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Paul Cézanne - 1839/1906

cores em
cubos,
esferas,
cones,
formam a
natureza
numa síntese
perfeita com
o entendimento
abstrato.
Stephane Mallarmé - 1842/1898
Poema estrutura - Um lançe de dados jamais abolirá o acaso
Fauvismo

A ferocidade
das cores
em superfícies
planas.
O que importa
são os efeitos do
fenômeno
estésico,
e não a cor
do objeto em si.

Matisse - 1869/1954
Alegria de viver
Expressionismo

O turbilhão
das emoções
das guerras e
revoluções
ganha forma
nas obras de
arte.

Kokoschka - 1886/1980
Windbraut
Expressionismo

Passos
cromáticos
para a espiritual
na arte.

Grupo:
“O cavaleiro
azul”

Kandinsky - 1866/1944
Paisagem com chuva
Abstracionismo
lírico

Composições
de cores,
linhas, planos
e formas
geométricas
na criação
de universos
estéticos

Kandinsky - 1866/1944
Transverse Line, 1923
Cubismo

Intersecção de
planos prismáticos
de cores formam
os objetos
baseados
no cubo,
cone e esfera
de Cézanne.

Picasso - 1881/1973
Demoselles d’Avignon - 1908
Cubismo

Depois da
radicalidade da
decomposição
formal do cubismo
analítico, a redução,
a síntese,
o ajustamento das
formas, inclusive com
materiais
não-convencionais.

Braque - 1882/1963
A mesa do músico
De Stjil

A busca pelo
essencial dos
fenômenos
estéticos
através da
redução das
cores, formas
e planos
dimensionais
como ascese
espiritual.

Mondrian - 1872/1844
Purismo

Redução
das formas
mas sem perder
as figuras.
Vanguarda da qual
irá nascer a revista
L’Esprit Nouveau,
feita em conjunto
com Le Corbusier.

Amedee Ozenfant - 1866/1966


Suprematismo

Na Rússia, vanguaradas
adjuntas à Revolução
Bolchevique acompanham
os movimentos na Alemanha
e Paris, chegando
ao radicalismo da abstração
em figuras geométricas
mínimas e cores puras
como limite supremo
da arte.

Kasimir Malevich - 1878/1935


Quadrado negro
e quadrado branco, 1915
Malevich foi um dos propulsores da Vichutemas,
escolas russas de desenho industrial,
fazendo inclusive uma linha de cerâmica de acordo com
seus preceitos suprematistas.
Construtivismo russo

A explosão do formas
geométricas em
planos monocráticos
assume um caráter
político de revolução
estética proletária.

Cartaz “Vença os
brancos com
a foice vermelha”
de El Lissitsky - 1890/1941
Construtivismo russo

A explosão do formas
geométricas em
planos monocráticos
assume um caráter
político de revolução
estética proletária.

Torre Pravda
da 3ª Internacional - 1919
Tatlin
Construtivismo russo

A arte sai das galerias


e toma as ruas
em cartazes
e suportes de
publicidade.
Com foto-montagens,
fontes em serifa,
planos monocromáticos
e composições impactantes,
Rodchenko (1891/1956)
se torna referência
como um dos primeiros
designers-gráficos
‘modernos’.
Dada - 1916

Vanguarda das mais radicais,


decreta a morte da arte.
Com seus experimentalismos,
os artistas somam inúmeras
possibilidades de produção
artística, por exemplo, com
montagens de palavras
e imagens ao ‘acaso’, com
produções do inconsciente
e ready-mades, abrindo
as portas ao happening
e à arte conceitual.

Marcel Duchamp - 1887/1968 - A Fonte - 1917


Bauhaus - 1919/1933

Alemanha,
fim da 1ª Guerra Mundial
2 milhões alemães mortos
inflação crescente
anti-semitismo
movimentos nacionalistas
nova república com a capital em Weimar

Querela do Deutscher Werkbund:


Muthesius - tipificação industrial
Velde - individualismo criativo
Durante a Guerra, em 1917, Velde se vê forçado
a deixar Weimar por ser estrangeiro,
convidando Gropius (dentre outros) à ser o diretor do Werkbund.
Gropius sugere a união das escolas de belas-artes
e a de artes e ofícios de Weimar. Com a concessão
do estado, em 1919, é criada
uma academia única de arte livre e aplicada,
a “Bauhaus Estatal de Wiemar”

Bau haus = casa em construção

Bases: Ruskin, Morris e o Arts and Crafts,


os artistas de Darmstad (Beherens e Olbrich),
Van de Velde e Muthesius.

Nostalgia da vida medieval, misticismo,


arte engajada: “A arte e o povo devem constituir uma unidade!”,
como remédios às destruições materiais e espirituais da guerra.
“Um tal começo tem sempre algo de romântico e de utópico...”
manifesto da bauhaus
O fim último de toda a atividade plástica é a construção. Adorná-la era, outrora, a tarefa mais nobre das artes
plásticas, componentes inseparáveis da magna arquitetura. Hoje elas se encontram numa situação de auto-
suficiência singular, da qual só se libertarão através da consciente atuação conjunta e coordenada de todos os
profissionais. Arquitetos, pintores e escultores devem novamente chegar a conhecer e compreender a estrutura
multiforme da construção em seu todo e em suas partes; só então suas obras estarão outra vez plenas de espírito
arquitetônico que se perdeu na arte de salão.
As antigas escolas de arte foram incapazes de criar essa unidade, e como poderiam, visto ser a arte coisa que não se
ensina? Elas devem voltar a ser oficinas. Esse mundo de desenhistas e artistas deve, por fim, tornar a orientar-se
para a construção. Quando o jovem que sente amor pela atividade plástica começar como antigamente, pela
aprendizagem de um ofício, o "artista" improdutivo não ficará condenado futuramente ao incompleto exercício da
arte, uma vez que sua habilidade fica conservada para a atividade artesanal, onde pode prestar excelentes serviços.
Arquitetos, escultores, pintores, todos devemos retornar ao artesanato, pois não existe "arte por profissão". Não há
nenhuma diferença essencial entre artista e artesão, o artista é uma elevação do artesão, a graça divina, em raros
momentos de luz que estão além de sua vontade, faz florescer inconscientemente obras de arte, entretanto, a base
do "saber fazer" é indispensável para todo artista. Aí se encontra a fonte de criação artística.
Formemos, portanto, uma nova corporação de artesãos, sem a arrogância exclusivista que criava um muro de
orgulho entre artesãos e artistas. Desejemos, inventemos, criemos juntos a nova construção do futuro, que
enfeixará tudo numa única forma: arquitetura, escultura e pintura que, feita por milhões de mãos de artesãos, se
alçará um dia aos céus, como símbolo cristalino de uma nova fé vindoura.
Walter Gropius
Weimar, Abril de 1919

Tradução: Hilde Engel, Willy Keller, Nice Rissone e Edgar Welzel


Fases da Bauhaus

Diretores: Cidades:
Gropius - 1919/1928 Weimar - 1919/1925
Hannes Meyer - 1928/1930 Dessau - 1925/1932
Mies van der Rohe - 1930/1933 Berlim - 1932/1933

“Estilos”
Expressionista, individualista (artesanato: Itten) - 1919/1921
Formalista (formas e cores: Kandinsky) - 1922/1924
Funcionalista (indústria: Moholy Nagy) - 1924/1928
Analítica-marxista (Hannes Meyer)- 1928/1930
Consciência estético-arquitetônica (Mies van der Rohe)- 1930/1933

Fundação - 1919/1923
Consolidação - 1923/1928
Desintegração - 1928/1933
Oskar Schlemmer, Bauhaus-Signet, 1921/22
Fase de fundação - 1919/1923
- Dureção: Walter Gropius - 1883/1969
- Pintores: Lyonel Feininger, Johannes Itten, Georg Muche,
Oskar Schlemmer, Paul Klee,Wassily Kandinsky
- Escultor: Gerhard Marcks
- Instabilidade estrutural,
- Tensões entre as linguagens e personalidades internas
- Organização: oficinas de imprensa, olaria, escultura em pedra,
em metal, pintura vitral, carpintaria, tecelagem, encadernação
e teatro - eram núcleos estabilizadores das tensões.
- Mestre da forma e mestre artesão, aquele sobre este o
que dificultava a aliança entre artesanato e arte.
- Falta de um departamento de arquitetura, o que comprometia
o ideal de “obra de arte total”
- Conflito Gropius e Itten: arte social e arte individual e mística.
- Estímulo indutivo ao conhecimento dos materiais, cores e formas.
Grade curricular da Bauhaus
- Primado: “Arte e técnica: uma nova unidade! A técnica não
precisa da arte, mas a arte precisa, e muito, da técnica”
Círculo cromático de Itten
1922

- Bauhaus entra em contato com o


Construtivismo Russo e De Stijl,
- Principalmente com Theo van Doesburg
do grupo De Stijl, que fazia seminários
em Weimar, não poupando críticas
ao expressionismo individualista de Itten e dos
professores da Bauhaus e geral.
- Gropius não contrata Doesburg mas Itten
deixa a Bauhaus em 1923.
- A Bauhaus entra em sua fase de consolidação.
Exercícios de Klee
Josef Albers (1888/1979), importante mestre da antiga
oficina de imprensa

Schablonenschrift, 1923–1926,
AlbersArchiType,
uma digitalização do seu
alfabeto experimental
Oficina de balé e teatro
- Oskar Shlemmer - Balé Triádico
Fase de consolidação - 1923/1928

- Convite a Laslo Moholy-Nagy, posteriormente


professor do curso preliminar.
- Estabilização interna em 1925 com a incorporação
de jovens docentes (antigos estudantes)
- Jovens mestres: Herbert Bayer, Marcel Breuer,
Hinnerk Scheper, Joost Schmidt e Gunta Stolzl
- Novos conflitos entre antigos e novos mestres,
ou seja, entre produção de protótipos industriais e
produção de peças únicas
- 1923: Exposição Bauhaus - crescimento do funcionalismo
despojado.
- Participaram da exposição de arquitetura
Le Corbusier, Oud, Gropius e Mies van der Rohe
- Casas modelo, integração das artes
Fase de consolidação - 1923/1928

- Problemas políticos com o governo de Wiemar


- Problemas financeiros (inflação e partidos contrários)
- Fim da Bauhaus em Weimar em 1925
- Prefeito social-democrata e modernista
de Dessau, Fritz Hesse, convida a Bauhaus
para esta pequena cidade industrial.
- Gropius faz o projeto
- Mudança de oficinas: oficinas de móveis, com fundamentos
rigidamente geométricos.
Gropius faz o projeto para a
Bauhaus de Dessau
Walter Gropius
designer
Marcel Breuer
1902-1981

Móveis Breuer:
- tubos metálicos
inspirados na
bicicleta
- panos tensores
- forma “sem estilo”
adaptáveis a vários
ambientes
- desmaterialização
- fácil produção
Laslo Moholy-Nagy - 1895/1946:
Artista propulsor do funcionalismo, dirigiu a oficina de metal,
que em ‘29 fundiu-se com a de arquitetura,
mas a sua maior contribuição foi para a parte gráfica,
na criação de tipos universais e composições visuais dinâmicas.
Nagy artista,
design, escritor
e professor
Marianne Brandt
se destacou com seus
produtos em metal
sob a exigência
da estética funcional
Oficina de Tecelagem
Gunda Stölzl - 1897

- experimentos com fibras sintéticas


- “modelar para a indústria”
- disciplina através da geometria

Gertrud Arndt -
“tapetes das mulheres
da Bauhaus”
Departamento de tipografia e publicidade

Herbert Bayer - 1900/1985

- tipografia é informação e legibilidade


- tipos grotescos: escrita universal, racionalização, geometrização
Departamento de tipografia e publicidade

Joost Schmidt - 1893/1948


- pioneirismo no uso do grid
Jan Tschichold - 1902/1974
1928 - Tipógrafo de Leipizig de vanguarda que, sob a influência
da Bauhaus publica a obra ‘A Nova Tipografia.

Cartaz de cinema de Jan Tschichold


"Die Frau ohne Namen. Zweiter Teil", 1927
Fotoklischee, Buchdruck auf weißem, gestrichenem Papier
Departamento de Arquitetura

- Hannes Meyer - 1889/1954


- ensino da Construção ganha importância
- embasamento científico e sistemático no ensino da arquitetura:
análises dos fatores sociais, biológicos,
psicológicos antes de projetar
- privilégio total do Social (proletariado) ao invés do esteticismo
- “a arquitetura é uma ciência do construir”

Laubenganghaus, 1930
1923-1928

- Revista Bauhaus: 1926/1931


- Livros da Bauhaus: 14 volumes
de 1925/1931
- funcionalização
- industrialização
- tipificação
- normalização
- produção em série
- abstração instrumentalista
- cultura óptica
- projeto de modificação social
- 1928: saída de Gropius
Capa da revista «Bauhaus»,
edição de Março de 1928
Fase de desintegração: 1928-1933

- arquiteto suíço Meyer assume o comando da escola


- marxismo da escola
- “construir e criar são uma única coisa”
- “a Bauhaus não pe um fenômeno artístico,
e sim social”
- “Desprezamos toda e qualquer forma que se prostitua em
fórmulas”
- Doutrina da construção: ordem, harmonia, e coletivismo
- Saem os pintores Schlemmer, Klee e Kandinsky entre ‘29 e ‘31
- Pelo comunismos acentuado, e crescimento do nacional-
socialismo, Meyer é subsituido por Mies van der Rohe em 1930.
Mies van der Rohe - 1886/1930

- reputação como um dos maiores arquitetos do seu tempo,


- assistente de behrens entre 1908 e 1911
- Pavilhão Alemão na exposição Mundial de Barcelona de 1929
- reduziu a produção em privilégio do ensino
- a arquitetura assume o viés principal da escola
- abre o Departamento de Fotografia com a direção de
Walter Peterhans
- 1932: sai de Dessau com a vitória dos nazistas
- Tentativa de reabertura em Berlim como escola privada
- 1933: por difamação de bolchevismo pela SS,
sofre a autodissolução e é extinta.
Pavilhão alemão de Barcelona - 1929 -
projeto de Mies van der Rohe
Rohe designer e arquiteto
Seagram Building NY
Projeto de Rohe e Phillip Johnson
Legado da Bauhaus:

- Funcionalismo no design
- Síntese social
- Organização de pedagogias de design
- Móveis-tipo tubulares
- Integração entre design, artesanato, arquitetura e arte

- Novas escolas pelo mundo:


1937 - New Bauhaus em Chicago com direção de Moholy-Nagy
1937 - Gropius se torna diretor da escola de arquitetura de Harvard,
onde Breur também lecionou
1938 - Mies van der Rohe se torna doretor do departamento de
arquitetura do Illinois Institute
1950 - Albers leciona na Universidade de Yale, onde faz seus
estudos do célebre livro “Interaction of Color”
Le Corbusier - 1887/1965
Charles-Edouard Jeanneret-Gris

- Mestre na consolidação do Estilo Internacional

Villa Steiner - Paris - 1927


Villa Savoye - 1928-29 - Paris
Modulor

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