Você está na página 1de 22

REGIONALISMO CRÍTICO:

ARQUITETURA MODERNA E
IDENTIDADE CULTURAL.
"O termo Regionalismo crítico
não pretende denotar o vernáculo
do modo como este foi, outrora,  O Regionalismo crítico é uma abordagem arquitetural que tenta
produzido espontaneamente pela remediar a indiferença em relação ao lugar onde está situado o
interação combinada de clima, objeto arquitetural moderno. Através da utilização das forças do
cultura, mito e artesanato."
contexto, visando enriquecer a significação da arquitetura.
 O conceito de uma cultura local ou nacional é uma proposição
paradoxal, não apenas devido a atual e óbvia antítese entre
cultura de raiz e civilização universal, mas também porque
todas as culturas, tanto antigas quanto modernas, parecem ter
dependido para seu desenvolvimento intrínseco, de uma certa
fertilização cruzada com outras culturas.
 Ricoeur sugere que manter qualquer tipo de cultura autêntica
no futuro irá depender, em última instância, de nossa
capacidade de gerar formas vítais de cultura regional enquanto
nos apropriamos de influências estrangeiras tanto no plano da
cultura quanto no da civilização.
 Um caso exemplar de regionalismo explicitamente anticentrista
foi o movimento nacionalista catalão, que surgiu com o Grupo
R em Barcelona em 1952, liderado por J. M. Sostres e Oriol
Bohigas, o grupo viu-se emaranhado desde o início, em uma
situação cultural complexa. Por um lado, via-se obrigado a
reviver os valores e procedimentos racionalistas e antifascista
do GATEPAC ( a ala espanhola pré-guerra dos CIAM), por
outro estava consciente da responsabilidade política de evocar
um Regionalismo realista acessível a população em geral.
 Os diversos impulsos culturais que constituíram este
Regionalismo heterogêneo tende a confirmar a natureza
inevitavelmente híbrida da cultura regional moderna.
 A carreira do arquiteto Barcelonês J. A. Coderch foi
tipicamente 'Regionalista' uma vez que oscilou, até tempos
recentes, entre uma alvenaria genuína mediterraneizada e
moderna, formulada pela primeira vez em seu bloco de
apartamentos ISM de oito andares construído em Barcelona no
Paseo Nacional em 1951 ("tradicionalmente" articulado como a
Casa Borsalino, com venezianas de alto a baixo e finas e
salientes cornijas) e a composição vanguardista, neoplásticas e
miesiana de sua Casa Catasus construída em Sitges em 1956.
 O Regionalismo manifestou-se, sem dúvidas, em outras regiões
das Américas. No Brasil na década de 1940, nas primeiras
obras de Oscar Niemeyer e Affonso Reidy, na Argentina.
 Talvez ninguém tenha expressado com maior intensidade a
ideia de um Regionalismo crítico que Harris em Regionalismo
e Nacionalismo, uma palestra que realizou pela primeira vez
perante o conselho regional do noroeste da AIA em Eugene,
Óregon, no ano de 1954. Foi nessa oportunidade que ele
adiantou pela primeira vez sua diferenciação bem sucedida
entre Regionalismo restrito e Regionalismo liberado.
 Na Europa a obra do Arquiteto Gino Valle pode ser considerada
Regional, tendo em vista que sua carreira sempre ficou
centralizada na cidade de Udine. Além de sua preocupação com
a cidade, Valle realizou uma das primeiras reinterpretação pós-
guerra do vernáculo rural da Lombardia em sua casa Quaglia,
construída em Sutrio entre 1954-1956.
 Certamente, é bastante compreensível que na Europa, onde os
vestígios da cidade-estado ainda estavam muito vivos, tal
impulso regionalista emergisse espontaneamente depois da
segunda guerra-mundial.
 Com suas intrincadas fronteiras linguísticas e sua tradição
cosmopolita, a suíça sempre apresentou fortes tendências
regionalistas.
 A respeito da compatibilidade entre o racionalismo e a
arquitetura rural, Sartoris escreveu: "A arquitetura rural com
suas características essencialmente regionais está perfeitamente
a vontade com o Racionalismo contemporâneo.
 Alguns arquitetos modernos seguiram o caminho do Team-X.
 Buscaram desenvolver uma linguagem contemporânea.
 Esse esforço pode ser interpretado, em parte, como uma reação
O à homogeneização cultural gerada pela facilidade de
comunicação, viagens mais constantes e mais rápidas e à
REGIONALIS onipresença da mídia de massa.

MOMODERN  Projetistas regionais mais talentosos: Baseiam-se em valores

O locais, tradições de construção e linguagens formais.


 Sensíveis às condições do terreno.
 Enriquecem suas propostas de projeto (princípios modernos de
composição, novas tecnologias e consciência social ampla).
 1902-1988. Guadalajara, México.
 Visão poética.
 Projeto contextualizado que incorporava materiais de construção
mexicanos tradicionais e usava a água de maneira muito positiva.

LUÍS  EL PODREGAL (1945-1950)

BARRAGÁN  Casas com paredes de lava foram compostas por planos tantos
brancos quanto muito coloridos, que proporcionavam
privacidade, enquadram o céu com frequência e unem o espaço
interno com a paisagem.
 A obra é extraordinariamente atemporal e extremamente pessoal.
 1943.
 Remete o racionalismo de Aldo Rossi.
 Produzira um conjunto de trabalhos no qual as casas se destacam.
 CASA – 1973. (Uma vila no sentido mais tradicional)
 Monte San Geórgia- Ticino, Suíça.

MARIO  “Máquina no jardim”.

BOTTA
 Cubo pesado de alvenaria.
 Acessado por uma penetrante passarela de perfis a aços leves que fica em um pico negado nos Alpes
Suíços.
 Geometria de volumes simples.
 Detalhamento rico.
 1933.
 Criou um projeto para o Centro Galego de Arte Contemporânea.
 CENTRO GALEGO DE ARTE CONTEMPORÂNEA - (1985-1992) .
 Santiago de Compostela, Espanha.
 Incorpora a fusão modernista de espaço – dominante desde sua introdução na arquitetura do início do
século XX põe artistas cursistas, futuristas e construtivas.

ÁLVARO
 O centro reflete sua inserção particular em uma cidade cuja rica tradição de ponto de peregrinação
remete à Idade Média.
 Compôs os volumes simples e abstratos aos pares, interseccionando-os, ressaltando suas composições

SIZA e deixando uma faixa de circulação entre eles.


 Usou granito local aplicado, em um padrão malhado que se relaciona harmoniosamente com as
paredes de alvenaria cobertas de líquen do entorno.
 Projetou várias edificações para a cidade portuária portuguesa de Laça da Palmeira.
 No litoral onde há formações rochosas, Siza construíra com concreto, estuque, tábuas e peças pesadas
de madeira, bem como telha dr terracota.
 Contraste entre as superfícies planas brancas e frias.
 Acabamentos quentes do interior assemelha-se às casas projetadas por Alvar Alto na década de 1930.
 A implantação orgânica do arquiteto português aproxima-se da de Charles Moore, no Sea Ranch, ou
da obra de Frank Lloyd Wright.
• Samuel Mockbee – (1944 – 2001)
• Transferiu seu escritório de arquitetura, da Cidade de
Jacson, no Mississippi para um “fim de mundo”, o
Condado de Hale no centro-oeste do Alabama.
• Ali criou o Rural Studio.
• Reuniu estudantes de arquitetura da Auburn University e
orientou-9s na produção de um pequeno universo de
edifícios autênticos e até nobres, usando com frequência
materiais recicláveis.
SAMUEL • Mockbee reuniu patrocínio universitário, assistência dos
serviços sociais do Estado e de contribuições
MOCKBEE E particulares e de fundações.
• RURAL STUDIO – 1993.
O RURAL • Residência com paredes de fardos de feno.
• Edifício estudantil construído com papelão corrigido
STUDIO comprimido e parcialmente revestido de placas de
automóveis velhos.
• Construções anônimas e ao mesmo tempo extremamente
pessoais.
• Para Mockbee, suas plantas baixas são pouco
importante. Por isso, raramente aparecem nas
publicações das obras do Rural Studio.
 CENTRO COMUNITÁRIO.
 Paredes feitas de pilão.
 Telhado de estanho facetado com para-brisas de automóveis Chevrolet Caprice.
 Parece um sítio arqueológico escavado com uma nova marquise protetora.
 CAPELA.
 Situada em um pequeno penhasco.

CENTRO  Possui telhado em forma de sela inspirado nas coberturas de celeiros em ruínas do

COMUNITÁRIO
entorno.
 As paredes são compostas principalmente por pneus doados recheados de terra e de
E barras de reforço, enrolados com telas de arames, assentados como alvenarias e

CAPELA
cobertos com reboco.
 Logo após cruzarem uma manjedoura de gados, os visitantes passam por um
pequenos cânion de pneus antes de entrar na CAPELA longitudinal.
 A mesma é coberta por um telhado com estruturas de capelas criadas por Faye
Lones, arquiteta do Arkansas.
 A luz entra por uma claraboia contínua.
 Na extremidade, depois do altar feito de ferro velho, o espaço se insere na paisagem.
 O edifício inteiro custou 15 mil dólares.
 Predomínio das construções de madeira e a escassez de

O edifícios grandes.
 Embora tais condições tenham mudado após a Segunda Guerra
MODERNISM Mundiak, os arquitetos teriam que enfrentar como conciliar os

O NO JAPÃO valores, e os princípios japoneses tradicionais com as


realidades políticas, econômicas e tecnológicas modernas.
 1913 – 2005.
 Se destacou cedo com o projeto vencedor do concurso para o Centro da
Paz de Hiroshima, em 1949.
 Trabalhou mais frequentemente com o concreto armado.
 Demonstrou preferências iniciais evidentes pela obra de Le Corbusier.
 Desenvolveu na época em que projetou a Prefeitura de Kurashiki (1957 –
1960), um estilo pessoal que expressava continuidade e inovação.

KENZO
 Propunha a reconstrução do país conforme linhas democráticas.
 A Catedral de Santa Maria e o Complexo de Esportes Olímpicos em

TANGE
Tóquio, são estruturas suspensas nas quais Tange conseguiu definir
sequências de entrada e movimentação.
 Criou espaços elevadíssimos por meio de respostas lógicas às leis da
física.
 Ao mesmo tempo respeitou a linguagem da arquitetura formal e
tradicional do país.
 Explorou um tipo de arquitetura mecanicista capaz de crescer e mudar.
 Um grupo de jovens arquitetos japoneses, os “Metabolistas”, deu
continuidade à essa linha de investigação e propôs vastos esquemas
utópicos que dependiam de tecnologias transcendentes.
Casa
Gilard
Informações

Arquiteto autor: Barragan


O projeto foi feito em 1975 na
cidade do México
Proprietário: Martin Luque

Localização: BY RESERVATION ONLY, Calle Gral.


Antonio León 82, San Miguel Chapultepec I Secc,
Miguel Hidalgo, 11850 Ciudad de México, CDMX,
México
CORTES
NOMES DAS INTEGRANTES

Ana Júlia Okumura


Yasmin de Souza Mendes
Joelma Santos Silva

Fontes : BARRAGÁN FOUNDATION. Life and works. Disponível em:


<http://www.barragan-foundation.org/>. Acesso em: 25.maio.2012.

Você também pode gostar