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INTRODUÇÃO
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2. BIOGRAFIA
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grandes multidões, pois há uma necessidade de afirmação da convivência comunitária
que se perdeu devido ao grande crescimento das cidades.
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3. ANÁLISE DO ARQUITETO E ESTUDO DAS OBRAS
Por mais que Fábio, não pudesse discutir esse novo ideal de arquitetura em
sua universidade, eram nos grupos de estudos promovidos em ateliês, onde discutiam
arquitetura, modernidade, artes, urbanismo e tudo mais que fazia Fábio se deslumbrar
com este mundo de relações. Dentre seus colegas, encontravam-se grandes nomes da
arquitetura moderna que se revelaram posteriormente, trabalhando inclusive juntos,
como: Carlos Millan, Jorge Wilheim, Roberto Aflalo, Pedro Paulo de Melo Saraiva,
Djalma de Macedo Soares, Telésforo Cristófani, Paulo Mendes da Rocha, entre outros.
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3.1 Conjunto Habitacional Zezinho Magalhães Prado – Parque Cecap
Figura 2: Planta geral do Conjunto Habitacional Zezinho Magalhães Prado Foto: Arquivo Fundação Vilanova
Artigas. Fonte: Dissertação apresentada na FAU-USP, “ Parque CECAP Guarulhos: Transformação Urbana”,
de Solimar Mendes Issac,
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O contexto histórico desse projeto é entre as décadas de 30 e 60, onde a
política de habitação popular depois de um longo período de esquecimento, ganha lugar
de importância no país, no pós-golpe militar, foi criado o BNH – Banco Nacional de
Habitação, que tinha como objetivo financiar moradias com baixos padrões de
qualidades, localizados nas periferias das grandes cidades para pessoas da classes
médias e baixas. O que houve nesse mesmo momento histórico foi a intensa
participação dos arquitetos modernistas brasileiros sob inspiração direta das tendências
urbanísticas do momento, fundamentadas no Congressos Internacionais de Arquitetos
Modernos - CIAM e as concepções de Le Corbusier.
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Figura 3: Parque CEAP. Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=963620
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Se tratando da unidade de morar, elas são flexíveis, prevendo a proposta-
tipo, unidades com três dormitórios, sala, banheiro, cozinha e lavanderia; o acesso aos
apartamentos é através de escadas localizadas no jardim sombreado entre os edifícios,
cada escada servindo a quatro unidades do edifício, por andar.
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3.2 Centro de Convivência Cultural de Campinas – CCC de Campinas
1 - Entradas;
2 - Galeria;
3 - Foyer;
4 - Teatro;
5 - Restaurante; e
6 - Sala de Exposição.
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Existem duas entradas, uma pelo foyer e outra pelo restaurante que dão
acesso as galerias e ao centro do CCC, entrando pelo restaurante logo à esquerda se tem
acesso ao teatro que abriga cerca de 500 lugares e à direita a sala de exposição.
É feito uma analogia da disposição dos blocos do teatro com uma flor, suas
pétalas são os blocos e a praça o receptáculo, a flor do teatro que desabrocha para o
espaço urbano revelando suas qualidades e similaridades (Figura6).
1- Teatro de
Arena
2- Torre de
Iluminação.
Figura 6: Planta externa, Teatro que se abre como flor. Fonte: Arquivo Pessoal,
reprodução a Lápis
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3.3 Hospital - Escola Júlio de Mesquita Filho Fábio
O Hospital Escola Júlio de Mesquita Filho Fábio (Figura 8), também conhecido
como Hospital Escola da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, foi projetado em
1968. Ele acolheria um público de 1.000.000 de pessoas, no qual 15.000 usuários
circulariam diariamente na instituição (pacientes, médicos, estudantes, visitantes,
acompanhantes e pessoas de serviços). Dessa forma, o complexo hospitalar ficou
conhecido pela expressão “Hospital de multidão”.
Figura 8: Croqui de perspectiva do Hospital- Escola. Fonte: Livro Fábio Penteado – Ensaios de
Arquitetura
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A instituição hospitalar era composta por 800 leitos ambulatórios, que
atenderiam 4.500 consultas diárias. Ela foi projetada seguindo o padrão internacional,
porém adaptando ao que era necessária a realidade e a cultura brasileira. Além de
utilizar as técnicas mais modernas e sofisticadas para o seu desenvolvimento.
A escola, prevista para oferecer cursos para a formação de médicos, iria dispor
de 600 vagas. No entanto, Fábio Penteado e Eduardo de Almeida sugeriram uma
ampliação do projeto, no qual haveria a inclusão de um curso integrado que ofereceria
3.000 vagas.
Figura 10: Corte, evidenciando os níveis. Fonte: Livro Fábio Penteado – Ensaios de Arquitetura
O piso superior acomodaria oito setores de internação, que seriam separados por pátios
ajardinados, e no centro estariam o centro obstétrico e cirúrgico, o berçário e a unidade
de tratamento intensivo. Um piso técnico foi criado entra o piso térreo e o superior, que
possuía 2m de altura e abrigava as instalações de agua, esgoto, eletricidade, oxigênio e
ar-condicionado. Já no embasamento foram construídos, próximo a praça central, três
anfiteatros e o auditório; unidade de emergência; estacionamento; e serviços
complementares da escola e do hospital.
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Figura 11: Planta Superior. Fonte: http://vitruvius.es/revistas/read/arquitextos/11.122/3487
Figura 12: Planta Térreo. Fonte: Livro Fábio Penteado – Ensaios de Arquitetura
Figura 13: Planta de Embasamento. . Fonte: Livro Fábio Penteado – Ensaios de Arquitetura
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Sua estrutura é composta de um invólucro aparente de concreto, que em seu
interior dispõe de uma praça central que possui uma valorização luminosa, sobre domos
de iluminação zenital. O piso superior abriga as salas de internação e cirurgia, que seria
o ambiente critico da edificação, que para ser amenizado, o arquiteto criou corredores
amplos que funcionariam como “ruas públicas”, reforçando a naturalidade do ambiente.
Sua fachada (Figura 14) formada por arcos, que pousam delicadamente sobre o
solo, adaptando-se as formas topográficas do terreno gerando uma sensação de calma no
horizonte da cidade, estabelecendo um contraste com o entorno caótico e desordenado
da metrópole.
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Figura 15: Croqui esquemático da Caepla. Fonte: Livro Figura 16: Maquete volumétrica. Fonte: Livro Fábio
Fábio Penteado – Ensaios de Arquitetura Penteado – Ensaios de Arquitetura
Figura 17: Plantas do Projeto da Capela. Fonte: Livro Fábio Penteado – Ensaios de Arquitetura
Essa obra mostra como Penteado abordou a macro escala metropolitana, devido
à necessidade de se trabalhar com espaços amplos que comportem os serviços e
equipamentos públicos inerentes à funcionalidade do projeto. No entanto, Penteado
aplica sua característica de socializar o ambiente, na busca da não opressão por parte
dos usuários que utilizam a edificação.
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combater a vida caótica da cidade e promover o acolhimento do usuário minimizando o
desconforto gerado por um ambiente hospitalar. Além de, romper com símbolo rígido
que é uma instituição hospitalar e trazer naturalidade ao espaço com a instalação de
equipamentos de educação e de lazer.
Penteado reconhece nessa obra o valor simbólico que uma instituição pública
representa para a cidade e a sociedade, combatendo a rejeição ao ambiente hospitalar
tão presente na sociedade.
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e a transformação do pronto-socorro desativado em uma prisão com capacidade para
200 presos (Figura 19).
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4. CONCLUSÃO
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
http://www.vitruvius.com.br/jornal/news/read/883
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=963620
http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseacti
on=marcos_texto&cd_verbete=4269
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cecap_(Guarulhos)
http://www.portalk3.com.br/Artigo/memoria/parque-cecap-sob-o-olhar-de-seus-
moradores
http://www.parquececap.org/docs/texto2.html
“Parque CECAP Guarulhos: Transformação Urbana” dissertação de Solimar
Mendes Issac, FAU – USP, São Paulo 2007.
Livro: Fábio Penteado, Ensaios de Arquitetura.
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