Você está na página 1de 5

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMIÁRIDO

CAMPUS MULTIDISCIPLINAR DE PAU DOS FERROS

CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO

DOCENTE: ANNA CRISTINA ANDRADE FERREIRA

FÁBIO WÍGENES FERNANDES VIEIRA

A INDUSTRIALIZAÇÃO E A CIDADE: O ARRANHA-CÉU COMO TIPO E


SÍMBOLO

COMO O ARRANHA-CÉU SE TORNOU A PRINCIPAL TIPOLOGIA NA


ORGANIZAÇÃO DA CIDADE MODERNA

Pau dos Ferros

2021.1
A industrialização e a cidade: o arranha-céu como tipo e símbolo

Como o arranha-céu se tornou a principal tipologia na organização da cidade


moderna

Análise do texto, arquitetura moderna de William J. R. Curtis, no capítulo


dois a industrialização e a cidade: o arranha-céu como tipo e símbolo, tem como
objetivo explicar como o arranha-céu se tornou a principal tipologia na
organização da cidade moderna.

na Europa, essa nova arquitetura surgiu de suas motivações, tensões e


até e suas invenções de normas. já na América do Norte era um pouco diferente,
pois suas ideias eram mais recentes e muitas vezes importadas de outros
lugares. em ambos os casos os grandes centros urbanos se expandiram suas
constantes e crescentes buscando uma cidade mais eficiente, seguindo os
preceitos do capitalismo. a industrialização mudou o tamanho a forma e como
as edificações se relacionam causando uma certa repetitividade como nas
favelas da época, as ferrovias, as fábricas e os arranha-céu.

no século 19 existia péssimas condições de vidas, surgiu a ideia de


reorganizar a cidade moderna de modo que funcionasse perfeitamente. o palácio
de Cristal feito em 1850, foi uma enorme construção feita em ferro fundido e
vidro, construído para exibir os eventos e
produtos de poderes econômicos.
combinava o natural o tradicional e o
mecânico somando-se a riqueza dos
materiais conciliando a engenharia com
arquitetura para obter o resultado da
imagem apresentada.

Fonte: specialevents: História: Crystal Palace, 1851 – 1936

Um dos fatores que também demonstram essa luta para conciliar a


engenharia e a arquitetura são os edifícios comerciais produzidos no Estados
Unidos no fim do século 19. era necessário a construção de edifícios que fossem
rápidos de levantar flexíveis e também fossem à Prova de Fogo. inicialmente a
grande proliferação dessas edificações foi em Chicago, na época ela era uma
cidade que representava fortemente o capitalismo e com o desejo de todas as
pessoas estarem concentradas no centro comercial e de aproveitar o máximo do
lote do terreno retangular a cidade começou a crescer pra cima.

havia um problema na identidade dos arranha-céus porque o país tinha


se tornando colonial ele havia importado estilos europeus desde o início e
adaptou gradualmente a sua cultura ao seu local e a suas condições. com essa
falta de Cultura surgiu o arquiteto Henry Hobson Richardson, com um ar
modernista, porém ele tem uma sensibilidade histórica e cultural, ele foi o
primeiro de uma fila de arquitetos orgulhosamente norte-americanos que incluiu
Luis Sullivan e Frank Lloyd Wright, formavam a conhecida Trindade da
arquitetura Americana.

Sua principal contribuição para arquitetura


norte-americana foi a Marshal Field Wholesale
Store, foi construída em Chicago, ele conseguiu
construir um edifício monumental e ao mesmo
tempo conseguir atingir certa objetividade e
funcionalidade e seguir os valores culturais norte-
americanos. se posicionando entre a era das
máquinas e dos ofícios.
Fonte: wikipedia : Marshall_Field_Warehouse_Store

Richardson pregava a cultura americana como enobrecer a civilização


industrial, o edifício Auditorium de Chicago,
feito por Luis Sullivan foi um dos vários que
seguia as ideias pregadas por Richardson.
esse é difícil foi um trabalho de transição que
Sullivan estava em busca de um novo meio de
construção, ele buscava a divisão do bloco em
base, meio e topo além da concentração de
linhas em forças verticais.
Fonte: wikipedia : Auditorium_Building

O edifício Moadnock, de Jonh Wellbron Root, no seu


projeto foram utilizadas pedras de tijolos colossais havia
também um contraventamento lateral em aço e estabilizar a
edificação contra ventos fortes. Formando uma interação entre
os planos de vidro e alvenaria simples. Root tem uma visão além
da cidade capitalista ele queria projetar uma estrutura simples,
com estabilidade e amplitude.

Fonte: wikipedia : Edifício Monadnock

Fonte: wikipedia : Arquivo: 2010-03-03 1872x2808 chicago reliance building.jpg

Outro projeto de Root, foi o edifício Reliance, o


projeto se baseava em considerações práticas, como a
obtenção de iluminação máxima, e o aumento de áreas de
escritório é obtida com lajes em balanços.

Além de Root, Luis Sullivan também era muito


interessado na teoria, na qual a fundamentação deveria ter
identidade inerente e específica na luta por uma expansão
direta e honesta. O edifício deveria ter base, meio e topo
onde ele deveria ter uma ênfase vertical. Sullivan propôs a
redefinição básica de pilastras ou de colunas clássicas. ele remete ao
neoclassicismo que foi muito marcante no início do século 19.

Sullivan não acentuou em utilizar a estrutura como


principal objetivo, podemos citar como exemplo o edifício
Wainwright, onde algumas das pilastras eram
desnecessários, o edifício não se baseava em uma trama
estrutural, mas sim em sua plástica com impulso de uma
forma vertical. Ele queria reforçar a força e o poder da
altura, ressaltando a sua grandiosidade.
Fonte: wikipedia : Edifício Wainwright

Além das edificações citadas, Sullivan também projetou


o edifício Guaranty, ele apresenta uma certa transparência,
muito disso pelo seu pavimento território, na qual suas colunas
eram cilíndricas e possuem uma certa independência do prédio
como todo.

Fonte: wikipedia : Edifício Prudencial (Garantia)

Os arquitetos de Chicago, focaram as suas preocupações aos arranha-


céus em si, porém, esqueceram que as ruas ao seu entorno ficavam cada vez
mais cavernosos, barulhentas e sujas. Até de então os arranha-céus tiveram
papéis centrais nas cidades industriais que viram a surgir, Chicago foi um grande
contribuinte para o desenvolvimento dessa arquitetura moderna.
Referencias;

CURTIS, William. Arquitetura Moderna Desde 1900. 3ª edição.


Bookman, 13 março 2008.

Você também pode gostar