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ESCOLA ESTADUAL “OLEGÁRIO MACIEL”

Avenida Olegário Maciel, 422 - Centro - Belo Horizonte - CEP: 30180-110


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A importância do aquecimento
Texto: Beto Carnevale- Professor de Educação Física, USP
Colaboração: Rosane Vargas

1° Ano todos
O aquecimento é tão essencial e benéfico para quem faz exercícios, que é indispensável incorporá-lo
em nossas atividades físicas. Ele evita e previne lesões graves, atuando também contra as dores no corpo.
O assunto é tão importante, que recorremos a um profissional da área para nos informar sobre o
assunto:
O principal objetivo do aquecimento é preparar o organismo para o esporte, seja em treinamento, na
competição ou no lazer. Ele visa obter o estado ideal psíquico e físico, a preparação para os movimentos e
principalmente prevenir as lesões.
Existem dois tipos de aquecimento: o geral e o específico. O aquecimento geral deve possibilitar um
funcionamento ativo do organismo como um todo. Para isso devemos fazer exercícios que utilizam de
grandes grupos musculares. Correr é um bom exemplo.
Já o aquecimento específico utiliza exercícios específicos para uma determinada modalidade. Aqui,
os exercícios devem utilizar a musculatura exigida no esporte que será feito em seguida. Nota-se que o
aquecimento específico deve ser feito após o aquecimento geral.
O aquecimento geral
Os principais objetivos fisiológicos do aquecimento geral são: obter um aumento da temperatura
corporal, da temperatura da musculatura e preparação do sistema cardiovascular e pulmonar para a
atividade e o desempenho.
Devemos elevar a temperatura corporal, pois ao atingir a temperatura ideal, as reações fisiológicas
importantes para o desempenho motor ocorrem nas proporções adequadas para aquela determinada
atividade.
A velocidade do metabolismo aumenta em função da temperatura, aumentando 13% para cada grau
de temperatura. O aumento da irrigação dos tecidos garante um melhor suprimento de oxigênio e substratos
ao tecido. Quando o metabolismo está alto, torna as reações químicas mais rápidas e mais eficientes.
No lado preventivo, o aumento da temperatura resulta em uma redução da resistência elástica e da
resistência do atrito. A musculatura, os ligamentos e os tendões tornam-se mais elásticos tornando-se menos
suscetíveis a lesões ou rupturas.
Há também modificações importantes nas articulações, devido a uma série de mecanismos. As
articulações aumentam a produção de líquido sinovial - o líquido que fica dentro das articulações-, tornando-
se mais resistentes à pressão e a força.
Aquecimento específico
O aquecimento específico deve ser realizado após o aquecimento geral. Este tipo de aquecimento é
fundamental nas modalidades esportivas coordenativas. Consiste em exercícios que se assemelham
tecnicamente aos que serão executados na atividade posterior.
Deve conter exercícios de alongamento e relaxamento que funcionam como profilaxia de lesões,
além de garantir um bom alongamento da musculatura que será trabalhada.
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Com exercícios direcionados aos principais grupos musculares da atividade, há um redirecionamento
sanguíneo para estas regiões, tornando-as mais irrigadas e supridas de oxigênio. Isto porque o aumento da
temperatura corporal não é proporcional ao aumento da temperatura muscular. Existe uma diferença na
velocidade de aumento destas temperaturas.
Fatores que influenciam no aquecimento
 Idade
Variação do tempo e da intensidade de acordo com a idade. Quanto mais velha é a pessoa, mais
cuidadoso e gradual o aquecimento deve ser, ou seja, mais longo.
 Estado de treinamento
Quanto mais treinada é a pessoa, mais intenso deve ser seu aquecimento. Deve ser ajustado para
cada pessoa e para cada modalidade. É indicado nunca fazer atividades ou exercícios os quais não se está
acostumado.
 Disposição Psíquica
A falta de motivação reduz os efeitos do aquecimento.
 Período do dia
Pela manhã o aquecimento deve ser mais gradual e mais longo e durante à tarde o aquecimento
pode ser mais curto. Já a noite deve ter características similares ao da manhã.
 Modalidade esportiva
Deve ser realizado de acordo com a modalidade praticada. Neste ponto ainda devemos prestar
atenção nas características individuais do esporte.
 Temperatura ambiente
Em tempos quentes o aquecimento deve ser reduzido, em dias frios ou chuvosos o tempo do
aquecimento deve ser alongado.
 Momento do Aquecimento
O intervalo ideal entre o final do aquecimento e o inicio da atividade é de 5 a 10 minutos.
O efeito do aquecimento perdura de 20 a 30 minutos. Após 45 minutos temperatura corporal já
retomou sua temperatura de repouso.
FUTEBOL PARA CEGOS
Por Paula Rondinelli
"Você já assistiu a uma partida de futebol para pessoas portadoras de deficiências visuais? Não?
Pois bem, o objetivo desse texto é apresentar uma adaptação para pessoas cegas de um esporte tradicional
em nosso país: o futsal.
No entanto, convém, em primeiro lugar, compreender o significado de deficiência visual ou de
cegueira. O termo deficiente poderia induzir à ideia de que se trata de uma pessoa não eficiente, cujas
capacidades são limitadas. Isso não é verdade: a convivência com essas pessoas, que apresentam
características diferentes de grande parcela da população, rompe com esse tipo de preconceito ao mostrar
que são pessoas tão ou mais inteligentes do que as outras e tão ou mais esforçadas do que as outras. As
deficiências de cunho visual cobrem um grande leque de possíveis distúrbios da visão, podendo atingir à
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cegueira total. No que se refere às atividades cotidianas, há um mito que de essas pessoas não podem fazer
as mesmas atividades que todas as outras. A própria prática do futebol para cegos é um exemplo desse mito.

O jogo de futebol para cegos também é chamado de “futebol de cinco”, já que traz muita influência do
futebol de salão. Como o próprio nome diz, as equipes são formadas por cinco jogadores, de modo que
quatro jogadores atuam na linha e um como goleiro. Em competições não oficiais, os jogadores da linha
podem ou não serem cegos totais. No sentido de proporcionar igualdade de condições, todos eles devem
usar uma venda. A exceção é o goleiro que sempre terá cegueira parcial: sua função, além de defender as
bolas atacadas contra o seu time, é de atuar como guia do time. Por outro lado, nas competições de cunho
oficial, os quatro jogadores de linha deverão pertencer à classificação de cegueira total, de modo que a única
função permitida ao portador de deficiência visual parcial é a de goleiro.
As dimensões oficiais da quadra são variáveis entre 38 e 42 metros de comprimento por 18 a 22
metros de largura. O material do solo pode ser de cimento, grama natural ou grama sintética, de modo que
seja obrigatoriamente plana e não abrasiva.
A bola utilizada nas partidas deve apresentar as seguintes características: esférica, com
circunferência entre 60 e 62 centímetros e ser de couro ou qualquer outro material adequado. A sua grande
particularidade reside no som que ela emite, para que os jogadores possam percebê-la na quadra. Esse
sistema de som é geralmente composto por guisos, que fazem barulho conforme a bola se movimenta.
O uniforme obrigatório dos jogadores é composto por camisa, calção curto, meias, caneleiras e
calçado. O único tipo de calçado permitido é tênis branco, que pode ser de couro ou de lona. O único jogador
que pode usar calças compridas é o goleiro, cuja cor da roupa deve ser diferente daquelas usadas pelo resto
do time.
Além disso, fazem parte dos equipamentos obrigatórios dos jogadores: tampão oftalmológico nos
dois olhos e vendas. As vendas devem ser de material absorvente – devido ao suor -, com proteção
acolchoada. Em competições oficiais, a venda é entregue aos jogadores pela organização do campeonato.
Atualmente, o futebol para cegos é praticado em mais de trinta países. Sua estreia oficial em Jogos
Olímpicos para pessoas portadoras de deficiência – Paraolimpíadas – ocorreu em 1994, na cidade de
Atenas. Desde então, os atletas dessa modalidade vêm sendo reconhecidos, especialmente no Brasil, país
vencedor do futebol de cinco nos Jogos de Atenas.
Para saber mais: Federação Internacional de Esportes para Cegos
Bibliografia:
https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/futebol-para-cegos.htm acessado em 04/02/2022
Principais regras:
O futebol de cegos é exclusivo para cegos ou deficientes visuais. As partidas, normalmente, são em
uma quadra de futsal adaptada, mas, desde os Jogos Paralímpicos de Atenas 2004, também têm sido
praticadas em campos de grama sintética. O goleiro tem visão total e não pode ter participado de
competições oficiais da Fifa nos últimos cinco anos.
Junto às linhas laterais, são colocadas bandas que impedem que a bola saia do campo. Cada time é
formado por cinco jogadores – um goleiro e quatro na linha. Diferentemente de um estádio convencional de
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futebol, as partidas de futebol de cegos são silenciosas, em locais sem eco. O jogo é dividido em dois tempos
de 15 minutos, com 10 minutos de intervalo.
A bola tem guizos internos para que os atletas consigam localizá-la. A torcida só pode se manifestar
na hora do gol. Os jogadores usam uma venda nos olhos e, se tocá-la, cometerão uma falta. Com cinco
infrações, o atleta é expulso de campo e pode ser substituído por outro jogador. Há, ainda, um guia
(chamador) que fica atrás do gol adversário para orientar os atletas so seu time. Ele diz onde os jogadores
devem se posicionar em campo e para onde devem chutar. O técnico e o goleiro também auxiliam em
quadra.
A participação do futebol de cegos nos Jogos Paralímpicos aconteceu, pela primeira vez, em Atenas
2004. Também neste evento, o Brasil foi o campeão, ao superar, nos pênaltis, os argentinos por 3 a 2. A
Seleção Brasileira possui mais três títulos paralímpicos: Pequim 2008, Londres 2012 e, recentemente, no Rio
2016, quando sagrou-se tetracampeão. Além dos títulos, a equipe verde e amarela foi a primeira a marcar
um gol em Jogos Paralímpicos. O autor do feito foi o atleta Nilson Silva, falecido em 2012.
Os atletas são divididos em três classes que começam sempre com a letra B (blind, cego em inglês).
Nos Jogos Paralímpicos, porém, competem apenas os da classe B1.
B1: Cegos totais ou com percepção de luz, mas sem reconhecer o formato de uma mão a qualquer
distância.
B2: Atletas com percepção de vultos.
B3: Atletas que conseguem definir imagens.
Bibliografia:
https://www.cpb.org.br/modalidades/50/futebol-de-cegos acessado em 04/02/2022

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