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Biografia

 Renzo Piano
Desde o seu nascimento, em 1937, na cidade italiana de Gênova, Renzo Piano já estava
imerso no universo da construção. Isso porque a sua família era formada por construtores
bastante conhecidos na região. Portanto, o gosto pela arquitetura veio de berço. Seguindo
os passos de seu pai, Piano estudou na Escola de Arquitetura do Instituto Politécnico de
Milão. A sua sede por conhecimento fez com que ele continuasse a se dedicar aos estudos
até 1970. Nesse período, ele viajou por vários países da Europa e pelos Estados Unidos e
trabalhou com diversos arquitetos renomados, além do próprio pai. Em seguida, fez uma
parceria com Richard Rogers, inaugurando o escritório Piano & Rogers. Juntos, eles
desenvolveram uma das obras mais importantes para a arquitetura contemporânea: o
Centro Georges Pompidou, em Paris. Alguns anos depois, Piano trabalhou em parceria com
o engenheiro inglês Peter Rice, desenvolvendo projetos de urbanização e até de museus.
Em 1981, abriu o Renzo Piano Building Workshop, com sedes em Gênova e Paris, que foi
responsável por grandes obras, como a fábrica da Fiat, em Turim; o aeroporto de Kansai, no
Japão; e o estádio San Nicola, em Bari.

O estilo e os prêmios:
Apesar de ter ficado conhecido pela arquitetura futurista, Renzo Piano é do tipo que não
tem um estilo particular. Ou seja, seus projetos não costumam ter características que se
repetem. Isso porque o arquiteto nunca quis se enquadrar dentro de um único segmento. A
ideia dele sempre foi criar obras voltadas para o contexto aonde elas estão; que fizessem
sentido para determinado lugar. É por isso que as construções desenhadas por Piano são
tão plurais, tanto conceitual quanto esteticamente. Mas, sem dúvidas, o arquiteto trouxe
um novo olhar para os problemas arquitetônicos, propondo soluções modernas criadas a
partir de elementos tecnológicos. Além disso, ele inovou na construção de sistemas
estruturais feitos com materiais e tecnologias tradicionais. Dessa forma, Piano ultrapassou
os limites do óbvio em suas obras, pois acredita que a arquitetura pode mudar o mundo.
Tanto é que suas inovações estão sempre associadas a propósitos sociais e espirituais, que
são atingidos por meio da experimentação. Não é por acaso que o arquiteto já recebeu
diversas premiações importantes, como

 a Medalha de Ouro RIBA (1989), o Prêmio Kyoto (1990) e o Prêmio Pritzker (1998).
 Em 2013, ele ainda foi nomeado senador vitalício na Itália.

 Le Corbusier
Le Corbusier (1887-1965) foi um arquiteto, urbanista e pintor franco-suíço. Foi um dos mais
importantes arquitetos do século XX. Teve grande importância para a formação da geração
modernista de arquitetos brasileiros. Le Corbusier, pseudônimo de Charles-Edouard
Jeanneret-Gris, nasceu em La Chaux-de-Fonds, na Suíça, no dia 6 de outubro de 1887. Filho
de Edouard Jeanneret, que trabalhava em uma renomada indústria de relógios, e de
Jeannerct-Perrct, uma professora de piano, com 13 anos entrou para a escola de artes
decorativas de sua cidade natal, com o objetivo de trabalhar na indústria de relógios,
seguindo os passos de seu pai. Com 15 anos recebeu um prêmio da Escola de Artes
Decorativas de Turim pelo desenho de um relógio. Após deixar a escola, foi incentivado a
estudar arquitetura e recebeu de L’Eplattenier a primeira licença para trabalhar em um
projeto local. Com 19 anos, concluiu seu primeiro projeto de uma casa para um fabricante
de relógios. Com 20 anos, com o objetivo de aprimorar seus conhecimentos, realizou uma
viagem pela Europa. Visitou a Itália, Viena, Munique e Paris, onde esteve em contato com
diversos arquitetos, e conheceu as grandes obras arquitetônicas antigas. Em 1908 trabalhou
no escritório do arquiteto francês Auguste Perret, o pioneiro no uso do concreto armado.
Entre outubro de 1910 e março de 1911 esteve em Berlim, onde trabalhou como o
renomado arquiteto e designer Peter Behrens, outro pioneiro da construção moderna.
Ainda em 1911, percorreu a Europa Central e a Grécia.
Em 1912, construiu a “Villa Schob” na Suíça, quando adotou simetria na planta que se insere
dentro de um quadrado, projetando alguns terração, trazendo o exterior para dentro do
edifício. Em 1912, Le Corbusier retornou para sua cidade natal para lecionar ao lado de
L’Eplattenier e em seguida abriu seu escritório de arquitetura. Seu primeiro projeto baseado
no conceito simples e racional foi a “Casa don-ino”, de 1914, constituída com lajes planas,
pilares e fundações em concreto armado, que propôs uma ordem racional entre os seus
elementos e a sua construção. Através de sua teoria, Le Corbusier introduziu os Cinco
Princípios Arquitetônicos: planta livre, teto-terraço, pilotis, esquadrias livres e grandes
aberturas.
Em 1917 foi morar em Paris e começou a trabalhar na Sociedade de Aplicação do Concreto
Armado. Em 1918, junto com o pintor Amédé Ozenfant publicou “Aprés le Cubisme”, onde
fazia críticas ao movimento e cobrava o retorno do desenho rigoroso do objeto. Nessa
época, iniciou-se na pintura sob o pseudônimo de Le Corbusier e fez exposições regulares
até 1924.
Le Corbusier tornou-se conhecido entre a vanguarda parisiense antes mesmo de ter um
número significativo de obras construídas. Apesar de fazer uma arquitetura para a qual
ainda não havia mercado, sua notoriedade lhe proporcionou várias encomendas para
construção de casas de campo nos arredores de Paris. Entre 1927 e meados de 1930, seu
escritório elaborava projetos revolucionários de urbanismo para vários países, incluindo o
Brasil, que visitou pela primeira vez em 1929.
Em 1930, Le Corbusier casou-se com a parisiense Yvonne Gallis, tornando-se cidadão
francês. Em 1936 veio para o Brasil a convite do urbanista Lúcio Costa para prestar
consultoria no projeto do Palácio Gustavo Capanema. Em 1940, quando Paris foi ocupada
pelos nazistas, Le Corbusier refugiou-se no sul da França. Entre 1945 e 1949 atuou como
consultor para a reconstrução das cidades destruídas pela guerra. Entre 1946 e 1947, junto
com Oscar Niemeyer, participou dos estudos para a edificação da sede da ONU, em Nova
Iorque. Entre 1950 e 1965, foi consagrado como um grande arquiteto internacional. Em
1959, recebeu o título de doutor honoris-causa pela Universidade de Cambridge.
Características da Arquitetura Moderna
 O que é a arquitetura moderna?
Arquitetura moderna foi um conjunto de movimentos e ideias que predominaram na
arquitetura durante boa parte do século XX. O uso do concreto armado, do aço, do vidro e
as linhas retas são algumas das características das obras modernistas. A arquitetura
moderna privilegia a simplicidade, mas ao mesmo tempo não é simplória. Ela prioriza
formas simples e geométricas, livres de muitas ornamentações. O concreto armado
também é uma das principais características da arquitetura moderna. Trata-se de uma
estrutura que utiliza armações feitas de barras de aço. Ela pode ser moldada de diversas
maneiras e formatos, o que expande as opções do projeto arquitetônico.

Antes desse período da história, igrejas, catedrais e palácios eram os grandes destaques
arquitetônicos. A partir do século XVII, com a Revolução Industrial, materiais como ferro,
aço e concreto passaram a ser produzidos em escala industrial, o que expandiu as
possibilidades na criação de grandes obras urbanas. Um dos primeiros projetos que
marcaram esse novo momento da história foi o Palácio de Cristal, idealizado por Joseph
Paxton em 1851. Ele foi construído para a Exposição Universal de Londres, e representou
um avanço na arquitetura moderna. A Torre Eiffel, de Alexandre Gustave Eiffel, também é
um dos projetos que representam essa transição. Ela foi apresentada na Exposição
Internacional de Paris, em 1889. A obra foi construída em ferro forjado e atinge uma altura
de 305 metros.

O que foi o Modernismo?


Esse movimento artístico e cultural, também chamado de movimento modernista, teve
início na Europa e se espalhou pelo mundo. Ele influenciou a literatura, o design, as artes
plásticas, o cinema e a arquitetura. Um de seus principais objetivos era rever todos os
conceitos considerados “ultrapassados” e criar uma nova cultura visando o progresso. Além
disso, os artistas do movimento buscavam encarar os problemas de suas áreas sob uma
nova perspectiva e criar soluções baseadas em técnicas e materiais mais atuais.

Escola Bauhaus e a arquitetura moderna


É impossível começar a falar da história da arquitetura moderna sem dar um grande
destaque à Bauhaus, a primeira escola de design do mundo, criada em 1919 pelo arquiteto
Walter Gropius. O nome é a junção dos termos alemães “bauen” (para construir) e “haus”
(casa). Localizada na Alemanha, ela foi responsável por grande parte do desenvolvimento da
arquitetura moderna no século XX. Ela foi fechada em 1933 devido a perseguições nazistas,
mas muito dos artistas que faziam parte da escola migraram para outros países, levando a
influência da arquitetura moderna para outras localidades da Europa, Estados Unidos e
América do Sul.

As obras criadas na escola Bauhaus faziam o uso de materiais pré-fabricados e priorizava a


simplificação dos volumes, a geometrização das formas e predomínio de linhas retas. As
coberturas eram planas e as paredes brancas e lisas, geralmente, sem decoração. Janelas
amplas, em fita, ou vidraças de vidro também são exemplos de características de obras do
movimento. Além de arquitetos, profissionais como designers, pintores e artistas industriais
realizaram grandes obras por meio na Bauhaus.

A transição da arquitetura moderna para a arquitetura contemporânea

Houve um momento em que a arquitetura modernista passou a ser muito criticada, o que
causou o seu “fim” nos anos 70. Em 1928, ocorreu na Suíça o primeiro CIAM (Congresso
Internacional de Arquitetura Moderna). O evento tinha como objetivo discutir os rumos da
arquitetura e áreas relacionadas, como paisagismo, urbanismo, etc. Durante muitos anos, os
CIAMs exaltaram a importância da arquitetura moderna no âmbito político, social e
econômico. Mas, a partir dos anos 70, começaram a receber críticas.

Os arquitetos mais jovens alegavam que o estilo causava “monotonia” nos espaços urbanos,
além de não deixar claro o que era espaço público e privado, tornando esses ambientes
“espaços de ninguém”. Esse foi o começo do fim do movimento modernista na arquitetura.
A demolição do conjunto residencial de Pruitt-Igoe, nos EUA, é considerado o golpe fatal ao
CIAM. Ele foi demolido devido a uma ordem judicial causada pela reclamação dos
moradores da comunidade. O local teve grande aumento de violência e degradação durante
os 20 anos em que esteve de pé. No mesmo período, um grupo de arquitetos que não
concordavam com os princípios do CIAM se reuniram e criaram o Team X, com o objetivo de
propor um novo olhar sobre a arquitetura moderna e inserir novos conceitos. A partir daí,
nasceu o pós-modernismo e outros estilos que fazem parte da arquitetura contemporânea.

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