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Teoria e História da Arquitetura 1

ASSER – Rio Claro

Aula 10 – Art Nouveau


Professor
Monica C. B. Frandi Ferreira 1
Teoria e História da Arquitetura 1
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Verdade Estrutural e a Influência de Viollet-le-Duc

As ideias de Viollet-le-Duc sugeriam um


retorno à construção regional, em vez
de um estilo internacional abstrato, que
era proposto pelo neoclassicismo e
baseado na tradição arquitetônica do
Racionalismo Clássico francês do século
XVIII.

Viollet-le-Duc propunha não só uma


atenção às tradições locais, mas também
uma atenção às novas tecnologias que
surgiam com o desenvolvimento
industrial; ele apresentava modelos e
métodos em seus Entretiens sur
l’architecture (Conversas sobre
arquitetura) que viriam a influenciar as
vanguardas arquitetônicas do final do
século XIX: uma série de manifestações
arquitetônicas de caráter bastante
Proposta de Viollet-le-Duc para uma sala regional, singulares entre si, em várias
de concertos, com pilares metálicos localidades da Europa e da América. 2
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Verdade Estrutural e a Influência de Viollet-le-Duc

Somavam-se a essas novas tendências, o


interesse pelas artes decorativas e aplicadas
difundido pelo movimento inglês Arts & Crafts,
que possuía como um dos princípios a melhoria do
desenho das peças utilizadas no cotidiano,
incluindo desde pequenos objetos até a própria
arquitetura. A inovação proposta por Viollet-le-Duc
visava a reprodução ad infinitum desses objetos
“artísticos” através da indústria e dos novos
materiais existentes.
Havia ainda o fascínio causado pelas inovações do
século XIX, como a eletricidade, os novos meios
de transporte (trem, metrô, bonde, navegação a
vapor), os novos materiais construtivos (ferro
forjado, aço, concreto armado, vidro), que geravam
novas formas de sociabilidade (cabarés,
restaurantes, bares, teatros, magazines, salões de
chás, cafés...); novas possibilidades construtivas;
novos conceitos (iluminação abundante dos
espaços públicos e privados, a velocidade...);
novos programas construtivos. Motivo floral, Willian Morris
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Movimento, velocidade, deslocamento –


isso talvez fosse o que mais encantasse as
pessoas da época...
Esse conjunto de fatores, incorporado
pelas artes deram origem a diversas
manifestações que receberam o nome
generalizado de Art Nouveau, ou arte
nova, cuja característica principal era unir a
arte à tecnologia, incorporando o conceito
de movimento. Não por acaso, surge
pouco tempo antes do cinema (1895).
A busca pela imagem em movimento...

Formas arredondadas, voluptuosas, a


engenharia presente na natureza, tudo isso
era valorizado, numa influência direta do
Arts & Crafts, dando aos novos materiais
formas distintas daquelas utilizadas na
engenharia e nas máquinas: era a
contribuição das artes à tecnologia.

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O Art Nouveau teve diversos nomes: Flower Hotel Eetvelde, Bruxelas


Style, Liberty, Modern Style (Inglaterra); Projeto de Victor Horta

Floreale (Itália); Jugendstil (Alemanha),


Secessão (Áustria)...
O movimento foi uma forma de reação contra
o historicismo eclético, que negava a
tecnologia escondendo-a sobre uma profusão
ornamental.
Na nova arte, o ornamento representava,
com efeito, algo mais do que uma
simples decoração, não penas um
adorno, mas a expressão de um todo –
pelo menos nos exemplos cuja
concepção denotava certa elevação.
(SEMBACH, K. J. Arte Nova. Colônia: Taschen, 1993, p. 24)

Ornamento e estrutura se confundem,


formando uma nova linguagem. Essa era a
ideia primordial, nem sempre lograda.

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Sendo uma ruptura total com o passado,


usando novas tecnologias e nova linguagem,
ligada às artes aplicadas, o Art Nouveau foi
prontamente aceito em países e regiões que se
afirmavam social e politicamente: era como
uma linguagem que, acrescida de elementos
locais, poderia tornar-se legitimamente
autóctone e, ao mesmo tempo, em
consonância com o que havia de mais moderno
no mundo.

É assim que em pouco tempo, impulsionado


pela grande vitrina da Exposição Internacional
de Paris de 1900, ele percorreu o mundo nas
duas primeiras décadas do século XX.

Sendo uma arte essencialmente decorativa,


sem manifestos nem grandes teóricos, sua
duração foi efêmera. Em pouco tempo foi
substituída pelo art dèco e pelo modernismo,
movimentos engajados social e politicamente
junto ao novo mundo que surgia depois de mais
Vasos, Emile Gallé
de um século de Revolução Industrial. 6
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Os textos de Viollet-le-Duc influenciaram vários arquitetos, como sir George Gilbert Scott,
Alfred Waterhouse e Richard Norman Shaw, na Inglaterra...

Albert Memorial – G. G. Scott Manchester Town Hall – A. Waterhouse Savoy Theater – R. N. Shaw
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...mas é nas obras de quatro grandes arquitetos que atuaram na virada do século XIX para
o XX que os textos de Viollet-le-Duc deixaram marcas profundas, proporcionando a
criação de uma arquitetura realmente nova: nas obras do catalão Antoni Gaudí; do belga
Victor Horta; do francês Hector Guimard; e do holandês Henrik Petrus Berlage.
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Antoni Placid Gaudí i Cornet


Reus, 1852 - Barcelona, 1926

Influenciado por Eugene Viollet-le-Duc, John


Ruskin e Richard Wagner e pela arquitetura
primitiva catalã. A partir da combinação desses
elementos com uma criatividade extrema, Gaudí
criou formas de expressão artísticas
absolutamente novas, em que a tradição e a
tecnologia disponível são usadas em favor de
uma arte única.
Gaudí, em 1878
Esse revival da arquitetura catalã havia surgido
já na década de 1860, quando o governo de
Madri afirmou sua soberania sobre a Catalunha,
proibindo o ensino da língua catalã. A rivalidade
entre o governo central e a região logo se Gaudí atingiu sua maturidade profissional
manifestou em desejos separatistas que até em meio ao movimento separatista
hoje estão presentes. A criação de uma catalão, apoiado pelo seus principais
linguagem artística com características locais patronos: o industrial têxtil e armador
reafirmava esse desejo de independência dessa Eusebi Güell Bacigalpi e a Igreja
região que se industrializava e crescia muito Católica, que è época apoiava o
mais que o resto da Espanha. movimento. 9
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Antoni Placid Gaudí i Cornet

Casa Vicens (1878: projeto; 1883-88: obra) - primeira obra de Gaudí a apresentar suas
principais características, a mescla de arquitetura mourisca (o colorido, os azulejos, os
forros dourados e em relevo, etc.), gótica e a tecnologia disponível à época de sua
construção.

(...) um pastiche mudejar, projetado em torno de uma estufa de plantas, que, com suas
faixas de azulejos e seus elementos decorativos de ferro, era mais exuberante do que
qualquer casa da época. (...) foi a primeira vez que Gaudí usou a tradicional abóbada
catalã (...), que tornou-se uma característica chave de seu estilo, aparecendo em sua
forma mais delicada na fina casaca estrutural de sua Escola da Sagrada Família,
Barcelona, 1909.
FRAMPTON, K. História crítica da arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 2000, p. 71.
Azulejos, Casa Vicens

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Antoni Placid Gaudí i Cornet - Casa Vicens (1878: projeto)

Plantas e elevações da Casa Vicens, Barcelona


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Antoni Placid Gaudí i Cornet - Casa Vicens (1883-88: obra)

Gradil externo: folhas de palmeiras 12


Desenho do gradil externo
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Antoni Placid Gaudí i Cornet - Casa Vicens (1883-88: obra)

Gradil externo: folhas de palmeiras 13


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Antoni Placid Gaudí i Cornet - Casa Vicens (1883-88: obra)

Exterior Vista dos jardins 14


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Antoni Placid Gaudí i Cornet - Casa Vicens (1883-88: obra)

Detalhes: exterior 15
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Antoni Placid Gaudí i Cornet - Casa Vicens (1883-88: obra)

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Detalhes: exterior 16
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Antoni Placid Gaudí i Cornet - Casa Vicens (1883-88: obra)

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Antoni Placid Gaudí i Cornet e Francesc Berenguer

Palau Güell (1885-89) – projetado


juntamente com seu sócio
Francesc Berenguer, para
Eusebi Güell.

O projeto se desenvolve ao redor


de uma sala de música, de um
coro com órgão e de uma capela.
Na cobertura, foi feito um pátio à
maneira da arquitetura de
influência islâmica, onde se
sobressaem as chaminés
decorativas, que seriam uma das
suas principais características.

Na fachada destacam-se as duas


grandes portas em arcos
parabólicos e o escudo em ferro
da Catalunha.
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Antoni Placid Gaudí i Cornet e Francesc Berenguer - Palau Güell (1885-89)

Exterior

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Antoni Placid Gaudí i Cornet e Francesc Berenguer - Palau Güell (1885-89)

Vão central

Alicerces

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Antoni Placid Gaudí i Cornet e Francesc Berenguer - Palau Güell (1885-89)


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Antoni Placid Gaudí i Cornet e Francesc Berenguer - Palau Güell (1885-89)

Chaminés: Pátio Superior

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Antoni Placid Gaudí i Cornet e Francesc Berenguer – Colonia Güell (1885-89)

Projeto de uma vila operária para Desenho de Gaudí para a capela e a cripta
a fábrica têxtil de Eusebi Güell,
chamada inicialmente de Colônia
de Santa Coloma de Cervelló.
Compunha-se da fábrica, vila
operária, escola, praça de
esportes, capela e cripta,
escritório, casas para funcionários
graduados.
Gaudí fez o plano geral e o
projeto da cripta e da capela, que
ficaram inacabados: apenas a
cripta foi parcialmente construída,
pois, após a morte de Güell, seus
filhos abandonaram esse projeto.
Os demais projetos são de autoria
de Berenguer e outros
colaboradores. 23
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Antoni Placid Gaudí i Cornet e Francesc Berenguer – Colonia Güell (1885-89)

Desenhos de Gaudí para a capela e a cripta Desenhos de Gaudí para o interior da capela

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Antoni Placid Gaudí i Cornet e Francesc Berenguer – Colonia Güell (1890-1918)

Escolas

Vila

Capela e cripta

Esportes

Fábrica

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Antoni Placid Gaudí i Cornet e Francesc Berenguer – Colonia Güell (1890-1918)

Cripta da Colonia Güell

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Antoni Placid Gaudí i Cornet e Francesc Berenguer – Colonia Güell (1890-1918)

Cripta da Colonia Güell

Plano para a Colonia Güell 27


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Cripta da Colonia Güell

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Cripta da Colonia Güell

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Cripta da Colonia Güell

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Antoni Placid Gaudí i Cornet - Parc Güell (1900-1914)

Surge como o grande êxtase arquitetônico de


Gaudí.
Empreendimento, misto de parque e de
propriedades privadas: a ideia de Güell era
construir uma série de edificações para
serem vendidas em meio ao parque, mas não
houve interessados.
As únicas construções concluídas foram a
portaria, a escadaria de acesso ao mercado
coberto pela marquise e seus bancos, que
possuem uma das melhores vistas da cidade,
já que o parque se assenta sobre uma
encosta que, voltada para o Mediterrâneo,
tem toda a cidade aos seus pés.
Trata-se de enorme área, com intenso
trabalho de escalonamento, caminhos,
contenções, paisagismo, mobiliário e
equipamentos... 31
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Antoni Placid Gaudí i Cornet - Parc Güell (1900-1914)

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Antoni Placid Gaudí i Cornet - Parc Güell (1900-1914)

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Antoni Placid Gaudí i Cornet - Parc Güell (1900-1914)

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Antoni Placid Gaudí i Cornet - Parc Güell (1900-1914)

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Antoni Placid Gaudí i Cornet – Casa Batlló (1904-1906)

O projeto da Casa Batlló teve início como


uma reforma da fachada de um imóvel de
1875, situado no Passeig de Gràcia, 43.
Sua fachada ondulante coberta por um
mosaico com cerâmica vitrificada colorida
e cristais de cores distintas é comparada
às pinturas impressionistas de Monet
(Ninféias).
O desenho orgânico das sacadas, das
aberturas, das pilastras, das telhas e das
chaminés, o intenso uso das cores
mostram o nível de liberdade formal e
criatividade atingido pelo arquiteto. Suas
formas excêntricas lhe valeram o apelido
de Casa dos Ossos.
A mesma linguagem orgânica é utilizada
em seu interior, onde novamente Gaudí se
valeu das abóbadas catalãs.
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Antoni Placid Gaudí i Cornet – Casa Batlló (1904-1906)

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Casa Batlló (1904-1906)

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Casa Batlló (1904-1906)

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Antoni Placid Gaudí i Cornet – Casa Milà (1905-1911)

Também conhecida como La Pedrera.


Suas chaminés erguem-se acima das
quadras do plano racional de Cerdá,
como se fossem feitos de massa
moldável, sinuosos, irregulares, sobre o
pátio superior da edificação.
A fachada levemente ondulada se
alonga pelo chanfro da esquina, em
eterna contradição com seu aspecto
maciço de pedra erodida por vento e
água.
Os balcões, como algas de ferro,
ampliam seu aspecto fantástico e
dramático...
No saguão, o mosaico de teto e
paredes em motivos florais se
espalham dando graça e leveza ao
ambiente, se contrapondo ao exterior. 58
Casa Milà ou La Pedrera (1905-1911)

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Antoni Placid Gaudí i Cornet – Casa Milà (1905-1911)

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Casa Milà (1905-1911)

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Casa Milà (1905-1911)

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Antoni Placid Gaudí i Cornet – Casa Milà (1905-1911)

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Antoni Placid Gaudí i Cornet – Casa Milà (1905-1911)

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Antoni Placid Gaudí i Cornet – Casa Milà (1905-1911)

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Antoni Placid Gaudí i Cornet – Casa Milà (1905-1911)

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Antoni Placid Gaudí i Cornet
Casa Milà (1905-1911)

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Antoni Placid Gaudí i Cornet
Casa Milà (1905-1911)

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Antoni Placid Gaudí i Cornet
Casa Milà (1905-1911)

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Antoni Placid Gaudí i Cornet – Sagrada Família (1883-até hoje)

O projeto do Templo Expiatório da


Sagrada Família foi herdado por Gaudí Projeto original de Villar

em 1883: o projeto inicial era de um


templo neogótico de Francesc de
Paula del Villar y Lozano, localizado
numa quadra inteira do Plano de Cerdá.
Gaudí já havia trabalhado como seu
assistente. Villar acabou se desentendo
com a Associação de Devotos de São
José e o projeto em 1883 acabou com
Gaudí, aos 31 anos.
Um novo projeto foi feito, salvo a cripta,
que já estava feita. Durante 43 anos de
sua vida, Gaudí trabalhou na obra,
definindo muito de seu aspecto
conforme a obra ia acontecendo, sem
planos prévios – havia um plano geral,
mas sem detalhamento.
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Antoni Placid Gaudí i Cornet – Sagrada Família (1883-até hoje)

Quase todos os desenhos originais


foram perdidos durante a Guerra
Uma das maquetes estereostáticas de Gaudí
civil Espanhola, na década de 30.

O projeto é baseado em formas da


natureza, usando arcos
parabólicos, hipérboles, cones,
helicoides, formas conseguidas
através da maquete invertida feita
de cordão e pequenos sacos com
terra – chamada por ele de
maquete estereostática, que
reproduzia o modo ideal de
trabalhar a tração e que,
novamente invertida, mostrava a
melhor forma de trabalhar a
compressão e a sua distribuição de
cargas.
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Antoni Placid Gaudí i Cornet
Sagrada Família (1883-até hoje)

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Antoni Placid Gaudí i Cornet
Sagrada Família (1883-até hoje)

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Sagrada Família (1883-até hoje)

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Sagrada Família (1883-até hoje)

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Sagrada Família (1883-até hoje)

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Sagrada Família (1883-até hoje)

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Sagrada Família (1883-até hoje)

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Sagrada Família (1883-até hoje)

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Victor Horta - Gand, 1861 - Bruxelas, 1947


Assim, como Barcelona, Bruxelas (Bélgica) Em arquitetura nada é belo se não for
também passava por uma situação de opulência verdadeiro.
(FRAMPTON, K., p. 73)
industrial e busca por uma identidade nacional.
Seus arquitetos procuravam um estilo nacional e
moderno, e viam o ecletismo como algo
deplorável, sem raízes...
Edifícios como o Palácio da Justiça (1883), de
Joseph Poelaert era visto como uma falsa
arquitetura. Palácio da Justiça, J. Poelaert, 1883
O modelo para uma nova arquitetura poderia ser
encontrado nas tradições flamengas, na
arquitetura de tijolos do século XVI.
A Société Centrale d’ Architecture de Belgique
pregava:

O que se espera de nós é que criemos


algo que seja nosso, algo a que possamos
dar um novo nome. Somos exortados a
inventar um estilo.
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Victor Horta - Gand, 1861 - Bruxelas, 1947


A nova arquitetura belga surgiria em 1892,
com a construção do Hôtel Tassel, em
Bruxelas, na fase madura de Victor Horta.

Nele, Horta introduz algumas das suas


principais características, a estrutura metálica
– dando leveza -, a vedação de tijolos, a
decoração com formas excessivamente
curvas, como se fossem tentáculos, que se
prolongam da estrutura - quase sempre
aparente – para as paredes e piso e teto.

O vidro, os vitrais, a luz intensa também são


sempre presentes em seus projetos.

Tratou o ferro como se (...) fosse um


filamento orgânico que se insinuasse na
estrutura para subverter a inércia da
pedra.
(FRAMPTON, K., p. 73)

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Verdade Estrutural e a Influência de Viollet-le-Duc

Victor Horta - Gand, 1861 - Bruxelas, 1947

Sua grande influência foi o artista Jan Toorop, um holandês-indonésio, cujas figuras possuíam
formas fluídas e escorregadiças: um autêntico seguidor do Arts & Crafts. Dele, Horta adotaria as
formas sinuosas, ramificadas, delicadas, quase voláteis, e as aplicaria em sua arquitetura.

Ó túmulo, onde está a tua vitória? Jan Toorop, 1892 As três esposas, 1893

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Teoria e História da Arquitetura 1
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Verdade Estrutural e a Influência de Viollet-le-Duc

Victor Horta – Hôtel Tassel (1892)

A casa Tassel possui planta aberta, em que o


vestíbulo octogonal do térreo se eleva através de
um meio-nível até o jardim e se expande Hôtel ou Casa Tassel, 1892
lateralmente para o foyer adjacente, coberto por
uma estrutura de ferro e vitrais.
As colunas esbeltas e livres se envolvem por
delicadas ramificações: impossível decifrar onde
começa o ornamento e termina a estrutura.
O mesmo rigor estético se prolonga pela
balaustrada, luminárias, mosaicos de piso,
acabamento de paredes, vitrais, portas, janelas...
O exterior apresenta-se mais discreto, exibindo a
estrutura metálica dos balcões e a pedra aparente
com ligeiras ondulações. As colunas do primeiro
balcão, como troncos estilizados, indicam a bela
decoração interna. As mesmas características
podem ser encontradas em outras casas
importantes de Horta, como a Solvay e a Eetvelde.
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Victor Horta – Hôtel Tassel (1892)

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Victor Horta – Hôtel Tassel (1892)

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Victor Horta – Hôtel Tassel (1892)

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Victor Horta – Hôtel Tassel (1892)

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Victor Horta – Hôtel Tassel (1892)

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Victor Horta – Hôtel Tassel (1892)

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Victor Horta – Hôtel Eetvelde (1895)

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Victor Horta – Hôtel Eetvelde (1895)

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Victor Horta – Hôtel Eetvelde (1895)

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Victor Horta – Hôtel Eetvelde (1895)

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Victor Horta – Hôtel Eetvelde (1895)

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Victor Horta – Hôtel Solvay (1898-1900)

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Verdade Estrutural e a Influência de Viollet-le-Duc

Victor Horta – Maison du Peuple ou Casa do Povo (1897-1900)

Foi construída para o Partido


Socialista dos Trabalhadores da
Bélgica. Segundo Frampton, essa é
a obra em que Horta mais se
aproximou dos princípios de Viollet-
le-Duc.

Os materiais tradicionais, como o


tijolo e a pedra, se ajustam ao vidro
e à estrutura de aço, adaptando-se
ao terreno sinuoso e em declive.

O programa complexo foi muito bem


elaborado: escritórios, refeitório,
anfiteatro, sala de reunião e demais
dependências. É considerada sua
obra máxima, que infelizmente foi
destruída ao final da década de
1960.
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Victor Horta – Maison du Peuple ou Casa do Povo (1897-1900)

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Victor Horta – Maison du Peuple ou Casa do Povo (1897-1900)
Victor Horta – Maison du Peuple ou Casa do Povo (1897-1900)

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Verdade Estrutural e a Influência de Viollet-le-Duc

Hector Guimard - Lyon, 1867 – Nova York,


1942
Guimard estudou com Anatole de Baudot, que
fora aluno de Viollet-le-Duc e de Labrouste.
Desde 1894, aparece em suas obras a
influência de Viollet-le-Duc, quando utiliza
estruturas de tijolos reforçados e “cimento
armado”, como na Igreja de St-Jean-de-
Montmartre . Desenho de Viollet-le-Duc, nos seus Entretiens sur
l’Architecture
Mas é na École du Sacre Coeur (Escola do
Sagrado Coração) e na Maison Carpeaux,
ambas de 1895, que essa influência fica
realmente clara.
A primeira possui suportes em V, metálicos, que
reproduz uma famosa gravura do Entretiens, a
segunda demonstra tendências a um
classicismo encontrado nas obras de Horta.

Guimard assimila as ideias de Viollet-le-Duc,


sem incorporar o medievalismo.
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Hector Guimard – École du Sacre Coeur (1895-
1900)

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Hector Guimard – École du Sacre Coeur (1895-1900)

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Hector Guimard – Maison Carpeaux (1895)

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Verdade Estrutural e a Influência de Viollet-le-Duc

Hector Guimard - Lyon, 1867 – Nova York, 1942

É possível identificar na obra de Guimard, na


virada do século XIX para o XX, três principais
linguagens arquitetônicas:

- Expressão livre e rústica, utilizando diferentes


meios e materiais, usados nos chalés entre
1899 e 1908, do qual o Castel Henriette, o
Castell D’Orgeval ou o Castel Eclipse são
alguns dos exemplos.

-Estilo urbano, com tijolos minuciosamente


assentados e trabalho de cantaria esculpida de
maneira bastante expressiva, como sua própria
residência.

- As estruturas em ferro extremamente fluidas,


quase aracnoides, muito utilizadas nas entradas
das estações do metrô de Paris, a partir de
1899, emoldurando chapas de aço esmaltado e
vidros, muito próximas de Horta.
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Hector Guimard - Arquitetura Urbana
Hôtel Guimard (1909)

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Hector Guimard - Arquitetura Urbana - Hôtel Guimard (1909)

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Hector Guimard - Arquitetura Urbana - Hôtel Beranger (1909)

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Hector Guimard - Arquitetura Urbana - Hôtel Beranger (1890)

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Hector Guimard - Arquitetura Urbana
Hôtel Beranger (1890)

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Hector Guimard - Arquitetura Urbana - Hôtel Nozal (1902-1906)

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Hector Guimard - Arquitetura Urbana – Estações do Metrô de Paris (1899-1903)

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Hector Guimard - Arquitetura Urbana – Estações do Metrô de Paris (1899-1903)

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Verdade Estrutural e a Influência de Viollet-le-Duc

Hendrik Petrus Berlage - Amsterdam, 1856 – Haia, 1934

O holandês Berlage teve uma trajetória bastante


discreta se comparada com outros arquitetos da
virada do século XIX para o XX, embora tenha
produzido muito até sua morte em 1934.
Sua arquitetura é bastante sóbria em relação ao Art
Nouveau praticado em outras localidades.
Estudou na Eidgenössische Technische Hochschule
(Instituto Federal Suíço de Tecnologia), em Zurique,
com discípulos imediatos de Gottfried Semper.
Associou-se com P. J. H. Cuijpers, que já era
discípulo de Viollet-le-Duc. Cuijpers procurava
racionalizar seu próprio ecletismo, procurando um
estilo nacional, e influenciou fortemente Berlage,
principalmente no projeto da Bolsa de Amsterdam,
de 1883.
Esse projeto mistura o uso de tijolos em arcos,
abóbadas, e teve 04 versões, e nele podem ser
percebidas influências de Viollet-le-Duc, Semper e
de seu colega Jan Hessel de Groot (criador da
escola de estética matemática de Amsterdam). 113
Teoria e História da Arquitetura 1
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Henrik Petrus Berlage - Bolsa de Valores de Amsterdam, 1903

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Henrik Petrus Berlage - Bolsa de Valores de Amsterdam, 1903

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Henrik Petrus Berlage
Bolsa de Valores de Amsterdam, 1903

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Henrik Petrus Berlage
Bolsa de Valores de Amsterdam, 1903

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Verdade Estrutural e a Influência de Viollet-le-Duc

Hendrik Petrus Berlage - Amsterdam, 1856 – Haia, 1934

Antes de mais nada, a parede deve ser mostrada nua, em toda a concisão de sua beleza, e
tudo que nela esteja fixo deve ser eliminado como um empecilho.

A arte do mestre construtor está nisto, na criação de espaço, e não do esboço de fachadas.
Um envoltório espacial é estabelecido por paredes, enquanto um espaço... Se manifesta
segundo a complexidade da disposição das paredes.
(BERLAGE)

Primeiro desenho de Berlage para o prédio da Bolsa de Amsterdam, 1883

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Teoria e História da Arquitetura 1
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Charles Rennie Mackintosh e a Escola de Glasgow, 1896-1916

A Escola de Glasgow era formada por Charles


Rennie Mackintosh (1868-1928), sua esposa
Margareth Macdonald, Herbert McNair e Frances
Macdonald. Em 1896, os quatro expuseram seus
trabalhos na mostra da London Arts and Crafts
Exhibition Society, causando forte impacto, ficando
conhecidos como a Escola do Assombro, nome que
lhes deu Gleeson White, do jornal The Studio. O
sucesso repentino rendeu a Mackintosh o projeto
da Escola de Arte de Glasgow, naquele mesmo
ano.

Desde 1894, os quatro se dedicavam ao desenho


de móveis e objetos utilitários, e seus produtos
foram divulgados a partir do artigo de White: eram
espelhos, castiçais, relógios, armários,
escrivaninhas... O desenho extraía suas formas de
obras de Willian Blake, Aubrey Beardsley e Jan
Toorop, além de Maurice Maeterlinck e Dante
Gabriel Rossetti.
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Teoria e História da Arquitetura 1
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Charles Rennie Mackintosh e a Escola de Glasgow, 1896-1916

A arquitetura de Mackintosh possuía


influências menos exóticas, como do
neogótico, através da obra de Philip Webb
(autor da Red House), tendendo a uma
afinidade natural com uma factura artesanal
dos edifícios. Isso fica evidente em suas
primeiras obras, como na igreja escocesa
de Queen’s Cross, em Glasgow, 1897.

Aos poucos sua arquitetura foi sendo


influenciada por Charles Francis Annesley
Voysey (1857–1941), arquiteto e artista
inglês, que fazia amplo uso das linhas retas
e pouco das curvas; assim como pela obra
de Willian Lethaby, Arquitetura, Misticismo
e Mito (1892), que o fez romper em
definitivo com o medievalismo. Sua obra foi
se verticalizando, isto é, as linhas verticais
ganharam forçam, os elementos
ornamentais ficaram cada vez mais
delicados Queen’s Cross Church, Glasgow, 1897
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Charles Rennie Mackintosh
Escola de Artes de Glasgow, 1896-1909

Sua arquitetura reflete uma forte influência ruskiniana, que defendia o uso da pedra
para garantir a massa ou volume às edificações, muito embora, o vidro e o ferro
tenham sido amplamente usados nos amplos estúdios voltados para o norte, na
fachada principal.
A parede envoltória aparenta ter apenas dois andares, enquanto interiormente, os
estúdios se desenvolvem em 04 andares. Possui planta em E, com elevação
excentricamente contrabalançada. A fachada oeste possui metade de seu pano de
paredes fechados e a outra metade com amplas aberturas: balcões envidraçados,
verticais, com janelas quadriculadas, iluminando a biblioteca e seu andar superior.

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Charles Rennie Mackintosh
Escola de Artes de Glasgow, 1896-1909

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Charles Rennie Mackintosh
Escola de Artes de Glasgow, 1896-1909

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Charles Rennie Mackintosh
Escola de Artes de Glasgow, 1896-1909

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Charles Rennie Mackintosh
Escola de Artes de Glasgow, 1896-1909

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Charles Rennie Mackintosh
Willow Tea Room, 1904

Obra da fase branca, com detalhes em prata e violeta do arquiteto, atinge seu auge
nessa casa de chá de Glasgow. A fachada é sóbria, branca, mas modulada, assim
como algumas de suas casas da mesma época. Internamente, além dos detalhes em
violeta e prata, sobressai o mobiliário, também de autoria do arquiteto.

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Charles Rennie Mackintosh
Desenhos e projetos:
Casa para um Amante das Artes

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Charles Rennie Mackintosh
Desenhos e projetos:
Casa para um Amante das Artes

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Charles Rennie Mackintosh
Desenhos e projetos:
Casa para um Amante das Artes

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