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Fichamento A – Regionalismo Crítico | Autor: Kenneth Frampton

Aluno: Pedro Henrique Soares | RA: F033GA1 | Data: 29/04/2020

Turma: AU3P17 | Disciplina: THAU ARQ | Período: Noturno | Unidade: Sorocaba

- Universalização, uma destruição sutil do núcleo criativo das culturas e civilizações.


Impressão de um desgaste dos recursos culturais dessa civilização, como se a humanidade
tivesse que descartar o passado cultural para entrar na rota da modernidade.

- Necessidade de encarar a cultura regional com autoconsciência, para preservar a cultura


mundial, já que cada cultura é intrínseca a outra, levando em conta que cada cultura parece
ter uma certa fertilização com outras culturas.

- Preocupação com a cultura mesmo com avanços tecnológicos, como no projeto de Jorn
Utzon, Igreja Bagsvaerd, construída em 1976, com uma combinação de montagem
modular em uma abóboda moldada in-situ.

- Além do diálogo das partes moduladas e a abóboda moldada apresentarem essa


autoconsciência da cultura regional, a abóboda tem um papel simbólico, com uma
iluminação superior, lembrando uma presença religiosa.

- Movimento nacionalista catalão também mostrava isso, uma necessidade de reviver o


regionalismo, porém, também reviver os valores racionalistas.

- Na década de 1940, o regionalismo se manifestava também nas Américas, nas obras de


Oscar Niemeyer, Affonso Reidy, Amancio Williams e muitos outros.

- Na América do Norte, as casas projetadas por Andrew Batey e Mark Mack, para a região
de Napa Valey na California mostram um regionalismo contemporâneo atípico. Harry
Wolf também representou esse movimento, com uma abordagem metafórica, em seu
projeto para o concurso da Riverfront Plaza de Fort Lauderdale em 1982, onde queria
contar a história da cidade através da insolação, estudando a 26ª linha latitudinal em torno
do globo, e outros pontos históricos localizados na mesma linha.
- Na Europa, por conta do pós-guerra, muitos arquitetos estavam aptos para contribuir
com a cultura de suas cidades. Entre eles, Ernst Gisel, Vittorio Gregoti, Sverre Fehn e
outros.

- Suíça sempre apresentou fortes tendências regionalistas, uma obra considerada


iniciadora da resistência ao modernismo comercializado é a vila abobadada e
neocorbusiana de Dolf Schnebli, em Campione d’Italia, 1960. O movimento racionalista
italiano na Suíça, com o trabalho de Alberto Sartoris e de Rino Tami.

- A respeito da compatibilidade entre o Racionalismo e a arquitetura rural, Sartoris


escreveu: "A arquitetura rural com suas características essencialmente regionais está
perfeitamente à vontade com o Racionalismo contemporâneo. De fato, ela encarna na
prática todos os critérios funcionais sobre os quais os métodos de construção modernos
estão essencialmente fundamentados."(pág. 11)

- Capacidade de condensar o potencial artístico da região ao mesmo tempo que assimila


as influências externas.

- Tadao Ando, arquiteto japonês, com preceitos que se aproximam da ideia de


Regionalismo crítico. “O método que escolhi consiste em aplicar o vocabulário e as
técnicas desenvolvidos por um Modernismo aberto e universalista, num domínio fechado
de estilos de vida individuais e diferenciação regional.” (pág. 13)

- Na Grécia, segundo os arquitetos Dimitris e Susana Antonakakis,“o Regionalismo


historicista surgiu não só de uma guerra de libertação; emergiu a partir de Interesses de
desenvolver uma elite urbana separada do universo camponês e de seu
"subdesenvolvimento" rural, e também para criar um domínio da cidade sobre o campo:
daí o fascínio especial do Regionalismo historicista, baseado mais no livro do que na
experiência, com sua monumentalidade evocando outra elite distante e desamparada.”
(pág. 15)

- Surgimento do racionalismo na Grécia com obras de Aris Konstantinidis, na década de


1950, através de conjuntos habitacionais projetados para a organização nacional do
turismo de Xênia, feitos de concreto armado e uma pedra nativa.

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