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INSTITUTO FEDERAL DE MINAS GERAIS

CAMPUS OURO PRETO


CURSO DE CONSERVAÇÃO E RESTAURO
DISCIPLINA: HISTÓRIA DA ARQUITETURA II
PROF: ANA PAULA DE MORAES
ALUNA: MAIRA MENDES FERREIRA

SÍNTESE DOS TRABALHOS APRESENTADOS

Arquitetura de Chicago: Arranha – céu. Grupo: Victor Fagundes;


Marciano

O grupo iniciou a apresentação falando sobre o Contexto histórico:


Chicago foi inaugurada em 1837, em Illinois, sendo a terceira cidade mais populosa
dos Estados Unidos na época. Os principais destaques são: Crescimento da cidade
– crescimento urbano – necessidade de verticalização das edificações – instalação
de sistema de esgoto. Houve o Grande incêndio de Chicago de 1871 – centro de
Chicago. – prédios, ruas e calçadas de madeira – tudo destruído. Anos depois, a
cidade foi reconstituída, os destroços foram despejados no lago de Michigan, e hoje
é o Grant Park e Instituto de Arte
A arquitetura destaca-se por edificações antigas e contemporâneas misturadas na
paisagem da cidade. A cidade é considerada o berço dos arranha-céus. O primeiro
arranha-céu foi a Willis Tower, construída em 1970, e considerado maior prédio da
cidade na época, com 442 m de altura. Grande destaque tambem para a Escola de
Chicago de arquitetura e urbanismo, trata das tipologias do arranha-céus, com uma
serie de improvisações – criando edifícios impactantes.
Outro fato histórico destacado: o Segundo Incêndio, em 1874, que
devasta novamente o centro da cidade. Esses dois incêndios foram devastadores
por que antes as estruturas das casas e demais edificações eram constituídas por
gaiolas de madeiras, material totalmente vulnerável ao fogo.
Com os avanços técnicos, principalmente com a evolução dos materiais
construtivos, começaram a construir os primeiros arranha – céus – sistema
estrutural de ferro de proteção contra viga de aço, em 1884. Trata-se de uma rede
metálica equilibrada com precisão solidificada e protegida contra o fogo. Tendencia
construtiva que substitui as estruturas de madeira. Produzida em série (Percebe-se
as consequências da revolução industrial).
A forma ganha força – pois é um modelo prático, possibilitando o
erguimento mais rápido da edificação. Internamente é ampla, possibilitando
erguer vários andares. Destaca-se que só foi possível construir os arranha-céus por
conta da revolução industrial sec XIX. Construções com mais de 6 andares eram
ineficazes por falta de elevadores (ainda não existia na época). Posteriormente,
veio a criação da bomba d’agua e do elevador.
Novas possibilidades do uso do ferro, como aço e concreto armado =
novas possibilidades de criação. Novos conjuntos de inovações tecnológicas aliadas
às estruturas metálicas – novas formas estruturais – novo vocabulário. As obras
tinham como prioridade sua finalidade e buscar inserir o mínimo de ornamentos.
Destaque arquitetônico pela sua própria dimensão
Atualmente, os arranha-ceus são formados por estruturas de aço,
permitindo ganhar grandes alturas e receber elas mesmas as cargas dos pisos e não
as paredes. A parede exterior como um elemento de vedação. Esse novo sistema
construtivo permitia uma redução na estrutura das paredes – aproveitamento de
espaço e altura - grande redução de cargas. O grupo apresentou uma figura
mostrando uma evolução da construção e do sistema estrutural.
Em destaque histórico: William Le Baron – construiu o primeiro arranha
– céu do mundo, o Edifício Home Insurance, em 1884. O edifício inaugura o uso de
uma nova série de tecnologias frente ao uso dos materiais disponíveis – elevador +
eletricidade+ janelas. Possui DOZE andares. As principais características do
arranhas céus – muitos andares iguais, exceto primeiro e último, verticalismo,
estrutura metálica.
A nova arquitetura – principais projetos e principais obras
Ao longo do tempo, as construções foram avançando, juntamente com a influencia
da escola de Chicago, que trouxe novas tipologias e uma nova linguagem para a
arquitetura no mundo.
Atualmente, a arquitetura de arranha-céu está muito ligada ao capitalismo, pois
traz a simbologia da competição e imperialismo por parte dos grandes
empresários, que buscam construir cada vez mais edifícios mais altos. O Empire
State Building é um exemplo.
Grupo Arquiteto Antoni Gaudi: Tobias, Gustavo e custódio

Conta sobre a biografia do Arquiteto Gaudi, um dos arquitetos mais


famosos da Espanha. Gostava de usar animais, formas de bichos e plantas em
suas obras. Grande parte de sua obra é marcada pelas grandes paixões, como
natureza, arquitetura, religião. Gostava de usar vários materiais construtivos
para compor suas obras, como cerâmica, vitral, ferro forjado e madeira.
Responsável por introduzir novas técnicas no tratamento dos materiais, como
o trencadis – fragmentos cerâmicos.
Suas obras tem influencia na liberdade da forma, cor e texturas
exageradas, na busca de uma unidade orgânica, revelando um estilo único e
individual, em Barcelona. Gaudi foi inaugurado por muitos anos, nos anos
vinte e trinto. Ele desenvolveu seu próprio estilo arquitetônico, formada por
uma colagem artística de pensamentos, sentimentos e estados de espíritos.
Seu principal objetivo estilístico era destruir fronteiras e “despertar a
imaginação.”
Era influenciado pelo neogótico e pelas técnicas orientais. Tornou-se
parte do movimento modernista catalão. Gaudi raramente desenhava
projetos detalhados, ele criava maquetes. Seu estilo atravessou diversas fases,
começou pelo estilo vitoriano bastante florido, que ao longo do tempo foi se
desenvolvendo para outros estilos, com composição de justaposições e
massas geométricas, criando um tipo de animação de pedra e tijolo modelado,
compondo painéis cerâmicos de cores vivas nas superfícies. Se criava então o
efeito Mourisco – ou Mudéjar. Como exemplos, a Casa São Vicente e El
Capricho, construídos no final do séc XIX, entre os anos de 1880 a 1890.
Chegou a um tipo de estrutura chamada equilibrada, isto é, projetada
para se apoiar sobre si própria. Ex: A casa Batiló e a casa Milá, do inicio do séc
XX. Sua obra mais conhecida é a Sagrada Família, em construção ainda.
(começou em 1882). Gaudi trabalhou no projeto até sua morte. A obra é bem
complexa. Está localizada no centro de Barcelona. Basílica de 5 naves com
cruzeiro de três, formando uma cruz latina. Finalizada, terá dezoito torres no
total. Gaudi incorporou simbolismo religioso em cada aspecto da Sagrada
Família.
Grupo Arquitetura Neoclássica – Ikaro, Mariana e Thais

O grupo iniciou a apresentação trazendo o contexto histórico da


Arquitetura Neoclássica, com surgimento pós Revolução Francesa, Rev.
Industrial e Iluminismo. É caracterizado por ser um movimento cultural do fim
do séc XVIII, e está identificado como a retomada da cultura clássica por parte
da Europa Ocidental. É também considerado um movimento de reação ao
antibarroco e antirococó. Possui duas tipologias:
Inspiração clássica – inspiração nas basílicas romanas e paleocristãs
Novas tipologias – novas necessidades da vida social
Brasil – Jean Baptiste Debret - 1816
Responsável pela fundação, no RJ, uma escola de artes e ofícios.
Características: abóbodas de berço e aresta, proporções e
racionalidade, pórticos colunados, materiais nobres, frontões triangulares,
simetria, cúpulas.
Panteão de Paris – monumento da capital francesa. O grupo levantou muito
bem as características da obra.
Intenção de combinar a leveza e o brilho do gótico com os principais
elementos clássicos; a ideia do panteão era a de que se tornasse uma igreja;
a revolução francesa usou o panteão como um mausoléu; apontou as
características arquitetônicas internas e externas do panteão;
Academia Imperial de Belas Artes, inaugurada em 1826, no RJ tambem foi
apresentada pelo grupo como exemplo de arquitetura neoclássica no Brasil.
Arquitetura Modernista – Anderson, Camila, Mikhaely,
khryslayne

O Modernismo foi um movimento artístico e cultural da Europa, que teve


como premissa rever todos os conceitos considerados ultrapassados para se criar
uma nova cultura, visando o progresso. Predominou por boa parte do séc XX,
rejeitando os estilos tradicionais. Foi influenciado fortemente pela Revolução
Industrial, inovando na criação de grandes obras urbanas. As características
principais são destacadas pelo uso do concreto o concreto armado como principal
material construtivo, e no quesito estilístico, a simplicidade e livre de
ornamentação, priorizando as formas simples e geométricas. É possível contar
também com a produção em larga escala, que trouxe mais liberdade para os
arquitetos para a criação de projetos mais orgânicos.
Bauhaus foi a primeira escola de design do mundo, criada em 1919, Alemanha,
pós primeira guerra mundial – fechada com 14 anos de existência – motivo:
perseguições nazistas. Foi considerada uma grande escola do modernismo, pois
institucionalizou o movimento. Grandes arquitetos considerados precursores do
movimento, Le Corbusier (1887-1965) – obra da Vila Savoye, Mies van Der Rohe
(1886-1969) (menos é mais) – arquiteto alemão – prof e diretor da Bauhaus – obras
clássicas – Cadeira de Barcelona e Pavilhão Alemão da Feira Universal de Barcelona
(1929); Frank Lloyd Wright – (1887-1959) – americano – obra mais conhecida – Casa
da Cascata, construída na Pensilvânia - 1939 – criador da arquitetura orgânica.
Palacio de Cristal, construído em Londres 1851, por Joseph Paxton, representou o
marco do modernismo. Representou um avanço na arquitetura moderna com sua
construção em ferro fundido e vidro. Infelizmente foi incendiado, e não existe mais.
O grupo apresentou alguns exemplos da arquitetura modernistas de Le Corbusier:
Vila Savoye, construída em 1928, apresenta fachada livre com o recuo dos pilotis
(estrutura que sustenta a base da casa), janelas em fita, planta livre, terraço e
jardim.
Unitè d’Habitation – uma edificação de grande porte, de concreto armado e vidro
– pós seg. Guerra Mundial – vários apartamentos. Representa a ideia da “forma
que segue a função”
E do arquiteto Lloyd Wright:
Casa da Cascata, construída em 1939 – localizada em cima de uma cascata –
aproveita a topografia do terreno, respeitando a integração da arquitetura com o
ambiente, sem alterar a paisagem, utilização do concreto armado e vidro. Trabalha
muito bem com a estrutura (utilizando o balanço de concreto armado) .
Em se tratando de casas modernistas, as principais características:
Se manifesta nas formas – básicas – e na matéria – prima. Utilização de materiais
brutos – concreto, aço e vidro. Aparência retangular, formas geométricas,
iluminação integrando interno com externo, janela em fita, telhados discretos,
elementos lineares – linhas retas na horizontal e vertical. Jardim – terraços.
Iluminação natural para valorização de interno/ externo e pilotis e plantas livres.
Deve funcionar igualmente para todas os seus habitantes – para usufruírem dos
seus avanços técnicos que são propostos. Praticidade, fácil replicação, e possuem
4 funções básicas: habitar, trabalhar, recrear e circular. Como exemplo: plano
urbano de Le Corbusier – Ville Radieuse – Cidade Radiante – será inspiração para
outros modelos de cidade - plano cartesiano, divisão de acordo com a função
(comercial, negócios, lazer, residências, transporte subterrâneos). No Brasil, a
arquiteta italiana Lina Bo Bardi representa a arquitetura modernista com a famosa
Casa de Vidro, construída nos anos 50, influenciada por Le Corbusier.

Grupo Art Nuouveau e Art Decó – Talita, Dalviane, Moema

O grupo inicia apresentando o histórico do surgimento da vanguarda do


Art Nouveau, que se dá no final do séc. XIX, tendo seu berço na Bélgica,
ganhando visibilidade internacional na França. Tambem conhecido como arte
floreal, arte nova, dentre outras terminologias. Dialogou com a revolução
industrial, fazendo conjunto com os novos materiais e tecnologias
provenientes da mesma. Dessa forma, está muito ligado à burguesia,
buscando revalorizar a estética da beleza através da arte, trazendo linhas
ondulantes, figurativas e abstratas, utilizando a fitomorfia, exuberância nas
expressões e a figura feminina. Teve influência do japonismo – movimento da
arte japonesa. Emergiu através da Galeria La Maison de L’Art Nouveau, no
final do séc. XIX, para trazer mais visibilidade ao movimento.
Como exemplo dos arquitetos pioneiros, o grupo falou sobre Victor
Horta e sua obra, o Hotel Tassel. O hotel é considerado uma obra muito
importante, pois é a primeira a romper o arranjo clássico das casas em
Bruxelas. Utiliza alguns materiais como o vidro e o ferro para complementar o
estilo da Art Nouveau. O prédio é bem estreito e prolongado, os detalhes
interiores da madeira e do ferro fazem conjunto trazendo curvas e fluidez para
o interior. A fachada possui formas curvadas, com a porta no meio, apresenta
colunas e capitéis, fazendo conjunto com os vidros e as grades de ferro. A
edificação é considerada a obra fundadora do movimento Art Nouveau.
Outro exemplo de arquiteto pioneiro é o francês Hector Guimard, com
a obra Castel Béranger, em Paris. Foi a primeira obra do estilo Art Nouveau
fora da Bélgica, sendo construída entre 1895 e 1898. Trata-se de um imóvel
de 36 apartamentos pequenos e confortáveis. Sua arquitetura é composta por
materiais da indústria moderna, como o ferro forjado (antes só utilizado para
construções das estações de trem). O portão de entrada do edifício, de ferro
forjado, apresenta detalhes fitomórficos. Alguns elementos do mesmo
material tambem foram utilizados como adornos nas sacadas, são
apresentados na forma de máscaras e traços sinuosas. O piso é constituído
por desenhos soltos, com formas geométricas. A fachada apresenta mais
elementos decorativos, representado animais e símbolos. As maçanetas da
porta tambem são diferenciadas, sendo substituídas de sua forma
convencional e representadas por desenhos típicos da art nouveau. Outra
obra de Guimard que recebeu grande destaque foi a Estação Porte Douphine,
tambem em Paris, construída em 1904. É uma obra que utiliza muito ferro
forjado e o vidro em seu design, apresentando detalhes nos designs dos
desenhos, típicos do movimento art nouveau. No seu interior, é perceptível
visualizar as formas sinuosas e decorativas que constituem os bancos e as
luminárias.
O grupo tambem apresentou sobre o movimento vanguardista da Art
Decó, com surgimento já no séc. XX, na Europa. Em linhas gerais, é um estilo
marcado pela simetria, formas geométricas e o luxo. Dialoga muito bem com
a produção industrial, utiliza muitos dos materiais provindos da mesma para
produzir seus estilos. Está mais ligada ao cotidiano, por meio da publicidade,
objetos de uso doméstico, moda, entre outros. Na arquitetura, está
representada por elementos alegóricos formando conjunto com a obra. O
grupo deu exemplos do uso da art decó na moda, nos automóveis, nos objetos
domésticos e na arquitetura. É perceptível a utilização das formas geométricas
na composição estilística da obra. No Brasil, ela emerge nos anos 30 e 40,
apresenta maior destaque na arquitetura, como exemplo o Elevador Lacerda,
em Salvador, o Viaduto do Chá e a Central do Brasil, em São Paulo, e o Cristo
Redentor, no Rio de Janeiro. Como estudo de caso, o grupo trouxe o Cristo
Redentor, um monumento de concreto armado, construído sobre a pedra do
Corcovado, com 38 m de altura e 8 de base, construído entre os anos 20 e 30,
pelos arquitetos Heitor da Silva Costa e Paul Landowski. É considerada a maior
obra em estilo Art Decó do mundo.

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