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ARQUITETURA DE INTERIORES I

Prof Tadeu Almeida


 A história da arquitetura pode constatar-se
que diversos períodos históricos muitos
arquitetos além de incumbirem-se do projeto
arquitetônico também acabaram por projetar
os espaços interiores de modo a definirem,
muitas vezes com minúcias, todos os
elementos compositivos dos ambientes
internos.
 Desta interface
projetual entre o
interior e o exterior
do edifício

 Feita em 1904, a cadeira faz


parte de uma linha de móveis
feitos para uma casa chamada
Hill House, por ficar numa
colina, nos arredores de
Glasgow.
 acabou por intervir
nos interiores
selecionando cores
e desenhando
diversos móveis.

 De modo que
acabaram por
harmonizar a
arquitetura com os
interiores do edifício.
 Exemplo tropical de
boa integração de
composição entre os
interiores e exteriores
do objeto
arquitetônico.
 As sociedades primitivas desenvolveram as
mais diversas formas de estruturas para
suprir a sua necessidade de abrigo, para
poderem procriar, protegerem-se e a seus
descendentes das intempéries, dos ataques
de animais ferozes, assim como de tribos
inimigas.
 Avançadas civilizações desenvolveram um
estilo próprio de erigir os seus edifícios,
estilo este que se refletiu em seus interiores,
tornando-os muito peculiares à civilização
que os compôs.
 É impossível desvenciliar-se a idéia de uma
catedral e de seus interiores: seus elementos
arquitetônicos e decorativos, os ornamentos,
mobiliário, vitrais.
 O decorador de interiores inicia a sua
atuação na renascença, com técnicas
baseadas na prática de produção
estritamente tradicional, aplicáveis as mais
diversas formas de pensar a composição dos
interiores.
 Pré-história

Na pré-história podem-se encontrar os primeiros vestígios


decorativos nos interiores das cavernas, embora os desenhos
das paredes tenham mais um significado místico e religioso,
estes em muito confortaram psicologicamente os homens das
cavernas por assegurar-lhes mesmo que mentalmente,
alimento e domínio territorial.
Primeiras instalações
permanentes
Na Suméria e no Egito é
que podemos
constatar as proto-
instalações
permanentes do ser
humano, e já nestes
primeiros habitas
humano podem-se
constatar a intenção
decorativa de seus
ornamentos.
 Civilizações clássicas
Os interiores das civilizações
clássicas, como Grécia e
Roma eram ricamente
elaborados, com requintes
de ornamentos e
composição cromática
invejáveis. Na cidade de
Pompéia pode-se bem
analisar a composição
cromática dos interiores
domésticos e as primeiras
formas de dissimulação
espacial, propiciada pelas
artes decorativas: o
trompe l’loil.
 Interiores bizantinos
(476 – 1453 d.C.)

Nos interiores do império


romano do oriente,
pode-se claramente
observar a influencia
das artes decorativas do
oriente. O uso
assoberbado do dourado
e os mosaicos são duas
características que
delinearam as artes
decorativas do período.
 O gótico (séc. XII ao XV)

Com o colapso do Império Romano na Idade Média, e a peste negra era natural
que os interiores europeus refletissem de forma austera, a tristeza e
incerteza dos europeus. Somente Deus para acalentar os difíceis dias do
período, e os interiores refletem também esta busca pela proteção divina,
com os arcos em ogiva, que elevavam os pensamentos à Deus.
 O renascimento italiano
(séc. XV ao XVII)
O renascimento italiano
assinalou a transição da
Idade Média para o mundo
moderno. Renascimento
significa recomeço, onde a
população européia buscava
esquecer-se dos problemas
da Idade Média e buscava
uma situação sócio-
econômica e cultural que
possibilitasse uma
estabilidade emocional. Para
psicológicamente buscar-se
esta estabilidade, mesmo
que de forma inconsciente,
recorreu-se aos ideais
clássicos greco-romanos.
 Barroco (séc. XVI ao XVIII)
Buscava-se neste período o
rompimento dos cânones
classicistas do movimento
renascentista. Nele
predominam a
exuberância dos ornatos,
a assimetria, o
movimento, a imaginação,
o contraste, a
dramaticidade. O barroco
vem de encontro à
vontade de impressionar,
de impor-se frente ao
forte apelo emocional.
 Rococó (séc. XVIII)
Estilo precedente do
Régence que
caracteriza-se pela
assimetria, formas
em ‘s’, uso do
dourado, da
exuberância, do
exagero. Conhecido
na França por Luís
XV.
 Régence (séc. XIX)
Estilo clássico inglês
que abrange o
período de
regência do
Príncipe de Gales.
Ebanistas do
período foi Thomas
Hope.
 Era Vitoriana (séc. XIX ao
XX)
Durante o reinado da rainha
Vitória, desenvolveu-se
um estilo eclético que
marcou de sobremaneira
os interiores britânicos e
americanos. Na realidade
ao se trata propriamente
de um estilo, mas de um
conjunto de tendências,
que caracterizam o gosto,
os hábitos, as
necessidades da classe
burguesa.
 Art Nouveau (final do
século XIX, início do
séc. XX)

Atinge o seu apogeu com


a Exposição Universal
de Paris, de 1900. É um
estilo que rompe com o
classicismo do séc.
XVIII, e causa uma
reviravolta nos valores
estéticos do período. A
natureza é sua fonte de
inspiração.
 Ecletismo (séc. XX)
Reunião dos mais diversos
estilos de decoração, que
podem resultar em uma total
falta de unidade e
orientação, assim como pode
propiciar espaços
equilibrados e harmônicos.
Pode-se notar a influência e
mistura de outros estilos em
diferentes períodos
históricos: no Renascimento,
durante o século XIX e no
findar do século XX. O estilo
eclético é a uma pausa para
rever-se o passado, de forma
assimilar as suas viscitudes,
no intento de uma nova
projeção de futuro.
 Art Deco (séc. XX)

A Exposição Internacional de
Artes Decorativas, realizadas
em Paris (1925), inspira o
nome do movimento. O
Movimento decorativo,
surgido após a 1ª guerra
mundial (1914-1918),
caracterizou-se por uma
renovação dos valores
estéticos do período.
Procura-se neste período
aliar-se o conforto ao design
e a produção artesanal dá
lugar aos objetos feitos em
larga escala. Machintosh,
Ruhlman, Lalique.
 Internacional Style (séc. XX)

O estilo Internacional começou


a formartar-se entre as
décadas de 1920 e 1930, na
Europa. Propunha uma forma
de projeção universalizante e
desprovida de vestígios
regionales. Caracteriza-se
pela ortogonalidade de suas
linhas, das superficies polidas
e desprovidas de aplicação
ornamental.
Walter Gropius, Ludwig Meis van
der Rohe, Le Corbusier.
 High-tech (séc. XX)

A decoração High-tec utiliza-se de elementos industrializados para


a composição dos espaços: aço, borracha, acrílico, plástico.
 Pós-modernismo
(séc. XX)

Corrente estilística
que questiona o
modernismo.
Movimento eclético,
bem humorado,
irreverente; onde
quebra-se os
valores clássicos de
equilíbrio e
harmonia.
 Deconstrutivismo
(séc. XX)
O Deconstrutivismo
arquitetônico foi
uma formulação
contra o Pós-
Modernismo.
 A composição dos espaços interiores
necessita de uma tríade aliança entre a
arquitetura, o design de interiores e a
decoração, de forma a propiciar o conforto
físico e psicológico necessário ao ser humano
em seu habitat.
 A arquitetura projeta o edifício.

O arquiteto tem uma formação ampla, técnica


e generalista. É um profissional que antes de
qualquer coisa, atua realizando projetos de
edificações e de intervenções urbanísticas.
Com sua formação acadêmica pode atuar nos
interiores requalificando-o, ampliando e
reduzindo espaços, alterando elementos
arquitetônicos; mas não possuí conhecimento
técnico para executar a composição plástica
do espaço.
 O design de interiores o qualifica.

O designer de Interiores por sua vez, possui


conhecimento técnico para adequar o espaço
ao seu usuário final, de forma física e
psicológica; assim como possuí conhecimento
acadêmico que o possibilita projetar e
executar a composição plástica do espaço
interior.
 A decoração o personifica.

O decorador é o profissional que possuí uma


formação acadêmica que o referencia melhor
para projetar e executar a composição
plástica dos espaços interiores. Em sua
formação adquire conhecimentos que o torna
um expert na composição visual do espaço,
mas muitas vezes não possuí conhecimentos
técnicos suficientes para a resolução de
problemas de ordem antropométrica mais
específicos.

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