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de composição.
Analisamos seu trabalho até a década de 1970 e
escolhemos uma obra para um estudo mais
detalhado.
Casa do Arquiteto - Butantã (Paulo Mendes da Rocha e João de Gennaro)
TRAJETÓRIA Paulo Archias Mendes da Rocha
• Arquiteto, urbanista e professor;
• Nasceu em Vitória (ES), no dia 25 de outubro de 1928;
• 1954: se formou na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo;
• Filho do engenheiro de portos e vias navegáveis, tem uma
formação familiar ligada à reflexão sobre a relação entre
engenharia e natureza;
• Aos 29 anos, destaca-se ao vencer o concurso para o
Ginásio do Clube Atlético Paulistano (1958);
• 1961: torna-se professor na Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU/USP), a
convite do arquiteto Vilanova Artigas;
• Integra o grupo que, com a liderança de Artigas, constitui a
chamada Escola Paulista;
• 1969: é afastado da FAU/USP pela Ditadura Militar e foi
integrado novamente em 1980, na função de auxiliar de
ensino – permanece nessa condição até tornar-se professor
titular em 1998, ano em que se aposentou;
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Imagem: ItauCultural
A ESCOLA PAULISTA
Caracteristicas de Paulo Mendes da Rocha:
A Escola Paulista representa uma parcela importante da
produção de arquitetura moderna brasileira. - Arquitetura sintética, limpa e constituída por detalhes
examinados minimante;
Liderada por Vilanova Artigas, a Escola Paulista abrange um
grupo radicado em São Paulo que realiza uma arquitetura - Valorização da relação ser e espaço, tornando-a tanto
marcada pela ênfase na técnica construtiva, pela adoção do intima quanto monumental;
concreto armado aparente e valorização da estrutura. - Concretização formalista, procura demonstrar
Paulo Mendes da Rocha ao vencer o concurso para o funcionalidade e buscar espaços para incentivar o
Ginásio do Clube Atlético Paulistano, 1958 e ganhar o convívio seja em uma cidade, em sociedade ou no local
Grande Prêmio Presidência da República na 6ª Bienal construído;
Internacional de São Paulo em 1961, ele “integra” a Escola - Arquitetura tida como uma visão poética sobre a forma,
Paulista. sendo, não apenas funcional, mas opurtuna;
O estilo arquitetônico de Mendes da Rocha é caracterizado - Sensibilidade quanto a relação do homem e natureza;
pela síntese espacial posta em elementos formais, unindo as
escolhas do projeto. As características de suas obras são o - Combinação ímpar dos seguintes atributos: a "segura
motivo de sua integração a Escola Paulista. racionalidade", a "essencialidade das soluções
construtivas", a "intransigência no emprego dos
materiais" e o "desprezo pelo supérfluo“;
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PRÊMIOS
• Prêmios :
1961: Grande Prêmio Presidência da República na
6ª Bienal Internacional de São Paulo;
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Imagem: Vermelho.org
INFLUÊNCIAS
Retratado como um arquiteto brutalista, devido ao Arquitetos:
uso dos materiais em seu estado bruto, Paulo
- Le Corbusier: A arquitetura formalista procurando
Mendes coloca o impacto social da arquitetura com o denotar a funcionalidade;
meio ambiente como um dos fatores principais na
sua abordagem. O brutalismo privilegiava a verdade - Alvar Aalto: Quanto a busca de espaços supostamente
estrutural das edificações, de forma a não esconder incentivadores do convívio humano, dentro de um
seus elementos estruturais. projeto de cidade e de sociedade;
Criticos também retratam Mendes da Rocha como - Mies Van Der Rohe: A preocupação com uma
“essencialista” por causa de sua insistência na arquitetura que mesmo sintética e limpa se exprime
pelos detalhes construtivos rigorosamente estudados;
abstração e redução da arquitetura em direção a um
espaço poético refinado. - Vilanova Artigas: O uso do concreto aparente aliado
aos grandes vãos nos quais a relação indivíduo-espaço é
ora íntima e ora monumental;
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LINHA DO TEMPO
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Images: Arcoweb
LINHA DO TEMPO
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Casa no Butantã
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Imagem: Archdaily
ANÁLISE DA OBRA
A Casa Butantã, desenhada para o arquiteto e sua
família em 1964 e concluída em 1966, é quase um
manifesto sobre uma nova maneira de morar. O
concreto aparente, a continuidade dos espaços e a
elegância das linhas despertam a atenção; mas é a
concepção radical na qual se baseia a relação entre o
privado e o comum o elemento inovador do projeto.
A casa representa sua visão da arquitetura como
experiência compartilhada do espaço.
O sistema estrutural simples e rigoroso, com apenas
quatro pilares, duas vigas mestras e lajes nervuradas,
foram citados pelo arquiteto como índices de uma
racionalidade que se procurou imprimir ao projeto,
num momento em que a discussão sobre a pré-
fabricação ganhava amplitude no Brasil.
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Fernanda
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Guilherme
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vencedor de vários prêmios. Inclusive o Pritzker
Prize em 2006 considerado o prêmio nobel da
arquitetura, Paulo Mendes da Rocha além de ser
um dos mais importantes arquitetos brasileiros. É
também, um nome de destaque no cenário
internacional.
Representante da “escola paulista”, cuja produção
se caracteriza pelo emprego “brutalista” do
concreto armado, embora não concorde com esse
termo, sua arquitetura é também considerada limpa
e crua, com a utilização da estrutura aparente.
Por influência de seu pai e avô, Mendes da Rocha
propõe a integração de suas obras com a natureza.
Para ele, “a primeira e primordial arquitetura é a
geografia”.
Wellington
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REFERÊNCIAS
ESCOLA Paulista. Em: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura
Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2019. Disponível em:
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo8817/escola-paulista>.
Acesso em: 23 de Mai. 2019. Verbete da Enciclopédia.
ISBN: 978-85-7979-060-7
PAULO Mendes da Rocha. Em: WESTING Home & Living. WESTING.
Disponível em: <www.westwing.com.br/guiar/paulo-mendes-da-
rocha/>. Acesso em: 23 de Mai. 2019
MARCO Antonio de Sá. Paulo Mendes da Rocha. Revista ipea. Brasília
– DF. Ano 13. Edição 88. 23/11/2016
XAVIER, Alberto (Org.). Depoimento de uma geração: arquitetura
moderna brasileira. rev. ampl. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.
ARTIGAS, Vilanova. Vilanova Artigas. Organização Marcelo Carvalho
Ferraz; São Paulo: Instituto Lina Bo e P. M. Bardi : Fundação Vilanova
Artigas, 1997. 215 p., il. color. (Arquitetos brasileiros).
MARIA Isabel Villac. O projeto de identidade entre idéia e desenho.
Revista Vitruvius . Ano 16. 181.00 crítica. jun. 2015
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