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A NOVA REPÚBLICA
MODERNISMO
Chama-se de arquitetura modernista o conjunto de movimentos
e escolas arquitetônicas que caracterizaram a arquitetura produzida
durante grande parte do século XX – principalmente entre as décadas
de 20 e 60. Caracteriza-se pela utilização de tecnologia e materiais
novos, contrariando os estilos passados e apresentando uma beleza
simples e funcional por meio de volumes geométricos
simples e pouca ornamentação.
CONTEXTO A Primeira Guerra Mundial (1914-1918), evento
HISTÓRICO: que sacudiu o mundo.
A Segunda Revolução Industrial havia popularizado
grandes invenções, como a luz elétrica e o carro
movido a gasolina, além da produção em larga
escala de bens de consumo, acelerando o ritmo da
vida como um todo.
A Semana de Arte Moderna, realizada entre os
dias 13 e 18 de fevereiro de 1922, foi o evento que
deu visibilidade aos ideais modernistas.
As ciências avançavam: Einstein publicava sua
teoria da relatividade, em 1905, e Freud propunha
uma análise dos processos mentais, a psicanálise,
entre outras descobertas.
MODERNISMO
Acreditava-se que o arquiteto era um profissional responsável pela
correta e socialmente justa construção do ambiente habitado pelo
homem, carregando um fardo pesado.
AS METRÓPOLES: As cidades cresciam, graças à industrialização,
tornando-se grandes metrópoles.
Era o alvorecer de uma
nova era, com uma nova
mentalidade e maneira de
viver e perceber o mundo.
A arte, portanto, precisava
também se modificar para
ser capaz de apreender
essa postura atual da
modernidade.
BAUHAUS:
Pavimento térreo
Pavilhão do Brasil – Expo NY (1939):
Pavimento superior
O Movimento Moderno no Brasil toma um rumo diferente do resto
do mundo: A função deixa de ser o único ponto de partida,
aparecendo traços amorfos, curvados, sem resposta direta à lógica.
Ao ser questionado sobre arquitetura e suas formas, Niemeyer cita:
"Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível,
criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva
que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos
seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher perfeita! De curvas
é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein".
Niemeyer abandona o
funcionalismo exagerado
dos ideais modernos e
utiliza em suas obras
formas curvas mais livres,
que buscam a beleza, não
um resultado final com
base somente em sua
função.
Essas características ficam
evidenciadas no Conjunto
da Pampulha (1942-1943),
em Minas Gerais, nos
famosos edifícios de
Brasília, o Grande Hotel de
Ouro Preto (MG, 1940) e o
Parque do Ibirapuera (SP,
1951-1955).
CONJUNTO DA PAMPULHA:
Elas formam 5 abóbadas: duas principais que cobrem a ala central (nave)
e três secundárias, que envolvem a sacristia e os anexos.
IGREJA SÃO
FRENCISCO DE ASSIS:
Na entrada foi locado o
campanário com uma
marquise para protege-la,
seguindo (do lado esquerdo)
está o confessionário com
uma parede curva
acentuada e na extremidade
direita a escada de acesso
para o mezanino. Logo em
seguida o batistério, a nave
central e o púlpito são
rodeadas por painéis com o
tema paixão de cristo feitos
por Portinari. No segundo
volume da igreja se
encontra o palco, a sacristia,
a sala do padre e os
CASA DO BAILE:
É possível perceber como o
Niemeyer trabalhou de
forma inteligente as áreas
internas e externas, esses
cheios e vazios
possibilitaram que as obras
se inserissem tão bem na
paisagem compondo com o
paisagismo de Burle Marx.
CASA DO BAILE:
A casa de baile se localiza
em uma ilhota artificial,
acessada por uma ponte de
onze metros. Se destaca
pelas formas da fachada e
marquise sinuosa. Possui
um salão de 255m², um
auditório de 53 lugares com
recursos multimídia, salas
de apoio administrativo, ilha
digital com os acervos
documentais disponíveis a
pesquisadores e ao público
em geral.
CASA DO BAILE:
Na planta pode-se ver a
passarela principal com
acesso para um jardim com
escultura, do lado esquerdo
nós temos um palco para
apresentações e um
vestiário, do lado direito foi
locado a edificação principal
com um grande salão livre
com palco e área de apoio
que conta com a cozinha, os
banheiros e área para
funcionários.
CASA DO BAILE:
É possível perceber como o
Niemeyer trabalhou de
forma inteligente as áreas
internas e externas, esses
cheios e vazios
possibilitaram que as obras
se inserissem tão bem na
paisagem compondo com o
paisagismo de Burle Marx.
CASSINO:
O primeiro projeto a sair do
papel foi o Cassino, em
1943, também conhecido
como "Palácio de Cristal",
devido aos vidros
espelhados que ficam em
volta do prédio, e eles
tinham a intenção que se
tornasse um local de jogos
semelhante ao Palácio de
Quitandinha de Petrópolis e
ao Cassino de Urca, no Rio
de janeiro.
CASSINO:
A proposta era reunir
restaurantes e grandes
salões em um ambiente de
Entretenimento e Turismo
que atraísse a alta sociedade
da época.
O local foi fechado em 1946,
ano em que ficou proibido o
jogo no Brasil, e só reabriu
em 1957, já transformado
em Museu de Arte da
Pampulha- MAP, que
contém um conjunto com
mais de 1.400 obras.
CASSINO:
Essa é a planta: a entrada
principal com acesso livre ao
lobby e a recepção fica a
direito para ser feito o check
in, logo após a recepção
tem-se os banheiros, depois
do lobby tem o acesso para
o terraço com acesso para o
nível da pista de dança que
possui um depósito e áreas
de apoio. Ainda nesse
pavimento se encontra todo
o setor de vestiários e
camarins com acesso para
um pátio com escada de
serviços, sala do gerente e
sala de funcionários.
CASSINO:
Seguindo a projeção da pista
de dança foi locado no
andar superior o restaurante
com palco de
apresentações. Todo o setor
de serviços do restaurante
fica locado no lado
esquerdo. Na projeção no
lobby foi disposto o bar e
uma sala de jogos imensa
com banheiros. Nesse corte
é possível compreender
como funciona o jogo de
níveis do projeto. O lobby, a
sala de jogos, a rampa de
acesso, a pista de dança e o
restaurante.
IATE CLUBE:
Construído em 1942 e
tombado em 1994 pelo
Iphan, a arquitetura do Iate
Golf Clube remete a um
barco que se lança nas
águas da Pampulha.
Os jardins são de Roberto
Burle Marx.
IATE CLUBE:
Possui um acesso central
que distribui os fluxos para a
edificação rodeada por
varandas. No primeiro
volume se encontra um hall
com escada de acesso para
o andar superior, recepção,
escritório e primeiros
socorros. Já no segundo
volume se encontram os
vestiários femininos e
masculinos, lavanderia e
cabeleireiro seguidos pelo
Hangar. No pavimento
superior foi locada toda área
de lazer composta por salão,
cozinha, palco, restaurante e
um saguão de espera.
CASA KUBITSCHEK:
Casa que serviu de residência
de fim de semana do então
prefeito de Belo Horizonte,
Juscelino Kubitschek.
Com telhado em forma de
asa de borboleta e planos
inclinados, a residência foi
projetada de modo a
preservar ao máximo a
intimidade da família
Kubitschek, contando tanto
com recuo da casa para o
fundo do terreno, quanto
pelo jardim de Roberto Burle
Marx na entrada da
residência e da setorização
dos seus espaços internos.
CASA KUBITSCHEK:
A área social foi pensada
para abrigar as salas de estar,
de jantar e de jogos; já a área
de serviços, possuía cozinha,
banheiro e dependência de
empregados; e a área íntima,
mais reservada, possuía três
quartos.
BRASÍLIA – A NOVA CAPITAL
PLANO PILOTO
O plano urbanístico da
capital, conhecido como
“Plano Piloto”, foi elaborado
pelo urbanista Lúcio Costa,
que, aproveitando o relevo
da região, o adequou ao
projeto do lago Paranoá.
Muitos dos projetos que
fazem parte da cidade
atualmente foram elaborados
pelo arquiteto Oscar
Niemayer.
PLANO PILOTO
Brasília é uma cidade totalmente construída com
ideias modernistas, concebido em quatro escalas
estruturais:
• Monumental – que abriga a alma político-
administrativa do País;
• Gregária – representada por todos os setores de
convergência da população;
• Residencial – composta pelas Superquadras Sul
e Norte;
• Bucólica – que permeia as outras três, por se
destinar aos gramados, praças, áreas de lazer,
orla do lago Paranoá e aos jardins tropicais de
Burle Marx.
PLANO PILOTO
A arquitetura moderna
possibilitou que as casas se
tornassem ambientes mais
ventilados, iluminados e
que moradores pudessem
interagir mais com a parte
externa.
CASA MODERNISTA:
Lajes de Concreto Aparente.
Ambientes da Residência Modernista:
O interior se abre para o exterior
Setores: - Social;
- Íntimo;
- Serviço.
Conjunto Zezinho
Magalhães Prado, 1968,
Guarulhos, Arqs. Artigas,
Rocha e Penteado.
CONJUNTO A opção por blocos com edifícios coletivos
HABITACIONAL: também estava relacionada a visão política dos
que defendiam o aluguel – pago ao governo,
através de dedução no salário – e não a casa
própria, mais associada a casa isolada,
localizada em um terreno com quintal.
Os modernos produziram uma habitação
totalmente desvinculada da cultura e das
tradições brasileiras. A intenção era que a partir
das novas formas de tratar a habitação se
produzisse um novo jeito de morar, mudando o
comportamento dos habitantes, tornando-o
mais racional.
CONJUNTO Para elaboração dos projetos dos conjuntos
HABITACIONAL: habitacionais uma série de regras e normas
deveriam ser seguidas, sendo elas:
1- A construção de conjuntos urbanos
segregados do traçado urbano existente;
2- Construção em blocos;
3- Limite de altura de 4 pavimentos;
4- Construção em pilotis, mantendo o térreo livre;
5- Apartamentos duplex;
6- Utilização de conceitos de racionalização,
formando conjuntos autárquicos;
7- Articulação dos conjuntos com planos
urbanísticos;
8- Casa mobiliada.
Os conjuntos habitacionais pensados neste
momento buscavam, pela disposição dos
“a mulher obtém, desde apartamentos e da presença dos equipamentos
logo, a igualdade total dos coletivos, liberar a mulher trabalhadora das
direitos civis. A organização
comum das tarefas atividades do lar e estimular uma convivência
domésticas e a assunção mais intensa entre os habitantes.
pelo Estado da saúde e da
educação dos filhos
permitem-lhe trabalhar e ser
economicamente Nesse período de forte modificação social, a
independente”. arquitetura era entendida como uma ferramenta
de transformação dos hábitos e que estimularia
sentimentos de coletividade.
CONJUNTO Com uma visão geral, quatro grupos de conjuntos
HABITACIONAL: habitacionais foram feitos através dos IAPs:
1- implantação racionalista (blocos multifamiliares)
2- unidades de habitação (único bloco vertical)
3- cidade-jardim
4- casas unifamiliares, geminadas ou isoladas.
CONJUNTO
HABITACIONAL:
Conjunto habitacional
Cruzada São Sebastião (1955)
CONJUNTO
HABITACIONAL:
Conjunto Pedregulho
Os desenhos do arquiteto explicitam como as áreas comuns e os apartamentos
podem ser utilizados. Nos apartamentos, são demonstrados como pequenos
espaços devem ser ocupados: armário embaixo da escada, tanque de lavar roupa
no banheiro, máquina de costura no hall de acesso aos quartos. As imagens
descritas revelam a intenção do arquiteto em promover sua concepção sobre o
modo de morar moderno.
Conjunto Habitacional Marques de São Vicente (Minhocão) - 1952