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PÓS-MODERNISMO

PÓS-MODERNO
A arquitetura pós-moderna surge como uma série de novas propostas
arquitetônicas cujo objetivo foi o de estabelecer a crítica contra o estilo
universal modernista, voltam-se para o passado, pesquisam novos e
velhos materiais, estudam o ambiente, a fim de criar uma arquitetura
que fale a linguagem cultural das pessoas que vão utilizá-la. A função
passou a obedecer a forma e a fantasia.
- Descontentamento generalizado diante da
Segundo alguns autores,
estas teriam sido as principais estética e do pensamento modernos: que não vinham
mais atender à logica do sistema, desta vez mais voltada ao consumo
causas do MOVIMENTO PÓS-
(arquitetura como bem-de-consumo) e aos reflexos dos mass media
MODERNO na arquitetura: (influências decisivas do marketing);
- Despertar histórico: representado pela maior conscientização
da importância do passado e da memória para a manutenção da
identidade cultural e limitação do desperdício energético (boom das
revitalizações e reciclagens);
- Despertar ecológico: resultado da progressiva crise ambiental,
que passa a fazer parte da realidade: a natureza passa a ser vista como
algo limitado, formado por um conjunto de ecossistemas do qual o
homem faz parte e é responsável pela manutenção de seu equilíbrio;
- Evolução tecnológica: decorrente dos avanços trazidos pela
informática, que vai influenciar todo o processo de produção e uso da
arquitetura (Era da Informação).
O FIM DO MODERNISMO
Implosão do conjunto habitacional Pruitt-Igoe, USA - 1972.
O Pruitt-Igoe talvez seja o projeto público de habitação mais infame já
construído nos Estados Unidos. Produto do programa federal de habitação
social do pós-guerra, este gigantesco edifício foi concluído em 1956.
Apenas alguns anos depois, os primeiros sinais de má conservação,
vandalismo, e crime já tomavam conta de Pruitt-Igoe. As galerias
recreativas do projeto e os elevadores “skip-stop”, anunciados na época
como inovações arquitetônicas, tinham se tornado áreas perigosas e
fontes de aborrecimentos. A grande quantidade de vagas não-ocupadas
indicava que até mesmo os pobres preferiam viver em qualquer outro
lugar mas não em Pruitt-Igoe. Em 1972, depois de gastar mais de 5 milhões
de dólares em vão para resolver os problemas em Pruitt-Igoe, a
Autoridade de Habitação de St. Louis , em um evento altamente
publicizado, demoliu três dos edifícios de muitos andares. Um ano depois,
de comum acordo com o Departamento de Alojamento e
Desenvolvimento Urbano dos Estados Unidos, eles declararam Pruitt-Igoe
irrecuperável, e arrasaram os edifícios restantes.
O Pruitt-Igoe viveu
simbolicamente como um
ícone do fracasso.
Os liberais percebem-no
como exemplificação do
tratamento apavorante dado
pelo governo aos mais
pobres.
Os críticos arquitetônicos
citam-no como a prova do
fracasso do alojamento
público de muitos andares
para famílias com crianças.
Um crítico até mesmo
afirmou que a sua
destruição sinalizou o fim do
estilo moderno na
arquitetura.
7 MITOS DA ARQUITETURA MODERNA

Peter Blake, em seu livro Form follows fiasco (1977).


MITO DA FUNÇÃO

Alegava a superioridade dos resultados estéticos


obtidos através da reciclagem de edifícios antigos,
que, se comparados aos edifícios funcionalistas, têm
a vantagem da imprevisibilidade dada pelo estímulo
das escolhas formais;
MITO DA FLEXIBILIDADE

Criticava a planta livre (ambiente amorfo), o sistema


de divisórias leves (esbanjamento de espaço e de
energia) e a habitação coletiva (falta de privacidade);
MITO DA PUREZA

Mostrava que o uso do branco como aspiração


intelectualista resultou na vulnerabilidade,
fragilidade e rápido consumo arquitetônico, além da
falta de identidade;
MITO DA TECNOLOGIA

Concluía que a industrialização fracassou na


tentativa de produzir em série os edifícios, devido às
diversidades climáticas, culturais e sociais;
MITO DO DESIGN

Afirmava que o modernismo resultou em móveis e


utensílios anti-humanos, mas que mantinham uma
sólida aliança com o poder devido à sua
identificação com a lógica produtiva do sistema;
MITO DO URBANISMO

Analisando as propostas modernas, concluiu que estas


negavam a relação entre as pessoas, o encontro e o
intercâmbio, somente possíveis nos ambientes
históricos;
MITO DA EFICIÊNCIA

Apontava que a ideia de que todos os problemas


urbanos poderiam ser resolvidos pela circulação e sua
eficiência resultava num dispêndio de energia
mecânica e humana, além de problemas de fluxo.
O automóvel: a abolição do pedestre e as armadilhas viárias
A CIDADE MODERNISTA:
OS PRINCÍPIOS DA CIDADE MODERNISTA:
O Urbanismo Modernista - Princípio 1: Universalidade e racionalidade;
surgiu como uma reação à
cidade capitalista, resultante - Princípio 2: Altas densidades com aumento das
do intenso processo de áreas verdes;
urbanização da Revolução
Industrial. - Princípio 3: Aversão à rua tradicional e fluidez do
trânsito de veículos,
A cidade “eterna e imutável”.
- Princípio 4: Separação e segregação de usos.
A CIDADE PÓS-MODERNA: - Usos principais combinados: O bairro, deve atender a mais
de uma função principal e, de preferência, a mais de duas. Essas funções
O caminho para cidades devem garantir que as pessoas saiam de casa em horários diferentes e
mais interessantes passava estejam na rua por motivos diferentes.
por um conceito - Quadras curtas: A maioria das quadras deve ser curta, para
fundamental para a cidade:
permitir diversas opções de trajetos. Quadras curtas facilitam as
a diversidade. interações entre os moradores de ruas adjacentes, assim como o
surgimento de pequenos comércios nas esquinas.
- Idades diversas: O bairro deve ter uma combinação de edifícios
com idades variadas e incluir uma boa parcela de prédios antigos.
- Altas densidades: Deve haver uma densidade suficientemente
alta de pessoas, porque a densidade pode sustentar usos mais
especializados e, com isso, contribuir para a diversidade.
- Separação entre o espaço público e o privado: A
falta de privacidade e a proximidade forçada pelo uso de pilotis dispostos
sobre áreas públicas, por onde todos poderiam circular livremente
prejudicariam as possibilidades de trocas sociais.
CARACTERÍSTICAS - O ornamento é recuperado: até colunas gregas
ARQUITETÔNICAS:
reaparecem.
- A emoção e o humor das curvas, opõem-se às
retas racionais.
- Contra a pureza, o ecletismo: junta-se ornamento
barroco com vidro fumê.
- No lugar da abstração, a fantasia (edifícios em
A marca típica da arquitetura
pós-moderna é a combinatória
forma de piano por exemplo).
linhas e formas curvas com - Busca-se a vida com a volta da cor.
linhas e formas oblíquas. Dá
em desequilíbrio, decoração, - Evita-se a série repetitiva, monótona.
movimento, bizarrice, fantasia, - Acrescentaram materiais abandonados (cascalho)
alegria (o oposto do
modernismo). ou bem recentes (fórmica e acrílico).
O Pós-Modernismo deixa o puro para trás, trazendo
Em suas obras, os pós-
modernistas faziam o hibridismo, a complexidade e contradição; e
releituras de movimentos apontando a possibilidade de novos rumos.
passados, fazendo junção
deles, misturando estilos.
Fazendo verdadeiras
aventuras pelas formas que
constituem os projetos, com
certos desenhos curiosos.
Por exemplo, utilizando
frontões e colunas jônicas
em seus projetos causando
espanto em arquitetos que
continuam em linhas
modernistas, mas fazendo os
seus “leitores” discutirem,
criando conceitos sobre as
obras.
Fenando Peixoto,
Salvador – BA.
Centro empresarial –
Salvador – BA.
Museu de mineralogia,
Belo Horizonte – MG.
Casa do comércio: Salvador – BA.

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