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CENTRO DE TECNOLOGIA
Arquitetura Românica
João Pessoa - PB
2023
SUMÁRIO
1. Introdução 2
1.1. Objetivo 2
1.2. Justificativa 2
1.3. Metodologia 3
2. Desenvolvimento 3
2.1. Contexto histórico 3
2.2. Materiais 7
2.3. Elementos Construtivos 8
2.4. Tipologias arquitetônicas 17
2.4.1. Eclesiásticas 17
2.5. Arquitetura Românica na Itália, Espanha, França e Grã-Bretanha 32
2.5.1. Itália 32
2.5.2. Espanha 36
2.5.3. França 40
2.5.4 . Grã-Bretanha 44
2.6. A cidade românica 47
2.6.1. Civis 49
2.7. Obra escolhida 53
3. Considerações finais 56
Referências Bibliográficas 57
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1. Introdução
1.1. Objetivo
1.2. Justificativa
2
1.3. Metodologia
2. Desenvolvimento
3
que esse costume fosse deixado de lado. Logo, a única maneira de entender os textos
bíblicos eram por meio dos desenhos das pinturas. Outrossim, as liturgias sagradas eram
feitas em latim, pois a igreja não permitia que houvesse traduções da Bíblia e nem todos
tinham acesso ao conhecimento, apenas: homens religiosos ou que possuíam prestígio
financeiro; mulheres ou crianças que eram proibidos de tais conhecimentos, mesmo
vindo de famílias mais abastadas.
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estabilidade do povo, a população mundial começou a crescer e o cristianismo foi
expandido, dando início às cruzadas, que durante o século XI e XIII foram responsáveis
por um crescimento do comércio e o início das guerras com o povo mulçumanos, que
também estavam alcançando novos fiéis, chamando atenção do clero cristão. Com as
cruzadas, tentativas de catequizar novos povos, como também alavancar o comércio
aconteceram e fez crescer a venda do açúcar e algodão, foi desta forma que surgiu uma
nova classe social: a burguesia.
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Fonte: https://images.app.goo.gl/Bt5uT7pVbYZC8RTu8 Acessado em: 26/09/2023.
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Figura 04: A vida no Feudo.
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basílicas, passando a ter um deambulatório - extensão das abóbadas laterais - para que os
visitantes pudessem contornar a construção sem atrapalhar as orações dos monges.
2.2. Materiais
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Fonte: Livro O Românico Arquitectura Pintura e Escultura by Rolf Toman
Foi a grande invenção romana que era muito utilizada na arquitetura românica, é
um arco que forma um semicírculo completo, sendo apoiado em duas extremidades e
fechado por uma única pedra em forma de cunha que pressionava as demais. O arco
também é conhecido por arco romano e arco pleno, e é composto por imposta, arranque,
aduela, extradorso, intradorso, chave e tímpano. Essa construção se dava por meio do
cimbramento.
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Abóbada de Berço
Cúpula Hemisférica
Abóbada de Aresta
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Assim como na Grécia a grande contribuição foi o trilito e em Roma o arco
romano, na arquitetura românica foi a abóbada de aresta. Essa abóbada consistia na
interseção de duas abóbadas de berço com a mesma flecha. Sua projeção em planta é
quadrada, uma vez que as abóbadas tem um mesmo vão e altura, essa planta é chamada
de tramo e as linhas de interseção é indicada por um X tracejado.
As partes divisórias se chamam de nervuras e esse tipo de abóbada da
flexibilidade as construções, coisa que não era possível nas construções romanas por
exemplo.
Figura 10: Abóbada de aresta Figura 11: Catedral de Durham, Reino Unido
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Figura 12: Tramo
Arco de Contraventamento
Figura 13:Abadia de Payerne, Payerne, Suíça Figura 14: Igreja de Saint - Philibert,Tournus, França
Contraforte
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contraforte que era um elemento de escora maciça de alvenaria de pedra colocada nas
laterais das igrejas, já que a abóbada gera dois tipos de impulso, o vertical e o lateral.
A carga do impulso lateral era suportada pelo contraforte e às vezes as próprias
naves laterais serviam de contraforte para aguentar o impulso lateral gerado pela nave
principal. Na imagem da igreja, as setas em vermelho indicam as naves laterais que nesse
caso são o contraforte da construção.
Figura 15: Impulso lateral e vertical da abóbada Figura 16: Igreja de Murbach, Alsácia, França
Portada
Nas construções sacra românicas a portada promovia o acesso à igreja, era um sistema
estrutural e decorativo côncavo, podia-se distinguir a portada em três tipos: o portal de arco
de volta perfeita, o portal escalonado e o portal de colunas. Os dois últimos portais possuíam
uma grande variedade tanto no quesito arquitetônico quanto no quesito ornamental. A sua
composição compreendia vários elementos como colunas com base e capitel, arquivoltas,
lintel, mainel e tímpano esculpido. Como era uma estrutura côncava concordava o plano da
fachada com o da entrada.
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Figura 17: Quadro de informações Figura 18: Esquema de uma portada
Figura 19: Abadia de Saint - Pierre, Moissac, Figura 20: Colegiada de Saint-Pierre-de-la-Tour,
França França
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Figura 21: Abadia de Saint - Pierre, Beaulieu-sur-Dordogne, França
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os braços estendidos divide o mundo do além entre Paraíso, à sua direita, e Inferno, à sua
esquerda, uma clara divisão do mundo entre o bem e o mal que predomina toda arte cristã na
Idade Média.
Arcada Cega
Figura 23: Representação da arcada cega. Figura 24:Catedral de Speyer, Speyer, Alemanha
Óculo Lateral/Rosácea
O óculo lateral ou rosácea era uma abertura circular e foi uma novidade na arquitetura
românica, mesmo já aparecendo no Panteão de Agripa sua construção se dava em cima e não
na lateral. Agora no românico passa a ficar na fachada principal das igrejas em cima da
portada, iluminando assim seu interior, já que esses tipos de construções não possuíam muitas
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aberturas para iluminação e as que possuíam eram pequenas e estreitas e sua confecção era
feita na própria pedra, podendo ter uma estrutura radial com ou sem vidro.
Capitel
O capitel românico não seguia as ordens clássicas, era multifacetado, e sofrendo uma
evolução, ia do simples capitel cúbico ao historiado. Possuía sempre ábaco e era produzido na
própria pedra, o capitel podia pegar duas colunas justapostas, sendo assim um capitel duplo,
suas formas decorativas iam de fitomorfo, zoomorfo, antropomorfo a monstros e encenações
religiosas.
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Figura 27: Antiga colegiada de Saint-Pierre, Douai, França
Na imagem a esquerda o diabo mostra o seu altar com o símbolo da morte e a imagem
à direita mostra águias levando almas para o céu.
2.4.1. Eclesiásticas
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● Igrejas
As igrejas românicas seguiam um padrão basilical e cruciforme (cruz latina), que era
obtida por meio da justaposição dos tramos, que constituíam as abóbadas. Também podiam
ter a planta centrada, podendo ser em cruz grega, hexagonal, octogonal ou circular. Era uma
arquitetura eminentemente cristã, tendo a devoção à cruz como algo de extrema importância,
então o formato da igreja ia absorver a importância da cruz. Caracterizadas também por
serem simétricas e sólidas, eram construções feitas de alvenaria à prova de fogo.
Possuem três naves, mas algumas exceções podem ter uma ou até mesmo cinco naves.
Em geral, elas se apresentam com uma nave central e uma ou duas naves laterais, que são
cobertas com abóbadas que servem para contrabalancear a pressão que a abóbada central faz
em direção ao exterior, fazendo então uma pressão ao interior do prédio, aberturas em arco
pleno e arcadas com enormes colunas e pilares.
Com a figura a seguir, pode-se compreender como era a disposição dos locais na
igreja:
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As naves laterais são menores que a nave central, normalmente eram dedicadas a
santos específicos, contendo também altares e obras religiosas. As igrejas românicas
poderiam ter uma ou mais torres, que ficavam localizadas na fachada ocidental, elas
poderiam ter uma aparência simples e robusta, com poucas aberturas. O deambulatório são os
corredores situados por trás da capela-mor. As capelas radiantes (ou absidíolas) são locais
onde ficavam expostas imagens e relíquias, eram espaços menores e semicirculares. O
transepto é a parte transversal da igreja, onde muitas vezes forma uma cruz quando vista de
cima. Pode cortar a nave principal e incluir as naves laterais. O cruzeiro é o cruzamento
central onde a nave central e o transepto se encontram
B – Zimbório J – Tramo
F – Deambulatório N – Tribuna
G – Coro O – Campanário
H – Transepto
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A basílica de Saint-Sernin foi um importante centro de peregrinação e considerada
a maior basílica românica da Europa. Consagrada em 1096 pelo Papa Urbano II, utilizando
como material principal a pedra na sua construção, é uma basílica que possui planta em
formato de cruz latina, possuindo ábside com deambulatório, nove absidíolas e cinco
naves, sendo quatro laterais e uma central.
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Figura 33: Corte transversal perspectivado da Basílica de Saint-Sernin, Toulouse, França
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O seu interior mede 115 x 64 x 21 metros, sua cabeceira possui nove capelas e sua
nave central abobadada possui 21 metros.
Fonte:
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Planta_de_la_Catedral_de_Santiago._Descripcion_hist%C3%B3ric
o-art%C3%ADstica-arqueol%C3%B3gica_de_la_Catedral_de_Santiago._1866.jpg Acessado em: 15/09/23.
Figura 37: Planta central circular da Igreja do Santo Sepulcro, Cambridge, Inglaterra
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Figura 38: Igreja do Santo Sepulcro, Cambridge, Inglaterra
Fonte:
https://www.tripadvisor.com.br/LocationPhotoDirectLink-g186225-i399438874-Cambridge_Cambridgeshire
_England.html Acessado em: 16/09/23.
Figura 40: Planta da Igreja do Santo Sepulcro, Torre del Rio, Espanha
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Figura 41: Igreja do Santo Sepulcro, Torre del Rio, Espanha
Fonte:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Torres_del_R%C3%ADo_-_Iglesia_del_Santo_Sepulcro_03.jpg
Acessado em: 16/09/23.
Figura 42: Interior da Igreja do Santo Sepulcro, Torre del Rio, Espanha
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Fonte: https://br.pinterest.com/pin/668362400967610361/ Acessado em: 16/09/23.
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Fonte:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Iglesia_de_la_Vera_Cruz_%28Segovia%29._Puerta_principal.jpg
Acessado em: 16/09/23.
● Mosteiros
Nos séculos XI e XII a vida monacal estava em alta e muitos jovens e moças
buscavam a vida celibatária para ter acesso a educação e cultura. A grande influência da
religião levou os monges a desempenhar um papel importante durante o período medieval,
pois além de oferecer educação, os mosteiros também eram usados para controlar os
territórios conquistados e desempenhavam um papel muito importante na sociedade da
idade média, seguindo a pirâmide do feudalismo, aqueles que rezavam eram responsáveis
por apaziguar a relação do homem com Deus. A vida nos mosteiros não era baseada só em
rezar, pois eles seguiam um lema baseado na vida de Cristo: oração, contemplação,
trabalho mental e manual - ora et labora - com princípios bem definidos: sem regalias,
mantendo a castidade e obediência.
Carlos Magno, o imperador da época, decidiu centralizar, unir e padronizar as
instituições públicas, incluindo a Igreja Católica, então foi definido a Regra de São
Benedito; um conselho foi criado para resolver como a planta monástica deveria ser
organizada e assim surgiu a Planta Baixa da Abadia de Saint Gall. Estabelecendo os
componentes necessários para uma comunidade religiosa funcional. A planta de Saint Gall
possui espaço para oração dos monges, altares para realização da liturgia e para adoração
de relíquias sagradas. No lado Sul foi colocado o claustro, com pátio central e passarela
coberta que levava a outros ambientes. Ao contar o número de dependências, foi visto que
este mosteiro foi projetado para 110 monges, além de agrupar em torno de 150
trabalhadores que eram necessários para o funcionamento do mosteiro.
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Figura 46: Planta baixa da Abadia de Saint Gall, Suíça.
Fonte:
https://books.google.com.br/books/about/A_Hist%C3%B3ria_da_Arquitetura_Mundial_3ed.html?id=l8iYFb
cX7HAC&redir_esc=y Acessado em: 30/09/2023.
● Conjuntos religiosos
Os conjuntos religiosos românicos são grupos de edifícios e estruturas religiosas
compostos por três elementos principais: a igreja, o batistério e o campanário, cada um
desempenhando um papel vital na vida espiritual e cultural das comunidades da época.
A Igreja Românica é o coração do conjunto, eram centros de adoração,
peregrinação e frequentemente abrigavam relíquias de santos, desempenhando um papel
essencial na vida espiritual e cultural das comunidades medievais.
O Batistério Românico era o local onde os fiéis eram batizados e iniciavam sua
vida cristã. Ele compartilhava o estilo arquitetônico românico, com arcos semicirculares e
elementos decorativos, e muitas vezes tinha uma forma circular ou octogonal. O batistério
abrigava uma fonte batismal no centro e era um lugar de grande significado religioso.
O Campanário Românico, também conhecido como Torre Sineira, era construído
separadamente da igreja, embora muitas vezes estivesse localizado próximo a ela. Sua
principal função era abrigar sinos usados para convocar os fiéis para o culto e para marcar
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eventos religiosos importantes. O campanário também seguia o estilo românico em sua
arquitetura, com arcos semicirculares e detalhes decorativos.
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Figura 49: Interior do Batistério de Parma, Itália
29
Conjunto de Cremona, Itália.
Fonte:
https://www.istockphoto.com/br/foto/catedral-de-cremona-com-a-torre-do-sino-lombardia-it%C3%A1lia-gm
502887922-82194297 Acessado em: 29/09/2023.
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Figura 53: Batistério de Cremona, Itália.
Fonte:
https://www.istockphoto.com/br/foto/cremona-batist%C3%A9rio-lombardia-it%C3%A1lia-gm543696188-9
7637341 Acessado em: 29/09/2023.
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2.5. Arquitetura Românica na Itália, Espanha, França e Grã-Bretanha
2.5.1. Itália
A igreja de San Zeno Maggiori foi construída no século XII, é dedicada a São Zeno, o
padroeiro da cidade de Verona, que teve seus restos mortais colocados na cripta da igreja, e
é um dos melhores exemplos de arquitetura românica presentes na Itália. Apresenta uma
fachada adornada com relevos de mármore, onde está presente sua portada e a rosácea em
sua parte superior, e em seu interior a presença de pinturas e esculturas.
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Figura 57: Interior e esculturas, Igreja de San Zeno, Verona, Itália
Fonte:
https://pt.dreamstime.com/interior-de-rom%C3%A2nica-basilica-san-zeno-maggiore-em-verona-do-rom%C
3%A2ntico-it%C3%A1lia-image236480140 Acessado em: 15/09/23.
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As paredes de tijolos, os frisos de arcadas cegas, os ornamentos primitivos e o campanário
revelam um estilo conhecido como Lombardo, no que se refere ao estilo de construção e à
ornamentação das igrejas românicas na Itália.
Construída entre o final do século XI e o início do XII, feita em tijolos sem ornamentos,
átrio enclausurado e fachada com dois níveis de telhado vazados por altos arcos redondos,
é uma basílica bastante austera e visivelmente antiga. Seu interior é marcado por alguns
avanços tecnológicos, com a forma dos arcos da nave descendo até os pilares de apoio, o
que liga o arco ao pilar, e o teto acaba articulando-se por meio das abóbadas nervuradas
transversais e diagonais.
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Figura 61: Igreja de Santo Ambrósio, Milão, Itália
Figura 62: Planta com nave central vista para leste, Igreja de Santo Ambrósio, Milão, Itália
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2.5.2. Espanha
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Fonte: Livro O Românico Arquitectura Pintura Escultura by Rolf Toman
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Essa igreja foi erguida entre 1029 e cerca de 1040, sua planta distingue-se pela sua
singular regularidade e luminosidade, com três tramos quase quadrados na nave central,
localizada por detrás do nártex que suporta a tribuna. Os braços do seu transepto são
curtos, que se une ao cruzeiro, contendo absidíolas elevadas; um coro situado por cima da
cripta e uma grande abside.
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Figura 69: Nave central com coro Figura 70: Parede da nave central
Sua configuração não fugia muito das outras igrejas. Nessa igreja a primeira seção
a ser construída foi a abside, cujas partes inferiores foram utilizados a pedra lavrada.
Ocorre uma mudança de material a partir de uma altura de três metros do solo, quase só se
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utilizando tijolos. O exterior da igreja deixa claro que a abside terá a mesma configuração
que as outras igrejas ao longo do caminho da peregrinação, ou seja, precisaria apresentar
uma estrutura semicircular e nas zonas superiores, construídas de tijolos, apresenta uma
rica distribuição de arcos de volta perfeita sobrepostos.
A sua impressionante torre neste caso trata-se de uma reconstituição, já que, a torre
original foi derrubada em 1949, sendo restaurado respeitando grande parte da sua forma
original e sua torre não se ergue sobre o cruzeiro, pois não possui transepto, sua planta é
retangular com sua entrada na lateral remetendo a basílica romana que tinha a entrada do
mesmo jeito.
2.5.3. França
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transepto e ábside semicircular. A igreja desempenhou um papel significativo na evolução
da arquitetura românica na França.
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como local de culto e peregrinação. É apreciada por sua beleza artística e valor histórico na
arquitetura românica francesa.
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Figura 79: Eva de Autun na Catedral de Saint-Lazare, Autun, França..
Fonte:
https://umpouquinhodecadalugar.com/europa/franca/a-basilica-de-vezelay-e-a-abadia-de-fontenay-caminhos-
da-borgonha/ Acessado em: 28/09/2023.
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Figura 81: Planta da Igreja de Sainte-Madeleine, Vézelay, França.
2.5.4 . Grã-Bretanha
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Porém, outro fato fez com que o Duque ficasse conhecido, A Batalha de Hastings.
A batalha aconteceu em 1066, com Guilherme liderando o exército de francos-normandos
e do outro lado, Haroldo II, o rei anglo-saxão liderando o exército inglês, ao final da
batalha as forças francos-normandas venceram a batalha e o Duque ficou conhecido como
Guilherme, o Conquistador, estendendo seu reinado até à Inglaterra. Ao chegar em novas
terras, o monarca reorganizou a Igreja católica e mandou construir várias igrejas e castelos,
pois as edificações anglo-saxãs eram pequenas e mal construídas. Na sua campanha de
construções, ele fundou mosteiros e notáveis catedrais, como nas cidades de Canterbury,
Durham, Winchester, Norwich, entre outras.
A Catedral de Saint Cuthbert, em Durham, foi construída entre 1093 e 1133, sob
comando de bispos normandos e chama atenção até os dias de hoje por sua preservação,
grandiosidade e por conter vários extensivos de abóbadas nervuradas, com duas torres na
fachada oeste e uma torre de Cruzeiro, deixa em evidência a construção que está sobre
uma colina. Na planta original, era uma basílica com transeptos, mas também houve uma
reconstrução da abside no período Gótico. Em meio às construções das nervuras, os
pedreiros usavam-a para levantar as vedações das abóbadas, deixando-as com aspecto mais
fino. A Catedral possuía um aspecto mais pesado, devido a falta de ornamentos, os únicos
que existem, são apenas desenhos em formatos geométricos que foram moldados nas
próprias colunas, sendo assimilados com os entrelaçados dos vikings e mais tarde, este
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estilo de abóbadas desenvolvidas pelos normandos, foi um elemento muito notável nas
construções do período Gótico.
46
Figura 86: Planta Baixa Catedral de Durham, Inglaterra
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artesanal - para trazer mais iluminação aos espaços interiores de construções - foram
utilizados para diversas construções das cidades românicas. Em regiões como Toscana e
Lombardia, na Itália, edificações denominadas: casa-torre, a residência do povo rico,
possuía guarda privativa que ficavam postos sobre a parte mais alta destas casas e San
Gimignano, na Itália, destacou-se por ter 60 casas-torre durante esse período.
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Figura 89: San Gimignano, Itália.
2.6.1. Civis
● Residências Urbanas
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Com o desenvolvimento do comércio nos séculos XI e XII, vai- se constituindo
uma sociedade burguesa que é composta não só de viajantes, mas também por
outra gente fixada permanentemente nos centros onde o tráfico se desenvolve:
portos, cidades de passagem, mercados importantes, vilas de artesãos, etc.
Estabelecem-se nestas cidades pessoas que exercem os ofícios requeridos pelo
desenvolvimento dos negócios: armadores de barco, fabricantes de aparelhos de
velejar, de barris, de embalagens diversas, e até geógrafos que desenham os
mapas marítimos, etc. A cidade atrai, por conseguinte, um número cada vez
maior de pessoas do meio rural que encontram ali um ofício e uma ocupação
que, em muitos casos, os liberta da servidão do campo.
As casas podiam ser térreas, mas também podiam ter mais de um pavimento e
nesses casos, a parte do térreo funcionava como comércio próprio ou alugado. Porém,
havia casos de casas com mais de um piso que não utilizavam o imovel para fins
comerciais, como é o caso de uma casa localizada em Cividale del Friuli, na Lombardia.
As casas possuíam balanços com peças de madeira, as telhas eram de cerâmica capa-canal
e ficavam sobre estrutura de madeira.
● Casas-Torre
A Casa-Torre tratava-se das residências dos senhores mais ricos, possuíam esse
nome, pois nas torres os guardas ficavam de prontidão para quê pudessem avistar possíveis
invasões. Lombardia, Toscana e San Gimignano (Itália), foram as mais conhecidas por
terem várias Casas-Torre, mas foi San Gimignano que destacou-se, sendo conhecida como
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Manhattan Medieval, fazendo uma alusão aos grandes arranhas-céus. Outras cidades como
Bolonha e Pavia, ainda na Itália, possuíam esse estilo de edificação, mas sua configuração
era invertida e a parte que ficava a habitação eram os pavimentos inferiores. Os materiais
mais comuns eram: pedra ou tijolo.
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Figura 94: Torre da universidade de Pavia, Itália.
● Castelos
O castelo era a principal edificação dos feudos, nele o senhor feudal, sua família e
seus empregados moravam. Bem como na ficção, os castelos eram protegidos com
muralhas, fosso, pontes levadiças e torre de vigia, além possuir um corpo central onde
ficavam os aposentos. Os castelos ficavam localizados em terras altas que ficavam
próximas de fontes de água e na Irlanda está a maior parte do acervo de castelos.
52
Figura 96: Warwick Castle, Inglaterra - 1063
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clássicas com capitéis coríntios, com espessura das paredes de 4,09 metros na base e 2,48
metros no topo. A altura da torre varia de 55,86 metros na parte mais baixa a 56,70 metros
na parte mais alta.
Adjacente à Torre de Pisa encontra-se a Catedral de Pisa, uma notável estrutura que
combina elementos arquitetônicos românicos e góticos, apresentando uma fachada
ornamentada com relevos esculpidos. O interior da catedral é decorado com afrescos e
obras de arte notáveis.
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Figura 100: Planta da Catedral de Pisa, Itália.
O Batistério de São João, um edifício circular vizinho, coberto por uma cúpula,
possui 54,86 m de altura e uma circunferência de 107,24m, sendo a maior construção em
seu gênero em toda a Itália.
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Figura 102: Piazza del Duomo, "Praça dos Milagres", Itália.
3. Considerações finais
56
Referências Bibliográficas
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