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Apresentação
O exercício consiste na leitura do relatório, intitulado: Igreja de São Miguel (ruínas) São
Miguel das Missões – RS, 1937. O texto é apresentado em arquivo PDF, acompanhado de
comentários à margem com referências de ilustrações.
Para ilustrar o texto, segue um repertório de fotos e desenhos ilustrativos sob a forma de
apresentação em Power Point.
“Os ordenamentos urbanos nas Missões Jesuíticas dos Guaranis, Parte 1”:
https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/17.200/6398, relativo às
características destes assentamentos.
Lucio Costa descreve em seu texto o padrão uniforme que era preestabelecido
pelos povos jesuítas. Quarteirões distribuídos alinhados em colunas dos alpendres em
fila e distribuídos em habitações compartilhadas para os índios, organizados ao redor
de uma praça central e permitindo a circulação por todo o povoado; observa-se o
ordenamento dos assentamentos com uma disciplina quase militar, hierárquica. Havia
dois eixos principais de circulação, onde os mesmos se cruzavam no centro da praça,
sendo utilizada não só como eixo estruturador, mas também como lugar de atividades
religiosas e para punições, interconectando a Igreja (valorização religiosa) à quinta
(relação com o trabalho).
Os modelos urbanístico-arquitetônicos implantados em pouco apresentavam
influências dos povos indígenas. A arquitetura seguia os modelos europeus, como o
renascimento, gerando morfologias que refletiam o sujeito do colonizador, e portanto,
se afastando da identidade cultural dos povos nativos.
A remoção da pia de batismos, duas colchas, nove imagens religiosas ocorre pelo fato
de originalmente esses artefatos terem sido produzidos em São Miguel, mas
posteriormente foram removidos e transportados para Sto. Angelo. Assim o arquiteto
propõe a reinserção desses itens em seu contexto original.
Lucio Costa formula duas propostas arquitetônicas distintas, onde a primeira proposta
previa a construção do museu na antiga praça, com um grande alpendrado que teria seus
pilares substituídos por paredes pintadas de branco caiado servindo de suporte para a
exposição das peças, estando diretamente ligadas a casa de zelador, porém esta seria isolada
por um muro (separação entre as atividades do museu e as domésticas).
A segunda proposta mantém o caráter de valorização dos remanescentes, porém a
partir de uma proposta de apropriação direta das ruínas da igreja, concebendo uma cobertura
que se estenderia para as naves laterais, permitindo que o espaço seja ocupado por arte
missioneira.
A segunda proposta se dá de forma cênica, propondo uma construção que recrie a
atmosfera histórica, sendo de certa forma romântica, contudo a proposta não
descaracterizaria as ruínas, uma vez que manteve elementos como a cobertura de telha e casa
do zelador, havendo a reconstituição de apenas parte do alpendrado.