PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS JARDINS APRESENTADOS NO
SEMINÁRIO
JARDIM CHINÊS
Origem em torno de 200 a.C.;
Acreditava-se que ao Norte da China havia um lago-ilha para os imortais, essa crença incentivou o Estilo Chinês. É um jardim irregular, assimétrico e misterioso; Tem a capacidade de se tornar um passei diferente a cada vez que o visitante anda por seus caminhos e pátios; O desenho foge às regras e tem a liberdade de uma composição de poema; Oferece uma sensação de liberdade com a combinação de diversos elementos; Nem as àrvores, nem as flores eram utilizadas em maciços ou canteiros; Todo jardim possuía uma pedra ou montanha, sugestivo para meditação; O lago era um quadro que representava os objetos com perfeição; Utilizavam algumas edificações, pontes e lanternas; Principais espécies utilizadas: Flores da Cerejeira do Japão, Pessegueiros, Romãzeiras, Hibisco, Macieira, Crisântemos, Pivoines, Camélias, Rosas Silvestres, Lírios, Limoeiro, Pinheiro e Cipreste; Ginko Biloba, Bambus, Bananeiras.
JARDIM JAPONÊS
Uma influência do Jardim Chinês;
Era utilizado para o divertimento apenas da aristocracia, mas depois foi amplamente difundido; 3 Tipologias: KAIYU – Jardim de caminho; KANSHOH – Utilizados para sentar, contemplar e apreciar ao redor; KARESANSUI – Jardim de paisagem seco, influenciado pelo Zem- budismo. Eram projetados em torno de uma estrutura arquitetônica ( casa, templo ou pavilhão de chá); Presença de elementos simbólicos; Atenção ao equilíbrio e proporção; Elementos que se complementam; Impermanência; Utilização de Bambus e adornos, lago e carpas, cascatas de pedra, Taiko Bashi ou pontes e lanternas de pedra; Eram utilizados como local para pratica de meditação e transmitiam valores e sensações de paz e equilíbrio com o meio ambiente; Principais espécies utilizadas: Tuias, Ciprestes, Azaléias, Ácer-Vermelho, Bambu, Bambu-Negro, Cerejeira-Ornamental, Rododentro Roseira, Pinheiros, Bambuzinho-de-Jardim, Olmo Ligustro, Nandina, Funípero, Buxinho. JARDIM GREGO
Existem registros de Jardins Gregos desde o século IV a.C.;
Eram cultivados próximos a algum santuário e consagrado a uma das divindades da fecundidade; Representavam extensões de edificações e não havia preocupação com a estética, presavam pela funcionalidade do local; O solo era rochoso e o clima quente e seco, não favorecendo a jardinagem organizada; Os jardins eram simples, com características naturais, fugindo da simetria dos Egípcios; Havia introdução de colunas, que faziam a transição, de forma harmônica, do exterior e interior; Também eram utilizados espelhos d’água, tanques de irrigação e estátuas; As árvores eram dotadas de uma personalidade mística, e faziam parte naturalmente dos projetos; Principais espécies utilizadas: Pereiras, Romãzeiras, Figueira, Vinhedos, Macieiras, Ervas Medicinais, Legumes e trigo para consumo; Rosas, Íris, Lírios, Cravos, Bulbosas, Violetas.
JARDIM ROMANO
Os primeiros Jardins Romanos eram destinados ao cultivo de legumes, plantas
medicinais, frutas e flores; A partir do século II a.C. eles assumem o papel de ser uma área de lazer, mas ainda continuam cultivando pequenas hortas em seus espaços; Uniam casa-jardim, pintando em perspectiva uma paisagem no muro do fundo, que dava uma ideia de continuidade; Era uma mistura das Artes Gregas com a própria criatividade; Utilizavam canais com correntes de agua que variavam seu sentido e simulavam os movimentos das correntes marítimas; Eram Jardins regulares e retilíneos, com traçado metódico e ordenado; Utilizavam fontes, bancos, estátuas (saqueadas da Grécia), pergolados, repuxos e topiaria. Principais espécies utilizadas: Conífera, Plátanos, Pessegueiro, Macieira, Buxinho, Amendoeira, Figueira, Cipreste, Louro-Anão.
JARDIM ITALIANO
Desenvolveu-se período Renascentista Italiana, em Vilas próximas a Roma e
Florença, nas propriedades de famílias prósperas e cultas que apreciavam a natureza; Esse estilo é mais orgânico que o Jardim Francês; Utilizava espécies de plantas frutíferas, flores, estátuas e fontes; Plantas de origem mediterrânea e temperada, capazes de aguentar o frio e a seca; Utilizavam também vasos cerâmicos, pontes de arco, bancos, trazendo um clima romântico e clássico; Principais espécies utilizadas: Viburno, Buxinho, Murta, Pingo-de-ouro, Laranjeira, Lavanda, Alecrim, Sálvia, Limoeiro, Macieira, Pereira.
JARDIM INGLEÊS
Último estilo de jardim da Europa antes do Estilo Misto;
Foge da rigidez e dos padrões simétricos de outros estilos. São inspirados na liberdade dos jardins Chineses; Valoriza a paisagem natural; Extensos gramados, pequenos arbustos e bosques; Caminhos em curvas suaves; Alamedas amplas; Terrenos em desníveis; Aglomerado de árvores não muito numerosos; Árvores mortas, rochedos e pequenas colinas, construção de ruínas, clareiras, lagos, riachos, quiosques, acrescentam charme e naturalidade a esse estilo; Bancos de pedra ou madeira, vasos de concreto, estátuas e pontes também são utilizados; Bifurcação; Principais espécies utilizadas: Grama-São-Carlos, Grama-Preta, Tuia azul, Hera-da- Alegria, Gerânio, Tuia-Macarrão, Pinheiro Prateado, Kaizuka, Hera, Jasmin, Sálvia-Vermelha, Margaridas.