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Índice
Pag.
Introdução 3
Le Corbusier 4
Villa Savoye 11
Alvar Aalto 14
Igreja de Vouksenniska 17
Villa Mairea 18
Biblioteca Viipuri 20
Sanatório Paimio 21
Comparação 22
Bibliografia 23
Introdução
Este trabalho foca a importância que Le Corbusier e Alvar Aalto, tiveram no impacto
que a Arquitectura Moderna causou em todo o mundo, realçando os aspectos
fundamentais que cada um conceituou.
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Le Corbusier
Trabalhou em vários escritórios, com vários arquitectos, entre 1907 e 1910, entre os quais para
Auguste Perret, em Paris, até 1909, onde absorveu o racionalismo e os discursos cubistas, a
influência do artista Amédée Ozenfant e as lições a cerca de betão armado de Perret.
Transformou todas estas coisas na arquitectura mais brilhante e controversa da primeira
metade do século XX.
Em 1914, fez os primeiros esboços para o seu sistema de estrutura “Dom-ino” para o
esqueleto de betão armado em grelha que permitiu plantas com planos que flutuam livremente,
que mais tarde, em 1922, juntamente com o seu primo Pierre Jeanneret, continuou a
desenvolver as suas ideias construcionais e a estrutura da unidade “Dom-ino” no estúdio de
arquitectura em Paris que ambos fundaram em 1917.
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“Dom-ino”
Sua arquitectura geométrica, a forma pura dos cubos, esferas, piramides,... , constituiam um
ordenamento racional do espaço, que lhe inspirou o conceito de “Machine à Habiter” , sendo
este exposto em 1921, num ousado artigo da revista L’Esprit Nouveou, onde não só criticava
as Belas Artes mas, como ajudava, a reinventar a casa: a “Máquina de Habitar”.
L’Esprit Nouveou, era uma plantaforma criada por Le Corbusier, juntamente com Amédée
Ozenfant, para atacar as tradições da Escole da Beaux-Arts, ainda dominante em França, a
“falsidade, cosméticos e truques de um cortesã” que aquela insinava, bem como “os floreados
áridos das suas plantas... a folhagem, palestras e cumeeiras” nas quais se fundava.
“Passámos a gostar de ar puro e sol a jorros... A casa é uma máquina onde se vive, com casa
de banho, sol, água quente e fria, temperatura ajustável consoante as necessidades,
armazenagem dos alimentos, higiene e beleza em proporções harmoniosas... “
Os textos que Le Corbusier escrevia, publicados em vários livros, entre os quais Vers une
architecture, de 1923, e Urbanisme, de 1924, foram dos mais influentes na arquitectura do
século XX, tornando o mundo consciente de que havia um novo estilo a nascer.
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“Cinco pontos para uma arquitectura nova”
Proclamou então modestamente em 1927, que tinha inventado uma “Génética
fundamentalmente nova” por meio de utilização de cinco elementos construtivos
fundamentalmente revolucionários:
2º- A fachada, que já não tem qualquer obrigatória função de suporte, pode ser agora
considerada como uma simples membrana que separa o interior do exterior. Já não
suporta a carga dos soalhos e, nestas condições, conduz subitamente à total solução
do velho problema de introduzir o máximo de luz no interior das construções. A fachada
pode, de agora em diante, ser envidraçada até à percentagem dos 100% da sua
superficie.
3º- Visto que a ossatura independente do imóvel apenas tem contacto com o solo
através de alguns pontos de apoio (os pilares), ela permite actualmente a supressão de
todo o espaço de envasamento, deixando assim espaço livre sob o imóvel. Este espaço
disponível poderá ser destinado a fins precisos, especialmente à resolução de certos
problemas de circulação.
4º- As armações de madeira dos telhados podem daqui para o futuro ser substituídas
por terraços de cimento armado, cuja superfície horizontal se prestará a alguns arranjos
preciosos.
5º- No interior da construção, que apenas raros pilares espaçados ocupam, a planta fica
inteiramente livre e as divisões verticais (paredes divisórias) deixam de ser obrigadas a
sobrepor-se de andar para andar, como até agora o exigia o emprego das paredes de
suporte.
Estes pontos foram a base da revolução aquitectónica levada a cabo por Le Corbusier, pelas
sua técnicas modernas, oferecendo ao seu futuro e aos urbanistas chamados a resolver uma
série de problemas que surgiram precisamente como consequência das invenções deste
século de técnicas. Nos E.U.A. a altura dos edifícios aumentou em duas décadas de 100 para
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300 metros. Resulta então uma técnica completamente nova, do betão e do ferro, e de
métodos de protecção contra incêndio.
As zonas baixas dos seus edifícios não possuiam frontaria nem trazeiras, insinuando a
igualdade das diferentes partes. O arquitecto foi abandonado cada vez mais o uso dos pisos
intermédios e organizava as suas plantas em redor de salas de estar em dois níveis. Muitas
vezes servia-se de rampas, como promenades, por oposição a degraus que apenas serviam
para circular na vertical. Acima de tudo a parede exterior perdeu o significado como elemento
estático, e tormou-se “uma membrana com qualquer espessura desejada”. Longas bandas
horizonatais de janelas tomaram o lugar das tradicionais janelas existentes na altura.
Le Corbusier, entre outros, concebeu na europa a casa moldura com os seus espaços
entrelaçados, zonas funcionais e volumes cubicos. Apesar de Le Corbusier ter permanecido
enraizado em França as suas ideias foram levadas e modificadas para a América,
tranformando-as numa nova linguagem por meio da regionalização, sendo estas depois
transmitidas ao mundo inteiro, transformando-as no modelo dos anos 50 e 60.
Tanto na Europa como na América, a casa fora objecto de expressão de ideias modernistas.
Um certo número de casas projectadas por vários Arquitectos Modernistas, que tinham mais
semelhaças do que diferenças e muito influênciadas pelo trabalho Le Corbusier, foram
apresentadas como os modelos desejáveis para viver.
Após 1945, a busca de Le Corbusier por formulas mais poéticas e simbólicas, nas suas obras,
intensificou-se tanto nos textos como nos edíficios. Na extremidade universal do espectro
ficava o sistema Modulor – uma escala de proporções baseado no corpo humano e na
natureza, expressa em unidades de medida idealizadas, parecida com uma relação matemática
subjacente ao conceito de Secçção Áurea.
A escala, baseada na Secção Áurea, foi inventada por Le Corbusier como sistema universal
de dimensões e proporções. Associava o sistema métrico continental aos sistemas de
medida antropromórficos ingleses e os ordenava numa sequência numérica ascendente.
As escalas entrosadas a vermelho e a azul, “irradiam unidade e harmonia... para apagar o
caos em que nasceu a nossa civilização da era da máquina. “- Le Corbusier
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Na Índia, teve a opurtunidade de que não teve em mais lugar nunhum, de construir uma
cidade. Também construiu uma série de monumentos a que chamava “instrumentos de
progresso de civilização”, um destes é o da Mão Aberta (1954-1965) para exprimir a dádiva
e recebimento. Um dos muitos elementos que o arquitecto usou para sugerir o domínio do
homem sobre o processo burocrático.
Capela de Notre-Dâme-de-Haut
Ronchamp, França, 1950-1955
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lados, distorcido axialmente para sul, como se
tivesse havido uma rotação de estrutura
retângular, e libertado para baixo, para o chão,
por uma ligeira inclinação, de modo que as
paredes e o tecto se abatem sobre o crente e
empurram o seu espírito para a direcção
normalmente considerada indesejável pela
igreja.
Alegria e meditação foram os sentimentos religiosos primários em que Le Corbusier pensou,
sentimentos este que encontraram expressão na simples aglomeração de formas em contraste
directo, num jogo de luz e sombra sobre o gesso branco seixoso, e no contraste desde o betão
escuro e brutal. Outro contraste foi obtido com o gesto ambivalente do tecto, de uma
jovialidade extrovertida, mas também austero, de modo que tanto o céptico como o piedoso
podem participar, lado a lado, da veneração, sem compremeterem as respectivas fés.
No interior, a parede sul, assemelha-se a um queijo
suiço esburacado por explosões de luz e com um
artifício religioso para dramatizar o sol e os aforismos
pintados por Le Corbusier no vidro. O sol entra na
capela através da junção telhado-parede, banhando
o interior com raios e sombras que se alternam
espectacularmente. Esta obra escultórica arrebatou
a imaginação do mundo.
Villa Savoye, 1928-1931
Le Corbusier desenvolvera esta moradia, segundo as suas ideias para a Maiso Dom-ino.
Assente num terreno plano, com uma esplêndida vista sobre o vale do Sena e compondo um
volume em forma de prisma, numa planta quadrada e elevada sobre pilares, a vivenda tem o
rés-do-chão livre a fim de facilitar a transição entre o jardim e o espaço construído e favorecer,
além disso, a visibilidade de ambos. Ainda neste piso, concentram-se a circulação e a zona de
serviço, recolhidas atrás de uma parede curva que determina o eixo principal da casa. Por trás
da parede exterior, e através de uma rampa, tem-se acesso ao primeiro e principal andar da
moradia, onde estão os quartos, a sala de estar e um jardim interior parcialmente coberto. O
acesso ao andar seguinte dá-se novamente pela rampa que continua subindo até ao segundo
andar, o terraço, para aí se fechar com uma nova parede curva.
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paisagem a área de natureza ocupada pelo
edifìcio.
Foi uma das ultimas obras de Le Corbusier, a única nos Estados Unidos. O Carpenter Center,
para a Havard University, apoiado em pilotis, é atravessado por uma rampa curva, que
serpenteia pelo meio do edifício, assim como a padronização da fachada. Em muitos aspectos,
o edifício sintetiza as preocupações de toda a vida de Le Corbusier como artista, arquitecto e
urbanista. O arquitecto morreu dois anos depois do acabamento do edifício, mas a sua obra
permanece como um ponto alto da produção arquitectónica do século XX.
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Alvar Aalto
Alvar Aalto foi um dos arquitectos mais notáveis do século xx. Estudou
arquitectura na Politécnica de Helsínquia entre
1916 e 1921. Depois de diplomado, percorreu a
Europa, adquirindo conhecimentos e
experiências com vários arquitectos, até que,
fundou o seu estúdio em Jyväkylä no ano de
1923, tendo se casado, dois anos depois, com a
Arquitecta Aino Marsio que permaneceu seu
colaborador mais importante até à morte, em
1949.
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madeira a nobreza do material de construção como nenhum arquitecto o fez até
hoje. Usou-a para experiências bem sucedidas e industrializou-a em mobiliário,
reconhecido e utilizado até hoje como de conforto e design perfeitos. Estendeu
ainda o uso da madeira para pesquisas, todas elas bem sucedidas, de
revestimentos de paredes, e para desenhos de forras que são os meios criativos da
arquitectura actual.
Desenhou mobiliário conveniente para a
produção Industrial. Acontecimento que lhe
alterou o sentido do próprio trabalho quando
o desviou do betão armado para a madeira e
para os materiais naturais. O mobiliário era
distribuido pela sua própria empresa, o
mobiliário Artek.
Esta foi uma das mais importantes obras de Aalto, desenhada em colaboração com
sua mulher, Aido, a Casa de Verão, construida para Maire Gullichsen. É uma
síntese de alvenaria caiada e revestimento de madeira, usados numa relação
formal. Em projecção horizontal e em volume, a sequência e variedade de espaços
tanto exteriores como interiores, fundem-se elegantemente. A justaposição do
vernáculo finlandês a uma estrutura requintada indica um elo entre os Movimentos
Romântico e Racionalista.
Suas abordagens orgânicas ao Design foi abafada pela modulação do espaço por
meio do uso da luz natural, calor, e som. Esta parcialidade relativa à natureza,
incutiu-lhe nas obras um sentido de continuidade quando saiu do Periodo
Funcionalista, nos ano 30, para os seus projectos mais regionais e expressivos dos
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anos 50. No entanto no seu coração continuou a ser um modernista, ao longo da
sua carreira.
Esta é uma das três igrejas em Imatra. A cidade com um carácter industrial que teve uma
influencia determinante no seu aspecto.
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também serve para reflectir o som da
congregação. A acústica era investigada e
experimentada em modelos.
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Biblioteca Pública de Viipuri, Finlândia 1930-1935
A biblioteca contém salas de leitura na forma de anfiteatro, um teatro de leitura, uma biblioteca
para crianças, uma sala periódica e escritórios. Para
formar um contraste com as árvores do pátio, o edifício
foi estucado de branco, exceptuando as entradas que
apresentam um tom azulado de pedra natural.
Os níveis encontram-se sobrepostos. Ao longo do eixo
axial da planta do R/C, a entrada principal está situada
debaixo da livraria e das salas de leitura, meio andar a
cima, no mesmo eixo axial, encontra-se o local de
recepção e de aquisição de livros.
A luz não entra directamente
na sala de leitura, é sim reflectida
nas superfícies cónicas da luz solar,
o que torna o uso de vidros opacos
desnecessária. Esta luz difusa é
particularmente conveniente para o
leitor, que pode ocupar uma parte
da sala sem ser incomodado por
sombras ou reflexos. A luz eléctrica
é assim um complemento desta. A
mesma luz ilumina os livros e
também impede a reprodução de
sombra mesmo quando nos
encontramos à frente deles.
O Hall foi intencionalmente pensado que para grupos de discussão quer para leituras. O tecto,
em ripas de madeira, é ondulado e foi concebido
para que o som se propague de qualquer parte
para qualquer parte.
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Sanatório Paimio, Helsinquia Ocidental, Finlândia, 1929-1933
Comparação
Tanto Le Corbusier como Alvar Alto foram grandes revolucionarios da Arquitectura em todo
o mundo.
Le Corbusier com os seus novos conceitos e teorias sobre o betão armado, que possibilitou
uma grande enovação a nível de todos os elementos arquitectónico, influênciou um mundo
inteiro, dando uma imagem nova e moderna a habitação. A casa ideal para se viver era
concebida com base no trabalho que Le Corbusier desenvolveu e aperfeiçou.
Por outro lado Alvar Aalto com o seu estilo caracteristico, Romântico e ao mesmo tempo
Moderno, de formas arquitectónicas e superficies animadas, realizou obras muito
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importantes com pouquissimas influências exteriores devido aos reduzidos meios de
comunicações existentes na altura, assim como mostrou ao mundo as capacidades da
madeira e de outros materiais naturais, como materiais de construção. Desenhou ainda
mobiliario conveniente, o mobiliário ARTEK que fora destribuido por todo o mundo pela sua
própria empresa.
Ambos são grandes referências da Arquitectura Moderna do século XX, pois deixaram ao
mundo obras de grande valor que são ainda grandes exemplos para arquitectura
international.
Bibliografia
Khan, Hasan-Uddin,
Estilo International, Arquitectura Moderna de 1925 a 1965
Edições Taschen
Gössel, Peter
Leuthäuser,Gabriele
Arquitectura do Século XX
Edições Taschen
Le Corbusier
Maneira de Pensar o Urbanismo
Publicações Europa-América
Jencks, Charles
Movimentos Modernos em Arquitectura
Edições 70
Zabalbeascoas, Anatxu
As Casas do Século
Editorial Blau, Lda.
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