poço com 200 μl da concentração testada. As placas foram
cobertas com Parafilm® para evitar o possível efeito de evaporação. Para a observação
das taxas de sobrevivência, eclosão e possíveis alterações morfológicas, os embriões
foram avaliados utilizando-se microscópico (Olympus, modelo CX31) diariamente nos
intervalos de 24, 48, 72, 96 e 120 hpf em exposição. Os dados foram submetidos ao
teste de normalidade Shapiro Wilk, atendido ao pressuposto foi realizada análise de
variância (ANOVA) pelo programa Minitab® versão 1.8 (Minitab LLC, Stage College,
PA). Os resultados do presente estudo indicaram que o OE da C. citratus nas
concentrações acima de 6,25 μg/mL causaram efeito tóxico e teratôgenico nos embriões
e larvas de Danio rerio. Porém, os embriões e larvas expostos as concentrações abaixo
de 3,12 μg/mL não apresentaram toxicidade e deformações ao longo do desenvolvimento
embrionário. Portanto, esse trabalho corrobora e complementa estudos, sobre a utilização
segura da planta e seus possíveis efeitos manipulando um modelo animal, o que ainda é
escasso na literatura.

Palavras-chave: Capim-limão; Zebrafish; Toxicidade; Teratogenicidade; Extração.


Apoio financeiro: Fapemig; CNPq; Capes; Rede Mineira de Bioterismo.

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UTILIZAÇÃO DO MODELO ANIMAL Danio rerio PARA O ESTUDO DE


PLANTAS MEDICINAIS: UMA ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA

Kiara Cândido Duarte da Silva*1, Maria de Fátima Santos1, Bárbara do Carmo


Rodrigues Virote1, Marcos Ferrante1, Elisângela Elena Nunes Carvalho1, Luis David
Solis Murgas1
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*kiaracandido@hotmail.com

A necessidade por produtos obtidos diretamente das plantas tem crescido muito
atualmente no mercado, visto que, são utilizadas como chás, xaropes e óleo essencial.
Para identificar a atividade biológica de uma espécie vegetal faz-se necessário a
realização de testes em animais, como por exemplo no modelo experimental utilizado
Danio rerio, uma espécie de peixe conhecida popularmente como zebrafish ou
paulistinha. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi analisar indicadores
bibliométricos do estudo de plantas medicinais utilizando o modelo Danio rerio. A
pesquisa bibliométrica foi realizada no dia 24 de setembro de 2020, utilizando a base de
dados Scopus empregando as palavras-chaves “Danio rerio” AND “medicinal plants” e
“medicinal plants” AND “Danio rerio”, sendo observados os períodos de publicação,
país com maior número de publicações, documentos por afiliação (instituições), tipos de
artigos e áreas de estudo. A partir dos descritores foram identificados 43 documentos,
desde 2003 (n=1) até o ano atual (2020), observando-se que o maior número de
publicações estudando plantas medicinais utilizando o modelo experimental Danio rerio
foi no ano de 2020 (n=9), o país que mais publicou trabalhos científicos de acordo com
a pesquisa realizada na base Scopus é a China (n=16) e em segundo lugar o Brasil
(n=7). As Universidades Chinesas que mais pesquisaram sobre plantas medicinais no
Danio rerio é a Academia Chinesa de Ciências (n=7), Instituto de Botânica Kunming da
Academia Chinesa de Ciências (n=5) e Universidade de Macau (n=5). Dos 43
documentos identificados, 90,7% são considerados artigos científicos (n=39), 7%
artigos de revisão (n=3) e 2,3% errata (n=1). De acordo com as áreas de estudo das
publicações, 35,1% dos trabalhos são na área de Farmacologia, Toxicologia e
Farmacêutica (n=27) em segundo lugar se destaca a área de Bioquímica, Genética e
Biologia Molecular (n=14). A partir da pesquisa bibliométrica por meio da base de
dados Scopus foi possível observar que existem poucos trabalhos relacionados as
plantas medicinais utilizando o modelo experimental Danio rerio.

Palavras-chave: Zebrafish; Scopus; Modelo experimental.

Apoio Financeiro: CAPES, CNPQ, FAPEMIG.

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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE HEPATOPROTETORA DA ERVA-TOSTÃO


(Boerhavia diffusa L.): UMA REVISÃO ATUALIZADA

Janina de Sales Guilarducci 1*, João Paulo Lima de Oliveira1, Camila Garcia de Freitas1,
Bruna Nogueira Andrade1, Breno Augusto Ribeiro Marcelino1, Luciane Vilela
Resende1, Manuel Losada Gavilanes 1
1
Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*janinanutricao@gmail.com

Boerhavia diffusa Linn. é uma planta medicinal que pertence à família Nyctaginaceae. É
uma planta não nativa (teve sua origem na Índia), de hábito herbáceo. No Brasil ela
pode ser encontrada em diversos domínios fitogeográficos (Mata Atlântica, Amazônia,
Cerrado e Caatinga). É considerada uma planta invasora cujo os nomes populares
conhecidos no Brasil são: “erva-tostão” ou “pega pinto”. É muito utilizada por
indicação popular para afecções hepáticas (esteatose hepática não alcoólica, icterícia,
hepatite, cirrose, entre outras). Mediante o contexto, objetivou-se avaliar a atividade
hepatoprotetora da erva-tostão. Verificou-se nas bases de dados Scopus e PubMed,
utilizando as seguintes palavras-chaves “Boerhavia diffusa”, “hepatoprotective” e
“liver”. A pesquisa foi realizada no dia 29 de setembro de 2020. Foram excluídos
artigos de revisão e estudos in vitro. Apenas foram considerados estudos com animais e
humanos. Foram encontrados 21 documentos referentes ao período dos últimos 10 anos
(2010 a 2020), todos os estudos foram realizados com animais e não foram encontrados
estudos com humanos. Posteriormente, foram excluídos 6 artigos de revisão e iniciou-se
a leitura dos resumos de 15 artigos. Após a leitura foram excluídos: artigos de revisão
(n=2), artigos sobre outras espécies (n=1) e estudos in vitro (n=1). Ao final, foram
considerados 11 artigos para realização desta revisão, sendo todos em língua inglesa.
Todos os estudos foram realizados com animais induzidos a hepatotoxicidade e a
maioria dos estudos utilizaram a planta inteira para obtenção do extrato. Em estudos
realizados com extratos das folhas da planta isoladamente (n=5) foram encontradas
reduções significativas de enzimas hepáticas: ALT (alanina aminotransferase), AST
(aspartato aminotransferase), níveis séricos de bilirrubina, fosfatase alcalina e γ-GT
(gama gutamil transpeptidase). Ademais, efeitos hipolipidêmicos também foram
encontrados. Em relação aos estudos com “blends” de plantas medicinais de diferentes
espécies com a erva-tostão foram encontrados efeitos sinérgicos positivos, atribuindo
um efeito hepatoprotetor. Portanto, a erva-tostão possui um potencial promissor como
adjuvante no tratamento de afecções hepáticas. Além disso, a atividade hepatoprotetora
pode ser atribuída principalmente devido a presença de compostos bioativos que
exercem atividades antioxidante, que podem auxiliar na regeneração do tecido hepático
através da redução do estresse oxidativo, porém, ainda são necessários estudos de
ensaios clínicos em humanos.

Palavras-chave: Planta medicinal; Erva-tostão; Doenças hepáticas; atividade


antioxidante.

Apoio Financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais


(FAPEMIG).

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LYCHEE (Litchi chinensis Sonn., SAPINDACEAE) AS AN ADJUVANT IN THE


TREATMENT OF DIABETES: A BIBLIOMETRIC REVIEW

Vytória Piscitelli Cavalcanti1*, João Paulo Lima de Oliveira1, Janina de Sales


Guilarducci1, Ludmila Caproni Morais1, Maysa Mathias Alves Pereira¹, Juliana Pace
Salimena1, Joyce Dória1
1
Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, Minas Gerais, Brasil.

*vytoria.cavalcanti@estudante.ufla.br

Lychee (Litchi chinensis Sonn., Sapindaceae) is a tropical fruit consumed worldwide,


presenting high nutritive value and several medicinal uses of its pericarp, pulp or seeds,
such as hypoglycemic and antioxidant. Diabetes is a chronic disease that affects the
population around the world. Its treatment can be improved through the use of
medicinal plants. In this way, the purpose of this research was to analyze the relation of
lychee with diabetes using bibliometric descriptors. The searches were performed using
the Scopus database, conducted on September 19, 2020, using the descriptors “Litchi
chinensis” and “diabetes”. The following bibliometric indicators were observed: the
publication period, the country with the largest number of publications, type of
documents, and subject area. Were found 13 documents published in the period of 2006
to 2020. The countries with the largest number of publications about lychee and
diabetes in Scopus database were China (n = 3), India (n = 2), and Japan (n = 2), with
Brazil in fifth place presenting only one published document. In relation to the
document type, 76.9% (n = 10) were research articles, and 23.1% were review (n = 1),
book chapter (n = 1) and conference paper (n = 1). And about the subject areas, the
publications predominance was in Agricultural and Biological Sciences (27.8%, n = 5),
followed by Medicine (22.2%, n = 4), Nursing (16.7%, n = 3) and Pharmacology,
Toxicology and Pharmaceutics (16.7%, n = 3). While the subject areas Chemistry
(5.6%, n = 1), Engineering (5.6%, n = 1) and Multidisciplinary (5.6%, n = 1) presented
the lowest number of publications. 76.9% of the documents found positive results of
lychee as an adjuvant in the treatment of diabetes, and the other documents (23.1%)
mention its ethnopharmacological uses. Through these bibliometric indicators, it was
possible to observe that the research of lychee as an adjuvant in the treatment of
diabetes is current and still little explored, with the potential to expand in the next years.

Key-words: Chronic diseases; Medicinal plants; Scopus.

Financial supporter: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior


(CAPES).

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EXTRATO GLICÓLICO DE Rosmarinus officinalis L. APRESENTA


POTENCIAL PROFILÁTICO In vivo NO MODELO DE Galleria mellonella
INFECTADA POR Candida albicans

Larissa de Souza Moura *1, Vanessa Marques Meccatti1, Lívia Mara Alves Figueiredo
Godoi1, Juliana Campos Junqueira1, Lucas de Paula Ramos1, Thais Cristine Pereira1,
Luciane Dias de Oliveira1.
1
Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT-UNESP), São José dos Campos, São Paulo, Brasil.
*larissasouzamoura@hotmail.com

Tem sido amplamente comprovado o potencial de atividades biológicas dos extratos de


plantas medicinais no controle de micro-organismos, o uso desses tem crescido
exponencialmente na área médica, todavia, na Odontologia a utilização destes extratos
ainda não é recorrente. Diante da grande diversidade de plantas e, de acordo com a
literatura, o extrato glicólico de Rosmarinus officinalis L. (pertencente à família
Lamiaceae), popularmente conhecido como alecrim, tem apresentado grande potencial
para ser utilizado em formulações de interesse odontológico, no entanto, estudos mais
rigorosos de sua ação antimicrobiana, sobretudo a ação fúngica, devem ser realizados a
fim de comprovar de fato sua eficácia. Assim, o objetivo do trabalho foi verificar a ação
profilática do extrato de Rosmarinus officinalis L.(alecrim) em diferentes tempos de
aplicação no modelo de G. mellonella infectada por C. albicans, uma vez que a
candidose oral tem alta prevalência. Para avaliar a toxicidade, diferentes concentrações
do extrato (1 x CIM até 10 x CIM) foram inoculadas na última proleg das larvas, sendo
n = 15. Após a obtenção da concentração não tóxica, procedeu-se com o protocolo
profilático que foi realizado pela inoculação de três doses independentes do extrato,
sendo a primeira 72 h, a segunda 48 h e a última 24h antes da infecção com suspensão
padronizada de C. albicans. Como controle, larvas receberam PBS ao invés do extrato.
Os insetos foram mantidos a 37°C, no escuro, sem nutrição por 7 dias para contagem
diária e realização da curva de sobrevivência. Para análise estatística, foi utilizado o
teste log-rank (Mantel-Cox) sendo p ≤ 0,05. A concentração de 10 x CIM foi escolhida
pois não apresentou toxicidade. Pode-se verificar um aumento na sobrevida das larvas
em comparação ao grupo controle no protocolo de 3 aplicações do produto vegetal (72
h), porém sem diferença estatística. O extrato vegetal não apresentou efeito tóxico e
demonstrou possível atividade antifúngica e imunomoduladora contra C. albicans em
larvas de G. mellonella.

Palavras-chave: Rosmarinus officinalis L.; Candida albicans; Galleria mellonella;


Fitoterapia.

Apoio Financeiro: A Pró-Reitoria de pesquisa da UNESP pela Bolsa de Iniciação


Científica PIBIC-CNPQ.

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Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

FUNGOS ENDOFÍTICOS ASSOCIADOS A PLANTAS MEDICINAIS: UMA


REVISÃO DE LITERATURA

Bárbara Mourão*1, Adriane Duarte Coelho1, Patrícia Gomes Cardoso1


1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*
bmoubio@gmail.com

Fungos endofíticos são microrganismos que vivem, de forma harmônica, associados às


plantas. Eles podem estar presentes em todos os órgãos vegetais, conferindo benefícios
ao hospedeiro, como por exemplo: proteção contra patógenos, resistência ao estresse,
maior crescimento de raízes e partes aéreas, além de produzir compostos químicos
como alcalóides, antibióticos, enzimas e hormônios. O Brasil é o país de maior
diversidade botânica do mundo. Dentre suas, aproximadamente, 64 mil espécies
vegetais já conhecidas, grande parte apresenta potencial medicinal. Muitas vezes este
potencial está relacionado com a produção de metabólitos bioativos produzidos pelos
fungos endofíticos associados a elas. Desta forma, a interação planta-endófito é grande
interesse para a pesquisa. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão dos artigos
científicos publicados de 2018 até o momento que descrevem o isolamento de fungos
endofíticos associados a plantas medicinais brasileiras. No mês de setembro de 2020,
foram realizadas buscas nas bases de dados Scopus, Web of Science e Scielo, com as
seguintes palavras-chave: “fungos endofíticos”, “plantas medicinais” e “Brasil”. Os
artigos foram exportados para o gerenciador de bibliografia EndNote, onde as duplicatas
foram excluídas. Foram selecionados apenas os trabalhos onde apresentavam a
identificação dos fungos e seu potencial medicinal elucidado. Foram encontrados nove
artigos, cinco publicados em 2018, um em 2019 e três em 2020. Neles, foram
identificadas 63 espécies de fungos endofíticos. Os gêneros mais frequentes foram
Diaporthe (7), Xylaria (5),Talaromyces (4) e Penicillium (3). Foram também estudadas
14 espécies de plantas medicinais de 13 famílias botânicas diferentes, sendo que
Fabaceae apresentou duas espécies. As atividades farmacológicas investigadas foram:
antileishmania, antibacteriana, antifúngica, antitumoral, antiinflamatória e antioxidante.
Assim, fica evidente a importância de estudos que relacionam a associação endófito-
planta, visando suas aplicações medicinais e o grande potencial ainda inexplorado de
plantas do Brasil.

Palavras-chave: Endófitos; Interação; Compostos químicos.

Apoio Financeiro: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior


(CAPES).

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PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
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Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

A UTILIZAÇÃO DO ALECRIM (Rosmarinus Officinalis L.) COMO MÉTODO


TERAPÊUTICO NAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES: UMA ANÁLISE DE
INDICADORES BIBLIOMÉTRICOS

Hellen Custódio Machado*1, João Paulo Lima de Oliveira1, Elisângela Elena Nunes
Carvalho1
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*hcmachado9@gmail.com

As doenças cardiovasculares são consideradas a principal causa de morte em países em


desenvolvimento e um importante problema de saúde pública a ser controlado. Dentre
os métodos terapêuticos, o uso da fitoterapia pode ser um importante aliado na
prevenção e manejo dessas doenças, e o (Rosmarinus officinalis L.), conhecido
popularmente como alecrim, pode ser considerado promissor no tratamento devido as
suas propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias. Assim, o objetivo deste trabalho
foi analisar na literatura a utilização de (Rosmarinus officinalis L.) no tratamento de
doenças cardiovasculares. Trata-se de um estudo de análise de indicadores
bibliométricos, utilizando a base de dados Scopus, realizado no dia 21 de setembro de
2020, utilizando os descritores “Rosmarinus officinalis L.” e “disease cardiovascular”.
Para a análise dos documentos publicados foram examinados o período de publicação
(ano da primeira e última publicação), ano com maior número de publicações, país com
maior número de publicações, tipo de documentos publicados, área de estudo, autor
expertise nessa temática, assim como a instituição com mais publicações na área do
estudo. Resultaram da pesquisa 60 documentos, onde o primeiro foi publicado no ano
de 1998 e até a presente data, observou-se 6 documentos publicados entre os anos de
2019 e 2020. Observou-se que 2017 foi o ano que houve mais publicações da temática
analisada (n=7). Ademais, os países que mais publicaram estudos do assunto foram:
Estados Unidos, Irã, Espanha, Itália e Brasil, resultando em 11, 7, 7, 5 e 4 publicações,
respectivamente. Em relação aos tipos de documentos publicados, observou-se uma
maior prevalência de artigos (n=34), seguido de artigos de revisão (n=21), e outros
(n=5). As áreas de estudo que mais publicam sobre a temática são a de Farmacologia,
Toxicologia e Farmacêutica (n=28), seguido da área de Medicina (n=24), Bioquímica,
Genética e Biologia Molecular (n=19) e Química (n=10). O autor expertise da área é
Aggarwal, B.B. somando 460 citações dentre seus dois trabalhos publicados. A
Universidad Autónoma de Madrid é a instituição com mais publicações na temática
(n=3), sendo localizada na Espanha. Os indicadores bibliométricos demonstraram que a
partir do ano de 2009 até os dias atuais, houve um aumento de estudos publicados no
tema analisado, sendo os Estados Unidos o país com maior contribuição para a
literatura, e os artigos com maior destaque nas publicações, cuja área de maior ênfase é
a Farmacologia, Toxicologia e farmacêutica.
Palavras-chave: Doenças Crônicas; Doença Cardiovascular; Fitoterápicos.
Apoio Financeiro: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES).

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Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

A RELAÇÃO ENTRE PLANTAS MEDICINAIS E DEMÊNCIA: REVISÃO


BIBILIOMÉTRICA

Hellen Custódio Machado*1, João Paulo Lima de Oliveira1, Janina de Sales


Guilarducci1, Elisângela Elena Nunes Carvalho1
1
Universidade Federal de Lavras – UFLA, Lavras, Minas Gerais, Brasil.
*hcmachado9@gmail.com

A demência é caracterizada como uma síndrome decorrente de uma doença cerebral


progressiva e de natureza crônica. A doença consiste no comprometimento de várias
funções nos lobos corticais superiores, responsáveis pela memória, pensamento,
compreensão, cálculo, aprendizagem, linguagem e julgamento. Sendo assim, o objetivo
deste foi analisar a relação entre plantas medicinais e demência por meio de indicadores
bibliométricos. Trata-se de um estudo de identificação de indicadores bibliométricos
utilizando a base de dados Scopus, realizado no dia 20 de setembro de 2020, usando os
descritores em inglês “medicinal plants” e “dementia”. Para a análise dos documentos
publicados foram examinados o período de publicação (ano da primeira e última
publicação), ano com maior número de publicações, país com maior número de
publicações, tipo de documentos publicados, área de estudo, autor expertise nessa
temática, assim como a instituição com mais progresso nesse campo de estudo.
Resultaram da pesquisa 386 documentos, onde o primeiro documento publicado ocorreu
no ano de 1962 (duas publicações) e até esta exata data, observou-se 17 documentos
publicados no ano de 2020. Foi observado um pico de documentos publicados no ano de
2018 (n=38). A Índia, China, Estados Unidos, Japão e Coreia do Sul são os países que
mais publicaram documentos sobre a temática, resultando em 82, 58, 50, 34 e 25
publicações, respectivamente. Em relação aos tipos de documentos publicados,
observou-se uma maior prevalência de artigos (n=224), seguido de artigos de revisão
(n=115), resumos de congressos (n=19) e outros (n=24). A área de estudo que mais
publica sobre a temática é a de Farmacologia, Toxicologia e Farmacêutica (n=202),
seguido da área de Medicina (n=176), Bioquímica, Genética e Biologia Molecular
(n=107) e Ciências Agrárias e Biológicas (n=40). O autor expertise da área é Perry, E.
K. somando 1025 citações dentre seus oito trabalhos publicados. A University of
Toyama é a instituição com mais publicações na temática (n=12), sendo localizada no
Japão. Os indicadores bibliométricos demonstraram que a partir do ano de 2002 até os
dias atuais, foi possível observar o crescimento de publicações na temática abordada,
sendo a Índia o país com maior contribuição para a literatura, entre os documentos
publicados se destacam os artigos, e a área de maior ênfase na condução de estudos é
Farmacologia, Toxicologia e Farmacêutica.

Palavras-chave: Doença Crônica; Doenças Neurológicas; Plantas Medicinais.

Apoio Financeiro: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior


(CAPES).

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Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

TRIAGEM DAS CLASSES DE METABÓLICOS SECUNDÁRIOS EM


EXTRATOS DE SEMENTES DE Amburana cearensis

¹Nara Tayná Veloso Borges*; ²Bárbara Rodrigues Freitas; ²Caio de Sousa Murta; ²Lúcio
Valério de Oliveira Neto; ¹Marco Aurélio Leite Fontes; ²Cristiane Fernanda Fuzer Grael

¹Universidade Federal de Lavras (UFLA), Lavras, MG - Brasil


²Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), Diamantina, MG - Brasil
*nara.borges@estudante.ufla.br

A Amburana cearensis, Fabacea conhecida usualmente como imburana ou amburana-


de-cheiro, é uma espécie vegetal arbórea nativa do Brasil, considerada como quase
ameaçada, decídua na estação seca, com sementes aladas, de coloração escura e aspecto
rugoso. As sementes da imburana são conhecidas popularmente por seus efeitos
medicinais no tratamento da gripe, dor de garganta, asma, bronquite, reumatismo, dentre
outras enfermidades. Portanto, o presente estudo objetivou caracterizar qualitativamente
alguns grupos de metabólitos secundários presentes em sementes de A. cearensis,
visando contribuir para a identificação de marcadores químicos para esta espécie, sendo
de grande importância para os testes de qualidade de fitoterápicos e para um uso popular
mais seguro das plantas medicinais. Os testes foram realizados para detecção de
flavonóides, taninos, saponinas, antraquinonas, esteróides, triterpenos e alcalóides, onde
foram considerados resultados positivos reações com formação de precipitados,
desenvolvimento de colorações ou formação de espuma. As sementes da planta foram
coletadas e pulverizadas. Para a pesquisa de flavonóides foi feita extração com 5g de
sementes pulverizadas adicionadas a 50 mL de uma solução de metanol-água (4:1); 5 g
do pó foram extraídas com 30 mL de água destilada para os testes de taninos e
saponinas; 5 g de sementes pulverizadas foram extraídas com 5 mL de diclorometano
para o teste de antraquinonas; o material foi extraído com clorofórmio para testar
presença de esteróides e triterpenos (5 g:40 mL); para testar a presença de alcalóides a
extração de 2 g do pó foi realizada com 15 ml de ácido clorídrico diluído. A partir dos
testes de Shinoda, de hidróxidos alcalinos e de cloreto férrico foi identificado a presença
de flavonoides nas sementes; as reações de gelatina e cloreto férrico evidenciaram a
presença de taninos; tanto o teste de saponinas quanto o teste de antraquinonas se
mostraram negativos; através da reação de Salkowisk para esteroides e triterpenos foi
detectada presença de núcleo esteroidal nas sementes; já para alcalóides, foi identificada
presença destes nas sementes pelos testes de Mayer e Dragendorff. A partir dos
resultados, foi possível detectar a presença de componentes com potencial efeito
medicinal nas sementes de A. cearensis, tornando possível o conhecimento prévio das
classes de substâncias presentes nas sementes utilizadas nos preparos populares e
servindo como base para estudos mais aprofundados acerca dos potenciais fitoterápicos
das sementes desta espécie.

Palavras-chave: Triagem fitoquímica; Planta medicinal; Metabólitos especiais.

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PLANTAS MEDICINAIS, AROMÁTICAS E CONDIMENTARES
Empreendedorismo e Inovações Tecnológicas em Plantas Medicinais
Lavras, 09 a 15 de Novembro de 2020

Triagem das classes de metabólicos secundários em extratos de sementes de


Pterodon emarginatus

¹Nara Tayná Veloso Borges*; ²Bárbara Rodrigues Freitas; ²Caio de Sousa Murta; ²Lúcio
Valério de Oliveira Neto; ¹Marco Aurélio Leite Fontes; ²Cristiane Fernanda Fuzer Grael

¹Universidade Federal de Lavras (UFLA). Lavras, MG - Brasil.


²Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). Diamantina, MG - Brasil.
*nara.borges@estudante.ufla.br

Dentre o gênero Pterodon, notado principalmente depois da descoberta do composto


14,15-epoxigeranilgeraniol com ação anti-cercária e antimicrobiana “in vitro”, a
Pterodon emarginatus, conhecida popularmente como sucupira-branca, é uma espécie
vegetal arbórea característica de terrenos secos e arenosos do cerrado, amplamente
empregada na medicina popular. Portanto, são necessários estudos de segurança e
eficácia que possibilitem um uso adequado desta espécie. O presente estudo objetivou
pesquisar alguns grupos de metabólitos secundários, através de reações de grupos
funcionais da molécula, presentes em sementes de Pterodon emarginatus, visando
contribuir para a identificação de marcadores químicos para esta espécie, sendo de
grande importância para os testes de qualidade de fitoterápicos e uso popular mais
seguro das plantas medicinais. Os testes foram realizados para detecção de flavonóides,
taninos, saponinas, antraquinonas, esteroides, triterpenos e alcalóides, onde foram
considerados resultados positivos reações com formação de precipitados,
desenvolvimento de colorações ou formação de espuma. As sementes da planta foram
coletadas e pulverizadas. Para a pesquisa de flavonóides foi feita extração com 2,5 g de
sementes pulverizadas adicionadas a 25 mL de uma solução de metanol-água (4:1); 2,5
g do pó foram extraídas com 15 mL de água destilada para os testes de taninos e
saponinas; 5 g de sementes pulverizadas foram extraídas com 5 mL de diclorometano
para o teste de antraquinonas; o material foi extraído com clorofórmio para testar
presença de esteróides e triterpenos (2 g:16 mL); para testar a presença de alcalóides a
extração de 1 g do pó foi realizada com 10 mL de ácido clorídrico diluído. A partir dos
testes de Shinoda, de hidróxidos alcalinos e de cloreto férrico foi identificado a presença
de flavonoides nas sementes; as reações de gelatina e cloreto férrico evidenciaram a
presença de taninos; o teste de saponinas se mostrou negativo; o teste de antraquinonas
se mostrou positivo; através da reação de Salkowisk para esteroides e triterpenos foi
detectada presença de núcleo triterpênico nas sementes; já para alcalóides, foi
identificada presença destes nas sementes pelo teste de Dragendorff. Portanto, a triagem
realizada para o extrato de sementes da P. emarginatus detectou a presença de
componentes com potencial efeito medicinal, tornando possível o conhecimento prévio
da natureza das classes de substâncias presentes, servindo de base para pesquisas mais
aprofundadas sobre os potenciais fitoterápicos das sementes desta espécie.

Palavras-chave: Triagem fitoquímica; Planta medicinal; Metabólitos especiais.

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BRAZILIAN PLANTS WITH ANTIFUNGAL ACTIVITY AGAINST Candida


spp: LITERATURE REVIEW

Daniele Cristina Vitorelli Venancio*1, Marilene Rodrigues Chang1


1
Federal University of Mato Grosso do Sul (UFMS), Campo Grande, MS, Brazil.
*E-mail: danielevitorelli@gmail.com

Candida albicans is the main Candida species associated with vulvovaginal candidiasis
and nosocomial invasive candidiasis. Infections caused by non-albicans Candida
species pose a challenge because they exhibit antifungal resistance. The great
biodiversity of the Brazilian flora and the exploration of plant resources can lead to the
discovery of new drugs or to the development of new therapeutic substances, which
justifies investigating the antifungal potential of Brazilian plants. This study aimed to
identify Brazilian plant species that showed antifungal activity in in vitro tests. A
literature review of scientific articles indexed in PubMed, and Virtual Health Library
databases were carried out. The descriptors were used: “Antifungal” and “Plants” and
“Brazilian” with the Boolean operator "AND" in the period from 2010 to 2020. The
eligibility criteria for the selection of articles were studies on antifungal activity in vitro
against species of the genus Candida, carried out with crude extract or fractions of
Brazilian plant species and published in English or Portuguese. Exclusion criteria were
publications of works with essential oils or repeated publications. The electronic search
provided 30 results in PubMed, and 7 in the Virtual Health Library. After applying the
inclusion and exclusion criteria, 18 articles were selected, totaling 77 plant species
studied. Of these, 14 species of antifungal activity against Candida albicans. Six species
showed activity against Candida krusei - an important result due to its intrinsic
resistance to fluconazole. Only two studies evaluated activity against Candida glabrata,
a fungal species with a high rate of resistance to fluconazole and often related to
echinocandin resistance. We conclude that in the search for alternative medicines for the
treatment of candidiasis and candidosis, many studies have been conducted with
Brazilian medicinal plants. The crude extracts/fraction with leaf or stem seem to be the
most promising, and species of genus Copaifera and Eugenia are among the most
described.

Key words: Medicinal plants; Fungi; Candida albicans, Candida glabrata; Candida
krusei.

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Lavras, MG
2020

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