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A adrenalina levaria aquela garota de cabelos rubros a insanidade. Um alvoroço tomava


conta daquele navio que se agitava cruelmente no mar, os tripulantes corriam para todos os
lados e caixas caíam e deslizavam pelo convés. Mas naquele momento aquela era a menor
das preocupações de Diana.
O caos ao seu redor parecia não existir enquanto empunhava sua espada contra aquela
enorme criatura que parecia saída dos pesadelos mais obscuros de Lovecraft. A figura
medonha se erguia de forma imponente no mar e mais parecia um grande emaranhado de
garras e enormes tentáculos espinhosos do que realmente um ser. Suas grandes presas
afiadas escapavam por entre os membros e seus olhos reptilianos emanavam a sede de
sangue. Os golpes e investidas de sua espada não eram páreos contra aquela maldita
criatura, mas estava disposta a dar sua vida pela tripulação.
Em um movimento ágil, esquiva de um ataque da besta e contra-ataca com toda a sua
força presente no momento. Teria sido um sucesso, se não tivesse ido ao chão por prender
um de seus pés numa fenda recém quebrada. Um estrondo, e de repente um membro do
monstro voava decepado de volta ao mar.
– Corra, Diana! Pegue os botes e fuja com a tripulação, não há chances de derrotarmos
essa criatura. Vão enquanto ainda há tempo!
Diana havia sido salva por seu avô, mais uma vez. Se levantou com dificuldade e se
posicionou novamente com sua espada.
– Eu não vou deixar o senhor para trás! Eu vou ficar e lutar, é o mínimo que posso fazer por
tudo que fez por mim.
Não havia tempo para conversas, com um estrondo que mais parecia uma explosão, a
besta golpeava o convés quebrando a estrutura e jogando tudo que havia por perto ao mar.
O capitão do navio atacava diretamente o monstro com sua espada, e em meio a essa
distração Diana vê a oportunidade e corre para atacar uma parte desprotegida do ser.
Estava determinada a acertar aquele golpe que por sorte seria fatal, mas com a velocidade
de um vulto, é atingida com tudo por algo. Tudo o que sente é uma dor despedaçante em
seu braço esquerdo, enquanto vê sua espada cair bem longe de si.
Sua consciência vacilava, estava novamente no chão e o seu próprio sangue manchava
suas roupas, tudo o que viu antes de apagar completamente foi a pessoa que mais amava,
admirava e sua única noção de família sendo cruelmente dilacerada por aquela maldita
besta. O sangue jorrava, membros eram decepados e o corpo sem vida do capitão caia de
volta ao convés. Os olhos da garota se fecharam em meio às lágrimas.

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