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1.

INTRODUÇÃO

O arquiteto e designer de móveis brasileiro, Ruy Ohtake, é um dos mais


emblemáticos dentro da Arquitetura Moderna Nacional, com mais de 300 obras
concretizadas no Brasil e no exterior.
Reconhecido no meio internacional por suas obras originais e ousadas,
Ohtake, tornou-se famoso por sua marca registrada no uso das cores primárias e formas
curvas.
Formou-se no ano de 1960, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
Universidade de São Paulo, dando início aos seus estudos no período de maior
expressividade cultural, no qual foi refletido em sua personalidade na busca de uma
identidade de cunho nacional.
Como referencia em sua formação, fizeram-se presentes os arquitetos
daquele período Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e Vilanova Artigas que impulsionaram a
arquitetura brasileira para novos rumos. Além da influencia sofrida por sua mão, Tomie
Ohtake.
A partir dessa síntese de referências que influenciaram Ohtake, surgi à
formação de sua identidade que mescla a aprendizagem do pensar, do discutir e de
projetar de Artigas, juntamente a liberdade de criação de Niemeyer, herdando o gosto
pelo uso de formas curvas e sua audácia na forma.
Ohtake é dono de uma arquitetura inovadora, criando formas arrojadas e
leve. Dessa forma, iremos expor nesse trabalho um estudo a cerca de três de suas obras
mais conhecidas: Cemei Jardim Elvira, Residência Tomie Ohtake e Conjunto
Heliópolis, para que possamos conhecer melhor um pouco da criação desse arquiteto tão
simbólico do meio nacional.

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2. BIOGRAFIA

A artista plástica Tomie Ohtake (Figura 1), a


qual se naturalizou brasileira, logo após a explosão da
guerra civil Japonesa, estabeleceu, no Brasil, morada
permanente, onde criou seus dois filhos Ruy Ohtake e
Ricardo Ohtake. Tomie desempenhou papel indispensável
na visão artística de Ruy, que desde muito jovem
acompanhou o ofício ligado às artes exercido pela mãe.

Ruy nasceu na cidade de São Paulo, em 1938.


Formou-se em 1960 na Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de São Paulo, FAUUSP,
iniciando sua carreira no mercado de trabalho, logo após
sua graduação, sendo responsável por mais de trezentas Figura 1: Tomie Ohtake, mãe de
obras, tanto no Brasil, quanto no exterior, que o consagram Ruy Ohtake.

como referência nome no que tange arquitetura e designer, no cenário nacional e


internacional.

É destaque no acervo de obras desenvolvido por Ohtake, uma exuberância


de formas curvas, assimétricas e irregulares que saltam aos olhos, na mais variada
aquarela de cores (Figura 2), sendo representante da arquitetura moderna e
contemporânea brasileira. Ohtake expõem que sua inspiração é advinda da natureza, de
sonhos, mas sempre segue sua intuição, motivo pelo qual suas obras seguem um perfil
tão lúdico e imaginário despontando ousadia e exibindo design arrojado.

Figura 2: Presença de curvas e cores, nas obras de Ruy Ohtake.

Algumas de suas obras mais relevantes, encontram-se em São Paulo como


Banespa Butantã, Berrini, George V, Hotel Renaissence, Hotel Unique (Figura 3),
Edifício Maison de Mouette, Ohtake cultural, Centro cultural Educativo de Heliopólis,

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Parque ecológico de Tietê, Pavilhão,
Residência Zuleika Halpern e o Centro
Empresarial Brasília Shopping em
Brasília.

O projeto da embaixada
brasileira em Tóquio, na década de 80,
possibilitou a Ohtake, que tratando-se de
um nissei, filho de japoneses, mantivesse
um contato mais íntimo com a cultura e
Figura 3: Ruy Ohtake junto de sua obra, Hotel Unique.
arquitetura japonesa. Após está visita,
Ohtake confessa que vislumbrar sua cultura desencadeou um olhar diferenciado sobre a
arquitetura oriental e o tomou como influência e seus projetos seguintes.

Dentre os materiais presentes em suas obras, é comum a utilização de aço,


madeira, concreto, entre outros e que visam utilizar cada material de forma específica
para que o mesmo possa desempenhar sua função com maior eficiência.

Em 1999 Ruy Ohtake foi convidado para o 20º Congresso da União


Internacional de arquitetos, sediado em Pequim, Oscar Niemeyer, que datava nesta
época, como arquiteto de destaque e renome, nacional e internacional, reconheceu em
Ohtake um valoroso representante da arquitetura brasileira.

Em virtude do seu reconhecimento como arquiteto, recebeu no decorrer dos


anos de carreira, vários prêmios dentre eles destacam-se, 1º Prêmio na I Bienal
Internacional de Arquitetura em 1973, 1º lugar no Concurso Nacional, em 1975, com o
Passo Municipal de Osaca, Prêmio Master, em 1996 pelo Hotel Renaissance, além de
outras premiações.

Ruy Ohtake encontra-se, hoje, com 75 anos, representa um ícone da


arquitetura brasileira no cenário mundial e mantem-se projetando ativamente no âmbito
da arquitetura e designer.

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3. ANÁLISE DO ARQUITETO E ESTUDO DAS OBRAS

Em virtude de nascer em uma família que discutia amplamente arte, devido


a mãe, Tomie Ohtake, configurar-se como uma grande artista plástica, Ruy Ohtake,
cresceu circundado pelo universo das formas, cores, silhuetas, simetria e muito mais.
Apesar de declara que já possuí interesse em arquitetura, desde o colegial, Ruy expressa
enorme agradecimento às discussões familiares a cerca de arte, seu interesse em forma,
cores e harmonia, deve-se a isso.

Além da contribuição familiar, Ruy teve inúmeras influências durante sua


vida acadêmica, dentre elas, destacam-se Vila Nova Artigas como um grande mestre no
seu período de graduação, juntamente com Júlio Katinsky e Abrahão Sanovicz,
estudantes de arquitetura de semestres avançados aos de Ruy.

Como é evidente em sua obra, Oscar Niemayer, contribuiu com grande


parcela na sua conceituação de arquitetura, estando presente em suas curvas, seus
volumes destacados, na pureza do concreto utilizado na sua forma mais simples.

"Para mim, e acho que para todos os profissionais brasileiros, Oscar


Niemeyer é uma referência. Ele é o arquiteto genuinamente brasileiro. Quando ele
começou a fazer o conjunto da Pampulha, nos anos 40, fez com que o mundo inteiro
começasse a olhar a arquitetura brasileira e perceber que havia muita coisa interessante
por aqui. A importância dele é grande não só para a arquitetura brasileira, mas para a
arquitetura mundial. Outro que eu dou muita importância é o Vilanova Artigas. Ele me
fez entender que a arquitetura não é apenas um elemento importante para as cidades,
mas verdadeiramente um elemento social." – Ruy Ohtake.

Fica evidente também, que Ruy faz prioridade à “forma” em seu projeto,
sendo a função uma seguidora dessa forma, declarando “O design é uma das funções
mais importantes da arquitetura. Design como forma, cor e material. A questão do
desenho vem até mesmo antes da função”, para justificar sua declaração, Ruy
exemplifica o tombamento de um prédio como patrimônio histórico, “Vejamos, por
exemplo, quando um prédio é tombado e se torna patrimônio histórico, significa que ele
poderá ser reformado apenas internamente. Ou seja, o imóvel pode até trocar de função,
mas sua casca, sua fachada (janelas, portas, arcos, traços) continuará sempre a mesma”.

Ruy, apesar de formado e tanto ter atuado na cidade de São Paulo, é


considerado um dos arquitetos paulista, mais cariocas de sua época. A arquitetura
paulista, seguia um viés diferenciado do exercido por Ruy, seus conceitos giravam em
torno de uma arquitetura de leveza, de curvas e ousadia, que marcou São Paulo com sua
irreverencia e disparidade de tudo que era produzido desde então.

Visando um melhor entendimento a cerca de sua obra, no decorrer do


trabalho serão explanada três de suas inúmeras obras.

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3.1 Cemei Jardim Elvira

Cemei Jardim Elvira projetado por Ruy Ohtake e Evelise Grunow, em


conjunto com as empresas Bom Contato, Conacon e Grupo Dois, entre outras para
fornecimento de materiais, consiste em projeto concebido para atender a comunidade
local compondo tanto um espaço livre para região, como uma escola para a
comunidade.

O conflito do projeto permeia na inserção concomitante de um espaço de


caráter privativo e um público. Visando solucionar o empasse a escola desfruta de uma
quadra que cede o espaço ao público em horários específicos do dia além de conceber
espaço para prática educação física durante os horários de aula.

O projeto foi solicitado pela prefeitura de Osasco, deu início em 2006 e a


conclusão se deu em 2010. A área de construção do terreno é de 8.775 m2 e a área
construída é de 6.251 m2. A capacidade de trabalhar com grandes escalas e preocupar-
se com a composição entre a construção e o espaço urbano que o cerca, ficam evidentes
na obra.

Figura 4: Bloco Vermelho, espaço de aulas de informática e artes.

O projeto setoriza-se em blocos, que se distinguem por atividades e cores.


Sendo ele divido primordialmente em dois blocos que possuem acessos distintos,
diferenciados pelos níveis do terreno, na cota mais elevado encontra-se o acesso aos
alunos e também para os funcionários, diferentemente do nível de cota mais baixo que
compreende o acesso ao auditório e a biblioteca. Passa por esses dois blocos o pátio,
que faz a intercomunicação dos mesmos.

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O arquiteto faz o uso de formas sinuosa e assimétrica, além de utilizar cores
chapadas, de acordo com ele, a utilização dessas variações de formas e cores irá fazer
com que o edifício seja facilmente visto e protagonize um marco para a comunidade.

Apesar de seguir um padrão de centro educacional cartesiano, com


iluminação zenital e corredores paralelos, Ruy faz uso de seu conceito de valorização da
estética e da forma, ousando com formas mais orgânicas em salas de ocupação especial,
como oficina de arte e de informática
(Figura 4).

O bloco esportivo fica


localizado a nordeste, possui uma quadra
poliesportiva e uma coberta em forma de
arco, tem acesso ao público junto com o
auditório e tem capacidade para até 350
pessoas (Figura 5).

Fica claro na planta do térreo na (Figura 5) como dispõem-se, tanto o acesso


ao público, quanto o acesso privado, que é o de alunos e funcionários, mostra também
as localizações de cada bloco e suas funcionalidades.

Figura 5: Planta baixa e setorização do Cemei Jardim Elvira.

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No primeiro pavimento, concentram-se os setores administrativos, salas de
aula, recepção e acessos para deficiente (Figura 6).

Figura 6: Primeiro Pavimento e setorização do Cemei jardim Elvira.

No segundo pavimento dispõem-se as demais salas de aula, como sala de


informática, sala de artes, tele salas e laboratório (Figura 7).

Figura 7: 2º e 3º pavimentos

Próximo ao bloco destinado ás quadra, localizam-se as piscinas,


arquibancada, o restaurante e o acesso ao pátio central (Figura 8).

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Figura 8: Bloco das Piscinas.

O corte AA do projeto fica evidenciada a dificuldade a cerca do desnível do


terreno, que é bastante acentuado e que determinou as entradas de acesso público e
privado (Figura 9).

Figura 9: Corte AA

3.2 Residência Tomie Ohtake

“ O andar pela casa é um passeio, um passeio cheio de arte. Respira-se arte.”

Ruy Ohtake projetou essa casa no ano de 1970, para atender tanto as
necessidades cotidianas como artísticas de sua mãe, Tomie Ohtake. Localizada na
cidade de São Paulo, Brasil, em um terreno estreito e comprido, com um amplo pátio
lateral ao final, formando um “L”(Figura 10).

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Figura 10: Planta baixa residência Tomie. Fonte: http://www.archdaily.com.br/35414/classicos-da-arquitetura-residencia-tomie-
ohtake-ruy-ohtake/.

A casa ocupa completamente a área linear do terreno. O acesso principal e


de veículos estão um ao lado do outro, são completamente abertos à rua, não existindo
portões que sinalizam ser uma fachada. Possuindo apenas níveis diferentes e
compartilham a mesma laje e seu sistema de vigas transversais de concreto aparente
(Figura 11).

As portas de acesso à casa


são duas, uma localizada na garagem,
este que leva a área de serviço. E a outra
no corredor principal que diferente da
porta usual de acesso a área de serviço,
há uma larga porta de vidro e painéis de
cores elementares que leva a um

Figura 11: Axonométria, Planta Original Fonte: vestíbulo de recepção, ambiente que
http://www.archdaily.com.br/35414/classicos-da-
arquitetura-residencia-tomie-ohtake-ruy-ohtake/. antecede as salas de estar e jantar.

As salas de estar e jantar são caracterizadas pelas paredes de concreto


aparente pintados de azul, amarelo, vermelho ou branco. Foi observado o uso intenso do
concreto aparente natural também no mobiliário desses dois ambientes, em estantes,
mesa de jantar, longa mesa de centro (6 metros de comprimento), sofá e as bancadas da

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cozinha e banheiros. As paredes pintadas delimitam a copa e a cozinha, e, do lado
oposto, os dormitórios.

Continuando o passeio fluido pela casa, sensação obtida pela modulação das
vigas transversais a cada 1,20 m apoiadas nas paredes laterais, que criam ambientes
únicos e sem obstáculos, ao sairmos das salas de estar e jantar adentramos no atelier da
artista seguido do quarto principal, na extremidade do terreno. O ateliê e o quarto de
Tomie Ohtake são separados do estar e jantar pelo único volume que se encontra no
centro da casa, que se desprega das paredes do perímetro da residência, são os dois
quartos de hospedes, utilizados somente para o ato de dormir, compartilham o mesmo
banheiro, e este também serve como banheiro social.

A partir do salão de estar, a casa se abre ao amplo jardim através de uma


esquadria de metal e vidro, que se estende pelo atelier e pelo dormitório principal.
Diferente da fachada que dá para a rua o arquiteto criar voltada para o pátio da casa, o
que pode se dizer como a fachada principal da residência, com um alpendre, um espaço
sombreado para a piscina, uma viga curva que percorre dois muros limites do pátio
(Figura 12).

Após a
aquisição de dois terrenos
vizinhos, tornando o terreno
retangular, a residência
expandiu para uma área de
750 m². Modificações
datadas em 1985 e 1997,
dos novos ambientes
construídos nas ampliações,
se ressaltam a clarabóia do
Figura 12: Fachada Principal, voltada para o pátio. Fonte:
http://www.archdaily.com.br/35414/classicos-da-arquitetura-residencia- novo atelier, uma estrutura
tomie-ohtake-ruy-ohtake/. Data de acesso:24/03/13
de tubos metálicos
protegida por vidro. As obras de arte da mãe, Tomie Ohtake, espalhadas por toda a casa
e a arquitetura do filho Ruy Ohtake, como mencionado na frase de introdução, torna o
ato de andar pela casa um ato de respirar arte pura (Figura 13).

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Figura 13: Planta baixa, ampliação. Fonte: http://www.archdaily.com.br/35414/classicos-da-arquitetura-residencia-tomie-ohtake-ruy-
ohtake/.

3.3 Conjunto Heliópolis

A idealização do conjunto deu-se a partir de uma entrevista dada por Ruy


Ohtake, em 2003, onde foi questionado a ele, o que ele via de mais “feio” na cidade de
São Paulo, e ele respondeu que seria o contraste entre a riqueza e a pobreza da cidade,
“Pediram que fosse mais específico e então citei como exemplo Morumbi e Heliópolis”.

Surpreendido por,
João Miranda, então
presidente da União de
Núcleos, Associações e
Sociedade de Moradores de
Heliópolis e São João
Clímaco (Unas), Ohtake é
questionado de como poderia
colaborar para mudar a
realidade de Heliópolis.

Depois de
inúmeras incursões a
Figura 14: As reuniões com os moradores de Heliópolis tornaram-se
comunidade, e convivência rotina para Ruy Ohtake. Fonte:
direta com a realidade e http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/ruy-ohtake-centro-educativo-
cultural-condominio-residencial-heliopolis-04-04-2012.html
necessidades da população

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(Figura 14), Ruy desenvolve um projeto de inclusão, de valorização e de renovação
desta área tão degradada de São Paulo.

Foram desenvolvidos para


a comunidade, biblioteca municipal,
creches, escola técnica estadual (Etec)
(Figura 15). A criação de um centro
cultural, composto por uma praça
coberta dentro do parque,
compartilhando o terreno com as três
creches e duas escolas existentes, de

modo que a arquitetura converse com Figura 15: O prédio da Etec têm telas perfuradas que
o urbanismo do local. amenizam a entrada de calor mas deixam passar a luz natural.
Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/ruy-ohtake-
centro-educativo-cultural-condominio-residencial-heliopolis-04-
04-2012.html

Viabilizando
uma interação entre as
novas edificações propostas
por Ruy e as já existentes
na comunidade, todas as
residências e edifícios,
foram pintados na escolha
dos moradores e seguindo
um padrão de palheta de
cores vibrantes comumente

Figura16: Fachadas pintadas. Fonte: http://abr- utilizados em seus projetos,


casa.com.br/blog/arquiteturices/files/2010/07/depois.jpg criando assim um painel
cromático (Figura 16).

Além da criação destes espaços públicos e aparelhos urbanos, Ruy


desenvolveu com auxílio da prefeitura, um projeto habitacional “Redemoinhos”, assim
chamavam-se, os edifícios cilíndricos do condomínio de apartamentos de Ruy. Cerca de
9 edifícios, de quatro pisos, mais o térreo, totalizando 18 apartamentos (Figura 17).

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Figura 17: Condomínimo Residencial Heliópolis. Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/ruy-ohtake-
centro-educativo-cultural-condominio-residencial-heliopolis-04-04-2012.html

Os apartamentos distribuem-se em um círculo de 3,20 metros de raio


(Figura 18), com cerca de 3 banheiros, dois quartos, ambientes com paredes reversíveis,
onde as instalações hidráulicas dispõem-se em uma única coluna que se estende pela
totalidade vertical do prédio. A proposta de apartamentos a baixo custo e que
permitissem conforto (Figura 19), em um espaço de 42,9 m², incluindo quartos
adaptados para portadores de deficiência física ( Figura 20).

Figura 18: Planta baixa, residencial Heliópolis. Fonte: http://2.bp.blogspot.com/-


wjpSKT0Y35k/Tzc6dVinqFI/AAAAAAAAAG0/KdZsIhL8Iqg/s1600/FOTO03.png

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Figura 19: Planta do Apartamento tipo. Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-
j6ZNfpavulU/Tzc6eNvRq5I/AAAAAAAAAG8/rRhxrqP7lI4/s1600/FOTO04.png

Figura 20: Planta Baixa de quarto adaptado. Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-


rLPKUcgsbIM/Tzc6e1U9MVI/AAAAAAAAAHE/yFfyM2oTHy0/s1600/FOTO05.png

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Segundo Ruy, a forma cilíndrica fora amplamente desfrutada no
condomínio, pois quebra a hierarquia de fachadas principais, e fachadas menos
privilegiadas, possibilitando que todos os apartamentos, fossem privilegiados de forma
justa.

Justiça essa que foi tema principal difundido na obra de Ruy Ohtake. Como
arquiteto, Ruy buscou sempre, na arquitetura e no urbanismo, um mecanismo de
mudança social, interação entre classes e melhoria das relações humanas, que pode ser
facilmente observado na comunidade Heliópolis (Figura 21).

Figura 21: Vista do polo educativo-cultural: à esquerda, a torre da caixa-d’água do centro cultural; ao fundo,
o edifício da escola técnica. Fonte: http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/ruy-ohtake-centro-educativo-
cultural-condominio-residencial-heliopolis-04-04-

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4. CONCLUSÃO

Ruy Ohtake, a partir de sua arquitetura audaciosa, envolvendo tecnologia e


inovação, trouxe uma identidade bem particular para a arquitetura criada no Brasil,
tornando-se um símbolo no país.
Seu estilo único, formado a partir das influencias absorvidas por Ohtake, em
que mescla características de dois dos grandes arquitetos da historia nacional, além de
características próprias de sua formação, faz com que ele não meça esforços no
desenvolvimento de seus projetos, na incorporação de novas técnicas e adaptações as
necessidades.
Porém, Ruy Ohtake sofre bastante criticas pela sua característica no uso de
seu colorido excessivo, por sua volumetria e por muitas vezes não levar em conta o
entorno de seus projetos. Critica essas que não apagam sua genialidade de criação.

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5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

 http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/ruy-ohtake-centro-educativo-cultural-
condominio-residencial-heliopolis-04-04-2012.html
 http://arquitetrue.blogspot.com.br/2012/02/conjunto-habitacional-heliopolis-
ruy.html
 http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/ruy-ohtake-fala-sobre-nova-
identidade-do-heliopolis?page=1
 http://www.solosedieblog.com/2013/02/grandes-nomes-ruy-ohtake.html
 http://www.portaldoarquiteto.com/blog/outros/2319
 http://www.arcoweb.com.br/entrevista/ruy-ohtake-se-eu-11-10-2002.html
 http://www.obra24horas.com.br/entrevistas/ruy-ohtake-29
 http://guiadaarquitetura.blogspot.com.br/2010/02/o-arquiteto-ruy-ohtake-
simetria-me.html
 http://www.japao100.com.br/perfil/537/
 http://www.analuizadecoracoes.com.br/noticias/blog/happy-hour-com-ruy-
ohtake/
 http://www.ruyohtake.com.br/index.html
 http://www.archdaily.com.br/35414/classicos-da-arquitetura-residencia-tomie-
ohtake-ruy-ohtake/

 http://www.ruyohtake.com.br/obras.htm
 http://arquitec02.blogspot.com.br/2011/08/ruy-ohtake-biografia.html
 http://www.arquitetura.eesc.usp.br/sap645_2010/Thais_Martarelli/Arquiteto_Ins
ight/arquivos/caderno.pdf
 http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=3713107
 http://www.arcoweb.com.br/arquitetura/ruy-ohtake-escola-osasco-19-10-
2011.html

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