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ARQUITETURA MODERNA

A NOVA REPÚBLICA
MODERNISMO
Chama-se de arquitetura modernista o conjunto de movimentos
e escolas arquitetônicas que caracterizaram a arquitetura produzida
durante grande parte do século XX – principalmente entre as décadas
de 20 e 60. Caracteriza-se pela utilização de tecnologia e materiais
novos, contrariando os estilos passados e apresentando uma beleza
simples e funcional por meio de volumes geométricos
simples e pouca ornamentação.
CONTEXTO A Primeira Guerra Mundial (1914-1918), evento
HISTÓRICO: que sacudiu o mundo.
A Segunda Revolução Industrial havia popularizado
grandes invenções, como a luz elétrica e o carro
movido a gasolina, além da produção em larga
escala de bens de consumo, acelerando o ritmo da
vida como um todo.
A Semana de Arte Moderna, realizada entre os
dias 13 e 18 de fevereiro de 1922,​​ foi o evento que
deu visibilidade aos ideais modernistas.
As ciências avançavam: Einstein publicava sua
teoria da relatividade, em 1905, e Freud propunha
uma análise dos processos mentais, a psicanálise,
entre outras descobertas.
MODERNISMO
Acreditava-se que o arquiteto era um profissional responsável pela
correta e socialmente justa construção do ambiente habitado pelo
homem, carregando um fardo pesado.
AS METRÓPOLES: As cidades cresciam, graças à industrialização,
tornando-se grandes metrópoles.
Era o alvorecer de uma
nova era, com uma nova
mentalidade e maneira de
viver e perceber o mundo.
A arte, portanto, precisava
também se modificar para
ser capaz de apreender
essa postura atual da
modernidade.
BAUHAUS:

A Bauhaus, foi uma escola


de arte vanguardista na
Alemanha, fundada por
Walter Gropius em 12 de
Abril de 1919. A Bauhaus
foi uma das maiores e mais
importantes expressões do
que é chamado
Modernismo no design e
na arquitetura, sendo a
primeira escola de design
do mundo.
Frases, vistas como a síntese do ideário moderno:

Menos é mais (“more is less", Mies Van der Rohe).


Forma segue a função ("form follows function", Louis Sullivan).
CARACTERÍSTICA • Rompimento com todos os padrões históricos
ARQUITETÔNICAS: anteriores;
A Arquitetura Moderna
• Racionalismo e funcionalismo em seus projetos;
Internacional teve grandes • Formas geométricas simples e puras;
nomes de referência. • Sem ornamentação;
Os mais influentes foram: • Separação entre estrutura e vedação;
• O uso do concreto armado, o aço e o vidro eram
- Mies Van der Rohe;
muito utilizados;
- Frank Lloyd Wright; • Uso de pilotis a fim de liberar o espaço sob o
- Le Corbusier. edifício;
• Panos de vidro contínuos nas fachadas ao invés
de janelas tradicionais;
• Integração da arquitetura com o entorno pelo
paisagismo; e com as outras artes plásticas
através do emprego de painéis de azulejo
decorados, murais e esculturas;
Outra característica do modernismo é a construção afastada dos
limites de terreno, fugindo da habitual aglomeração de prédios
alinhados à calçada. Não se pode esquecer da invenção de brises, que
foram propostos pela primeira vez em 1933 por Le Corbusier em
seus projetos para a cidade de Argel-Argélia (BRUAND, 1991).
MIES VAN DER ROHE:
Mies van der Rohe
procurou sempre uma
abordagem racional que
pudesse guiar o processo
de projeto arquitetônico.
Sua concepção dos espaços
arquitetônicos envolvia
uma profunda depuração
da forma, voltada sempre Os edifícios da sua
às necessidades impostas maturidade criativa fazem uso
pelo lugar, segundo o de materiais representativos
preceito no minimalismo, da era industrial, como o aço e
Less is More (menos é o vidro.
mais).
FRANK LLOYD WRIGHT:
Foi a figura chave da
arquitetura orgânica, um
desdobramento da
Arquitetura Moderna que
defendia que o projeto
deve ser individual, de
acordo com sua localização
e finalidade.
LE CORBUSIER: Na obra Villa Savoye, criada em 1928, o arquiteto
conseguiu mostrar todos esses conceitos na prática.
Le Corbusier defendia que,
“por lei, todos os edifícios
deviam ser brancos”,
criticando qualquer esforço
artificial de ornamentação.
Formulou os cinco pontos
da arquitetura moderna:
- Planta livre
- Fachada livre
- Pilotis
- Janelas em fita
- Terraço jardim.
PLANTA LIVRE: Assim, com o uso de uma estrutura independente, as
paredes não possuem função meramente estrutural,
Espaços amplos e flexíveis criando um layout mais aberto e amplo. A ideia é
Planta livre da estrutura, o modificar o espaço da forma que quiser sem causar
uso de sistemas viga-pilar danos à estrutura do prédio.
em grelhas ortogonais
geraria a flexibilidade
necessária para a melhor
definição espacial interna
possível.

Os espaços integrados são uma extensão natural desse


conceito, trazendo a perspectiva de que espaços
pequenos são maiores e mais claros.
FACHADA LIVRE:
Dinamismo e novas
proporções
Fachada livre da estrutura,
os pilares devem ser
projetados internamente às
construções, criando recuos
nas lajes de forma a tornar
o projeto das aberturas
mais flexível.

A fachada livre não possui vedações e divisórias


em sua estrutura, podendo ser projetada em
diversos formatos.
PILOTIS: A construção livre e a ausência de paredes que
Amplitude para ir e vir bloqueiam a passagem e limitam a visão.
São colunas que substituem
as paredes na sustentação
do edifício. Ao tornar as
construções suspensas, cria-
se uma inédita relação
“interno-externo” entre
observador e morador: com
os objetivo de permitir que
as pessoas pudessem
caminhar livremente nos
espaços térreos, os pilares
proporcionam uma visão
ampla e maior espaço físico.
Com o propósito de ampliar a iluminação dos
JANELA EM FITA:
edifícios, a janela em fita recebeu um papel
Quadros com a visão externa importante no design das construções.
Rasgos de variadas
geometrias e a presença
dos vidros foram aplicados
ao conceito, com muita
qualidade técnica e beleza,
de um ponto ao outra da
fachada, de acordo com a
melhor orientação solar.

A janela em fita permite uma “apropriação” da


paisagem e da vista em si, criando um elemento
de interação.
TERRAÇO JARDIM:
Telhado se transforma em
sala de recepção e lazer
Transformar os esquecidos
telhados em terraços úteis
para os usuários em
momentos de lazer,
conhecidos como terraços
jardim.
Com o avanço técnico do
concreto-armado, seria
possível aproveitar a última
laje da edificação como
espaço de lazer.
No lugar das telhas, pensou na proposta de incluir verde,
bancos e um espaço de encontro entre os amigos para
bater papo, tal como uma sala de visitas, só que ao ar livre.
Os 5 pontos da arquitetura
moderna são:
- Fachada livre
- Janelas em fita
- Pilotis
- Terraço jardim
- Planta livre
As velhas formas e os velhos sistemas já fizeram sua época. É mister
que o artista crie alguma coisa de novo e que consiga maior fusão
entre o que é estrutura e o que é decoração; para conseguir isto o
artista deve ser também técnico; não só mente inventiva e não mais
o trabalho combinado do artista que projeta e do técnico que
executa.
Rino Levi
MODERNISMO BRASILEIRO:

Le Corbusier foi quem mais teve influência na formação do


pensamento Modernista nos arquitetos brasileiros, suas idéias
inovadoras tiveram uma vasta influencia no movimento em território
brasileiro.
PRIMEIRA OBRA:

Foi o arquiteto russo Gregori


Warchavchik, nascido na
Ucrânia e nacionalizado
brasileiro, quem projetou a
“Casa Modernista” (1929-
1930), a primeira casa em
estilo Moderno construída
em São Paulo.
A casa localizada na Rua
Santa Cruz, em São Paulo
teve como objetivos muitos
dos ideais modernistas.

Casa modernista de Warchavchik (1927-1928, São Paulo, Brasil).


MARCO DA EDIFÍCIO GUSTAVO CAPANEMA:
ARQUITETURA:
Nesse cenário nasceu o
primeiro arranha-céu
modernista do planeta: O
Ministério da Educação,
que teve como ideólogo
principal o arquiteto
modernista brasileiro Lucio
Costa e a consultoria de Le
Corbusier.
Construído em 1936 ele é
considerado marco da
arquitetura moderna
brasileira. O edifício segue
as recomendações de Le
Corbusier: o uso de pilotis –
com o conceito de
permeabilidade dos
pedestres no térreo, a
vedação do edifício é feita
por cortinas de vidro, sendo
utilizado brise-soleil –
horizontais e verticais – para
evitar a incidência direta de
radiação solar na fachada
norte, fachada-livre, planta-
livre e o terraço-jardim.
EDIFÍCIO GUSTAVO
CAPANEMA:
A ideia principal que o
edifício passa é a leveza ,
além da imponência e da
inovação dos materiais
utilizados.
Parque Guinlé (1948):

O projeto de urbanização foi


desenvolvido por Lúcio costa,
que propôs um conjunto de 6
edifícios residenciais, onde
um deles, com implantação
diferenciada e com fachada
voltada diretamente para a
rua, possibilitou o uso misto
da edificação, onde uma série
de galerias comerciais foram
implantadas. A Parte interna
ensaia com geometria
estratificada: Apartamentos
Simplex e Duplex
Parque Guinlé (1948)
Parque Guinlé (1948)
Pavilhão do Brasil –
Expo NY (1939):
Procura mostrar O
Moderno e O Exótico,
apresenta uma rampa
curva na fachada, que
contrasta com o bloco
suspenso sobre pilotis
Apresenta curvas na parte
interna e posterior.
Comunica-se com o
movimento do corpo do
visitante, o mezanino se
curva favorecendo os
campos de visadas de
vários observadores.
Pavilhão do Brasil – Expo NY (1939):

Pavimento térreo
Pavilhão do Brasil – Expo NY (1939):

Pavimento superior
O Movimento Moderno no Brasil toma um rumo diferente do resto
do mundo: A função deixa de ser o único ponto de partida,
aparecendo traços amorfos, curvados, sem resposta direta à lógica.
Ao ser questionado sobre arquitetura e suas formas, Niemeyer cita:
"Não é o ângulo reto que me atrai, nem a linha reta, dura, inflexível,
criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual, a curva
que encontro nas montanhas do meu país, no curso sinuoso dos
seus rios, nas ondas do mar, no corpo da mulher perfeita! De curvas
é feito todo o universo, o universo curvo de Einstein".
Niemeyer abandona o
funcionalismo exagerado
dos ideais modernos e
utiliza em suas obras
formas curvas mais livres,
que buscam a beleza, não
um resultado final com
base somente em sua
função.
Essas características ficam
evidenciadas no Conjunto
da Pampulha (1942-1943),
em Minas Gerais, nos
famosos edifícios de
Brasília, o Grande Hotel de
Ouro Preto (MG, 1940) e o
Parque do Ibirapuera (SP,
1951-1955).
CONJUNTO DA PAMPULHA:

A Pampulha é composta por 6 edifícios, sendo eles o Iate Clube, A


casa de Baile, A Igreja, O cassino, A casa de Férias da Família JK e o
hotel da Pampulha. Primeiramente apenas os primeiros 4 edifícios
foram o foco para o inicio do projeto em 1940 e posteriormente
foram construídos a casa e o hotel.
A Pampulha acabou gerando muita atenção na época, tanto pelas
obras arquitetônicas quanto pela proposta de um local de convívio
com características tão particulares.
CONJUNTO DA
PAMPULHA:
O Conjunto arquitetônico da
Pampulha foi construído em
1942 e é composto pelo
Cassino da Pampulha, Igreja
de São Francisco de Assis,
Casa do Baile, Iate Clube e
uma Casa. Os projetos foram
feitos pelo arquiteto Oscar
Niemeyer a pedido de
Juscelino Kubitscheck, na
época prefeito de Belo
Horizonte.

A Pampulha acabou gerando muita atenção na época, tanto


pelas obras arquitetônicas quanto pela proposta de um
local de convívio com características tão particulares.
IGREJA SÃO FRANCISCO DE ASSIS:
A igreja de São Francisco que
é um dos maiores marcos do
projeto, diria que é a cara do
complexo da Pampulha.
As linhas curvas da igreja
seduziram artistas e
arquitetos, mas
escandalizaram o acanhado -
ambiente cultural da cidade,
de tal forma, que as
autoridades eclesiásticas não
permitiram, por muitos anos,
a consagração da capela
devido à sua forma inusitada
e ao painel de Portinari onde
se vê um cachorro
representando um lobo junto
à São Francisco de Assis, a
igreja permaneceu durante
catorze anos proibida ao
culto. Aos olhos do arcebispo
Dom Antônio dos Santos
Cabral a igrejinha era apenas
um galpão.
IGREJA SÃO
FRENCISCO DE ASSIS:
Projeto: faz novos
experimentos em concreto
armado, abandonando a laje
sob pilotis e criando uma
abóboda parabólica em
concreto, até então só
utilizada em hangares.
A abóbada na capela da
Pampulha seria ao mesmo
estrutura e fechamento,
eliminando a necessidade
de alvenarias. Inicia aquilo
que seria a diretriz de toda a
sua obra: uma arquitetura
onde será preponderante a
plasticidade da estrutura de
concreto armado.
IGREJA SÃO
FRENCISCO DE ASSIS:
IGREJA SÃO
FRENCISCO DE ASSIS:
Seu interior abriga a Via
Sacra, constituída por
catorze painéis de Cândido
Portinari, considerada uma
de suas obras mais
significativas. Os painéis
externos são de Cândido
Portinari − painel figurativo
e de Paulo Werneck −
painel abstrato. Os jardins
são assinados por Burle
Marx. Alfredo Ceschiatti
esculpiu os baixos−relevos
em bronze do batistério.
IGREJA SÃO
FRENCISCO DE ASSIS:
Outro elemento importante
que se destaca é o
campanário que colabora
com a característica
escultural da obra, por ser
um elemento vertical que
cria contraste com o volume
da edificação principal,
como se fosse um marco,
um coroamento da obra.
IGREJA SÃO FRENCISCO DE ASSIS:
A composição da fachada é fantástica, composta pelas curvas que marcou
uma nova era do concreto armado e o muralismo de Portinari retratando
São Francisco de Assis. A intenção foi simular o movimento e o reflexo das
águas.
IGREJA SÃO FRENCISCO DE ASSIS:
O azul das pastilhas usadas na parte externa da Igreja da Pampulha foi
pensado para ser uma espécie de reflexo da água, enquanto os desenhos
representam o movimento das ondas do lago.

As curvas da Igreja da Pampulha representaram uma inovação na


arquitetura sacra brasileira e foram inspiradas nas montanhas de Minas
Gerais.

Elas formam 5 abóbadas: duas principais que cobrem a ala central (nave)
e três secundárias, que envolvem a sacristia e os anexos.
IGREJA SÃO
FRENCISCO DE ASSIS:
Na entrada foi locado o
campanário com uma
marquise para protege-la,
seguindo (do lado esquerdo)
está o confessionário com
uma parede curva
acentuada e na extremidade
direita a escada de acesso
para o mezanino. Logo em
seguida o batistério, a nave
central e o púlpito são
rodeadas por painéis com o
tema paixão de cristo feitos
por Portinari. No segundo
volume da igreja se
encontra o palco, a sacristia,
a sala do padre e os
CASA DO BAILE:
É possível perceber como o
Niemeyer trabalhou de
forma inteligente as áreas
internas e externas, esses
cheios e vazios
possibilitaram que as obras
se inserissem tão bem na
paisagem compondo com o
paisagismo de Burle Marx.
CASA DO BAILE:
A casa de baile se localiza
em uma ilhota artificial,
acessada por uma ponte de
onze metros. Se destaca
pelas formas da fachada e
marquise sinuosa. Possui
um salão de 255m², um
auditório de 53 lugares com
recursos multimídia, salas
de apoio administrativo, ilha
digital com os acervos
documentais disponíveis a
pesquisadores e ao público
em geral.
CASA DO BAILE:
Na planta pode-se ver a
passarela principal com
acesso para um jardim com
escultura, do lado esquerdo
nós temos um palco para
apresentações e um
vestiário, do lado direito foi
locado a edificação principal
com um grande salão livre
com palco e área de apoio
que conta com a cozinha, os
banheiros e área para
funcionários.
CASA DO BAILE:
É possível perceber como o
Niemeyer trabalhou de
forma inteligente as áreas
internas e externas, esses
cheios e vazios
possibilitaram que as obras
se inserissem tão bem na
paisagem compondo com o
paisagismo de Burle Marx.
CASSINO:
O primeiro projeto a sair do
papel foi o Cassino, em
1943, também conhecido
como "Palácio de Cristal",
devido aos vidros
espelhados que ficam em
volta do prédio, e eles
tinham a intenção que se
tornasse um local de jogos
semelhante ao Palácio de
Quitandinha de Petrópolis e
ao Cassino de Urca, no Rio
de janeiro.
CASSINO:
A proposta era reunir
restaurantes e grandes
salões em um ambiente de
Entretenimento e Turismo
que atraísse a alta sociedade
da época.
O local foi fechado em 1946,
ano em que ficou proibido o
jogo no Brasil, e só reabriu
em 1957, já transformado
em Museu de Arte da
Pampulha- MAP, que
contém um conjunto com
mais de 1.400 obras.
CASSINO:
Essa é a planta: a entrada
principal com acesso livre ao
lobby e a recepção fica a
direito para ser feito o check
in, logo após a recepção
tem-se os banheiros, depois
do lobby tem o acesso para
o terraço com acesso para o
nível da pista de dança que
possui um depósito e áreas
de apoio. Ainda nesse
pavimento se encontra todo
o setor de vestiários e
camarins com acesso para
um pátio com escada de
serviços, sala do gerente e
sala de funcionários.
CASSINO:
Seguindo a projeção da pista
de dança foi locado no
andar superior o restaurante
com palco de
apresentações. Todo o setor
de serviços do restaurante
fica locado no lado
esquerdo. Na projeção no
lobby foi disposto o bar e
uma sala de jogos imensa
com banheiros. Nesse corte
é possível compreender
como funciona o jogo de
níveis do projeto. O lobby, a
sala de jogos, a rampa de
acesso, a pista de dança e o
restaurante.
IATE CLUBE:
Construído em 1942 e
tombado em 1994 pelo
Iphan, a arquitetura do Iate
Golf Clube remete a um
barco que se lança nas
águas da Pampulha.
Os jardins são de Roberto
Burle Marx.
IATE CLUBE:
Possui um acesso central
que distribui os fluxos para a
edificação rodeada por
varandas. No primeiro
volume se encontra um hall
com escada de acesso para
o andar superior, recepção,
escritório e primeiros
socorros. Já no segundo
volume se encontram os
vestiários femininos e
masculinos, lavanderia e
cabeleireiro seguidos pelo
Hangar. No pavimento
superior foi locada toda área
de lazer composta por salão,
cozinha, palco, restaurante e
um saguão de espera.
CASA KUBITSCHEK:
Casa que serviu de residência
de fim de semana do então
prefeito de Belo Horizonte,
Juscelino Kubitschek.
Com telhado em forma de
asa de borboleta e planos
inclinados, a residência foi
projetada de modo a
preservar ao máximo a
intimidade da família
Kubitschek, contando tanto
com recuo da casa para o
fundo do terreno, quanto
pelo jardim de Roberto Burle
Marx na entrada da
residência e da setorização
dos seus espaços internos.
CASA KUBITSCHEK:
A área social foi pensada
para abrigar as salas de estar,
de jantar e de jogos; já a área
de serviços, possuía cozinha,
banheiro e dependência de
empregados; e a área íntima,
mais reservada, possuía três
quartos.
BRASÍLIA – A NOVA CAPITAL
PLANO PILOTO

O plano urbanístico da
capital, conhecido como
“Plano Piloto”, foi elaborado
pelo urbanista Lúcio Costa,
que, aproveitando o relevo
da região, o adequou ao
projeto do lago Paranoá.
Muitos dos projetos que
fazem parte da cidade
atualmente foram elaborados
pelo arquiteto Oscar
Niemayer.
PLANO PILOTO
Brasília é uma cidade totalmente construída com
ideias modernistas, concebido em quatro escalas
estruturais:
• Monumental – que abriga a alma político-
administrativa do País;
• Gregária – representada por todos os setores de
convergência da população;
• Residencial – composta pelas Superquadras Sul
e Norte;
• Bucólica – que permeia as outras três, por se
destinar aos gramados, praças, áreas de lazer,
orla do lago Paranoá e aos jardins tropicais de
Burle Marx.
PLANO PILOTO

Ele eliminou cruzamentos


para que o tráfego dos
automóveis fluísse mais
livremente, concebeu os
prédios residenciais com
gabarito uniforme e
construídos sobre pilotis para
não impedir a circulação de
pessoas. Uma cidade
rodoviária com amplas
avenidas e vasto horizonte,
valorizando o paisagismo e os
jardins.
PRAÇA DOS 3 PODERES:
PRAÇA DOS 3
PODERES:
Esta praça foi uma ideia do
urbanista Lúcio Costa
projetada por Niemeyer.
Aqui, se encontram o
Congresso Nacional, o Palácio
do Planalto e o Supremo
Tribunal Federal, sedes dos
Três Poderes da República:
Legislativo, Executivo e
Judiciário, respectivamente.
1- Palácio do Planalto;
2 - Congresso Nacional;
3 - Palácio da Justiça.
PALÁCIO DO PLANALTO:
PALÁCIO DO É a sede do Poder Executivo do Governo Federal.
PLANALTO:
No Palácio Presidencial, a
ideia de Niemeyer era unir
simplicidade e modernidade,
mostrando que era possível
inovar e ser pioneiro em um
projeto que não pregava
excessos e uma “riqueza
aparente”, bem comum em
edificações que abrigam
Chefes de Estado ao redor do
mundo.
PALÁCIO DO
PLANALTO:
Niemeyer já contou em
várias entrevistas algumas
das suas inspirações para
criar o Palácio, mesmo que
de forma subjetiva. Ele diz,
em uma de suas falas, que a
intenção das colunas
longitudinais era traduzir a
leveza de uma pena
pousando no chão.
Queria gerar pontos de vista
diferentes a partir de onde o
palácio seria observado,
quebrando padrões e
propondo novas ideias para “A liberdade plástica me possuía e as fiz com as pontas
a arquitetura da época. finas e os palácios como penas tocando o chão”.
PALÁCIO DO
PLANALTO:
Os pilotis em ‘V’ de Oscar
Niemeyer além de
resolverem a questão
técnica estrutural de
sustentação, também têm
característica plástica
específica e asseguram
personalidade ao edifício.
Eles imprimem um ritmo
mais leve e o prédio passa a
flutuar, independentemente
do sistema construtivo
empregado – concreto ou
metálico. “A pessoa está vindo da rua, penetra no edifício e
vai encontrando os primeiros fechamentos e os
pilares como pontos de apoio".
PALÁCIO DO
PLANALTO:
Uma das soluções para que
obras como o Palácio do
Planalto e o Palácio da
Alvorada somente toquem o
chão com bases delicadas,
como desenhou Niemeyer,
foi a distribuição do ferro
nessas estruturas.
O maior desafio foi fazer
com que grandes cargas
passassem por pequenas
sessões. “Envolve a
resistência do concreto. Se
você colocar muita carga, vai O segredo era usar estruturas ocultas. Por trás do
explodir. pezinho de bailarina no Palácio da Alvorada tem uma
pata de elefante, só que não se vê.
PALÁCIO DO O maior desafio foi fazer com que grandes cargas
PLANALTO: passassem por pequenas sessões. “Envolve a
resistência do concreto. Se você colocar muita
carga, vai explodir. O segredo era usar estruturas
ocultas. Por trás do pezinho de bailarina no
Palácio da Alvorada tem uma pata de elefante, só
que não se vê.
PALÁCIO DO
PLANALTO:
Além de ser a localização do
Gabinete Presidencial, o
Palácio do Planalto hoje em
dia abriga a Casa Civil, o
Gabinete de Segurança da
Presidência e a Secretaria-
Geral, e é considerado a
sede do Poder Executivo do
Governo Federal.
CONGRESSO NACIONAL:
CONGRESSO
NACIONAL:
Sede do Poder Legislativo
brasileiro, nele funcionam a
Câmara dos Deputados, cujo
plenário funciona sob a
cúpula convexa, e o Senado
Federal, sob a cúpula
côncava.
CONGRESSO
NACIONAL:
Localizado na cabeceira do
plano piloto de Lúcio Costa,
aqui o plano urbano de Costa
e a arquitetura de Niemeyer
unem-se literalmente: as
duas avenidas que marcam o
Eixo Monumental erguem-se
sobre taludes para combinar
com o nível da cobertura do
embasamento do edifício do Uma longa rampa leva da rodovia até o edifício. Dividido
Congresso Nacional e em dois segmentos, uma seção de rampa leva à
segmentos triangulares se entrada do edifício, enquanto a outra leva à cobertura
estendem de cada canto da do embasamento, revestida em mármore. Originalmente
grande cobertura plana, em concebida como uma praça pública, a cobertura, desde
balanço, para apenas tocar então, tem permanecido fechada devido a
as bordas das estradas.
preocupações de segurança.
CONGRESSO
NACIONAL:
Elevando-se acima do
telhado plano, duas
"cúpulas" indicam as
câmaras do legislativo
brasileiro. A cúpula sobre a
câmara do Senado tem a
forma de uma abóbada
parabólica rasa.
Em contraste, para
a Câmara dos
Deputados maior,
Niemeyer inverteu
a cúpula simbólica,
criando a forma de
uma tigela.
CONGRESSO
NACIONAL:
Além das câmaras das
assembleias, os escritórios
dos legisladores e outras
funções administrativas
estão alojadas em duas
torres gêmeas (uma para a
câmara e outra para o
senado) de vinte e sete
pavimentos. os dois edifícios
apresentam plantas baixas
com 5 lados, cada uma com Elas também são conectadas por uma passarela de três
duas fachadas ligeiramente pavimentos entre o décimo quarto e o décimo sexto
anguladas, chegando a um andares. Escritórios e salas de reuniões estão
ponto com um espaço localizados ao longo das bordas externas das torres,
estreito entre as duas torres.
enquanto elevadores e outros serviços são localizados
no espaço entre as torres.
CONGRESSO
NACIONAL:
Sede do Poder Legislativo
brasileiro, nele funcionam a
Câmara dos Deputados, cujo
plenário funciona sob a
cúpula convexa, e o Senado
Federal, sob a cúpula
côncava.
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL:
SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL:
Aqui funciona a mais alta instância da Justiça Brasileira.
PALÁCIO DO ITAMARATY:
PALÁCIO DO
ITAMARATY:
O Palácio Itamaraty,
também conhecido como
Palácio dos Arcos, é a sede
do Ministério das Relações
Exteriores do Brasil.
O palácio é o local onde o
chefe de Estado recepciona
seus pares e demais
autoridades estrangeiras,
sendo, assim, um espaço
cerimonial por excelência.
PALÁCIO DO
ITAMARATY:
A sede do Ministério das
Relações Exteriores
certamente exigia mais do
que um espaço cerimonial,
pois suas funções
burocráticas deveriam ser
efetivamente cumpridas,
desta forma, Niemeyer
estava bem assessorado e o
programa de necessidades
corretamente desenvolvido.
PALÁCIO DO
ITAMARATY:
O arquiteto projetou uma
edificação mais baixa e de
planta quadrada para as
funções protocolares (o
Palácio), contraposto a um
prédio mais elevado e
delgado para as atividades
corriqueiras (o Anexo I).
PALÁCIO DO
ITAMARATY:
Além disso, Niemeyer
retoma o tema dos palácios
de Brasília, isto é, a caixa de
vidro contida entre duas
lajes de concreto com
colunata, no entanto, o
caráter do edifício era
distinto, e, para reforçá-lo,
subverteu seus esquemas. O
templo "díptero" (com
colunas em dois lados)
cedeu lugar para o
“períptero” (com colunas
em toda a volta). A laje
superior foi sobre-elevada e
a inferior tocou no espelho
d’água.
PALÁCIO DO
ITAMARATY:
As colunas emblemáticas
ficaram reservadas para o
Executivo (o Palácio do
Planalto) e Judiciário (o
Supremo Tribunal Federal).
A marca do Itamaraty
passaria a ser o clássico e
nobre arco pleno. Do ponto
de vista técnico, são duas
estruturas independentes,
uma para a caixa de vidro e
outra para as arcadas. Do
ponto de vista estético, são
incontáveis os recursos
adotados – da correção
óptica das arcadas ao
desenho do piso.
PALÁCIO DA ALVORADA:
PALÁCIO DA Já as famosas colunas apoiam-se no terreno por um de
ALVORADA seus vértices fazendo, aparentemente, desaparecer a
ideia de peso - como que pousando o edifício no solo
O palácio é designado como
de Brasília. as colunas apenas tocam o chão, dando a
a residência oficial do
Presidente do Brasil. Situa- impressão de que o edifício flutua no ar.
se às margens do lago
Paranoá.
O Alvorada é uma
construção revestida de
mármore e vedada por
cortinas de vidro, cuja
estrutura é constituída
externamente de seus
pilares brancos. Desta
forma, o vidro proporciona
uma certa integração entre
espaço interior e exterior.
PALÁCIO DA
ALVORADA
O formato diferenciado dos
pilares externos deu origem
ao símbolo e emblema da
cidade, presente no Brasão
do Distrito Federal.
O espelho d'água, que
reflete a imagem do edifício,
criando um espaço virtual
infinito, é complementado
por um grupo escultórico, As
Iaras de Alfredo Ceschiatti,
que parece flutuar à
superfície da água, em uma
materialidade que parece
fazer desaparecer a
gravidade.
CATEDRAL METROPOLITANA:
CATEDRAL
METROPOLITANA:
A Catedral Metropolitana
Nossa Senhora Aparecida foi
o primeiro monumento a ser
criado em Brasília. Sua
pedra fundamental foi
lançada em 12 de setembro
de 1958. Na entrada do
templo estão os quatro
esculturas dos evangelistas
João, Mateus, Lucas e
Marcos. O interior da
Catedral é iluminado pela
luz solar que corta os vitrais
coloridos de Marianne
Peretti.
CATEDRAL
METROPOLITANA:
Sensação de se elevar ao
infinito.
“Pensei que a catedral
pudesse refletir, como uma
grande escultura, uma ideia
religiosa, um momento de
oração, por exemplo.
Projetei-a circular, com
colunas curvas, que se
elevam para o céu, como um
gesto de reclamo e
comunicação.”
CATEDRAL
METROPOLITANA:
Há quem diga que
Niemeyer, ao desenhar o
prédio, se inspirou na
imagem da coroa de
espinhos de Cristo na
Paixão, outra teoria é que o
edifício lembra mãos
estendidas em formato de
súplica.
Na estrutura da
Catedral, o truque é
que a forma circular
forma um grande
anel de compressão.
Arquitetura brutalista
A arquitetura brutalista foi um movimento arquitetônico desenvolvido
por arquitetos modernos em meados das décadas de 50 e 60, a partir
de uma radicalização de determinados preceitos modernos.
Ela surgiu no período pós 2ª Guerra Mundial, época em que os países
Europeus precisavam se reerguer depois de tanta devastação. Diante
desse contexto, havia a necessidade de usar materiais mais baratos na
construção de grandes obras, focando em sua funcionalidade ao invés
da estética rebuscada.
Arquitetura brutalista
O brutalismo privilegiava a verdade estrutural das edificações, de
forma a nunca esconder os seus elementos estruturais (o que se
conseguia ao tornar o concreto armado aparente ou destacando os
perfis metálicos de vigas e pilares).
CARACTERÍSTICAS
DA ARQUITETURA
BRUTALISTA: Quando olhamos uma obra da arquitetura
brutalista, a primeira característica que notamos
O nome brutalismo vem do é o concreto aparente, sem adornos, detalhes
termo francês “béton brut”, ou elementos que possam ter algum significado.
em português, “concreto
bruto”. Nesse estilo, não existe a preocupação em
esconder elementos estruturais, como vigas e
pilares.
O concreto aparente é a principal característica
da arquitetura brutalista.
BRUTALISMO NO
BRASIL:

Diferente de grande parte


dos arquitetos brutalistas
na Europa, que não se
preocupavam com a
beleza, os brasileiros
criaram projetos mais
elegantes e atentos a
proporções e desenhos.
A arquitetura moderna nas casas
Uso de Recuos: frontal, laterais e fundo.
CASA MODERNISTA:

A arquitetura moderna
possibilitou que as casas se
tornassem ambientes mais
ventilados, iluminados e
que moradores pudessem
interagir mais com a parte
externa.
CASA MODERNISTA:
Lajes de Concreto Aparente.
Ambientes da Residência Modernista:
O interior se abre para o exterior
Setores: - Social;
- Íntimo;
- Serviço.

Integração do Setor Social.


Nova Tipologia: Arranha Céu
CARACTEÍRISTICAS:
- Uso do aço e novas
tecnologias construtivas;
- Escassez e valorização de
lotes urbanos;
- Invenção do elevador.
As Favelas
A CIDADE INFORMAL:

Aquela que ocupa as periferias e


favelas, com uma identidade marcada
por blocos cerâmicos e um
adensamento descomedido. Nela, o
que domina são as autoconstruções,
independentes da propriedade do
terreno, a ocupação ilegal e a falta de
políticas públicas e infra-estruturas
básicas. Faltam espaços de lazer, de
cultura e áreas verdes.
Nova Tipologia: Conjunto Habitacional
O edifício deveria abrigar todas as funções que o homem necessitasse
para viver.
CONJUNTO A princípio, até meados dos anos 30, as
HABITACIONAL: tipologias habitacionais eram de vilas com casas
geminadas de até 2 pavimentos com ruas
Os conjuntos projetados estreitas, em implantação tradicional: ruas,
valorizavam o espaço quarteirões, lotes e casas (isoladas no lote),
público, os equipamentos
coletivos, a construção de
demonstrando influência higienista.
espaços racionalizados, os
programas habitacionais e a
sociabilização nos modos
de morar.

As implantações eliminaram a noção de lote e


terreno privado, através da utilização dos pilotis,
portando todo espaço remanescente era público.
CONJUNTO
HABITACIONAL:

O Brasil passou pelo


mesmo processo ocorrido
na Europa, a mudança da
tipologia de casas
isoladas para grandes
núcleos habitacionais,
para que o déficit
habitacional promovido
pela grande expansão
urbana pudesse ser
superado.
Os conjuntos projetados valorizavam o espaço público,
os equipamentos coletivos, a construção de espaços
racionalizados, os programas habitacionais e a
sociabilização nos modos de morar.
CONJUNTO
HABITACIONAL:
CONJUNTO O primeiro conjunto construído pelo governo estadual,
HABITACIONAL: abrigando cinco mil pessoas distribuídas em núcleos
Conjunto Habitacional menores e autônomos onde, além da habitação,
Zezinho Magalhães Prado, estariam locados comércios, escolas, pontos de ônibus,
localizado no município de centro de saúde, etc., em uma clara alusão ao princípio
Guarulhos - SP, também das unidades de vizinhança corbuseanas.
conhecido como Cecap-
Cumbica, pelos arquitetos
João Batista Vilanova
Artigas, Fábio Penteado e
Paulo Mendes da Rocha.
CONJUNTO
HABITACIONAL:
Conjunto habitacional Vila
Guiomar (1949), localizado
em Santo André, na Grande
São Paulo.

Obedecia a uma estética e a uma implantação


em fileiras eminentemente modernistas.
CONJUNTO
HABITACIONAL:

Conjunto habitacional Vila


Guiomar (1949), localizado
em Santo André, na Grande
São Paulo.
CONJUNTO
HABITACIONAL:

Conjunto Zezinho
Magalhães Prado, 1968,
Guarulhos, Arqs. Artigas,
Rocha e Penteado.
CONJUNTO A opção por blocos com edifícios coletivos
HABITACIONAL: também estava relacionada a visão política dos
que defendiam o aluguel – pago ao governo,
através de dedução no salário – e não a casa
própria, mais associada a casa isolada,
localizada em um terreno com quintal.
Os modernos produziram uma habitação
totalmente desvinculada da cultura e das
tradições brasileiras. A intenção era que a partir
das novas formas de tratar a habitação se
produzisse um novo jeito de morar, mudando o
comportamento dos habitantes, tornando-o
mais racional.
CONJUNTO Para elaboração dos projetos dos conjuntos
HABITACIONAL: habitacionais uma série de regras e normas
deveriam ser seguidas, sendo elas:
1- A construção de conjuntos urbanos
segregados do traçado urbano existente;
2- Construção em blocos;
3- Limite de altura de 4 pavimentos;
4- Construção em pilotis, mantendo o térreo livre;
5- Apartamentos duplex;
6- Utilização de conceitos de racionalização,
formando conjuntos autárquicos;
7- Articulação dos conjuntos com planos
urbanísticos;
8- Casa mobiliada.
Os conjuntos habitacionais pensados neste
momento buscavam, pela disposição dos
“a mulher obtém, desde apartamentos e da presença dos equipamentos
logo, a igualdade total dos coletivos, liberar a mulher trabalhadora das
direitos civis. A organização
comum das tarefas atividades do lar e estimular uma convivência
domésticas e a assunção mais intensa entre os habitantes.
pelo Estado da saúde e da
educação dos filhos
permitem-lhe trabalhar e ser
economicamente Nesse período de forte modificação social, a
independente”. arquitetura era entendida como uma ferramenta
de transformação dos hábitos e que estimularia
sentimentos de coletividade.
CONJUNTO Com uma visão geral, quatro grupos de conjuntos
HABITACIONAL: habitacionais foram feitos através dos IAPs:
1- implantação racionalista (blocos multifamiliares)
2- unidades de habitação (único bloco vertical)
3- cidade-jardim
4- casas unifamiliares, geminadas ou isoladas.
CONJUNTO
HABITACIONAL:
Conjunto habitacional
Cruzada São Sebastião (1955)
CONJUNTO
HABITACIONAL:
Conjunto Pedregulho
Os desenhos do arquiteto explicitam como as áreas comuns e os apartamentos
podem ser utilizados. Nos apartamentos, são demonstrados como pequenos
espaços devem ser ocupados: armário embaixo da escada, tanque de lavar roupa
no banheiro, máquina de costura no hall de acesso aos quartos. As imagens
descritas revelam a intenção do arquiteto em promover sua concepção sobre o
modo de morar moderno.
Conjunto Habitacional Marques de São Vicente (Minhocão) - 1952

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