Você está na página 1de 1

Foi possível notar que nos anos que decorriam a década de 20, Na Europa, Rússia e até mesmo nos

Estados Unidos, a
arquitetura desenvolvia formas que se desvinculavam completamente dos estilos anteriores. Consistia em uma nova
visão de mundo, de conceitos, até mesmo no material que passaram a serem utilizados, os materiais da era das
máquinas: concreto, vidro, aço, reviravolta a qual era por vezes chamado de “Estilo Internacional”.

Apresentando-se neste cenário de busca de forma em que se encontra a arquitetura, Le Corbusier (Charles Edouard
Jeanneret). Nascido em 1887, Corbusier era contemporâneo a grandes nomes da arquitetura como, Frank Loyd Wright,
Gropius, Mies vander Rohe e uma geração mais novo que Hoffman e Perret, o que possibilitou além de trabalhar com
alguns deles, a chance de vivenciar a mudança por completo do conceito de arquitetura.

Corbusier baseava seus estudos em auto didatismo errático, leitura e viagens para observação de obras. Esse hábito de
observação de estudo era usado por ele para analisar o comportamento da natureza, os diferentes ângulos de vista de
uma obra, o estudo do comportamento dos habitantes de uma determinada construção. Dentre suas viagens, destaca-se a
que fizera à Itália, Grécia e Ásia Menor, o que possibilitou que marcou em grande maioria suas obras, na busca da
perfeição harmônica, da sutileza, do poder de algumas obras, como no caso do Partenon, o qual ele comparava inclusive
a uma máquina.

Um dos fatores de grande relevância para construção de Corbusier como arquiteto compreende o período em que
trabalho com Auguste Perret, em Paris e Peter Behrens, em Berlim. Que promoveram além do contanto dele com o
conceito de grandes nomes da arquitetura como Auguste Choisy, Viollet-le-Duc e Abade Laugier, mas também
introduziram a ele o trabalho com o concreto, do qual inclusive ele aprofundou os estudos e desenvolveu o sistema
Dom-ino.

Fato que também contribui diretamente com o processo de aprendizagem de Corbusier é sua mudança para Paris em
1917, já que em alguns aspectos o interior propiciava a ele uma limitação de criação. Em virtude de deparar-se com
uma Paris moderna, vivenciando o cubismo, Corbusier, faz análises das formas, da influência da mecanização no meio
de vida, da produção de massa, dos seus conceitos de “tipos” e na escala urbana. Análises as quais são observadas em
eventos que promovera com Ozenfant, como a exposição Aprés Le cubismo (Ápos o Cubismo) e a publicação da
revista L’Espirit nouveau (O espirito novo). Ozenfant e Corbusier se auto intitularam de Purista, que valorizavam as
referências clássicas, rejeitavam arte que não fosse objetiva e valorizavam as formas, em seu estado de simplicidade e
pureza, como maior forma de expressão.

Em 1920, Corbusier faz adoção de seu nome “Le Corbusier” e passa a se aprofundar em um estilo próprio. Uma das
obras que permeiam essa fase é “Citrohan”, um jogo de palavras estabelecido com a “Citroen”, que configura um
protótipo moderno de moradia, já que ele assim como Gropius encontravam-se bastante envolvidos nos processo de
produção de massa.

Corbusier desenvolveu inúmeras obras de grande relevância que definiam seu estilo, entretanto e de suma importância
discutir os princípios básicos construtivos utilizados por ele, pois de certa forma possibilita que mesmo sem análise
profunda de suas obras, seja possível identificar o partido de cada uma delas. Em 1926 ele e P. Jenneret publicam o “ Os
cinco pontos de uma nova arquitetura”, que sucintamente seriam: 1. O pilotis; 2. Os tetos-jardins; 3. A planta livre;4.
Fenêtre en longueur ( janelas em fita) e 5. A fachada livre.

Perante a análise das obras de Corbusier ouso dizer que a modernidade aplicada as obras, está diretamente associada a
busca de formas perfeitas as quais ele observava na antiguidade clássica e a sua observação da natureza durante a sua
juventude. O uso do pilotis, os pés direitos duplo, triplo, possuem relação direta com a vistas propiciadas a ele de
construções como o Partenon, a disposição, irreverencia e a modulação de ambientes internos criando a possibilidade de
diferentes paisagens para o observador interno valorizam a presença da natureza em consonância com a edificação.
Corbusier, como poucos arquitetos, deixou parte de seu legado conceitual escrito o que possibilita um estudo mais
aprofundados de seus conceitos e permiti que se vivencie isso em suas obras, que marcam com imponência as suas
designação para o que seria uma nova arquitetura.

Você também pode gostar