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UNIDADE I

Teoria e História da
Arquitetura e Urbanismo
(Urbanismo I)
Profa. Dra. Valéria Garcia
Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo (THAU-URB I)

 Definições contemporâneas
de urbanismo, urbanização,
cidade, metrópole,
metropolização
e desmetropolização.

 As intervenções urbanas
das décadas de 1970
a 2022.

Pequim – China (Beijing City)


Kentaro Iemoto, Tóquio, Japão.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Beijing_City_(4214640799).jpg
Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo (THAU-URB I)

 Estudo da produção recente, nacional


e internacional.
 Repertório do urbanismo contemporâneo
como expressão de um determinado
contexto histórico, político, social,
econômico e cultural.

Alegoria do bom e do mau Governo (Parte)


Efeitos do bom governo (1338-1339)
Ambrogio Lorenzetti (1290–1348)
Afresco: 296 x 1398 cm
Palazzo Pubblico - Sala dos Nove
Siena – Itália

Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ambrogio_Lorenzetti_-
_Effects_of_Good_Government_in_the_city_-_Google_Art_Project.jpg
Cidade

 Cidade, espaço social complexo.


 Pode ser definida como agrupamento de pessoas que não produzem
seus meios de subsistência alimentar.
 A existência da cidade pressupõe divisão técnica, social e espacial da
produção e implica em trocas de natureza diversa entre aqueles que
produzem os bens de subsistência e os que produzem bens
manufaturados (artesãos), bens simbólicos (religiosos, artistas etc.), o
poder e a proteção.

Fonte: ASCHER, F.
Os novos princípios do Urbanismo. São Paulo:
Romano Guerra, 2010.
Cidade: Pólis, Civitas ou Urbis?

 Pólis significa cidade-estado.

 Na Grécia Antiga, a pólis era um


pequeno território localizado
geograficamente no ponto mais alto
da região e cujas características
eram equivalentes a uma cidade.

Aula: Profa. Valéria Garcia


Realizada a partir de maquete da cidade de Priene
Fonte: https://historyofarchitecture.weebly.com/civic-urban-planning.html
Cidade: Pólis, Civitas ou Urbis?

 Cidade: designação que tem origem em


Cardus
civitas, significava originalmente “condição N/S Decumanus
de cidadão”. L/O

 Civitas deriva de cives, que pode ser Fórum


traduzido como “homem que vive na Templo
cidade” ou “cidadão”.
Porta
 Civil, civilização e outras palavras dessa
Muralha
família também tem cives como sua origem.

Caminhos

Aqueduto

Aula: Profa. Valéria Garcia


Realizada sobre iconografia que mostra modelo de organização das
cidades romanas.
Fonte: adaptado de: https://www.world-rt.com/images/barcino.jpg
Cidade: Pólis, Civitas ou Urbis?

 Sua origem vem de orbis, pois


Ritual de Fundação
muitas cidades foram erigidas a
partir de um projeto circular
ou orbis.
 O urbis ou urbes por excelência foi,
para eles, a cidade de Roma.

Ritual simbólico envolvia a


definição e a manutenção
das fronteiras entre o divino
e o humano.

Aula: Profa. Valéria Garcia


Fonte: Benévolo (1993).
Urbano

 Cidade: distribuição de uma sociedade em determinado espaço


ou território.
 Urbano: reprodução da vida em todas as suas dimensões:
 Produção da cidade como espaço construído (urbanização);
 Espaço social da cidade como ambiente de trocas e trabalho;
 Espaço social da cidade como ambiente das relações humanas;
 Organização e hierarquização simbólica:
 Poder, religião e cultura.

Fonte: LEFEBVRE, H.
O direito à cidade. São Paulo:
Centauro, 2001.
Urbanidade e vida urbana

 Urbanidade: conjunto de relações que acontecem no espaço urbano, tanto no plano material
como social (Manuel de Solà-Morales).
 Vida urbana: conceito que se refere à vida humana em uma cidade grande.

City Life (Vida Urbana) (1934). Parte: Detalhe 1.


Victor Arnautoff (1896-1979)
Mural: 304 x 1097 cm
Coit Tower, São Francisco, Estados Unidos

Fonte:
https://americangallery20th.wordpress.com/
2017/09/20/victor-arnautoff-1896-1979/
Urbanização

 Processo de transferência de pessoas do meio rural para o meio urbano, principalmente para
as cidades.
 Concentração cada vez mais densa de população, em aglomerações de caráter urbano que
designamos como cidade.
 Crescimento acelerado responde ao processo de industrialização que remonta a meados do
século XIX.

Vista noturna do planeta Terra realizada pelo satélite Verner Suomi. NASA Earth
Observatory.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:The_earth_at_night.jpg
Urbanização: crescimento da população mundial

 Processos de urbanização devem ser Explosão Demográfica


Mil milhões
compreendidos por meio de 10
perspectiva multidisciplinar. 9 300 000 000
Regime demográfico primitivo

 Inserido no contexto de uma sociedade em 8


Revolução demográfica
Explosão demográfica
Evolução estimada
processo de constante
crescimento demográfico. 6 6 080 000 000

 Responde a uma forte pressão


de civilização e urbanidade, enfrentando
4
suas demandas e problemas.
2 500 000 000

800 000 000

0
0 500 1000 1500 1750 1800 1850 1900 1950 1975 1997 2000 2015 2050

2050
9 Bilhões 300 Milhões

População mundial, 2001


Fonte: adaptado de: U.S. Bureau of the Census.
Urbanização: crescimento urbano na virada do milênio

Distribuição geográfica por meio de 4


categorias:
Cidades que reduziram sua população.
50 cidades que recuperam população
em sua mancha urbana na década
de 1990.
72 cidades que apresentam intenso
adensamento em sua mancha urbana.
72 cidades que mostram saturação e
adensamento somente em sua área
urbana.

Expansão e Adensamento. Uma análise global sobre o crescimento urbano recente.


(Angel; Lamson-Hall; Blei; Shingade; Kumar, 2021).
Fonte: https://marroninstitute.nyu.edu/papers/densify-and-expand-a-global-analysis-of-
recent-urban-growth
Urbanização: hierarquia urbana

 Metrópole mundial: referência não só em seu país, mas no mundo todo: Nova Iorque,
São Paulo.

 Metrópole nacional: influência em todo território nacional: São Paulo,


Rio de Janeiro, Salvador.

 Metrópole regional: maior que 1 milhão de habitantes. Atua sobre diversas cidades menores:
Campinas, Goiânia.

 Capital regional: polo de referência para centros regionais


menores: Florianópolis, Cuiabá.

 Centro regional: influência sobre cidades menores: Região


Metropolitana de Ribeirão Preto.
Conceitos de urbanização

 Sítio urbano: localização do espaço da cidade e sua relação com a geomorfologia local.

 Conurbação: situação em que duas ou mais cidades, inicialmente separadas, crescem


horizontalmente e se fundem fisicamente, conservando, cada uma delas, sua autonomia.

 Área metropolitana: área estabelecida entre uma cidade central e as cidades periféricas pela
interligação física, política, econômica e social.

 Megalópole: união de várias áreas metropolitanas:


 Nova Iorque + Virgínia.
 Tóquio + Yokohama + Nagoya.
 Osaka + Kobe.
 São Paulo + Campinas.
Conceitos de urbanização: conurbação

 Estudos sobre conurbação surgem nos primeiros


anos do século XX, quando o processo de Região
urbanização das cidades começou a se intensificar. Megalópole metropolitana
 Com o crescimento das cidades, os municípios
próximos começaram a se encontrar, fazendo com
que suas fronteiras fossem mescladas e seus núcleos
urbanos fossem integrados.
 O processo de conurbação é um dos responsáveis
pela formação das regiões metropolitanas.

Conurbação

Patrick Geddes em 1886 Patrick Geddes


Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Patrick_Geddes_(1886).jpg (1854-1932)
Conceitos de urbanização: metrópole

 Metrópole: cidade principal de uma região, normalmente conurbada com outras. Costuma ser
de grande porte e concentra atividades econômicas e sociais de uma região.

 Etimologicamente, a palavra metrópole é composta por dois elementos em grego: metro,


(metér, metrós) que significa “mãe” e polis, que é “cidade”. Metrópole é, portanto, a
cidade mãe.

 A formação das metrópoles modernas: processo de reorganização das funções urbanas


tendo em vista a emergência do modo de produção industrial.

 Prevê a concentração estratégica de capital, divisão social e


funcional da cidade e expansão permanente do tecido urbano
(crescimento ilimitado).
Conceitos de urbanização: metrópole

 Macrometrópole paulista: conurbação:


Grande São Paulo, Campinas e
Baixada Santista.

 Imagem do satélite Landsat em que se vê a


região metropolitana da Grande São Paulo,
de Campinas e da Baixada Santista.

Processo de Conurbação: Grande São Paulo


Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:SaoPaulo-Landsat-2.jpg
Conceitos de urbanização: metrópole

 O processo de metropolização moderno impõe demandas do sistema econômico, o que gera


necessidade de renovação e adaptação das cidades.
 Como consequências do processo de metropolização, temos a dispersão dos habitantes em
distantes territórios urbanos, que recebem a denominação de periferia e o surgimento de
setores fabris, precursores dos distritos industriais.
 Segundo Meyer (2001), a maioria das metrópoles mundiais está em países em
desenvolvimento, o que demostra a formação da megacidade pobre.

Fonte: MEYER, Regina. O espaço da vida coletiva. In:


Viva o centro. O Centro da Metrópole: reflexões e
propostas para a cidade democrática do século XXI. São
Paulo: Terceiro Nome/ Viva o Centro/ Imprensa Oficial do
Estado, 2001.
Conceitos de urbanização: megalópole

 Região urbana pluripolarizada por diferentes metrópoles conurbadas ou em processo de


conurbação. Trata-se de aglomerações que apresentam intenso desenvolvimento urbano.
 O conjunto da megalópole mostra uma integração econômica e intensos fluxos de pessoas
e mercadorias.
 É servida por meios de transporte rápidos que viabilizam esses fluxos.

Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Megal%C3%B3pole_Rio-SP.jpg
Conceitos de urbanização: megalópole

 A criação do termo é um neologismo do precursor do


planejamento urbano, Patrick Geddes.
 O ajuntamento urbano, que cobre parte do nordeste
dos Estados Unidos interligando várias regiões
metropolitanas desde Boston até Washington DC, foi
denominado de Bos-Wash.

NASA Earth Observatory/NOAA NGDC


Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Northeast_megalopolis_at_night.jpg
Desmetropolização: metropolização regional

 Desindustrialização e reprimarização:
transformação na distribuição do sistema
produtivo implica na reorganização da
acumulação do capital pelo território nacional.
 Passa-se da regionalização metropolitana à
metropolização regional.
 A nova dinâmica urbana fortalece a expansão
das cidades médias, vinculadas aos setores
agrícola, pecuário e extrativo
mineral exportador.

Regiões Metropolitanas Estruturais


Regiões Metropolitanas Transitivas
Regiões Metropolitanas Formais

Fonte: Leopoldo (2020).


Urbanização: escalas, conexões e mercados

 Primeira Globalização: Idade Média e Renascimento.


 Expansão ultramarina e grandes descobrimentos.
 Incremento de trocas comerciais.
 Segunda Globalização: Iluminismo e Modernismo.
 Revolução Industrial e emergência da sociedade industrial.
 Grandes fluxos migratórios. Expansão Ultramarina
 Expansão planetária e trocas comerciais. Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/
commons/5/55/Age_of_Discovery_explorations_in_
English.png

Locomotiva. Revolução Industrial.


Fonte: https://upload.wikimedia.org/
wikipedia/commons/0/0b/FS_640121.
png?20110506195900
Urbanização: escalas, conexões e mercados

Terceira Globalização: Período Contemporâneo


 Era Pós-Industrial e pós-urbana;
 Desenvolvimento das tecnologias e dos meios de
comunicação (transportes e telecomunicações);
 Declínio do papel integrador do Estado;
 Terceirização de serviços e da ação sobre a própria
organização urbana;
 Cultura urbana que empurra limites.

Terceira Globalização
Fonte: https://static.significados.com.br/foto/tipos-de-
globalizacao-f2-fb.jpg
Cidades globais

 A condição urbana generalizada está na origem de um sistema


urbano globalizado.
 Privilegia redes e fluxos, contribuindo para distinguir os lugares
entre si, para hierarquizá-los e, sobretudo, fragmentá-los.
 A globalização urbana não é acompanhada do fim dos territórios,
mas da reconfiguração territorial que favorece os fluxos sobre os
lugares e a privatização em detrimento da vida pública.

Qual o papel das grandes


corporações na
reconfiguração dos
espaços urbanos?

Saskia Sassen
Fonte:
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/f/f5/Saski
a_Sassen-rebulica2016a.JPG/400px-Saskia_Sassen- Saskia Sassen
rebulica2016a.JPG?20160507190540 (1949)
Cidades globais

 Economia de arquipélago.
 Globalização dos territórios está na origem de um processo de marginalização e exclusão.
 Longe de se confundir com um amontoado anárquico, a cidade global constitui um território
circunscrito e protegido.
 Rompe com os sistemas de organização hierárquica que correspondem à organização da
cidade industrial.

Cidades globais
Fonte: https://commons.wikimedia.org/
wiki/File:GaWC_World_Cities.png
Cidade contemporânea: obsolescência funcional e requalificação

 Mudanças na organização da produção, nos sistemas de transporte e de comunicações


deixaram áreas obsoletas, pátios ferroviários, áreas portuárias, armazéns, edifícios
industriais, que demandam reciclagem ou reconstrução (ZANETTI, 2005).

GRAN VIA DE LES


CORTS CATALANES

PLAÇA DE
CASTELLA

Fonte: adaptado de: Google Earth: PLAÇA DE


MACBA e Plaça dels Àngels TERENCI MOIX
LA RAMBLA

MACBA
Museu de Arte Contemporânea de Barcelona PLAÇA DELS ÀNGELS
Cidade contemporânea: obsolescência funcional e requalificação

 A prática urbanística passou pela revisão de seus fundamentos nos anos 1980 e 1990.
 A experiência da reestruturação e da renovação da cidade de Barcelona se apresenta como
modelo de práticas de planejamento urbano atento à crítica às intervenções monofuncionais
e aberta à incorporação de novas centralidades articuladas ao tecido urbano preexistente.

Acesso
Banco estacionamento
Elemento visual
Janelas vizinhas
Ramblas

Zonas de permanência / Habitantes


Ronda de Sant Antoni Zonas de circulação / Territoriantes
Janelas vizinhas Restaurantes Acesso Banco
estacionamento
Leitura gráfica de uso e fluxo na Praça dels Ángels.
Fonte: adaptado de: Lira (2011) .
Cidade contemporânea: gentrificação

 Gentrificação advém da tradução da definição inglesa gentrification e deriva do inglês gentry


que significa “de origem nobre”.
 Reestruturação de bairros e áreas em processo de obsolescência, causando a substituição
de pequenas lojas e antigas residências. Por isso, gentrificação tem sido interpretada como a
revitalização dos espaços urbanos ou a aparente substituição de paisagens de caráter
popular por construções típicas de áreas nobres.

INEP - 2017 - ENADE - Arquitetura e Urbanismo


Fonte: http://www.justrenttoown.com. Acesso em: 4 jul. 2017.
Cidade contemporânea: espaços públicos

 Compreender o significado e as possibilidades do que se denomina “espaço público” é


demanda obrigatória ao arquiteto urbanista em seu processo de formação acadêmica.
 Com o adensamento populacional das cidades contemporâneas, o acesso a espaços
públicos torna-se uma questão essencial. A arborização nos centros urbanos proporciona
relaxamento e diminui os níveis de estresse.
 A qualidade de vida de uma cidade depende da existência coletiva expressa nos espaços
públicos dispostos democraticamente pela cidade; seja o parque, a praça, a praia ou a rua.

São Paulo: Parque Trianon, MASP, Vão


livre do MASP, Avenida Nove de Julho.
Fonte: https://commons.wikimedia.org/
wiki/File:Parque_Trianon_Masp.jpg
Interatividade

A expressão megalópole tem o objetivo de assinalar uma área hierarquicamente superior


às metrópoles.

Leia as alternativas a seguir e assinale a afirmação verdadeira:


Interatividade

a) Uma megalópole é definida como uma extensa região urbanizada, formada por várias
metrópoles e regiões metropolitanas conurbadas, formando uma urbanização semicontínua
interligada por cidades de médio e pequeno porte. O conjunto da megalópole apresenta
uma forte integração econômica e intensos fluxos de pessoas e mercadorias.
b) A maior megalópole do mundo contemporâneo é chamada de Complexo Metropolitano do
Sudeste. Trata-se de uma megalópole formada por duas metrópoles globais (São Paulo e
Rio de Janeiro), duas metrópoles regionais (Campinas e Baixada Santista) e cidades
médias, como São José dos Campos, Volta Redonda e outras.
c) Os conceitos de megalópole e megacidade são sinônimos e
atentam para fatores demográficos resultantes dos processos
de conurbação de áreas metropolitanas próximas.
d) O termo foi idealizado pelo estudioso das cidades, Lewis
Mumford, que se dedicou a compreender os ajuntamentos
urbanos que interligam as regiões metropolitanas.
e) A fusão entre as regiões metropolitanas de Goiânia e do
Distrito Federal apresenta o processo de conurbação
denominado como megalópole em formação.
Resposta

a) Uma megalópole é definida como uma extensa região urbanizada, formada por várias
metrópoles e regiões metropolitanas conurbadas, formando uma urbanização semicontínua
interligada por cidades de médio e pequeno porte. O conjunto da megalópole apresenta
uma forte integração econômica e intensos fluxos de pessoas e mercadorias.
b) A maior megalópole do mundo contemporâneo é chamada de Complexo Metropolitano do
Sudeste. Trata-se de uma megalópole formada por duas metrópoles globais (São Paulo e
Rio de Janeiro), duas metrópoles regionais (Campinas e Baixada Santista) e cidades
médias, como São José dos Campos, Volta Redonda e outras.
c) Os conceitos de megalópole e megacidade são sinônimos e
atentam para fatores demográficos resultantes dos processos
de conurbação de áreas metropolitanas próximas.
d) O termo foi idealizado pelo estudioso das cidades, Lewis
Mumford, que se dedicou a compreender os ajuntamentos
urbanos que interligam as regiões metropolitanas.
e) A fusão entre as regiões metropolitanas de Goiânia e do
Distrito Federal apresenta o processo de conurbação
denominado como megalópole em formação.
Resposta

Comentário:
 O termo megalópole, apresentado pelo planejador urbano Patrick Geddes, tem objetivo de
circunscrever o processo de conexão/conurbação de várias regiões metropolitanas. Um dos
primeiros exemplos de uma megalópole surgiu na costa nordeste dos EUA, de Boston a
Washington – a megalópole Bos-Wash.
Urbanismo

 Estuda os assentamentos
humanos e os fenômenos
ligados à urbanização.
 Propõe intervenções no
tecido urbano.
 Atuação multidisciplinar.
 Participa na formulação de
políticas públicas.

Maquete urbana. Centro de Planejamento Urbano de Shanghai


Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Shanghai_Urban_Planning_Museum_(1393144768).jpg
Urbanismo

 O urbanismo: ciência que nasceu no final do século XIX.


 Engloba a ação de projetar e ordenar espaços
construídos.
 Estuda a organização e a intervenção no espaço urbano,
como prática das transformações necessárias para
enfrentar as condições de habitação e salubridade em
que viviam os habitantes de grandes cidades europeias,
na época da Revolução Industrial.
Produção de barras de aço
Fonte: https://upload.wikimedia.org/
wikipedia/commons/f/f0/1890heyenbrock.jpg

Iron Bridge sobre o Rio Severn


Fonte: https://upload.wikimedia.org/
wikipedia/commons/0/02/Ironbridge_e.JPG
Origem do termo: urbanismo (Agache)

 Várias versões para o surgimento do termo urbanismo.


 Segundo a escola francesa: surgiu por volta de 1910, na França, no Bulletin de la
Societé Geographique.
 Alfred Agache (arquiteto e urbanista francês): advoga ser o criador do termo.
Conceitua urbanismo como: O QUE É O URBANISMO
O Urbanismo é uma Sciencia e uma
Arte, e sobretudo uma Philosophia
Cidade do Rio de Janeiro. Remodelação, extensão e social. Entende-se por Urbanismo
embelezamento. Alfred Agache, 1926-1930. o conjunto de regras aplicadas ao
Fonte: http://planourbano.rio.rj.gov.br/ melhoramento da edificação, do
arruamento, da circulação e do
descongestionamento das artérias
publicas. E a remodelação, a
extensão e o embellezamento de
uma cidade levados a efeito
mediante um estudo methodico da
geographia humana e da
topographia urbana sem descurar
as soluções financeiras.

Definição de urbanismo Alfred Agache


Fonte: Agache (1930). Fonte: Agache (1930).
Origem do termo: urbanismo (Agache)

 O Plano Agache: a primeira proposta de intervenção urbanística na cidade do Rio de Janeiro


com preocupações genuinamente modernas.
 O projeto foi concluído em 1930, introduziu no cenário nacional algumas questões típicas da
cidade industrial, tais como o planejamento do transporte de massas e do abastecimento de
águas, a habitação operária e o crescimento das favelas.
 Levantamento histórico e componentes antropogeográficos.

Cidade do Rio de Janeiro. Remodelação, extensão


e embelezamento. Alfred Agache, 1926-1930.
Fonte: http://planourbano.rio.rj.gov.br/
Origem do termo: urbanismo (Cerdá)

 O termo urbanismo teria sido criado em 1867, quando Ildefons Cerdá escreve A Teoria Geral
da Urbanização. Cunhou o neologismo urbanização, enfatizando a ação sobre a urbe para
designar os diferentes tipos de assentamentos humanos.
 Engenheiro responsável pelo Plan de Ensanche, Barcelona.

Retrato de Ildefons Cerdá (1815-


1876)
Fonte: https://commons.wikimedia.org/
wiki/File:Barcelona_plano.jpg

Plano de Barcelona: Plan de Ensanche


Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Ensanche_-
_eixample_-_Barcelona.jpg#/media/File:Barcelona_plano.jpg
Origem do termo: urbanismo (Cerdá)

 1859: expansão da cidade


motiva elaboração de
concurso.
 1860: aprovação do projeto
de Cerdá.

Vista aérea da cidade de Barcelona


Fonte: https://br.freepik.com/fotos-gratis/
vista-aerea-do-distrito-de-eixample-barcelona-espanha_1583870.htm
Origem do termo: urbanismo (Cerdá)
133,3 m
Fundamentos teóricos do projeto:
 Cidade: movimento e repouso.

133,3 m
 Rua: infraestrutura, transporte, ventilação e iluminação.
 Distribuição, organização das quadras pelo sistema
geométrico da malha viária.
 Lógica ortogonal: funcionalidade do sistema de transporte.
 Plano deve possibilitar a extensão ilimitada da cidade.
 União entre a cidade antiga e a nova zona de extensão.

20 m
16 m
14 m 20 m
20 m

Plano de Barcelona: Largura da rua, gabarito favorece iluminação e ventilação.


Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Eixemple07-fr.svg
Cronologia do desenvolvimento urbano

1. Cidade industrial (1850-1921)


2. Cidade moderna (1922-1960)
3. Cidade pós-moderna (1961-1991)
4. Cidade contemporânea (1992-hoje)

Exemplo de projeto urbano moderno


Interior do Espaço Lucio Costa, com a maquete de Brasília e ao
fundo as cópias dos croquis e do Relatório do Plano Piloto.
Obra de Michelya1409
Fonte: https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=93620399
1. Cidade industrial (1850-1922)

 Condensa e potencializa em seu tecido urbano todos os ingredientes que produzem o


antivital, o insalubre, as mazelas e as precariedades sanitárias que resultam do
adensamento populacional em torno dos polos produtores da indústria.
 Agentes geradores do antivital: mina, carvão e ferrovia.

Gustave Doré (1876) Gustave Doré (1876)


A rua transforma-se em sala de estar e loja Cidade Industrial Inglesa
Fonte: Ottoni (1996). Fonte: Ottoni (1996).
1. Cidade industrial (1850-1922)

 Espaços de moradia: condições precárias de higiene


favorecem a disseminação de doenças.
 Grã-Bretanha (1875-1890): lei de habitação para a
classe trabalhadora.
 Padrão mínimo exigido gera um sistema de assentamento
chamado by Law nos bairros operários: padrão uniforme
de organização mecânica.
Fila de casas realizadas por
empreendedores imobiliários na
década de 1860
Fonte: Benévolo (1993).

Bairro operário: Houses by Law.


Desenvolvimento suburbano em estrita
geometria pelas normas
Fonte: Ottoni (1996).
1. Cidade industrial (1850-1922): projetos viários e de saneamento

 Esgoto da cidade de Londres: obra de engenharia do século XIX.


 O trabalho começou em 1859 e levou 20 anos para ser concluído.
 A ideia de ruas retas, amplas e pavimentadas interessou as
autoridades que viram nessa configuração a solução para os
problemas urbanos.
 A uniformidade da tipologia e a rigidez na organização espacial
mostraram-se inadequadas ao ambiente residencial, no entanto, sua
resposta aos princípios básicos que estabeleciam a necessidade de
ventilação e iluminação prevaleceu.

Instalações da cidade na metade do século XIX: obras de


construção de esgoto em Fleet Street, Londres (1845)
Fonte: Benévolo (1993).
Cidade industrial (1850-1922): matéria-prima para reflexão urbanística

 Edificações salubres: ventilação e


iluminação adequadas.
 Lote: demarcação da propriedade e implantação
de serviços urbanos de água e esgoto.
 Rua: calçamento e pavimentação.
 Quadra: delimitação entre áreas públicas
e privadas.

Fonte: SORIA y MATA, Arturo. Tratados de urbanismo y sociedad. Madrid: Clan Libros, 2004.
2. Cidade moderna (1922-1960): Ciam

 Edificações de alta densidade dispersas em


áreas verdes de forma a proporcionar
ambiente ventilados e iluminados.
 Distanciamento entre pedestres e sistema
viário de fluxo intenso.
 Desmantelamento de quadras e lotes a favor
da valorização de espaços de uso comum e
ambientes de lazer e descanso.

Fonte: LE CORBUSIER.
Precisões sobre um Estado
presente na Arquitetura e
Urbanismo. São Paulo:
Cosac & Naify, 2004.
2. Cidade moderna (1922-1960): Ciam

 “Só ingressaremos de verdade no urbanismo


moderno após esta decisão prévia. A rua - É preciso matar a
corredor, nascida na época do cavalo ou do “rua-corredor”
carro de boi, era margeada por casas térreas,
às vezes providas de um andar”.
 “As ruas-corredores fazem a cidade-
corredores. A cidade inteira é feita de
corredores. Que aspecto! Que estética!”
(LE CORBUSIER, 2004).

Fonte: LE CORBUSIER. Precisões sobre um Estado presente na


Arquitetura e Urbanismo. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
2. Cidade moderna (1922-1960): Ciam

 “Poderíamos e podemos eliminar


todos os corredores?
 Eliminar tudo aquilo que margeia as
ruas, reduzindo os pátios a zero,
empilhando em altura o cubo das [174] [175]

construções [...]. Eliminar os pátios


e redistribuí-los em espaços livres à
direita e à esquerda [...]”
(LE CORBUSIER, 2004).
[178]

Fonte: LE CORBUSIER. Precisões sobre um Estado presente na


Arquitetura e Urbanismo. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
2. Cidade moderna (1922-1960): Ciam

 Corbusier e Gropius sentiram a necessidade de um fórum internacional de debates que os


fortalecesse pela união.
 De 1928 a 1956, o congresso se reuniu por dez vezes, tratando de temas como o habitat
mínimo, o edifício racional, a cidade funcional, a habitação coletiva e o núcleo da cidade.
 Seu mais conhecido produto foi a Carta de Atenas, produzida no Ciam IV, de 1933.
Walter Gropius. Arquiteto alemão precursor
do Ciam e diretor da Bauhaus
Fonte: https://commons.wikimedia.org/
wiki/File:Der_Architekt_Walter_Gropius,_Begr
%C3%BCnder_des_Staatlichen_Bauhauses_
Weimar,_um_1919.jpg

Le Corbusier. Arquiteto francês


precursor do Ciam
Fonte: https://commons.wikimedia.
org/wiki/File:Le_Corbusier_(1964)_
Stedelijk_Museum_Sikkensprijzen
_916-9288_(cropped).jpg
2. Cidade moderna (1922-1960): Ciam

Ciam – Congresso Internacional de Arquitetura Moderna:


 Marco inicial do período “acadêmico” do Movimento Moderno.
 Sucede o período das vanguardas.
 Iniciativa de Hélène de Mandrot – mecenas da Arquitetura Moderna.
 Primeira reunião em 1928 acontece no castelo de Mandrot em La Sarraz, Suíça.

Primeiro Congresso realizado


em La Sarraz
Fonte: https://commons.
wikimedia.org/wiki/File:CIAM_192
8_-_La_Sarraz.png
2. Cidade moderna (1922-1960): Ciam

Ciam – Congresso Internacional de Arquitetura Moderna:


 1928: La Sarraz, Suíça (Fundação).
 1929: Frankfurt, Alemanha (Habitação Mínima).
 1930: Bruxelas, Bélgica (Reorganização do lote).
 1933: Atenas, Grécia (Lógica da cidade moderna) Carta de Atenas.
 1937: Paris, França (Moradia e recreação).
 1947: Bridgwater, Inglaterra (Podem nossas cidades sobreviver?).
 1949: Bérgamo, Itália (Sobre cultura arquitetônica).
 1951: Hoddesdon, Inglaterra (O coração da cidade).
 1953: Aix-en-Provence, França (Carta de Habitação).
 1956: Dubrovnik, Iugoslávia (Team X).
2. Cidade moderna (1922-1960): Ciam

Carta de Atenas produzida ao final do Congresso de 1933:


 Primeira parte: cidade – conjunto econômico, social e político.
 Segunda parte: crítica à precariedade habitacional, insuficiência dos espaços de lazer, pela
disposição não funcional dos setores de trabalho e condição desatualizada das redes viárias.
 Terceira parte: proposições técnicas para cada elemento discutido na formulação crítica.

Trabalhar

Habitar Circular Recrear

Mapa Síntese Carta de Atenas.


Fonte: autoria própria.
Devem ser pensadas em conjunto com a preservação
da beleza plásticas e histórica dos tecidos urbanos.
2. Cidade moderna (1922-1960): Brasília

 Chandigarh (Le Corbusier) e Brasília (Lúcio Costa),


 Únicas cidades inteiramente projetadas de acordo
com os princípios da Carta de Atenas.
 Brasília projetou mundialmente a arquitetura brasileira,
apresentada como a última palavra em urbanismo.
 Etapa final de construção se deu um ano depois do
último congresso de Ciam.

Brasília,
1957-1960

Chandigarh,
1952-1959

Carta de Atenas aplicada:


Brasília e Chandigard.
Fonte: autoria própria.
2. Cidade moderna (1922-1960): Brasília

 Os fundamentos defendidos no texto de Le Corbusier


que completa a Carta de Atenas de 1933 estão
presentes no projeto de Lúcio Costa.
Organização funcional:
1. Separação das áreas residenciais, de lazer e
de trabalho.
2. Setorização das áreas.
SETORIZAÇÃO Via W3
3. Planejamento do uso do solo.
SQS 308 Escola
Parque

Comércio Local

Comércio Local
SQS 307

Igreja

Clube da Vizinhança
SQS 108 SQS 107

Comércio Local
Cinema
Organização funcional dos edifícios Residencial
Educacional
residenciais no Plano Piloto Comercial
Igreja
Fonte: autoria própria. Eixo W Lazer e Cultura
Saúde, segurança
2. Cidade moderna (1922-1960): Brasília

 O projeto do Plano Piloto em muito


acompanha a proposta da Cidade
radiante apresentada por Le Corbusier.
“Creio que houve sabedoria
 Os edifícios denominados de Unités nessa concepção: todos os
deveriam acompanhar o gabarito de prédios soltos do chão sobre
pilotis, no gabarito médio das
50 m de altura e funcionariam como cidades europeias tradicionais
vilas verticais. Lúcio Costa (2018) – antes do elevador-,
discorda e defende a organização das harmoniosas, humanas, tudo
Superquadras do Plano Piloto. relacionado com a vida
cotidiana; as crianças
brincando à vontade ao
alcance do chamado das
mães.”

Fonte: adaptado de: COSTA, L. Lucio Costa. Registro de uma vivência. São Paulo: SESC, Editora 34,
2018.
2. Cidade moderna (1922-1960): Brasília – unidade de vizinhança

 As superquadras de Lúcio seguem as prescrições de Clarence Perry para as Unidades


de Vizinhança.
 O conceito tem objetivo de recuperar a vida social e as relações de vizinhança perdidas com
as transformações urbanas.
 Área residencial organizada em torno de escolas e servida de comércio, serviços e
benfeitorias públicas. Equipamentos de uso coletivo são localizados nos limites da
área residencial.
Clarence Perry: Unidade de Vizinhança
Fonte: autoria própria.
Interatividade

 A qualidade de vida de uma cidade é medida pela dimensão da existência coletiva expressa
nos espaços públicos dispostos democraticamente pela cidade; seja o parque, a praça, a
praia ou mesmo a rua. Portanto, compreender o significado e as possibilidades do que se
denomina “espaço público” é demanda obrigatória ao arquiteto urbanista em seu processo
de formação acadêmica.
 Entre os prédios de uma cidade, há uma rede de espaços que cria e fortalece conexões em
diferentes níveis de influência. Em um texto, eles seriam as entrelinhas: o sentido implícito
entre o concreto. Os espaços públicos, que preenchem com vida os hiatos urbanos, estão
diretamente associados à construção do que chamamos de cidade e influenciam as relações
que se criam dentro delas (PACHECO; CACCIA; AZEREDO, 2017).
Interatividade

Assinale a alternativa que não diz respeito ao pensamento urbanístico associado ao espaço
público:
a) Circunscreve locais associados ao lazer e ao descanso, abertos à conversa corriqueira e à
livre circulação e, sobretudo, à possibilidade do encontro com o outro.
b) Ambientes de uso comum e de posse de todos, que podem ser acessados livremente por
qualquer cidadão, sem custo. Por essa concepção democrática, é um local que permite a
expressão da diversidade, encontros entre cidadãos e manifestações cívicas.
c) Espaços simbólicos, formados a partir de centralidades muito definidas e fortalecidos pelo
uso cotidiano, tais como a Praça da Igreja Matriz em cidades pequenas e médias.
d) Shopping centers, denominados como centros de compras
privados, inseridos em áreas abertas ou encerradas em
edifícios de uso aberto ao público consumidor.
e) À medida que as cidades se tornam adensadas, o acesso a
espaços públicos verdes torna-se uma demanda essencial. A
arborização nos centros urbanos proporciona relaxamento e
regula os níveis de estresse, elevando a qualidade de vida.
Resposta

Assinale a alternativa que não diz respeito ao pensamento urbanístico associado ao espaço
público:
a) Circunscreve locais associados ao lazer e ao descanso, abertos à conversa corriqueira e à
livre circulação e, sobretudo, à possibilidade do encontro com o outro.
b) Ambientes de uso comum e de posse de todos, que podem ser acessados livremente por
qualquer cidadão, sem custo. Por essa concepção democrática, é um local que permite a
expressão da diversidade, encontros entre cidadãos e manifestações cívicas.
c) Espaços simbólicos, formados a partir de centralidades muito definidas e fortalecidos pelo
uso cotidiano, tais como a Praça da Igreja Matriz em cidades pequenas e médias.
d) Shopping centers, denominados como centros de compras
privados, inseridos em áreas abertas ou encerradas em
edifícios de uso aberto ao público consumidor.
e) À medida que as cidades se tornam adensadas, o acesso a
espaços públicos verdes torna-se uma demanda essencial. A
arborização nos centros urbanos proporciona relaxamento e
regula os níveis de estresse, elevando a qualidade de vida.
Resposta

Comentário:
 Em meio às rápidas transformações das cidades contemporâneas, os espaços públicos têm
papel relevante como ambientes de trocas, convivências e encontros. O espaço público deve
refletir a diversidade e estimular a convivência entre as pessoas.
 A sociedade de consumo está degradando as cidades e seus espaços de encontro, nota-se
a configuração de cidades sem praças, sem calçadas largas para os pedestres, tampouco
transporte público para todos os habitantes. Atualmente, esse processo se evidencia com a
perda das interfaces de encontro dos cidadãos, dando prioridade às vias de circulação e à
mobilidade individual.
 Portanto, deve-se defender a importância do espaço público,
entendido como lugares de propriedade pública ou de uso
público, acessíveis e agradáveis para todos de forma gratuita
e sem intenção de lucro, o que inclui ruas, espaços abertos e
instalações públicas.
Referências

 AGACHE, A. Cidade do Rio de Janeiro: Extensão, Remodelação, Embelezamento. Rio de


Janeiro: Prefeitura Distrito Federal, 1930.
 ANGEL, S.; LAMSON-HALL, P.; BLEI, A.; SHINGADE, S. KUMAR, S. Densify and Expand: A
Global Analysis of Recent Urban Growth. Sustainability 2021, 13, 3835.
https://doi.org/10.3390/su13073835.
 ASCHER, F. Os novos princípios do urbanismo. São Paulo: Romano Guerra, 2010.
 BENEVOLO, L. História da cidade. São Paulo: Perspectiva, 1993.
 CHOAY, F. Urbanismo. São Paulo: Perspectiva, 2005.
 COSTA, L. Lucio Costa – Registro de uma vivência. São Paulo: SESC, Editora 34, 2018.
 LE CORBUSIER. Precisões sobre um Estado presente na
Arquitetura e Urbanismo. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
 LEFEBVRE, H. O Direito à cidade. São Paulo:
Centauro, 2001.
Referências

 LEOPOLDO, E. Regionalização Metropolitana do Brasil. Dossiê: Metropolização: dinâmicas,


escalas e estratégias. Cad. Metropole, 22 (47) Jan-Apr. 2020.
Disponível: https://doi.org/10.1590/2236-9996.2020-4704. Acesso em: 13 jul. 2022.
 LIRA, A. C. Contradições e políticas de controle no espaço público de Barcelona: um olhar
sobre a Praça dels Àngels. Caderno Metropole, São Paulo, v. 13, n. 25, p. 279-302, jan/jun
2011.
 OTTONI, D. Cidade-Jardim: Formação e Percurso de uma ideia. In: HOWARD, E. Cidades-
Jardins de Amanhã. São Paulo: Anna Blume/Hucitec, 1996.
Referências

 PACHECO, P.; CACCIA, L.; AZEREDO, L. Espaços Públicos: 10 princípios para conectar as
pessoas e a rua. WRI BRASIL. Disponível em:
https://wribrasil.org.br/pt/blog/2019/07/espacos-publicos-10-principios-para-conectar-
pessoas-e-rua. Acesso em: 25 maio 2022.
 VARGAS, H. C.; CASTILHO, A. L. H. Intervenções em centros urbanos: objetivos, estratégias
e resultados. Barueri-SP: Manole, 2006.
 ZANETTI, V. Z. Planos e Projetos ausentes: Desafios e perspectivas da requalificação das
áreas centrais de São Paulo. 2005. Tese (Doutorado) FAU-USP, 2005.
ATÉ A PRÓXIMA!

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