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Neoplasticismo
arquitetura
Este movimento de vanguarda liderado pelo holandês Piet Mondrian defendeu a total
limpeza espacial na pintura, reduzindo-a a seus elementos mais puros, buscando suas
características mais próprias e, expondo a necessidade de ressaltar o aspecto puro da
criação. Os artistas engajados neste movimento, principalmente Mondrian e o artista e
arquiteto, Theo van Doesburg, utilizaram em suas obras apenas as cores primárias,
azul, vermelho e amarelo em seu estado mais saturado, juntamente com o preto
(significando ausência total de luz), o branco (significando presença total de luz) e um
pouco de cinza, cores não encontradas na natureza em seu estado puro. Para eles a
abstração geométrica era a representação da natureza, ainda que alterada.
Na casa neoplástica de Theo van Doesburg e Van Eesteren, observamos que planos
formam caixas ocas, assim como no projeto de Thomas Rietveld para a casa Schröder
em 1924. Neste projeto percebemos a clareza linear e plana das partes separadas que
combinam com grupos de relações espaciais que se modificam.
Piet Mondrian foi um dos artistas mais importantes no movimento artístico difundido
pela De Stijl. Fundada por Theo van Doesburg e outros artistas da época, a De Stijl foi
publicada pela primeira vez em 1917, introduzindo e divulgando o movimento
Neoplástico. Devido à influência dos textos da revista, que em algumas ocasiões
assumiam tom de manifesto, o movimento foi confundido com o nome da revista.
Entre seus principais membros estavam, além de Mondrian e Theo van Doesburg, o
arquiteto Gerrit Rietveld, que desenvolveu seus projetos a partir da teoria surgida com
o movimento.
“Porque nada é mais concreto nem mais real do que uma linha, uma cor, uma
superfície… uma mulher, uma árvore, uma vaca são concretos no estado natural, mas,
no contexto da pintura, são abstratos, ilusórios, vagos, especulativos – enquanto um
plano é um plano, uma linha é uma linha, nem mais nem menos.”