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FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

E
PROGRAMA UNIFICADO DE BOLSAS DE ESTUDO PARA APOIO E FORMAÇÃO DE
ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO (PUB-USP)

relatório final da pesquisa


ARQUITETURA, PLANEJAMENTO E HABITAÇÃO: BIFURCAÇÕES PROFISSIONAIS À
LUZ DA TRAJETÓRIA DO ARQUITETO PAULO SÉRGIO SOUSA E SILVA

Bolsista:
Mariana Machado de Mello
Docente responsável:
Prof. Dr. José Tavares Correia de Lira
Pesquisadores colaboradores:
Victor Piedade de Próspero (doutorando), João Bittar Fiammenghi (mestrando)

São Paulo, agosto de 2022


Sumário
1. Introdução 3

2. Deslocamentos profissionais e abrangência de atuação: A trajetória de Paulo

Sérgio Souza e Silva 4

3. Características gerais do acervo doado como um todo 9

4. Caracterização e etapas do projeto Vila Nova Cachoeirinha 11

5. Descrição do conjunto de documentos referente ao projeto 15

6. Referências Bibliográficas 27

7. Conclusão 29

8. ANEXOS 30

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1. Introdução

O mapeamento da trajetória do arquiteto Paulo Sérgio Sousa e Silva e sua atuação

em programas de habitação de interesse social, especificamente o Projeto Vila Nova

Cachoeirinha, são os objetivos deste trabalho. A pesquisa se desenvolveu

fundamentalmente ancorada ao estudo de seu acervo profissional que foi doado à Seção de

Materiais Iconográficos da biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da

Universidade de São Paulo (FAU-USP) em setembro de 2021.

Este relatório abordará, inicialmente, os deslocamentos na trajetória profissional do

arquiteto, passando por seu trabalho em escritórios de arquitetura, seu encargo nas

empresas de planejamento urbano, a docência na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo

de Santos (FAUS), na Faculdade de Belas Artes de São Paulo (FEBASP) e na Faculdade

de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP), bem como seu

trabalho com habitação de interesse social, ajuda mútua e mutirões. Serão apontadas

características gerais do acervo que foi doado, junto a uma análise qualitativa do material

acessado referente ao Complexo Vila Nova Cachoeirinha, foco da pesquisa. Por fim, será

realizado um reconhecimento mais profundo do desenvolvimento do Complexo e como o

material do acervo colabora na leitura e interpretação do mesmo.

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2. Deslocamentos profissionais e abrangência de atuação: a
trajetória de Paulo Sérgio Souza e Silva

Paulo Sergio Souza e Silva, filho de Thamyres de Souza e Silva e Gertrudes da Cruz

Leite de Souza e Silva nasceu em 1934, em São Carlos, interior paulista. Paulo Sérgio foi

casado com Wanda Whitaker Sousa e Silva, com quem teve duas filhas.

Paulo Sergio Sousa e Silva se graduou em arquitetura e urbanismo na FAU-USP em

1960. Depois de se formar, teve seu primeiro emprego no escritório do arquiteto Vilanova

Artigas, atuando como arquiteto colaborador no desenvolvimento de alguns projetos de

arquitetura, como os vestiários do São Paulo Futebol Clube, entre outros, naquele início de

década. Em 1961, desenvolveu um estudo para o Fórum de São José dos Campos, um

projeto por conta própria, paralelo ao trabalho no escritório. Em 1962 viajou à Europa com

sua esposa, viagem essa que durou até 1964. Durante a viagem fez o Curso de “Civic

Design”, na universidade de Edimburgo, na Grã Bretanha. Em 1963, trabalhou como

arquiteto e urbanista no Bella Vista Studio, em Edimburgo, chefiado pelo arquiteto e

urbanista Percy Johnson-Marshall. Estagiou em Planejamento Regional, Urbanismo e

Pré-fabricação, no programa da Association pour L'Organisation des Stages dans l’Industrie

Française, em 1964, junto ao Ministério da construção, em Paris.

De volta ao Brasil, junto ao arquiteto Geraldo Serra, abriu o Escritório Serra e Silva

Arquitetos Associados Ltda, trabalhando na diretoria técnica e como co-autor de projetos de

arquitetura. Desenvolveu em 1966 o Refeitório para Cadetes na Academia de Força Aérea

em Pirassununga, São Paulo. Sua parceria com Serra foi encerrada em 1967. Nesse

mesmo ano ingressou na Hidroservice, grande empresa de engenharia consultiva. Ali,

trabalhou na elaboração e gerenciamento de projetos na área de planejamento urbano,

entre os quais: o Plano Urbanístico Básico de Osasco, 1966, o Plano Diretor Preliminar de

Campo Grande, Mato Grosso e Projeto de viabilização técnico-econômica de uma central

de abastecimento em Porto Alegre (proposta) em 1968 e o Plano Diretor Preliminar de Belo

Horizonte, Minas Gerais em 1969.

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Em 1969 saiu da Hidroservice e foi contratado pela Promon, outra grande empresa

do setor, reconhecida sobretudo pelos projetos para linhas do Metrô de São Paulo. Ali,

Paulo Sérgio atuou como chefe da Divisão de Planejamento Urbano e subchefe da Divisão

de Arquitetura. . Em 1971 colaborou em projetos que foram de conjuntos residenciais e

encomendas para a General Motors até rodoviárias e fábricas.

Do trabalho como arquiteto autônomo – no qual desenvolveu uma série de casas

unifamiliares – e de sua parceria com Geraldo Serra, Paulo Sérgio se deslocou para a

condição de arquiteto assalariado junto às grandes empresas de engenharia, o que se

segue ainda a outro deslocamento rumo ao funcionalismo público. Ambos os movimentos,

diga-se de passagem, tornavam-se mais e mais comuns a seus colegas de geração. A

partir daí, a gestão de seu colega Jorge Wilheim – com quem já havia colaborado

anteriormente – frente à Secretaria de Planejamento do Governo do Estado de São Paulo,

seria uma oportunidade com desdobramentos múltiplos.

Na segunda metade da década de 1970 o arquiteto realizou diversos projetos de

desenho urbano ligados a infraestruturas de transporte na EMURB, como o Plano de

Reurbanização da área contígua à Estação Conceição do Metrô de São Paulo e a

Remodelação do Largo de Santa Cecília e na Estação República do Metrô, bem como

estudos para a Estação Anhangabaú.

De sua passagem pelo planejamento urbano e pelo desenho urbano de

infraestruturas, mais um deslocamento importante ocorre, levando o arquiteto a projetos de

habitação social. Nos primeiros anos da década de 1980, Paulo Sérgio elabora estudos e

projetos piloto para as regiões de Vila Maria, São Luiz, Estrada da Parada e Sapopemba, no

Programa Promorar.

A partir de 1983 até 1991, como assessor técnico da Sehab, participou da

concepção e gerenciamento dos empreendimentos dos projetos Mutirão Nossa Senhora da

Penha, Mutirão Cachoeirinha Leste e do próprio Complexo Vila Nova Cachoeirinha.

Também na Sehab foi responsável pelo plano do Conjunto Habitacional Fazenda do Carmo

em 1983.

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Paulo Sérgio atuou como professor de urbanismo na Faculdade de Belas Artes de

São Paulo (FEBASP), de agosto de 1979 a outubro de 1985, professor de urbanismo na

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos (FAUS) entre agosto de 1971 a outubro

de 1983, tendo passado a titular em 1973, e foi aprovado para ingresso do quadro de

instrutores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo

(FAUUSP), sem chegar a exercer. Suas experiências de ensino revelam importante

conexão com momentos cruciais de inflexão na reflexão sobre a atuação e engajamento

dos arquitetos, sobretudo nas periferias urbanas que se expandiam durante a década de

1970. Se em Santos, exatamente em 1970 e 1971 colegas seus como Sérgio Ferro,

Rodrigo Lefevre e Mayumi Watanabe empreendiam esforços relevantes para aproximar os

alunos à realidade das favelas, na Belas Artes da virada para os anos 1980 é que as

experiências de ajuda mútua ganharam fôlego coletivo e sistemático. A presença de Paulo

Sérgio em ambos os casos é fato essencial para pensar os deslocamentos de sua trajetória

e sua atuação com os primeiros mutirões autogeridos.

O arquiteto esteve envolvido intensamente nos debates e diferentes instituições da

profissão. Das diversas empresas públicas e privadas pelas quais passou à atuação no

ensino e na pesquisa. Mas também no IAB. Participou de diversas premiações e exposições

como a Premiação anual IAB/SP 1983, Premiação anual IAB/SP 1974, 1° Bienal de

Arquitetura Peruana. Fevereiro de 1970. Foi premiado em segundo lugar no Concurso

Público para anteprojeto de um Monumento aos Expedicionários do Brasil, promovido pela

Prefeitura de São Paulo e uma Menção Honrosa conferida pelo Júri Internacional de

Arquitetura da Bienal de São Paulo, em outubro de 1969 e um Prêmio IAB/SP na categoria

de habitação unifamiliar.

Paulo Sérgio Sousa e Silva faleceu em 1992, aos 58 anos, em São Paulo.

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É notável como a trajetória de Paulo Sérgio Sousa e Silva atravessa a história do

campo da arquitetura no país, e sobretudo em São Paulo, interagindo com as mais diversas

figuras profissionais que a categoria assumiu. Do arquiteto autônomo como profissional

liberal organizado em ateliês ao arquiteto assalariado contratado por grandes empresas de

engenharia consultiva. Da encomenda de casas unifamiliares ao desenho de infraestruturas

de transportes. Do planos diretores municipais à assessoria a processos de mutirão

autogerido.

Se tais deslocamentos evidenciam certa inquietação política inerente à prática

profissional e cara ao arquiteto em foco, revelam também os múltiplos caminhos em disputa

naquele campo, desde o processo de afirmação da categoria – em que Paulo Sérgio se

formou – até as tentativas de resposta aos processos de urbanização descontrolada e

periferização já consumados no fim do século.

Essa trajetória deve ser pensada em relação íntima com as movimentações de uma

série de colegas, mestres e parceiros do arquiteto ao longo do tempo, como: Wanda

Whitaker, Maria Ruth do Amaral Sampaio, Vilanova Artigas, Rodrigo Lefevre, Geraldo

Gomes Serra, Marcello Fragelli, Jorge Wilheim e muitos outros. Parte dessas personagens

tem também seus acervos sob a guarda da Seção de Materiais Iconográficos da Biblioteca

da FAU-USP, o que reforça a pertinência do aprofundamento em reflexões sobre as

transformações na profissão e as respostas oferecidas por tais trajetórias, quadro dentro do

qual este trabalho se insere.

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Imagem 1
3. Características gerais do acervo doado como um todo

O acervo do arquiteto Paulo Sérgio Sousa e Silva foi doado para a Seção de

Materiais Iconográficos da biblioteca da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da

Universidade de São Paulo (FAU-USP) em setembro de 2021. Retratando grande parte da

sua atuação profissional, o conjunto de documentos contempla 31 anos da sua carreira, de

1961 a 1992, ano de seu falecimento. O acervo é composto por 9 caixas onde estão

armazenados 28 tubos e 37 pastas. Os itens se diversificam entre originais e cópias de

seus principais projetos arquitetônicos e de planejamento , além de textos e anotações de

sua autoria ou a seu respeito, tanto em relação aos seus projetos quanto às suas atividades

acadêmicas, em condições diversas de conservação e higienização.

Foi identificado neste conjunto de projetos, plantas, elevações, cortes, detalhes,

implantações, perfis topográficos, croquis (desenhos originais), fotos, memoriais descritivos,

roteiros de trabalho, propostas técnicas, diretrizes de intervenção, cálculos estruturais,

fichamentos, roteiros de trabalho e cadernos de anotações. O conteúdo é relativo à diversos

empreendimentos da Hidroservice, PROMON, Escritório Geraldo Serra e Paulo Sérgio

Sousa e Silva , Jorge Wilheim Arquitetos Associados, COGEP, EMURB, CENPLA, SEHAB,

COHAB, Secretaria de Economia e Planejamento (SEP) e projetos elaborados como

profissional autônomo.

Percebe-se que o conjunto retrata bem a trajetória de Paulo Sérgio, abrangendo

diversos momentos da sua carreira e contemplando a abrangência de sua atuação.

Podendo revelar conexões com outros profissionais e coleções disponíveis nos acervos da

FAU-USP. Conservando, assim, o legado do arquiteto, que após ser doado se tornou

público, cumprindo, mais uma vez, sua função social.

Trata-se, portanto, de um material multitemático e com distintas escalas que

contempla , sobretudo no âmbito da produção habitacional de interesse social e do

planejamento urbano, as relações entre arquitetura, Estado e grandes empresas de

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construção, podendo ser de grande utilidade ao desenvolvimento de pesquisas futuras

acerca desses temas.

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4. Caracterização e etapas do projeto Vila Nova
Cachoeirinha

O Complexo Vila Nova Cachoeirinha foi sede do primeiro empreendimento

residencial baseado em ajuda mútua (mutirão) no município de São Paulo. Iniciado em

junho de 1982.

“No mutirão a participação popular não se dá apenas na fase de

construção das moradias, ou seja, utiliza-se a força de trabalho do grupo na

etapa de construção.[...] Na ajuda-mútua, a população não é chamada a

participar apenas na etapa construtiva, mas em todas as etapas do processo,

desde a concepção do espaço urbano, passando pela discussão do projeto

arquitetônico e definição dos regulamentos de trabalho [...] A população é

co-responsável por todas as decisões, tomadas através de mecanismos

democráticos” (Reinach, 1984: 6)

Esta diferenciação só se tornou redundante quando o mutirão agregou ao esforço

coletivo os valores organizacionais e políticos da autogestão.

A área que contém o Complexo Vila Nova Cachoeirinha foi inicialmente

desapropriada pelo município para a implantação de um cemitério, mas foi doada,

posteriormente, para a COHAB/SP especificamente para a implantação de

empreendimentos de interesse social (Souza e Silva, 1991).

Na gleba encontramos cinco situações habitacionais, três delas são

empreendimentos habitacionais baseados no processo de mutirão, os quais são Vila Nova

Cachoeirinha, Nossa Senhora da Penha e o Mutirão Cachoeirinha Leste. O projeto Boi

Molhado, teve como propósito realocar as favelas ali presentes para lotes urbanizados

através do regime de autoconstrução. Contudo, sem levar em conta os processos de

moradia evolutiva em torno de objetivos comuns. Junto a esses empreendimentos

habitacionais tem-se a favela Morro da Esperança que ocupou a encosta ao fundo do

cemitério da Vila Nova Cachoeirinha.

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Em fevereiro de 1982 o filme em Super 8 de Guilherme Coelho sobre as

cooperativas de habitação e construção uruguaias é exibido para 600 famílias moradoras na

Zona Norte de São Paulo, em um encontro organizado por assistentes sociais da prefeitura.

Estas famílias pressionavam a Cohab para serem incluídas nos programas de “moradia

evolutiva” do BNH. Logo após a exibição, em março do mesmo ano, começaram as

negociações com a Cohab para que este grupo ocupasse parte da gleba municipal de Vila

Nova Cachoeirinha com um projeto por ajuda mútua, o Projeto Vila Nova Cachoeirinha.

Após a intervenção de Guilherme Coelho, o segundo compromisso que este grupo obteve é

que a Cohab, operadora dos financiamentos do Promorar, permitisse a construção das

moradias por ajuda mútua. O contrato de financiamento com a Cohab só foi assinado em

março de 1983, após as famílias erguerem uma “casa-modelo” do projeto em setembro de

1982 para explicitar a viabilidade da construção por ajuda mútua. Foram implantadas 256

unidades habitacionais do Projeto Vila Nova Cachoeirinha entre 1982 e 1985. (Baravelli,

2006)

O “Projeto Nossa Senhora da Penha” foi o segundo empreendimento a ocupar a

gleba de Vila Nova Cachoeirinha, também com financiamento do programa Promorar. O

mutirão começou em julho de 1985. Desta vez, a Associação de Moradia Unidos de Vila

Nova Cachoeirinha contava com assessoria do arquiteto Paulo Sérgio Souza e Silva,

funcionário da Emurb - Empresa Municipal de Urbanização da prefeitura de São Paulo

(Baravelli, 2006:119). O Projeto Nossa Senhora da Penha foi acompanhado de um Plano

Diretor da Cohab, e dividido três bolsões, o projeto produziu 169 unidades habitacionais.

Paralelamente, acontecia também na mesma gleba uma forma de autoconstrução

muito mais convencional por parte dos moradores da antiga favela Boi Malhado, para os

quais coube menos que uma “moradia evolutiva” - apenas um lote urbanizado pela

prefeitura na parte mais alta do conjunto . Foram construídas 118 unidades. (Baravelli,

2006)

O terceiro canteiro por ajuda mútua a se instalar no Complexo, o mutirão

Cachoeirinha Leste, dividido em dois setores, tendo o primeiro 136 unidades unifamiliares e

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o segundo 64 unidades de prédios multifamiliares, é o primeiro a assumir a identidade

integral de “mutirão autogerido”, sendo também o mais ousado do ponto de vista

construtivo. Segundo o próprio Paulo Sérgio Sousa e Silva:

"Os mutirantes aprovaram o protótipo e passaram a manifestar seu

interesse na adoção do material e sistema construtivo nas unidades

restantes do empreendimento. Nesse sentido, a Associação de Moradia

Unidos de Vila Nova Cachoeirinha passou a considerar a possibilidade da

fabricação dos elementos de argamassa armada no próprio canteiro do

mutirão, tendo em vista a participação dos mutirantes não somente nas

montagens, mas na fabricação das peças” (Sousa e Silva, 1998 [1991]: 162).

Ver abaixo imagem de implantação do projeto e suas diferentes fases.

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5. Descrição do conjunto de documentos referente ao
projeto

O foco deste trabalho foi a análise de todo o material documental referente ao Complexo

Vila Nova Cachoeirinha. Incorporado ao arquivo da Seção Técnica de materiais

iconográficos em setembro de 2021, o acervo deste projeto específico dispõe de dois tubos

e seis pastas. A relação e descrição da documentação está disponível no Anexo 1.

O tubo 15 contém 32 desenhos, a maioria em papel translúcido. Os desenhos são

referentes a três dos empreendimentos implementados no complexo - Vila Nova

Cachoeirinha, Projeto Mutirão Cachoeirinha Leste e Projeto Mutirão Nossa Senhora da

Penha. As datas de emissão concentram-se entre os anos de 1989 a 1991. Identifica-se

implantações gerais, estudos preliminares, de drenagem de água fluviais, plantas de bacias,

instalações hidráulicas, etapas de ampliação das unidades residenciais e locação das

quadras.

Foto acervo 1 - Ampliação vertical do projeto base do Vila Nova Cachoeirinha

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Foto acervo 2 - Corte longitudinal das casas tipo D do Mutirão Nossa Senhora da Penha

Foto acervo 3 - Estudo preliminar do Bloco União da Alegria, Vila Nova Cachoeirinha

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O tubo 26 possui apenas 4 desenhos, sendo dois deles cópias uns dos outros.

Datados de maio de 1991, os dois desenhos originais são em papel translúcido do Mutirão

Cachoeirinha Leste - C de cortes das paredes e corte da fachada e planta ralos e caixa

gordura.

Foto acervo 4 - organização das fiadas de alvenaria, demonstração da preocupação com a

organização do mutirão

As pastas 2 e 10 apresentam somente textos, o TGI de Alexander Syoei Yamaguti -

“Caderno Seminário Habitação: Dos modelos atuais às possibilidades de intervenção a

curto prazo”; o artigo “Ajuda mútua e autogestão na produção da habitação de interesse

social e do meio urbano/ O caso de Vila Nova Cachoeirinha” e o “Caderno Morada Evolutiva

do promorar ao Penha”; dissertação de mestrado de Paulo Sérgio Souza e Silva, orientado

pelo Prof. Dr. Carlos A. C. Lemos. A dissertação faz uma contextualização histórica e

política e analisa a interferência desses e outros condicionantes no surgimento,

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desenvolvimento e suplantação do projeto por ajuda mútua “Nossa Senhora da Penha”,

realizado em Vila Nova Cachoeirinha entre 1985 e 1987. Há uma esperança naquela

dissertação de que uma política de habitação compreendida como autoritária estivesse

dando lugar a uma outra, participativa.

A pasta 18 possui documentação referente aos projetos do Complexo, entre eles

“FUNAPS Comunitário Diretrizes Básicas”, “Minuta do decreto - Comissão provisória de

avaliação e acompanhamento de projetos de habitação de interesse social - decreto

municipal nº29.034/90” de 04 de abril de 1991, “FUNAPS Comunitário Diretrizes e

Metodologia”, “OFÍCIO/SEHAB-891/842” de 27 de dezembro de 1984, uma página do jornal

Folha de S. Paulo do dia 3 de março de 1989 com a manchete “Erosão ameaça vivos e

mortos em Nova Cachoerinha", um “Memorando da SEHAB - 745/85” de 1º de novembro de

1985, documento da SEHAB - 372/84 de 15 de junho de 1984 redigido por Paulo Sérgio

Sousa e Silva destinado à Soc. Matilde M. M. Barros - COHAB-SP/Dir. Planejamento (12º

andar), um documento datilografado de uma entrevista do Intercarta com um mutirante e

equipe técnica, um documento com informações técnicas de localização do conjunto, uma

cartilha da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano, uma carta de Paulo Sérgio

Sousa e Silva de outubro de 1989 intitulada “Vila Nova Cachoeirinha - uma comunidade em

processo de mobilização”, um documento da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento

Urbano - Superintendência de habitação popular HABBI-FO - “Complexo Cachoeirinha -

Perfil de área e demandas envolvidas”, um documento da Secretaria de Serviços e Obras

(SSO) - Departamento de Serviços e Jardins - Praça na Av. João dos Santos Abreu -

“COHAB/Vila Nova Cachoeirinha (AR-FO) - Memorial descritivo (1ª etapa)”. Além de

desenhos, a grande maioria sem data, referentes ao Complexo Vila Nova Cachoeirinha e ao

Conjunto Habitacional Vila Nova Cachoeirinha, demonstrando, projeto básico de arruamento

e loteamento, plano diretor global alterando bolsões residenciais, varejão/recreação/lazer,

perfis terraplanagem, projeto das grades do sistema viário, plantas, cortes, vistas e

fachadas, estrutura, detalhamento portas e janelas e instalação levantamento

planialtimétrico.

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Foto 5 acervo - Planta de localização e implantação dos empreendimentos

Fotos 6 e 7 acervo - Documento de apresentação do Complexo disponibilizado pela SEHAB

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Encontra-se na pasta 19 textos e trabalhos referente aos empreendimentos, como o

Livro “A casa imaginária”, organizado por : Cremilda Medina - São Paulo de Perfil - 6,

CJE/ECA - USP, , um livro reportagem sobre habitação, estudando especificamente o caso

de Vila Nova Cachoeirinha e o TCC de Pedro Henrique Falco Ortiz - Sina do mutirante,

orientado por Cremilda Medina, a organizadora do livro citado anteriormente. Também

armazena o caderno técnico - Vila Nova Cachoeirinha/ Mutirão dos 77, três cadernos de

anotações pessoais referentes ao Vila Nova Cachoeirinha (primeiras datas registrada:

04/03/1989, 30/06/1989 e 25/03/1990), o caderno técnico- Complexo Vila Nova

Cachoeirinha e a Proposta do Plano de intervenção global da autoria de Paulo Sérgio S.

Silva, um orçamento para a execução da obra de março de 1990, um cronograma

físico-financeiro de agosto de 1989, dois relatórios de andamento escritos por Paulo Sérgio,

o primeiro de março de 1990 e o segundo de junho do mesmo ano e o artigo SOS Mutirão

Vila Nova Cachoeirinha.

Foto 8 e 7 acervo - Capa do Livro e dedicatórias escritas por Cremilda Medina e Pedro H. Ortiz
para Paulo Sergio Sousa e Silva

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Foto 10 acervo - Capa do Plano de Intervenção Global do Complexo Vila Nova Cachoeirinha

Na pasta 24 foram localizados um memorial descritivo, relatório de andamento de

julho 1990, atas de reuniões de Paulo Sergio Sousa e Silva com a Funaps, Ductor e

Provisão, documentos atestando o envio de materiais à SEHAB, orçamento para a

execução da obra (sem data), um acordo que entre si celebram a Associação de Moradia

Unidos de Vila Nova Cachoeirinha e a Oficina de Habitação e o termo de convênio que

entre si celebram a Associação de Moradia Unidos de Vila Nova Cachoeirinha e a Oficina

de Habitação. Juntamente com desenhos de terraplanagem, implantação, planta de

21
fundação, planta térreo, planta pavimento superior, planta cobertura, cortes, elevações,

fachadas, instalações de apoio, projeto Pátio da União, centro comunitário, espaço

comunitário, projetos de ampliação, instalações hidráulica, implantação quadra, fundação:

primeira fiada, etapas de construção por ajuda mútua, projeto executivo da casa evolutiva

respectivos ao Projeto Mutirão Cachoeirinha Leste.

Por último, a pasta 25 apresenta apenas um documento, “Complexo Vila Nova

Cachoeirinha” (COHAB VN Cachoeirinha e NS Penha), trata-se de um plano de intervenção

para o local, datado de 1987- 1988.

Foto 11 acervo - Implantação das quadras, Oficina de Habitação

22
Foto 12 acervo - Mutirão Cachoeirinha Leste, planta pavimento superior

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Foto 13 acervo - Mutirão Cachoeirinha Leste, corte e elevação

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Foto 14 acervo - Croqui detalhes em corte

25
Foto 15 acervo - Mutirão Cachoeirinha Leste, planta de fundação

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6. Referências Bibliográficas

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7. Conclusão

A carreira de Paulo Sérgio Sousa e Silva é sem dúvida exemplar da multiplicidade

de questões que o campo disciplinar da arquitetura enfrentou durante a segunda metade do

século XX. Passando pelas mais diversas escalas, programas e desafios, o arquiteto

desenvolveu projetos multidisciplinares que culminaram na sua participação na implantação

e criação do primeiro empreendimento residencial baseado em ajuda mútua (mutirão) no

município de São Paulo. Encadeamentos que, de certo, merecem estudos mais

aprofundados para preencher lacunas e nexos que complementam o entendimento dessa

trajetória transversal.

A doação do acervo de Paulo Sérgio Sousa e Silva à Biblioteca da FAU-USP é um

marco importante do processo de expansão e aprofundamento das pesquisas sobre um

passado recente e ainda pouco compreendido, assim como elemento importante a

complementar a multiplicidade de coleções já acondicionadas na instituição. O acesso a

este material irá, certamente, elucidar e complementar aspectos já abordados nas

pesquisas já realizadas, além de abrir novas frentes de abordagem, tornando o

entendimento das décadas de sua atuação – marcadas pela complexidade e densidade de

conflitos políticos e ideológicos – mais substancial, uma vez que sua atuação se deu em

áreas ques estiveram no centro de tais dinâmicas e processos sociais e econômicos..

O estudo realizado neste trabalho sobre o Complexo Vila Nova Cachoeirinha possui

um caráter de catalogação,identificação e mapeamento dos documentos disponibilizados

pelo acervo, assim como na compreensão de seus encadeamentos no tempo. Ademais,

espera-se dar continuidade no estudo das implicações e correlações históricas, políticas,

sociais e culturais que permearam a experiência de Vila Nova Cachoeirinha, que não só

marcou o passado, como segue sendo exemplo indispensável à reflexão histórica sobre

habitações de interesse social.

29
8. ANEXOS
a. Anexo 1
Acervo

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ANEXO 1
ACERVO PAULOSÉRGIO SOUSA E SILVA - COMPLEXO VILA NOVA CACHOEIRINHA
TUBO 15
TITULO DESENHO PROJETO DESENHO ESCALA DATA PAPEL DIMENÇÕES
Edson Francisco
jun.1984, rev.
Complexo Vila Nova Vargem e Manoel escala
Plano diretor global PSSS mar., jun.1985, Translucido 137,1 x 47,1
Cachoeirinha Guimaro dos gráfica
dez.1990.
Santos
Associação de moradia
Projeto mutirão Cachoeirinha Leste - Manoel Guimaro
unidos de Vila Nova PSSS 1 : 500 abr.1991 Translucido 98,0 x 65,3
setor 1 dos Santos
Cachoeirinha

Associação de moradia
Complexo Vila Nova Cachoeirinha -
unidos de Vila Nova
Estudo preliminar de drenagem de Ilegível Ilegível 1:10.000 mai.1991 Translucido 74,8 x 29,7
Cachoeirinha -
água fluviais plantas de bacias
Assessoria Técnica

GRC Bloco União da


Alegria - Oficinas
Estudo preliminar - planta do andar
comunitárias, CAM -
superior, planta do andar térreo, corte PSSS 1 : 250 jun.1990 Translucido 47,8 x 34,4
Centro de Aprendizado
pelo auditório, perpectiva
do Menor, Vila nova
Cachoeirinha, São Paulo
Armadura do radier Corte e planta 01 : 50 11 jul.1991 Translucido 61,7 x 44,3
Unidade residencial - projeto executivo
Projeto mutirão nossa - arquitetura Corte longitudinal AA - Edison Francisco
PSSS 1 : 25 junho 1985 Opaco 58x29.6
senhora da penha casas tipo D Corte longitudinal AA - Vargem
casas tipo D
Projeto mutirão nossa Edison Francisco
Planta nível 180 - Casas tipo E-I PSSS junho 1985 Opaco 58x29.6
senhora da penha Vargem
COHAB - SP - Vila Nova Centro Comunitário Fase 1 -
Translucido 77.5x46.3
Cachoeirinha Leste Instalações Hidráulicas
COHAB - SP - Vila Nova 29 de novembro H - 1:500 V -
Perfil das ruas PSSS Translucido
Cachoeirinha Leste de 1989 1:50
Corte transversal, corte longitudinal,
Ampliação vertical V - B muro da frente, elevação da frente, Opaco 41.9x29.5
térreo, nível superior
COHAB - SP - Vila Nova 29 de novembro
Locação das quadras PSSS 1 : 500 Translucido 57x39
Cachoeirinha Leste 1989
Casa evolutiva tipo beta Primeira etapa da ampliação planta PSSS 1 : 25 fevereiro 1989 Translucido 68x34.7
Casa evolutiva tipo beta Ampliação do térreo PSSS 1 : 25 fevereiro 1989 Translucido 68x34.7
Casa evolutiva tipo beta Núcleo Inicial - planta PSSS 1 : 25 fevereiro 1989 Translucido 68x34.7
Ampliação térreo e segundo andar -
Casa evolutiva tipo beta PSSS 1 : 25 fevereiro 1989 Translucido 68x34.7
planta térreo
Ampliação térreo e segundo andar -
Casa evolutiva tipo beta PSSS 1 : 25 fevereiro 1989 Translucido 68x34.7
planta 2º andar
TUBO 26
TITULO DESENHO PROJETO DESENHO ESCALA DATA PAPEL DIMENÇÕES
01 - Mutirão Cachoeirinha
Cortes paredes maio 1991 Translucido 63,5 x 45,5
Leste - C Com setor 2
Mutirão Cachoeirinha Corte fachada e planta ralos e caixa
maio 1991 Translucido 63,5 x 45,5
Leste - C Com setor 2 gordura
PASTA O2 - TGI ALEXANDER SYOEI YAMAGUTI (WANDA)
TÍTULO DATA FORMATO
Caderno Seminário Habitação: Dos modelos atuais às possibilidades de intervenção a curto prazo dez. 1984 Encadernado
PASTA 10 - DISSERTAÇÃO MESTRADO TEXTO 1988
TÍTULO DATA FORMATO
Artigo Ajuda mútua e auto gestão na produção da habilitação de interesse social e do meio urbano/ O caso de Vila Nova
Cachoeirinha, publicado no livro Sampaio, maria Ruth Amaral de (coord.) Habitação e Cidade, São Paulo, FAU-USP/FAPESP, jun, 1991 Datilogradado
1998, p. 177 - 68
Caderno Morada Evolutiva do Promorar ao Penha out. 1988 Encadernado
PASTA 18
TÍTULO DATA FORMATO
FUNAPS Comunitário Diretrizes Básicas Datilogradado
Minuta do decreto - Comissão provisória de avaliação e acompanhamento de projetos de habitação de interesse social - decreto
04/04/1991 Datilogradado
municipal nº29.034/90
FUNAPS Comunitário Diretrizes e Metodologia Datilogradado
OFÍCIO/SEHAB-891/84 27/12/1984 Datilogradado
Página do jornal Folha de São Paulo - Manchete - EROSÃO AMEAÇA VIVOS E MORTOS EM NOVA CACHOEIRINHA 03/03/1989 Jornal
Memorando SEHAB - 745/85 01/11/1985 Datilogradado
SEHAB - 372/84 15/06/1984 Datilogradado
Entrevista do intercarta com um mutirante e equipe técnica Datilogradado
Documento com informações técnicas de localização do conjunto Datilogradado
Cartilha da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano Jornal
Vila Nova Cachoeirinha - uma comunidade em processo de mobilização - carta de PSSS out. 1989 Datilogradado
Documento da Secretaria de Habitação e Desenvolvimento Urbano - Superintendência de habitação popular HABBI-FO - Complexo
Datilogradado
Cachoeirinha - Perfil de área e demandas envolvidas
Documento Secretaria de serviços e obras (SSO) - Departamento de Serviços e Jardins - Praça na Av. João dos Santos Abreu -
Datilogradado
COHAB/Vila Nova Cachoeirinha (AR-FO) - Memorial descritivo (1ª etapa)
TÍTULO DESENHO PROJETO DESENHISTA ESCALA DATA PAPEL DIMENÇÕES
Concha Acústica VN 27 de julho de
Corte, planta e vista 1 : 200 Opaco A4
Cachoeirinha 1991
PMSP SEHAB G -
INTERURB - Assessoria Planta de situação 1 : 2500 Agosto de 1985 Opaco 45,5 x 35,5
de intervenções urbanas
Complexo Vila Revisão G -
Plano diretor global PSSS Grafica Opaco 68,7 x 29,5
Cachoeirinha dezembro 1990
Complexo Vila Nova
Localização dos projetos Grafica Opaco 66,2 x 29,5
Cachoeirinha
Urbanização/Infraestrutur
Projeto Básico de arruamento e
a Conjunto Habitacional 1 : 500 Agosto de 1983 Opaco 59.7 x 43,5
loteamento
Vila Nova Cachoeirinha
Conjunto Habitacional
Área do Decreto-Lei de doação 1 : 1000 Opaco 84 x 59
Vila Nova Cachoeirinha
Levantamento
Santana, São Paulo, SP 1 : 10000 Jan-Mai de 1981 Opaco 82,6 x 59,6
aerofotogramétrico
Complexo Vila Plano diretor global Altera bolsões Edson Francisco Revisão F -
PSSS 1 : 100 Opaco 131,2 x 59,6
Cachoeirinha residenciais Vargem junho 1985
Complexo Vila Plano diretor global Altera posição do Edson Francisco Revisão E -
PSSS 2 : 100 Opaco 131,2 x 59,6
Cachoeirinha varejão/recreação/lazer Vargem março de 1985
V: 1:50 H: 1:
Vila Nova Cachoeirinha Perfis p/ m: Terraplanagem Opaco 83,4 x 59,6
500
V: 1:50 H: 1:
Vila Nova Cachoeirinha Perfis p/ m: Terraplanagem 2 Opaco 83,4 x 59,6
500
Vila Nova Cachoeirinha Projeto dos grades do sistema viário Opaco 83,4 x 59,6
Vila Nova Cachoeirinha Projeto dos grades do sistema viário 2 Opaco 83,4 x 59,6
Vila Nova Cachoeirinha Planta 1 : 25 Opaco 84 x 60
Vila Nova Cachoeirinha Planta da cobertura 1 : 25 Opaco 84 x 60
Vila Nova Cachoeirinha Corte A e corte B 1 : 25 Opaco 84 x 60
Vila Nova Cachoeirinha Fachada frontal e Fachada posterior 1 : 25 Opaco 84 x 60
Vila Nova Cachoeirinha Corte C e corte D 1 : 25 Opaco 84 x 60
Vila Nova Cachoeirinha Estrutura 1 : 25 Opaco 84 x 60
Vila Nova Cachoeirinha Detalhamento portas e janelas 1 : 20 Opaco 84 x 60
Detalhamento instalação portas e
Vila Nova Cachoeirinha 1:2 Opaco 84 x 60
janelas
Vila Nova Cachoeirinha - 25 de junho de
Levantamento planialtimétrico Teixeira L. Peluso 1 : 500 Opaco 117 x 83,5
desenho técnico 1985
Vila Nova Cachoeirinha -
Projeto elétrico executivo - etapa 4 Opaco 85 x 61
Obra de ajuda mútua
Vila Nova Cachoeirinha Terraplanagem Opaco 107,5 x 46,5
Vila Nova Cachoeirinha Esgoto Outubro de 1989 Opaco 85 x 61
PASTA 19
TÍTULO DATA FORMATO
Livro: A casa imaginária, organização: Cremilda Medina - São Paulo de Perfil - 6, CJE/ECA - USP - Já disponível na biblioteca ago. 1990 Livro
TCC Pedro Henrique Falco Ortiz - Sina do mutirante - disponível na ECA dez. 1990 Encadernado
Caderno técnico - Vila Nova Cachoeirinha/ Mutirão dos 77 jan. 1990 Encadernado
Caderno de anotações (primeira data registrada: 25/03/1990) 25/03/1990 Caderno A5
Caderno - Complexo Vila Nova Cachoeirinha Datilogradado
Plano de intervenção global - Proposta - Paulo Sergio S. Silva/Arquiteto Encadernado
Caderno de anotações referente ao VNC, primeira data 04 de março 1989 04/03/1989 Caderno A5
Caderno de anotações referente ao VNC, primeira data 30 de junho 1989 30/06/1989 Caderno A5
Orçamento para a execução da obra mar. 1990 Datilogradado
Cronograma fisico-financeiro ago. 1989 Encadernado
Planta com a implantação do grupo dos 77 (cópia) Cópia
Artigo de jornal - Manchete "Cachoeirinha está em festa" Jornal
Relatório de andamento 01 mar. 1990 Datilogradado
Relatório de andamento 02 jun. 1990 Datilogradado
Artigo SOS Mutirão Vila Nova Cachoeirinha Datilogradado
PASTA 24
TÍTULO DATA FORMATO
Memorial descritivo Datilogradado
Relatório de andamento 1 / julho 1990 - PSSS jul. 1990 Datilogradado
Atas de reuniões - PSSS, Funaps, Ductor e Provisão 24/06/1991 Cópia
Documentos atestando o envio de materiais à SEHAB Datilogradado
Orçamento para a execução da obra ago.1990 Datilogradado
Cronograma físico-financeiro nov. 1990 Cópia
Acordo que entre si celebram a Associação de Moradia Unidos de Vila Nova Cachoeirinha e a Oficina de Habitação 09/10/1990 Datilogradado
Termo de convênio que entre si celebram a Associação de Moradia Unidos de Vila Nova Cachoeirinha e a Oficina de Habitação 09/10/1990 Datilogradado
TÍTULO DESENHO PROJETO DESENHISTA ESCALA DATA PAPEL DIMENÇÕES
Vila Nova Cachoeirinha Terraplanagem - Área técnica - Dir.
1 : 500 Opaco 63,3 x 43,5
Leste Operações - Norte
Oficina de Habitação Associação de
Projeto Mutirão
Moradia Unidos de Vila Nova 1 : 100 Opaco A3
Cachoeirinha Leste
Cachoeirinha - Implantação
Associação de Moradia Unidos Vila
Projeto Mutirão
Nova Cachoeirinha - Oficina de 1 : 50 Opaco A3
Cachoeirinha Leste
Habitação - Planta de Fundação - FL 1
Associação de Moradia Unidos Vila
Projeto Mutirão
Nova Cachoeirinha - Oficina de 1 : 50 Opaco A3
Cachoeirinha Leste
Habitação - Planta térreo - FL 2
Associação de Moradia Unidos Vila
Projeto Mutirão
Nova Cachoeirinha - Oficina de 1 : 50 Opaco A3
Cachoeirinha Leste
Habitação - Planta pav. superior - FL 3
Associação de Moradia Unidos Vila
Projeto Mutirão
Nova Cachoeirinha - Oficina de 1 : 50 Opaco A3
Cachoeirinha Leste
Habitação - Planta cobertura - FL 4
Associação de Moradia Unidos Vila
Projeto Mutirão
Nova Cachoeirinha - Oficina de 1 : 50 Opaco A3
Cachoeirinha Leste
Habitação - Cortes AA e BB - FL 5
Associação de Moradia Unidos Vila
Projeto Mutirão
Nova Cachoeirinha - Oficina de 1 : 50 Opaco A3
Cachoeirinha Leste
Habitação - Elevações - FL 6
Associação de Moradia Unidos Vila
Projeto Mutirão
Nova Cachoeirinha - Oficina de 1 : 75 Opaco A4
Cachoeirinha Leste
Habitação - Instalações de apoio
COHAB - SP - Vila Nova
Projeto Pátio da União 1 : 250 Opaco A4
Cachoeirinha
18 de setembro
VN Cachoeirinha Leste Centro comunitário - corte transversal 1 : 25 Opaco A3
de 1989
Vila Nova Cachoeirinha Espaço comunitário PSSS 1 : 250 Agosto de 1990 Opaco A4
Vila Nova Cachoeirinha Fachada lateral - corte 1 : 250 Opaco A4
Vila Nova Cachoeirinha 11 de setembro
Centro comunitário Fase 1 ampliada 1 : 50 Translúcido 24.7 x 41.5
Leste de 1989
Vila Nova Cachoeirinha Centro comunitário Fase1 - Instalações
Opaco 53.5 x 84.5
Leste - COHAB/SP Hidráulicas
Vila Nova Cachoeirinha 04 de setembro
Centro comunitário - fase 1 ampliada 1 : 50 Opaco A3
Leste de 1989
18 de setembro
VN Cachoeirinha Leste Centro comunitário - corte transversal 1 : 25 Opaco 52 x 37
de 1989
Mutirão Cachoeirinha
Leste - Oficina de Planta Baixa Térreo - Folha 1 1 : 100 Opaco A4
Habitação
Mutirão Cachoeirinha
Leste - Oficina de Planta Pavimento superior - Folha 2 1 : 100 Opaco A4
Habitação
Mutirão Cachoeirinha
Leste - Oficina de Corte AA/Elevação frontal - Folha 3 1 : 100 Opaco A4
Habitação
Mutirão Cachoeirinha
Leste - Oficina de Corte BB / Elevação Posterior - Folha 4 1 : 100 Opaco A4
Habitação
Mutirão Cachoeirinha
Leste - Oficina de Corte CC / Corte DD - Folha 5 1 : 100 Opaco A4
Habitação
Mutirão Cachoeirinha
Leste - Oficina de Implantação quadra tipo - Folha 6 1 : 250 Opaco A4
Habitação
11 de setembro
VN Cachoeirinha Leste Fachadas frente e fundo PSSS 1 : 50 Opaco A4
1990
11 de janeiro de
VN Cachoeirinha Leste Fachada Lateral PSSS 1 : 50 Opaco A4
1990
Casa tipo BETA par de 20 de fevereiro
Fundação: primeira fiada - REV A 1 : 50 Translúcido A4
unidades 1990
CASA EVOLUTIVA TIPO
Primeira etapa da ampliação planta PSSS 1 : 25 fevereiro 1989 Opaco 34 x 67
BETA
Vila Nova Cachoeirinha -
Etapas de construção por ajuda mútua 04 de maio 1989 Opaco 40 x 109
Casa tipo beta
UNIDADE TIPO BETA Casa evolutiva e ampliação - executivo 1 : 100 Opaco 59.5 x 85
UNIDADE TIPO BETA Plantas, cortes e fachadas - executivo 1 : 50 Opaco 59.5 x 85
EMBRIÃO TIPO BETA Estudo de possibilidade de ampliação Opaco A4
PASTA 25 - N. SRA. DA PENHA
TÍTULO DATA FORMATO
COMPLEXO VILA NOVA CACHOEIRINHA (COHAB VN CACHOEIRINHA NS PENHA 1987- 1988) 1987/1988 Encadernado

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