Arte, Arquitetura e Urbanismo do Século XX

Centro Universitário UNA – Sete Lagoas

ICA – Arquitetura e Urbanismo – 2018/1
Professor: Gabriel Marinho
Contribuições conceituais para
formação da arquitetura
contemporânea
Referências

Referência Bibliográfica:
PEREIRA, José Ramón Alonso. INTRODUÇÃO À HISTÓRIA DA
ARQUITETURA: DAS ORIGENS AO SÉCULO XXI. Páginas 181 a 224.
FAZIO, Michael; MOFFETT, Marian; WODEHOUSE, Lawrence. A história
da arquitetura Mundial, 3a Edição, Porto Alegre, Editora AMGH, 2011.
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EDIFÍCIOS ALTOS E REFERÊNCIAS HISTÓRICAS

Na arquitetura, de um modo geral, os arquitetos se esforçavam para

encontrar uma expressão estética adequada ao mundo industrial.

Os primeiros edifícios americanos, em especial os de Chicago, inovaram com

a verticalização, o uso de novas tecnologias e padronização construtiva. Os
norte americanos foram os grandes inovadores e a referência no
planejamento de edifícios altos.

Estes primeiros edifícios ainda eram bastante influenciados pela arquitetura

romântica e historicista. (referências neoclássicas à ecléticas).

Antes dos famosos edifícios de Chicago, o prédios eram elaborados com

estrutura auto-portante e de madeira, inovando inicialmente com o uso do
ferro no acabamento das fachadas.
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Edifícios auto-portantes com

acabamento de fachada de ferro
fundido
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Referência de palácios e
arquitetura romana, abaixo um
palácio e a esquerda o coliseu
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EDIFÍCIOS ALTOS E REFERÊNCIAS HISTÓRICAS

Mesmo com a estrutura metálica e todas as novas possibilidades, o

mundo no final do século XIX e início do século XX ainda era bastante
influenciado pela formação clássica e os ideais burgueses, traduzidos no
romantismo historicista, o qual ainda apresentava nas construções
adornos, divisões e elementos clássicos.

Os primeiros edifícios altos com esqueleto de aço (estrutura metálica

independente), não eram diferentes, apresentavam fachadas com
linguagem romântica e fechamento de alvenaria. Esta alvenaria protegia
os elementos de aço contra o fogo.
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EDIFÍCIOS ALTOS E REFERÊNCIAS HISTÓRICAS

Uma contribuição conceitual que representou um marco histórico foi a

eliminação da ornamentação na elaboração do edifício Atacado Marshal
Field.

Mesmo com todas suas características e influências clássicas, apresentou

uma primeira leitura de rompimento com o ornamento. Esse
rompimento, mesmo que não fosse uma quebra seguida imediatamente,
abriu novas possibilidades e juntamente com a nova conformação das
janelas, contribuiu também para a nova linguagem dos prédios norte
americanos, com grandes aberturas na fachada.
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Projetado por Henry Hobson
Richardson, Atacado Marshall
Field, Chicago, Illinois, 1885–87.

Exemplo de arquitetura que

refletia o início do estilo
americano.
Influenciado pela arquitetura
romana, em especial o aqueduto
de Segóvia, localizado na
Espanha, tem como
característica a unidade vertical
de cada vão de janela, que
começa com uma abertura
retangular que ilumina o subsolo
e se encerra em quatro
retângulos verticais acima de
duas janelas com arcos plenos.
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Referência do aqueduto de
Segívia (esq.) e biblioteca
neoclássica (abaixo)
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EDIFÍCIOS ALTOS E REFERÊNCIAS HISTÓRICAS

Outra contribuição significativa veio da arquitetura de Louis Sullivan.

Embora também apresentasse traços neoclássicos e românticos em suas obras,
aplicava diretamente as tecnologias de construção que apareciam rapidamente em
Chicago.

Quando teve a oportunidade de projetar um arranha-céu, apresentou um arranjo que

foi considerado um modelo e seguido por muitos edifícios posteriores. Basicamente
base, acessível quem vinha da rua, corpo com janelas repetitivas e coroamento, onde
escondia o pavimento técnico atrás de uma grande cornija.

Em 1896 publicou o ensaio The Tall Building Artistically Considered, onde Sullivan
defendia o uso de dois pavimentos de acesso com mezanino, pavimentos múltiplos de
escritórios e um coroamento contendo os equipamentos mecânicos.

Sua máxima era “a forma segue a função”, apesar de não ser de sua autoria. Essa
frase fala sobre as formas na arquitetura e a estrutura.
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Ed. Wainwright com ornamentos de

terracota nos tímpanos e na grande
cornija. A estrutura de aço fica oculta
em virtude das exigências de
proteção contra incêndio, mas sua
presença é expressa no exterior.
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EDIFÍCIOS ALTOS E REFERÊNCIAS HISTÓRICAS

Em 1908 influenciado por uma afirmação de Louis Sullivan em uma

viagem aos estados unidos, o arquiteto Adolf Loos, com formação e
atuação em Viena, publicou um texto que ficou famoso, intitulado de
ornamento e crime onde defendia o fim da ornamentação na
arquitetura de forma radical.
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Casa Steiner, Adolf Loos, 1910, Viena.

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Casa Steiner, Adolf Loos, 1910,
Viena.
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QUEBRA DA CAIXA E ORGANICISMO

Nos estados unidos, o discípulo de Louis Sullivan, Frank Lloyd Wright

contribui conceitualmente para a arquitetura com a “quebra da caixa” e a
busca pela expressão regional adequada para as casas norte americanas.
Lloyd projetou casas horizontalizadas que pareciam estar organicamente
amarradas à paisagem.
Os fatores ambientais também afetaram seus projetos. Os enormes beirais
protegiam as janelas do sol quente de Chicago e, ao mesmo tempo,
permitiam que os raios mais baixos entrassem no interior e o aquecessem
durante o inverno. A massa da lareira central aquecia o centro da casa, tanto
funcional como simbolicamente.
Todos os cômodos principais eram orientados de modo a promover a
ventilação cruzada.
Nos ambientes internos, os espaços da zona social fluem suavemente de
uma área para outra, criando uma experiência espacial integrada.
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QUEBRA DA CAIXA E ORGANICISMO

Diz-se que as Casas dos Prados de Wright “quebram a caixa” porque a

forma externa e os espaços internos não estão limitados por unidades
retangulares contidas.
Wright, e dizia que a arquitetura orgânica é a reconciliação do homem
com a natureza. A estrutura versus função não funciona no organicismo,
pois ele acreditava que uma casa deve nascer para atender às
necessidades das pessoas e do caráter do país como um organismo vivo.
O principal conceito que Frank trouxe para a arquitetura moderna é que
o projeto deve ser individualizado, segundo fatores como: localização,
terreno e finalidade da obra. Sendo assim, cada projeto de arquitetura
deve fazer uma obra única, assim, ele acreditava que cada projeto tem a
sua própria personalidade.
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Casa Winslow, F. L.
Wright, 1893
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Casa Ward Willits, F. L.

Wright, 1901
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Casa Robie, F. L. Wright,

1901
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Casa Kaufmann, F. L.
Wright, 1936
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Casas vitorianas, 1837-

1901 (Período)
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FUNCIONALISMO

A arquitetura funcionalista corresponde a uma tendência que iniciou na

Europa e, depois, se espalhou pelo mundo e foi utilizada até na primeira
metade do século XX, também conhecida como Estilo Internacional. Os
arquitetos que estão entre os mais importantes expoentes da
arquitetura moderna do funcionalismo são Walter Gropius, Mies van der
Rohe e Le Corbusier.
Le Corbusier contribuiu conceitualmente com a separação da estrutura
da vedação na concepção da edificação e com a ideia de que o elemento
arquitetônico deve cumprir a sua função, de tal forma que a “casa deve
ser pensada como uma máquina de habitar”. Em 1926, publica os cinco
pontos para uma nova arquitetura moderna, que são:
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FUNCIONALISMO

1 - Os apoios (pilotis) são calculados com precisão, distribuídos a

intervalos regulares e usados para elevar o primeiro pavimento do solo
úmido.
2 - A cobertura plana(ou terraço jardim) é usada para fins domésticos,
como jardinagem, recreação e relaxamento – compensando, assim, o
solo ocupado e privado de atividades externas.
3 - As paredes internas, independentemente do sistema de apoio,
podem ser distribuídas em uma planta livre.
4 - As janelas horizontais, possibilitadas pelo sistema de apoio,
proporcionam uma iluminação homogênea de parede a parede.
5 - A fachada, que também independe dos apoios estruturais, pode ser
projetada livremente.
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Ville Savoeye e casa Dom-ino, Le

Corbusier
Obrigado!