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THAAC

REVISÃO MOVIMENTO MODERNO


RUPTURA COM O MOVIMENTO MODERNO

Arquiteta (Ma.) Lívia Maria Gonçalves Porto


O QUE É MOVIMENTO PÓS-
MODERNO?
MOVIMENTO PÓS-MODERNO

Definição: Movimento em resposta à era digital que trouxe uma expansão dos
meios de comunicação, aumento do poder de consumo, grande produção de signos
e imagens e mudança na estrutura do sentimento da sociedade (HARVEY, 1992).

Tem como característica principal a adequação da arte a sociedade pós industrial.


Fazendo uma ruptura de algumas ideias modernistas como a produção em larga
escala, racionalidade e funcionalidade. (HARVEY, 1992).
MOVIMENTO PÓS-MODERNO

A simplicidade da arquitetura moderna começa a ficar desatualizada. O espaço pós-


moderno é caracterizado por ser complexo, fragmentado e ambíguo.
CARACTERÍSTICAS ARQUITETURA PÓS-
MODERNA

• Arquitetura integrada aos desejos de uma sociedade do consumo;

• Sociedade efêmera, fragmentada e pluralista;

• Complexidade das edificações;

• Uso de referenciais históricos;

• Valorização do usuário e escala humana;

• Valorização da heterogeneidade e diferença como forças libertadoras da redefinição do


discurso cultural;

• Justaposição de elementos;

• Contextualismo (Relação novo e antigo);

• Rejeição da visão de mundo unitária incorporada ao modernismo;


PLANEJAMENTO HUMANISTA- CRÍTICAS
MODERNISMO
“Era a hora, diziam os autores, de construir para as pessoas, e não para os homens. As
torres de vidro, os blocos de concreto e as lajes de aço que pareciam destinadas a
dominar todas as paisagens urbanas, denunciando todo ornamento como crime, todo
individualismo como sentimentalismo, foram progressivamente sendo substituídos por
blocos-torre ornamentos, praças medievais e vilas de pesca de imitação, habitações
projetadas para a necessidades dos habitantes, fábricas e armazéns renovados e
paisagens de espécie reabilitadas, tudo em nome da defesa de um ambiente urbano mais
“satisfatório”. “
(HARVEY, 2014)

“Hoje em dia, é norma procurar estratégicas “pluralistas” e “orgânicas” para a


abordagem do desenvolvimento urbano como yma “colagem” de espaços e misturas
altamente diferenciados, em vez de perseguir planos grandiosos baseados no zoneamento
funcional de atividades diferentes. A “a cidade colagem” é agora o tema, e a
revitalização urbana substituiu a vilificada “renovação urbana”. (HARVEY, 2014)
PLANEJAMENTO HUMANISTA- CRÍTICAS
MODERNISMO

• Jane Jacobs
• Jornalista Norte Americana
• Ficou conhecida mundialmente pela publicação do
livro: Morte e vida nas grandes cidades em 1961
• Defendia o planejamento das cidades humanista e
criticada a cidade produto do modernismo.
PLANEJAMENTO HUMANISTA- CRÍTICAS
MODERNISMO

• Para Jacobs: As cidades contemporâneas não deveriam sofrer novas e


devastadoras renovações urbanas segundo os princípios equivocados do
movimento moderno, e sim ser alimentadas como os espaços vitais e atraentes
que realmente são.
PLANEJAMENTO HUMANISTA- CRÍTICAS
MODERNISMO

• Christopher Alexander
• Nasceu em Viena em 1936
• É arquiteto, urbanista. Foi um dos críticos da
arquitetura moderna, apontando para desagregação
social causada por ela.
• Em sua obra conhecida mundialmente:: Ensaio sobre a
Síntese da Forma, abordou temas de metodologia de
projeto arquitetônico. A metodologia geral se baseia no
esforço inicial de ajuste entre forma e conceito: “A forma
é a solução para o problema; o contexto define o
problema.” (Alexander, 1971).

 
PLANEJAMENTO HUMANISTA- CRÍTICAS
MODERNISMO

O modernismo adquiriu vida após a


Segunda Guerra Mundial,
principalmente nos Estados Unidos,
onde a estética polida, mecânica e
sem ornamentos voltou-se para
tecnologias como as estruturas de
aço e paredes de vidro para
produzir grandes arranha-céus no
cenário das cidades.  

Seagram Building projetado por Mies


van der Rohe, 1958
PLANEJAMENTO HUMANISTA- CRÍTICAS
MODERNISMO

“Os custos reduzidos e a construção


mais rápida tornaram os prédios
modernistas atraentes para
incorporadores e administradores
urbanos, que aproveitaram para
remodelar o centro das cidades nas
décadas de 50 e 60, quando a classe
média norte- americana fugiu para
os subúrbios. “

Chase Manhattan Plaza / SOM, 1961


ARQUITETURA PÓS-MODERNA

FONTE: TABELA HARVEY (2014, P.48)


ARQUITETURA PÓS-MODERNA

Essa multiplicidade de exemplos, distantes no


tempo e no espaço vai contribuir para a
singularidade da casa e falar de sua importância,
como repositório de um amplo léxico de imagens
da arquitetura doméstica, resgatando a
representação necessária de segurança e
continuidade

“Já foi dito que a casa da minha mãe parece o


Casa Vanna Venturi por Robert Venturi, 1962
desenho de uma criança – representando os
elementos fundamentais de abrigo: telhado
inclinado, chaminé, porta e janelas. Eu gosto de
pensar que é assim, que lhe atribuiu uma nova
essência, aquela do gênero que a faz casa e a faz
elemental.”
ARQUITETURA PÓS-MODERNA

Piazza d'Italia de Charles Moore, 1978


ARQUITETURA PÓS-MODERNA

AT&T building philip johnson, 1984


ARQUITETURA PÓS-MODERNA

Pirâmides do Louvre (1984), Ieoh Ming Pei - Contextualismo


ARQUITETURA PÓS-MODERNA

mastodontes erguidos no parque Walt Disney


World- Michael Graves Architecture & Design-
1970
ARQUITETURA PÓS-MODERNA

•Arquitetos:Éolo
Maia e Sylvio de Podestá
•Ano: 1992
•Área construída: 1460 m²
•Área do terreno: 620 m²
•Endereço: Praça da
Liberdade Belo Horizonte
Brasil

https://www.archdaily.com.br/br/01-
15674/classicos-da-arquitetura-mus
eu-de-mineralogia-professor-djalma
-guimaraes-eolo-maia-e-sylvio-de-p
odesta

MUSEU DE MINERALOGIA – BH- RAINHA DA SUCATA


CIDADE PLANEJADAS: ORIGENS: planejamento
Urbano ortodoxo

• A rua é um lugar ruim para os seres humanos


• As casas devem estar afastadas delas e voltada para dentro, com uma área
verde cercada;
• A unidade básica do traçado urbano não é a rua e sim a quadra ou
superquadra;
• O comércio deve ser separado das residências e áreas verdes;
• Um bom planejamento urbano deve almejar pelo menos a ilusão de isolamento
e privacidade, como num subúrbio;
ESTUDO DE CASO, MORNINGSIDE HEIGHTS

A área do Morningside Heights, na cidade


de Nova York, possui extensas áreas livres
distribuídas em playgrouds, gramados,
campus. Está num terreno elevado, com
uma bela vista do rio. Com pelo menos três
instituições de ensino respeitáveis,
hospitais e igrejas. Não tem indústria e o
zoneamento é bem definido, evitando “usos
incompatíveis”. Mesmo assim, rapidamente
a área se transformou numa zona de
cortiços do tipo que fazem as pessoas temer
as ruas. Parte da área degradada foi
demolida e construíram um Shopping
Center e um conjunto habitacional com
áreas livres e paisagismo agradável. Depois
disso, a área decaiu mais ainda.(JACOBS)
ESTUDO DE CASO, MORNINGSIDE HEIGHTS

Morningside Heights em  1926


ESTUDO DE CASO, MORNINGSIDE HEIGHTS

Prédios residenciais na rua West 116th, opostos a Columbia University, 2005.


ESTUDO DE CASO, MORNINGSIDE HEIGHTS

“ As necessidades dos
automóveis são mais facilmente
compreendidas e satisfeitas do
que as complexas necessidades
das cidades, e um número
crescente de urbanistas e
projetistas acabou acreditando
que, se conseguirem solucionar
os problemas de trânsito terão
solucionado o maior problema
das cidades.... Como saber que
solução dar ao trânsito antes de
saber como funciona a própria
cidade e de que mais ela
necessita nas ruas? É
impossível.” (JACOBS)

COLUMBUS AVENUE.
ESTUDO DE CASO
PLANEJAMENTO HUMANISTA- CRÍTICAS
MODERNISMO

• Christopher Alexander
• Nasceu em Viena em 1936
• É arquiteto, urbanista. Foi um dos críticos da
arquitetura moderna, apontando para desagregação
social causada por ela.
• Em sua obra conhecida mundialmente:: Ensaio sobre a
Síntese da Forma, abordou temas de metodologia de
projeto arquitetônico. A metodologia geral se baseia no
esforço inicial de ajuste entre forma e conceito: “A forma
é a solução para o problema; o contexto define o
problema.” (Alexander, 1971).

 
PLANEJAMENTO HUMANISTA- CRÍTICAS
MODERNISMO

O modernismo adquiriu vida após a


Segunda Guerra Mundial,
principalmente nos Estados Unidos,
onde a estética polida, mecânica e
sem ornamentos voltou-se para
tecnologias como as estruturas de
aço e paredes de vidro para
produzir grandes arranha-céus no
cenário das cidades.  

Seagram Building projetado por Mies


van der Rohe, 1958
PLANEJAMENTO HUMANISTA- CRÍTICAS
MODERNISMO

“Os custos reduzidos e a construção


mais rápida tornaram os prédios
modernistas atraentes para
incorporadores e administradores
urbanos, que aproveitaram para
remodelar o centro das cidades nas
décadas de 50 e 60, quando a classe
média norte- americana fugiu para
os subúrbios. “

Chase Manhattan Plaza / SOM, 1961


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

JENKS, Charles he language of post-modern architecture. Londres, Academy Edition, 1981.


HARVEY, David (1989), A CONDIÇÃO PÓS-MODERNA. Oxford, Blackwells, 1989.
PORTOGHESI. Paolo. Depois da arquitetura moderna. São Paulo: Martins Fontes, 2002

IMAGENS: www.archdaily.com.br

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