Você está na página 1de 10

Seminário teoria IV

Biografia
Achilina di Enrico Bo, nasceu no dia 05 de dezembro de 1914. Era filha mais velha da
família proveniente de Gênova, formada por Giovanna e Enrico Bo, além da irmã Graziela
Bo. Desde criança, foi incentivada a estar em contato com várias formas de arte. Seu pai a
ensinou a desenhar e pretendia que Lina continuasse os estudos na escola de Belas-Artes,
após concluir o período no Liceu artístico que durou 4 anos. Faleceu em São Paulo, no dia
20 de março de 1992, com 77 anos, ela se tornou referência mundial pela sua trajetória e
todo conjunto excepcional de obras

Carreira
1934-39
Lina ingresso una “Facoltá di Architettura da Università degli Studi di Roma” que era
projetada e dirigida por Marcello Piacentini, um arquiteto e urbanista italiano que realizou
suas obras de maior relevância no período fascista, ele projetou o edifício matarazzo em
SP, onde hoje é a sede da prefeitura de SP. Lina se formou em 1939, Como trabalho de
conclusão de curso, , realizou o projeto intitulado “Núcleo Assistencial da Maternidade e da
Infância”. Foto da maquete do seu trabalho.
diferentemente dos arquitetos nascidos na virada do século, como lúcio costa, para Lina
não teve o que é chamado de conversão ao modernismo, quando ela se formou já havia na
itália diversas correntes modernas estabelecidas, ainda que em meio às tensões, não
deixavam expor seus ideológicos

1940
Mudou-se para Milão em 1940 a convite do colega arquiteto Carlo Pagani, com quem
passou a trabalhar em seu estúdio no número 12 da Via Gesù, no coração da cidade, que
passou a se chamar Bo e Pagani. Também através de Pagani, Lina foi apresentada ao já
renomado arquiteto Gio Ponti (um arquiteto e designer italiano, que viveu até 1979, e que
era líder de um movimento que valorizava o artesanato, diretor das Trienais ( uma
exposição de arte) de Milão e da editora Domus. Lina realizava projetos de arquitetura para
Gio Ponti, e este foi o momento de início de uma convivência que influencia toda a sua
carreira. Atuava politicamente contra a ocupação alemã durante a segunda guerra, e
colaborou com o PCI Partido comunista italiano. Ainda em Milão se junta com o Bruno Zevi
que era um crítico, e arquiteto, e funda a revista A-Cultura della Vita
● Imagem da lina no jardim do seu escritório na vila gesú, em Milão

1946
Com o fim da Guerra, Lina retornou brevemente à Roma e, em uma visita ao Studio d’Arte
Palma, conheceu Pietro Maria Bardi (que era um crítico e historiador, galerista, colecionador
e editor), com quem se casou em 1946. No mesmo ano eles decidem vir ao Brasil em busca
de uma perspectiva de prosperidade no campo das artes e cenário de uma arquitetura
promissora. Lina com o desejo de trazer a arquitetura moderna para um país novo, sem
vícios, e sem ruínas, e sem resquícios da guerra quando chegam, à primeira vista que a lina
tem do Brasil é o MESP- (Ministério da educação e saúde pública, que já foi estudado nas
aulas anteriores).
1947
foram convidados pelo jornalista, empresário e político Assis Chateaubriand para fundar e
dirigir o Museu de Arte de São Paulo (MASP). Mudaram-se para São Paulo e já em 1947
realizaram as primeiras instalações do Museu, provisoriamente situado na Rua 7 de Abril.
● Folheto de divulgação MASP, na rua 7 de abril

1948
criou, em parceria com Pietro Maria, o arquiteto Giancarlo Palanti e Valeria Piacentini Cirell,
o Estúdio de Arte Palma, dedicado ao projeto e desenho de mobiliário moderno e industrial.
● Foto lina no estudio

1950
Fundou e dirigiu em 1950, com Pietro Maria Bardi, a revista Habitat, oficialmente vinculada
ao recém fundado MASP e que se definia como a “revista das artes do Brasil”.
● estudo de capa revista e a edição número 8

1951 foi ano em que naturalizou-se brasileira, Lina completou seu primeiro projeto
arquitetônico construído: a Casa de Vidro, sua residência e de Pietro Maria, local que
moraram juntos até o fim da vida. Nesse momento ela reafirmou seu apreço ao Brasil, o
país que a elegeu

1958,
acaba se mudando para Salvador, convidada para fundar e dirigir o Museu de Arte
Moderna da Bahia (MAM-BA). Realizou também o projeto de restauro do Solar do Unhão e
sua adaptação para a nova sede do recém inaugurado museu.
● lina restaurando azulejos no solar do unhão

1966-68
Retomou em 1966 o projeto do Museu de Arte de São Paulo, desenvolvendo adaptações e
detalhamentos, além do acompanhando do canteiro de obras. O museu foi inaugurado na
Avenida Paulista, em 1968, com a exposição A mão do povo brasileiro.

1977-82
início do projeto do centro de lazer do SESC Pompéia, que foi inaugurado em 1982.
Consolidou nessa fase o início da parceria com seus jovens colaboradores Marcelo Ferraz,
André Vainer e Marcelo Suzuki.

1990
iniciou a restauração do edifício do Teatro Oficina (inaugurado em 1994)
Nesse mesmo ano fundaram o Instituto Quadrante – hoje Instituto Bardi/ –atividades
culturais e estudos relacionados com a história da arte e da arquitetura”

1992
Lina ganhou muitos prêmios e serviu de fonte de inspiração para pessoas do mundo inteiro,
construiu pouco, quando se comparada com outros arquitetos porém deixou um grande
legado de escritos e croquis, e podemos ver isso como uma forma de comunicação entre a
arquiteta e o restante do mundo, esses escritos têm como papel formar um museu
imaginário da arquitetura e fazer circular o mundo afora, Lina foi uma arquiteta considerada
por muitos como original ao extremo, Buscou realizar tudo o que cabia na ambiciosa
agenda do arquiteto moderno, aquele que desenhava desde uma colher à uma cidade.
Explorou novas tecnologias e materiais, como concreto armado e o aço. Com a morte de
Lina, em 1992, e de Pietro, em 1999, o instituto se propôs a dar continuidade à atuação de
seus fundadores, preservando e divulgando o importante legado artístico deixado por eles.

Coloquei em ordem cronológica as sua obras mais conhecidas, não necessariamente


as principais, tendo em conta que Lina tem poucos projetos construídos, mas todos
conhecidos.
1. A casa de vidro, que vou comentar mais pra frente
2. o masp
● Tem o seu projeto em 1957 , mas foi inaugurado somente em 1968. Está localizado
na avenida paulista em SP e é um marco na história da arquitetura moderna do
século 20. A radicalidade desse edifício modernista se expressa na imponência do
concreto suspenso por quatro grandes pilastras.
3. Sesc pompeia
● Localizado na Zona Oeste de São Paulo, no bairro de Pompéia foi eleito pelo jornal
americano The New York Times, uma das 25 obras arquitetônicas mais importantes
construídas depois da Segunda Guerra Mundial.
a 6ª melhor construção em concreto do mundo- jornal “The Guardian”e também foi
tombado patrimônio cultural brasileiro.
4. Teatro oficina
● Localizado no bairro da Bela Vista, em São Paulo, foi fundado na década de 1960 O
seu projeto de reforma feito por Lina e o arquiteto Edson Elito ocorreu até 1989 e por
algumas interrupções no processo, teve a obra concluída em 1994. É um local
marcado por grandes espetáculos entre expressões teatrais, apresentações de
música e danças. Nesse novo projeto, a ideia central aproximava a nova arquitetura
ao contexto territorial, de modo que a Rua parece invadir o espaço cênico,
promovendo um teatro democrático.

Bom agora vou comentar sobre a obra escolhida, a casa de vidro, conhecida também como
a Casa Bardi
● A Casa de Vidro, é um ícone da Arquitetura Moderna. O edifício serviu, por quatro
décadas, como residência do casal formado Bardi
● Uso original: Residencial, era também ponto de encontro de artistas, arquitetos e
intelectuais;
● Uso atual: Institucional
● compraram o terreno em 49
● a casa ficou pronta em 52
● O projeto não leva seu nome, explicar o porque sendo assinado por Gregori
Warchavchik;,
● Em 1987, a Casa de Vidro foi tombada pelo CONDEPHAAT – Conselho de Defesa
do Patrimônio Histórico,
Partido
● Possível ver nos estudos iniciais a preocupação em instalar as dependências em um
único volume, otimizando a funcionalidade e a facilidade de construção. O plano
original partiu de uma lógica racionalista e a edificação então foi posicionada sobre
as colinas de forma adequada
● Pensou na intenção, desejava que as pessoas que estivessem na parte social se
sentissem mais livres;
● Referência aos 5 pontos da arquitetura moderna feito por Le Corbusier. A Fachada
livre,Janelas em fita, Pilotis,Terraço jardim e Planta livre.
● “A finalidade da casa é a de proporcionar uma vida conveniente e confortável, e
seria um erro valorizar demais um resultado exclusivamente decorativo.”

Trouxe também um comentário de carlos eduardo comas sobre a casa:

Ler slide local

Slide implantação 1

Lina opta por implantar sua casa no topo rochoso de um monte no morumbi; terreno com 7
mil metros quadrados; Área construída: 817 m² ; abrindo-se para a paisagem do vale do rio
Pinheiros; Preservou ao máximo a vegetação; moldou a paisagem com trilhas decoradas
com cacos de cerâmica e trouxe novas espécies naturais; Depois da década de 60 ela foi
reforçando o status de bairro nobre, era um bairro na época mais isolado. A Casa de Vidro
tem pouquíssimo contato com os vizinhos, se isolando completamente deles.

A casa principal e a casa do caseiro foram projetadas e construídas juntas. Mais tarde,
provavelmente em 1957 , foi construída a garagem, em
conjunto com os caminhos e muretas no jardim. A última construção foi a do estúdio, onde
seus colaboradores desenvolveram os projetos a partir de 1986. Apesar de existir já
algumas árvores na parte mais alta do terreno, o jardim foi plantado pela arquiteta no
restante do terreno.
Todo o terreno foi cercado por um muro de alvenaria de blocos aparentes, construído por
determinação da Prefeitura Municipal tardiamente, em 1978, junto com as calçadas.

Slide fachada

1. Lina projetou a casa voltada para a face sudeste para evitar insolação direta na casa
e também para que não fosse necessário instalar cortinas onde houvesse os panos
de vidros. Nessa fachada é onde está a entrada e a escada, que dá acesso à casa
e que proporciona um olhar para a paisagem. O vidro nos traz a ideia de
comunicação do interior com o exterior.
2. Sudoeste: Temos de novo o vidro sendo utilizado nessa mesma intenção, uma parte
social da casa que interage com o exterior por meio do vidro
3. fachada noroeste: Parece não ser tão expressiva quanto as outras fachadas, porém,
a gente percebe esse contraste entre “Casa de Vidro” e “Casa Colonial”. Possui
aberturas para insolação e Ventilação nos quartos dos empregados é também a
Entrada/Saída dos fundos da casa.
4. fachada nordeste:encontramos de novo a transição do vidro com o concreto para a
“Casa Colonial”.

Slide estrutura
● O projeto e cálculo estrutural foi solicitado ao engenheiro italiano Pier Luigi Nervi
● Depois foi revisado por Túlio Stucchi por conta da disponibilidade pequena do
material escolhida por luigi; Os tubos mannesman, tubos de aço sem costura
produzidos por uma empresa alemã, também foram colocados tubos de fibrocimento
no primeiro pavimento; Essa escolha dos tubos metálicos provavelmente refletia a
admiração de Lina por obras do arquiteto Mies van der Rohe e outros.

Slide estrutura 2

indicar

● Estrutura: Vigas de concreto armado;


● Paredes em alvenaria portantes, rebocadas e caiadas de branco
● Cobertura: Telha ondulada de fibrocimento com isolamento de lã de vidro.
● Laje: Caixão perdido com vigas invertidas de concreto armado
● Alvenaria: Tijolo revestido com massa.

Mostrar

- Em amarelo Pilares cilíndricos metálicos preenchidos com concreto.


- Em verde a laje de piso concreto armado do tipo caixão perdido;
- ja em vermelho a Laje de cobertura com cerâmicas pré-moldadas e estrutura de
concreto armado;
- Laje Jardim
- Contraventamento com vigas de concreto armado embutidos na alvenaria;
- Muro de arrimo com pilares e aletas de concreto armado. Localizado na parte mais
aterrada do terreno

Trouxe então a malha estrutural da casa onde mostra um sistema de apoio em pilotis e as
paredes do andar térreo onde estão as colunas de sustentação da edificação. É possível
entender que existe uma organização do edifício em dois níveis. Neste esquema aparece
claramente definida a malha estrutural distribuída em vãos regulares com dimensões em
torno de 5 metros.

Slide planta
O espaço produzido na Casa de Vidro é criado seguindo um controle racional da planta. A
partir de vários croquis, uma malha de módulos quadrados, de 5 m x 5 m, que é
estabelecida como base para o desenvolvimento do projeto. O a casa então é construída
seguindo controle a partir dessa malha modular, subdividida conforme a necessidade
estrutural e funcional.
A sua formação tradicional italiana aparece aqui, porque Lina mostra o rigor matemático,
proporção e equilíbrio.
Temos então a planta em H e seção assimétrica contendo os ambientes de serviço e
dormitórios. A circulação aqui é basicamente horizontal.
Os pilotis, no térreo, liberam o terreno, ,as fachadas são livres, a janelas se desenvolvem
em toda a longitude da casa, como tinha dito, le corbusier.

A escada

ESCADA- sem guarda corpo ○ piso de granito ○ o primeiro patamar da escada induz a uma
pausa para contemplar a paisagem antes de girar mais uma vez e encontrar o painel de
Chirico ○

O vazio separa a entrada da sala de estar ○

SALA DE ESTAR ○ ocupa toda a testada ○

○ o piso é feito inteiramente com pastilhas de vidro Vidrotil., que foram colocadas uma por
uma ○

A sala de estar é o maior cômodo da casa, criada como uma plataforma em concreto
armado e paineis de vidro que se abre para a paisagem, permitindo uma integração
completa com a vegetação do bosque de árvores ao seu redor. ○

Eles tinham nesse lado uma grande biblioteca com tubos de aço e prateleiras de vidros, que
vocês podem ver nas imagens, porém elas não aguentaram o peso dos livros e depois
foram retiradas. ○

Bom essa casa foi a primeira projetada por Lina, ela não havia construído nada antes,
infelizmente ela se formou no ano da guerra, então como pensar em construir na era da
destruição, assim ela passou grande parte da Itália escrevendo muitos artigos em revistas,
e também escrevia muito sobre mobiliário, vários dos moveis aqui são de autoria dela

Cozinha

Cozinha racional e funcional, ela faz a conexão da área social com a area de serviço,
localizada em frente ao pátio

○ A cozinha tem todas as características de uma cozinha industrial, é interessante pensar


nela como uma logística da produção de comida, onde vem da área externa os alimentos,
que vem passando pela lavagem e corte dos alimentos, e por fim triturado, aqui teve-se o
primeiro triturador de São Paulo. E essa lava louça veio do exterior para cá, é uma area
bem tecnológica, e a preocupação com a higiene está muito presente. ○ O tampo do balcão
da cozinha é feito de aço inoxidável, algo incomum na época.

○ É interessante pensar que a cozinha é um grande cômodo da casa, mostrando a


preocupação com o ambiente, algo que muitas vezes era deixado de lado ou não ganhava
tanta importância para os arquitetos.

Ela aqui exibia sua própria casa como um exemplo, sob a forma de um manual de
instruções, ela escreve sobre as preocupações, problemas e soluções da moradia e do
morar moderno. ○

.PISO DE VIDROTIL PRETO


○ QUARTOS E BANHEIROS ○

Os quartos são os cômodos que possuem chão de madeira para o conforto. ○ Aqui Existe
Um jardim comprido e fechado, formando um pátio, divide a casa entre área de serviço e de
funcionários e dá uma ventilação por essas janelas aos quartos.

○ O quarto do casal, se encontra na fachada a leste, pegando o nascer do sol,

○ os banheiros também são feitos inteiramente de pastilhas colocadas uma a uma ○

QUARTOS PISOS DE TACO ○ BANHEIROS VIDROTIL AZUL

Iluminação e ventilação

Caixilhos: Ferro pintado.

Vidros: Temperados.

Nao possui luzes no teto, tendo a iluminação indireta. toda a iluminação artifical é feita por
arandelas e abajures ○ luz indireta ( ela usa o seu conhecimento em cenografia e aplica
aqui) pois sabe que é mais confortável.

todas as janelas abrem, e sem guarda-corpos nas aberturas piso a teto dos caixilhos de
vidro,

não tinha proteção solar, nem mesmo cortinas (ao menos no primeiro ano)

ventilação cruzada

Lina optou por uma ventilação natural, onde as janelas abrem a cada uma folha, permitindo
a ventilação cruzada por todo o ambiente.

Exterior e paisagismo

Para acessar a casa, é necessário passar por uma estrada íngreme.

atelie construído em 86

● A escolha dos tubos metálicos provavelmente ecoava a ideia da realização da máxima


leveza, e as árvores plantadas mais próximo respeitam também a grossura dos pilotis,
entrando em harmonia com o conjunto. ○ as palmeiras e os pilares possuem a msm
grossura, pra dar um ar de camuflagem

o casal plantou várias árvores no terreno e atualmente o local possui várias espécies. A luz
que incide em todo o terreno é muito suave, pois as várias árvores ali existentes parecem
filtrar a luz do sol

Em meio ao grande terreno, 4 soluções de paisagismo convivem:


A mata “renaturalizada” que envolve toda a área livre do terreno.

O patio interno às salas que destaca uma arvore e suas parasitas, e é articulado à
vegetação rasteira do terreno livre dos pilotis.

O pátio suspendido do perfil natural da topografia (um patio das rosas).

O teto-jardim sob o volume da cozinha, deixado para as plantas selvagens

Conclusão ler slide

A participação de Lina Bo Bardi e suas obras na arquitetura brasileira contribuiu para


estabelecer novas matrizes culturais da nação, se destacando por compreender a cultura
brasileira a partir de uma perspectiva mais humana, atenta a convergir modelos de
vanguarda com tradições populares. Ela juntou a simplicidade espacial com múltiplas
texturas na casa e no jardim, trabalhando a leveza, porosidade, a natureza e arquitetura
estão ligadas em um mesmo sistema. É uma casa que habita seu entorno e se abre para o
tempo.
a Casa de Vidro chegou a ser utilizada como residência temporária para artistas do Instituto
de Arte Contemporânea de São Paulo. Em 1987, a Casa de Vidro foi tombada pelo
CONDEPHAAT – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e
Turístico. Depois disso, ela tornou-se um local de convivência para arquitetos e intelectuais;
e também de concepção e exposição de projetos. Hoje, ela funciona como o Instituto Lina
Bo e P.M Bardi, onde o visitante pode ver arquivos preciosos que relatam a vida pessoal e
profissional do casal, além outras coisas interessantes.

A ideia dos profissionais era aproveitar o perfil natural do terreno inclinado para construir a
zona de serviços, na parte de trás da residência, sobre muros de contenção. Já o módulo
principal, com planta baixa livre e janelas em fita, foi dividido rigorosamente por uma malha
estrutural vertical, com quatro módulos de largura por cinco de profundidade.
A Casa de Vidro é a primeira obra concretizada da arquiteta. Entretanto, como
estrangeira, para exercer a profissão no Brasil precisaria estar com a situação
profissional regularizada, diante das exigências das leis, ou seja, teria de obter o
diploma no país ou revalidar aqui o obtido na Itália, a partir de processo com
exames, inclusive com conteúdo do curso secundário. A outra opção seria a
naturalização, que a igualaria profissionalmente a um arquiteto brasileiro nato,
podendo desenvolver livremente a profissão. Nesse momento, a situação de Lina Bo
Bardi no país não está regularizada. E, por essa razão, o projeto da Casa de Vidro
não leva seu nome, sendo assinado por Gregori Warchavchik (1896-1972)971

Você também pode gostar