A transferência da Família Real Portuguesa e de grande parte de sua corte da Europa
para o Brasil, em 1808, afetou muito a arquitetura e o urbanismo. Introduzir o
Neoclássico nas cidades brasileiras. Esse estilo carregava consigo uma ideia de apagar o passado precário e arcaico, e colonial. A Missão Francesa trouxe o neoclássico consigo para o brasil. A Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios foi o resultado da Missão. Foi aplicada em sedes administrativas do governo, palácios, bibliotecas, teatros e residências de luxo. A linguagem arquitetônica era muito similar àquela usada na Europa, mas havia uma diferença essencial: os materiais utilizados nessas construções ainda eram predominantemente os mesmos usados nos séculos anteriores. A exceção ocorria quando os materiais também eram importados, prática que se tornou comum a partir desse século. Além das formas e da volumetria, o interior das construções também trazia algo novo. No entanto, o funcionamento das construções, baseado em mão de obra escrava, a maneira de se construir nos lotes urbanos e os materiais locais continuavam como uma herança colonial que demoraria para ser substituída. Ecletismo: A primeira sequência é um conjunto de soluções técnicas e espaciais que substitui com bastante vigor os resquícios da arquitetura colonial, torna-se muito popular e espalha-se por quase todo o Brasil. A segunda sequência é o Ecletismo propriamente dito, com todo o sua multiplicidade de formas e espaços, combinando influências de diversos estilos. Essas sequências são paralelas, não excludentes e, como já foi aqui observado, não substituem totalmente as arquiteturas que eram feitas no Brasil nesse período. As novidades na arquitetura eclética no Brasil foram: a) Platibanda; b) Calha metálica; c) Tijolo cozido maciço; d) Assoalho (com o porão alto ficou mais durável); e) Porão alto (espaço que protege o assoalho de madeira); f) Ventilação do porão alto, para evitar umidade; g) Calçada. A residência a seguir contém as principais características arquitetônicas inseridas na segunda metade do século XIX: o porão alto, a platibanda, a entrada e o jardim lateral. Mas boa parte da implantação ainda mantém a mesma relação entre lote e construção que se via nos séculos anteriores.
A principal característica da arquitetura neocolonial é o seu léxico arquitetônico,
formado por um amplo conjunto de elementos construtivos e ornamentais com um desenho baseado em releituras das construções do período colonial. Assim, para projetar uma arquitetura neocolonial era suficiente aplicar esse léxico no projeto. Art Déco: Sua linguagem baseia-se na manipulação de formas geométricas básicas, combinadas em ritmos e sobreposições que geram outras formas muito ricas e variadas. Esse estilo era usado em grandes edifícios, mas conseguiu alcançar as construções mais simples. É um dos primeiros estilos que procura abranger com uma mesma linguagem de projeto a arquitetura, o mobiliário, a decoração interna e externa, as instalações (como luminárias, pias etc.), chegando até o vestuário! Era usado em grandes obras apenas. Cristo Redentor é um exemplo. Art Nouveau: Foi resposta ao tradicionalismo e rigidez da época. Formas inspiradas diretamente na natureza, principalmente nas formas de vegetais (flores, galhos e folhas)