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católica sc | profa.

laura bahia
1860 1870 1880 1890 1900 1905 1910 1915 1920 1925 1930 1935 1940

Ecletismo (1850-1910) Mundo


Arts and Crafts (1850-1914) Inglaterra
Esc. Chicago (1870-1893) EUA
Art Nouveau (1890-1914) Mundo
Werkbund (1907-30) Alemanha
Bauhaus (1919-33) Alemanha
Construtivismo (1920-32) Russia
Art Déco (1925-45)
Organ. (1930-39) EUA

l (séc. XVIII - XIX) 1ªGM(14-18) 2ªGM(39-45)


Bauhaus (1919-1933)
A Origem da Bauhaus

Depois de William Morris (Arts and Crafts), outros artistas passaram a compreender que
a máquina não era a única “culpada” pela baixa qualidade dos produtos da época e
passaram a estabelecer uma nova relação entre o artesão e a indústria. Tais inquietações
resultaram em uma busca por relacionar processos artesanais aos processos da
fabricação industrial, revelando que os procedimentos do artesanato poderiam ser
adaptados à produção em série da indústria, bastando para isso que o artesão desejasse
aprender com a máquina e retirar o melhor dela. Esse desafio de renovação cultural
influenciou Walter Gropius ao fundar a Bauhaus e esse exercício foi particularmente
desenvolvido pela escola.
Walter Gropius tinha como ideia fundamental a utilização do artesanato não como um
ideal romântico, assim como Morris o fez, mas como uma metodologia didática, com o
objetivo de preparar os projetistas modernos para produzirem produtos industriais com
uma orientação formal e não apenas focados no uso. A nova divisão de trabalho então
estabelecida na indústria, onde cada trabalhador participava de uma única etapa da
produção, ao contrário do artesanato, alterou a posição do homem moderno diante do
mundo.

“Qual a diferença entre artesanato e trabalho maquinal? A diferença


entre indústria e artesanato reside menos na diversidade de ferramentas
de produção do que na divisão de trabalho na indústria em face do
controle indiviso dos processos de trabalho no artesanato.”

Em 1914, durante a convenção da Werkbund de Colônia, Gropius e outros artistas,


impulsionados pelas propostas de reformas educativas, chamaram a atenção para a
necessidade de uma sede adequada para essa renovação cultural. Essa ideia só
amadureceu depois da 1ª Guerra.
No ano de 1919, Walter Gropius promoveu a junção de duas escolas existentes na cidade
de Weimar, e que possuíam linhas muito distintas: a Escola de Artes e Ofícios, idealizada
por Henri Van de Velde; e a Escola de Belas-Artes, do alemão Hermann Muthesius, e
fundou uma nova escola de arquitetura, artes e design denominada Bauhaus (Casa Estatal
de Construção). A primeira sede da Bauhaus foi um edifício construído por Van de Velde
em 1905.

Os principais nomes: Josef Albers, Hinnerk Scheper, Georg Muche, László Moholy-Nagy, Herbert Bayer,
Joost Schmidt, Walter Gropius, Marcel Breuer, Wassily Kandinsky, Paul Klee, Lyonel Feininger, Gunta
Stölzl e Oskar Schlemmer.
Weimar - Alemanha
Bauhaus é uma das mais influentes escolas de design do mundo. Sua forte inspiração
modernista tentou unir de forma definitiva a arte com a indústria.

Foi uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de vanguarda, se tornando uma das
maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernismo no design e na
arquitetura, sendo uma das primeiras escolas de design do mundo.
Objetivos da Bauhaus

Gropius acreditava que o projetista de sua geração tinha uma imensa missão a cumprir e
que era preciso, antes de tudo, demarcar o campo de atuação deste novo profissional e
suas atividades neste cenário que então se apresentava. Era necessário que uma nova
geração de designers fosse formada em uma escola pioneira como a Bauhaus, que unisse
os modernos meios de produção com a capacidade criativa dos artistas. A boa produção
deveria estar em sintonia com a vida da época e, para isso, era necessário o
conhecimento íntimo das questões sociais, técnicas e artísticas. Considerando igualmente
a satisfação das necessidades psíquicas tão importante quanto a das materiais, a
proposta da Bauhaus era por fim restabelecer a relação entre o artista criador e o mundo
real do trabalho, unindo-os em torno de um objetivo comum: a qualidade de vida.

“Quero que o jovem arquiteto seja capaz de encontrar seu próprio caminho,
quaisquer que sejam as circunstâncias, que ele crie independentemente formas
autênticas, a partir de condições técnicas, econômicas e sociais a ele dadas, em vez
de impor uma fórmula aprendida a um ambiente que talvez exija uma solução
completamente diversa. Não pretendo ensinar um dogma acabado, mas sim uma
atitude perante os problemas de nossa geração, uma atitude não preconcebida,
original e maleável.”
"Não há diferença fundamental entre o artesão e o artista... Mas todo artista deve
necessariamente possuir competência técnica. Aí reside sua verdadeira fonte de
inspiração criadora... Formaremos uma escola sem separação de gêneros que criam
barreiras entre o artesão e o artista. Manifesto Bauhaus - 1919 Walter Gropius
A solução para o problema da indústria seria o trabalhador conhecer todas as fases do trabalho
e perceber o seu próprio trabalho, no quadro geral. A metodologia de Gropius visava levar a
questão formal para o campo da atividade produtiva. O trabalho artístico não teria por
finalidade inventar uma forma, mas sim modificar através dessa forma o curso da vida cotidiana.
Morris havia dito “arte do povo para o povo”. Gropius deu um sentido prático a essa frase
teórica.
O processo de ensino era baseado principalmente no equilíbrio entre
teoria e prática, arte e artesanato
As aulas eram sempre conduzidas por um artista (imaginação) e um artesão (técnica).

Segundo Gropius, ainda não haviam profissionais capacitados para atender as duas áreas.

“Uma nova geração tinha que ser treinada primeiro, de forma a poder aliar os dois talentos.”
A principal tarefa das belas artes era embelezar edifícios, separando os artistas que não
se interessavam pelo edifício como um todo dos outros profissionais, envolvidos na
construção, arquitetos ou engenheiros. Gropius acreditava que o artista poderia ser
resgatado para a sociedade apenas pelo esforço cooperativo dos artesãos. Arquitetos,
designers, escultores e pintores deveriam entender o caráter de todas as criações, tanto
como uma unidade como em suas partes separadas. Apenas assim seu trabalho estaria
imbuído do espírito artístico perdido no início da era industrial.

“O principal objetivo de todas as artes visuais é sua completude.”


Nascido em Moscou, era formado em
Direito e Economia. Foi mestre na
Bauhaus de 1922 a 1933, chefiando o
ateliê de pintura mural até 1925.
Ministrou cursos nos ateliês de Desenho
Fugue - 1914 Analítico e Elementos de Forma
“A renúncia à figuração é um meio necessário Abstrata, deu aulas de pintura livre a
para chegar a uma pintura pura”. partir de 1927.
Wassily Kandinsky
https://www.youtube.com/watch?v=OWQ-bPnjX_4 Composição VIII (1923)
Kandinsky descreve uma passagem da sua vida, que foi de extrema importância para que
ele pudesse compreender de forma mais decisiva o poder da arte abstrata; quando, certa
noite, ao entrar em seu ateliê, não conseguiu reconhecer um de seus próprios trabalhos,
que estava de cabeça para baixo. Observando estático a obra, conseguiu perceber apenas
a forma, entendida no caso, como as linhas e cores, sem representação figurativa, porém
lhe pareciam dotadas de particular e intensa beleza. Ao corrigir a posição do quadro e
percebendo o conteúdo, verifica que as mesmas linhas e cores perdiam a beleza, que
antes possuíam, quando livres de qualquer representação figurativa.

Composição V (1913) Amarelo, Vermelho, Azul (1925) Élan Tempéré (1944)


“Uma obra de arte é constituída por dois elementos: o interior e o exterior. O interior é a
emoção na alma do artista; essa emoção tem a capacidade de provocar uma emoção
semelhante no observador(…)”
“As duas emoções serão semelhantes e equivalentes na medida em que a obra de arte
(elemento exterior) é bem sucedida. Nesse aspecto a pintura não é diferente da música:
ambas constituem uma comunicação.(…)” Wassily Kandinsky
Nascido em Berna. Foi mestre na Bauhaus de
1921 a 1931.
Atuou como chefe do ateliê de encadernação,
chefe do ateliê de vitrais. Ensinou Design
elementar do Plano e aulas de desenho de corpo
nu. Deu aulas de pintura livre e Teoria de Design
no ateliê de tecelagem.
Blumenmythos - 1918
Paul Klee
Nacionalidade húngara. Atuou na Bauhaus
entre 1923 e 1928.
Foi mestre da Forma do ateliê de metal, chefe
do curso preliminar, dando aulas de “materiais
e espaços”.
Lichtrequisit einer Elektrischen Bühne - 1930
László Moholy-Nagy
Pedagogo de arte e pintor suíço.
Desenvolveu o Vorkurs – curso preliminar,
que se tornou o ponto principal do
programa da Bauhaus, baseando-se em dois
conceitos opostos: “intuição e método” ou
“experiência subjetiva e recognição
objetiva”.
Farbkreis
Johannes Itten
Arquiteto e pintor expressionista alemão.
Começou sua carreira artística com composições
abstratas passando. Mestre na Bauhaus de 1916
a 1919, dividindo a chefia de vários ateliês com
Itten. Chefe da comissão de exposições da
Bauhaus em 1923.

Das künstlerische Werk - 1912

Georg Muche
As antigas escolas de artes eram incapazes de realizar essa unidade e a proposta de
Gropius era justamente a união das belas artes às oficinas. O mundo do desenho e
da pintura, do designer e do artista deveria ser o mundo da construção e a Bauhaus
seria o local onde a unificação de todas as artes aplicadas aconteceria.

O jovem artista que começasse sua vida profissional aprendendo um ofício teria sua
habilidade aprimorada, podendo atingir a excelência no mundo da produção.

Gropius propôs uma educação dupla, com dois mestres, um de teoria e outro de
prática, permitindo que a nova geração se adequasse a todas as formas de trabalho
criativo, formando projetistas da nova civilização.

“Arquitetos, designers, pintores, escultores, (nós) devemos retornar para a oficina!


Porque arte não é profissão.”
MÉTODO DE ENSINO DA BAUHAUS
O “Método Bauhaus” difundiu-se largamente, segundo o qual se aprendia
fazendo e não lendo livros ou assistindo aulas. Tal pressuposto já era levado a
cabo em programa, assim padronizado:
a) Curso Preparatório (6 meses) – curso preliminar denominado VORKUS, inicialmente
ministrado por Johannes Itten e Georg Muche, expressionistas que objetivavam que o
aluno adquirisse confiança com os materiais e resolvessem alguns problemas formais.

Seus principais objetivos eram:

• Dar a ideia de vocação para um material ou técnica, e não para uma função na
sociedade;

• Cultivar a sensibilidade intuitiva e não a aquisição de conhecimento (“nobre


selvageria da infância”);

• Liberar as habilidades inatas e não forçar a aquisição de métodos;

Tais objetivos levaram os alunos a estudar místicos medievais (ECKHART) e disciplinas


espirituais orientais (MAZDAZNAN, TAO, ZEN), o que assustou os habitantes de
Weimar.

Em 1923, assumem o VORKUS outros dois professores, LASZLO MOHOLY-NAGY e


ALBERS, que substituem as tendências expressionistas pelo elementarismo e pelo
construtivismo.
b) Curso – Mestre (3 anos) – curso propriamente dito, dividido em duas partes paralelas
e complementares:

FORMLEHRE – que reunia a parte formal, onde se estudava os métodos de representação


e a teoria da composição;

WERKLEHRE – que reunia a parte técnica,


desenvolvida em 7 laboratórios
(pedras, madeira, metal, cerâmica, vidro,
cor e textura).
c) Curso de aperfeiçoamento – curso de duração variável que baseava-se no projeto
arquitetônico propriamente dito e no trabalho prático nos laboratórios. Com um
exame, recebia-se o diploma de “Mestre das Artes”.

São estas as principais características do ensino da Bauhaus:

• Paralelismo entre o ensino teórico e prático (curso trienal com 2 professores – um


artesão e outro artista – até a unificação com ex-alunos com experiência técnica e
artística conjunta);

• Contínuo contato com a realidade de trabalho (obrigação de contatos de patente


com industriais, que aumentava a renda da instituição e dos próprios alunos);

• Presença de professores criativos (ênfase nas qualidades pessoais além das


qualidades técnicas e de formação).
A característica dominante em muitos projetistas modernos é a crença na racionalidade ou
na lógica e, particularmente em Gropius, tal crença revela-se no incentivo à
funcionalidade, a tal ponto que a adequação a um determinado propósito e o
funcionamento perfeito de um objeto ou produto poderiam ser interpretados como
"beleza" ou, pelo menos, algo que substituísse e que tivesse o mesmo valor de "beleza". A
ideia de que a forma funcional é de fato bela espalhou-se na atribuição quase unânime de
qualidades positivas aos novos materiais e novas técnicas da indústria.
Gropius fazia uma importante distinção entre eficiência técnica e criatividade artística. A
primeira poderia levar a belas formas caso a funcionalidade fosse o único desejo de
expressão, enquanto a transformação do eficiente em belo poderia ser feita por um artista
ou arquiteto, a partir de sua habilidade e formação educacional.

Designs inovadores foram criados usando materiais e métodos construtivos de


tecnologia moderna.

Em resumo, a Bauhaus de Gropius tinha três aspirações principais: resgatar todas as artes
do isolamento em que elas se encontravam, encorajando os artistas e artesãos a
trabalharem juntos e trocarem suas habilidades; elevar todos os produtos produzidos
pelos artesãos ao mesmo nível dos produtos produzidos pelos artistas; e estabelecer uma
ligação direta com a indústria, para que o design então desenvolvido passasse da condição
de protótipo à de produto produzido em série.
Fase Expressionista 1919 a 1925 – Weimar
Walter Gropius
Nesse período de transição, a Bauhaus produziu duas casas modelos. Elas foram
construídas e mobiliadas em grande parte pelos ateliês e oficinas da escola.
Gropius e Meyer projetaram a Casa Sommerfeld, construída entre 1920 -21, e Muche e
Meyer projetaram a Casa Experimental Bauhaus - Am Horn - para a Exposição Arte e
Tecnologia, da Bauhaus, em 1923.

Em junho de 1922, o governo fez um empréstimo a Bauhaus com a condição de que a


escola apresentasse em uma exposição o trabalho realizado na escola até o momento.

Foi formada uma comissão de exposição e aumentaram-se as horas de trabalho nas


oficinas.

A exposição foi inaugurada em 15 de agosto, com palestras sobre arquitetura, músicas de


vanguarda, peças de teatro e apresentação de ballet, exposição de quadros dos mestres e
dos estudantes, assim como de esculturas e pinturas murais.

Os produtos Bauhaus foram pela primeira vez apresentados ao público e à imprensa, à


Alemanha e ao estrangeiro.

O Conselho dos Mestres decidiu incluir na exposição uma casa-modelo completamente


mobiliada, cujos método e material de construção deveriam ser os mais modernos
tecnicamente, assim como a decoração do interior da casa. Conseguiu-se o financiamento
para esta construção com o empresário Sommerfeld.
Casa Sommerfeld
Walter Gropius e Adolf Meyer
1920

O desenho arquitetônico da casa foi feito por


Gropius e Adolf Meyer, e reflete formas
expressionistas, além das formas elementares
de círculos, quadrados e triângulos. A
decoração do interior da casa foi executada
pelos estudantes mais competentes da
Bauhaus.
A casa Horn, uma criação inteiramente Bauhaus, era o primeiro exemplo prático do novo
modo de vida na Alemanha.

A planta era inovadora, quase não havia corredores, os quartos estavam dispostos à volta
da sala maior: a sala de estar. A casa de banho podia ser alcançada a partir do quarto. A
cozinha e a sala de jantar estavam juntas, sendo a cozinha planejada exclusivamente como
local de cozinhar, enquanto a sala de jantar era suficientemente espaçosa para conter
uma mesa e 6 a 8 cadeiras. A cozinha foi a primeira cozinha moderna: com uma bancada
contínua à frente da janela, cadeiras que podiam ser encaixadas sob a mesa para poupar
espaço, e superfícies fáceis de limpar.

As opiniões sobre a casa experimental foram divergentes: seu exterior foi muito
criticado, enquanto a cozinha e demais dependências interiores foram melhor aceitas. A
crítica final considerou a casa como “importante e significativa” apesar das graves
deficiências, tais como o fato de que não havia um acesso direto à cozinha e aos quartos,
a não ser através de outras dependências.
Fase Formal 1925 a 1932 – Dessau
Walter Gropius
Hannes Meyer
Mies Van Der Rohe
Ameaçada de ser diluída pela forte oposição dos conservadores, a escola mudou-se para
Dessau. Lá, Gropius cria um prédio para abrigá-la que era, em si próprio, um manifesto da
arquitetura moderna, e um dos mais importantes do século XX.
A maior ligação entre arte e produção industrial teve-se com a mudança para Dessau em
1925. No complexo de edifícios projetados por Gropius podemos ver as principais
características Bauhaus:

• tendências construtivistas com o máximo de economia na utilização do solo e na


construção;
• atenção às diferentes formas de materiais separadamente como madeira, vidro, metal,
etc;
• a forma artística deriva de um método ou problema, previamente definido, que leva a
junção de forma e função;
• uso de novas tecnologias.

As atividades da Bauhaus em Dassau se intensificaram com a publicação de revistas e


organização de exposições.
Em 1928, Gropius abandonou a escola, passando o cargo para Hannes Meyer, este
também foi substituído em 1930 pelo arquiteto alemão Mies van Der Rohe.
Sugar Bowl

Com base nas formas simples da


esfera e do círculo, Gropius criou uma
forma que sempre parece diferente
em objetos diferentes e, no entanto,
sempre se inspira no mesmo.

Maçaneta da porta

Feita de latão niquelado, a maçaneta de


porta de estilo industrial é composta por um
punho cilíndrico e uma haste quadrada em
manivela. É o produto de maior sucesso
comercial que surgiu da Bauhaus.
Bauhaus Office Armchair F51
Cadeira Wassily

Criada por Marcel Breuer, a cadeira


Wassily é uma mistura de aço e couro,
usando nenhum material a mais do
que o necessário, enquanto que provê
conforto máximo.
Cadeira Barcelona
Foi projetada por Mies Van der Rohe
e apresentada no Pavilhão Alemão
para a Feira Internacional de
Barcelona em 1929.
Lilly Reich nasceu em Berlim em 1885 e é conhecida pelo seu trabalho como Designer de
Interiores, inclusive tendo sido bastante influente na Bauhaus. Ela foi professora e diretora
do departamento de expansão no ano de 1932, além de estar à frente do Ateliê de Design
de Interiores da escola.
Berço Bauhaus
O berço da Bauhaus surgiu nos
primeiros dias da escola de design
alemã, por Peter Keller.

Jogo de Hartwig

Criado em 1922 por Josef Hartwig, a


melhor parte das peças desse jogo de
xadrez é que o design de cada uma
indica o movimento que elas são
capazes de fazer.
Brinquedos infantis
Durante seus primeiros anos na Staatliches Bauhaus, Alma Siedhoff-Buscher foi a
única mulher a trabalhar na oficina de design de móveis onde criou brinquedos
inovadores e designs de móveis. Alguns de seus designs mais famosos foram os
brinquedos infantis que criou com base em pesquisas sobre a educação infantil da
época.
Luminária Bauhaus

Provavelmente a peça de luz mais icônica saída


da Bauhaus, o abajur de William Wagenfeld,
construída de metal e vidro precisamente
cortado, está entre os objetos que emergiram
durante o regime focado em tecnologia da
Bauhaus.

Infusor de chá Bauhaus

Criado em 1924 por Marianne Brandt, o


infusor de chá da Bauhaus tem um filtro
embutido, bico que não goteja e asa
resistente a calor feita de ébano,
abraçando os princípios da escola de
combinar funcionalidade com estética.
https://www.youtube.com/watch?time_continue=80&v=rp_GbhDbcpc&feature=emb_logo
Tecelagem

Dominada por mulheres, as primeiras


oficinas de tecelagem eram movidas mais
pela intuição do que pela técnica e sua
evolução foi pouco a pouco construindo
espaço para um novo profissional: o
desenhista de tecidos. Gunta Stölzl era uma
presença dominante na oficina, entrou
como estudante na Bauhaus em 1919,
deixando a escola em 1931. Foi a única
mestre mulher da Bauhaus.
Têxteis Gunta Stölzl em uma
cadeira de Marcel Breuer
(1922)
Fase Funcional 1932 a 1933 – Berlim
Mies van Der Rohe
Curiosidades....

“Ao assumir a escola, em setembro de 1930, Mies declarou que os estatutos anteriores da
escola eram ineficazes, implementando uma nova ordem.
O novo diretor obrigou os 170 alunos a passarem por um processo de readmissão,
expulsou cinco alunos estrangeiros fiéis a Meyer, excluiu os representantes dos alunos do
Conselho de Mestres, mandou que os alunos-residentes deixassem os 26 apartamentos-
estúdio imediatamente, proibiu qualquer atividade política e proibiu até que se fumasse
na escola. Os novos estatutos entraram em vigor em 21 de outubro de 1930 e a autoridade
estava nas mãos de Mies.
Mies transformou a Bauhaus em uma escola de arquitetura com a intenção de salvá-la dos
ataques nazistas que consideravam a escola “judaica e oriental”, e pressionavam seus
alunos e professores a deixá-la, acusando seus trabalhos de decadentes.
Os subsídios à escola foram cortados pela metade nos anos de 1930 e 1931, devido às
pressões políticas dos nacional-socialistas. A Bauhaus foi obrigada a sobreviver da renda
proveniente das taxas das licenças pagas pelas empresas que fabricavam os produtos
desenvolvidos pela escola. A Bauhaus chegou a comprar novos modelos dos seus alunos
para garantir ganhos futuros.
Em 1932, com a chegada dos nazistas em Dessau, a escola foi transferida para Berlim, onde
fechou oficialmente em 1933. Mas o estilo Bauhaus já havia se difundido pelo mundo, essa
difusão tornou-se ainda maior quando os mestres da escola , devido a perseguições
nazistas, migraram para os EUA e Inglaterra.”
Giulio Carlo Argan
Características da Bauhaus:

• Trabalho em equipe;
• Vida comunitária;
• Unidade entre Teoria e Prática;
• Abertura à sociedade através de conferências, debates, etc;
• Preocupação de aliar a função ao homem;
• Exploração e desenvolvimento das diferentes áreas artísticas como por exemplo:
▫ Pintura
▫ Design
▫ Arquitetura
▫ Escultura
▫ Fotografia
▫ Publicidade
▫ Tipografia
Fator Estético e Funcional

• Escola de Arquitetura e Artes Aplicadas;


• Restabelecer a relação entre o mundo da arte e da produção;
• Basear o trabalho artístico na cooperação;
• Defender uma arte social;
• Lutar contra o classicismo;
• Recorrer a novas tecnologias e à indústria;
• Mecanizar o trabalho.

Fator Social, Didático e Pedagógico

• Escola fundada em princípios democráticos, lutando contra o nacionalismo e


defendendo uma sociedade dos homens esclarecidos e tecnicamente preparados;
• Os mestres e os alunos viviam junto à escola, permitindo um melhor
relacionamento de vivência – vida comunitária;
• Colaboração entre alunos e mestres em vários projetos.
A Weissenhofsiedlung foi uma exposição de arquitetura moderna realizada por
encomenda da Deutscher Werkbund, que sob comando de Mies van der Rohe,
promoveu a realização de um conjunto de edificações singulares, basicamente
habitações unifamiliares, mas também blocos e habitações geminadas ou em fileira
numa área da então periferia de Stuttgart, em 1927.
Teve uma extraordinária importância no estabelecimento do cânone moderno.

Alguns dos 17 arquitetos participantes:

• Peter Behrens
• Victor Bourgeois
• Le Corbusier e Pierre Jeanneret
• Josef Frank
• Walter Gropius
• Ludwig Mies van der Rohe
• Bruno Taut
• Max Taut

https://www.youtube.com/watch?v=CJosfblKMdE

https://mailab.biz/wp-content/uploads/WEISSENHOF_fold/Weissenhofsiedlung%20LIBRO%20MUSEO.pdf
O Deutscher Werkbund organizou essa exposição que hoje é um monumento à
arquitetura do século XX. No bairro Weissenhofsiedlung de Stuttgart foram construídos
vários prédios e núcleos habitacionais, para demonstrar a todo o mundo as virtudes da
arquitetura do Modernismo.

O bairro Weissenhofsiedlung é uma demonstração da nova habitação — tendo em conta


os modernos problemas sociais, espaciais, construtivos e higiênicos.

Pela primeira vez na história da arte, da arquitetura e do design, demonstrou-se aqui que
o objetivo não era produzir para as elites, mas para todos. Uma aspiração claramente
progressista, uma nova forma de trabalhar com metas humanas e sociais.
A Weissenhofsiedlung foi concebida como um bairro urbano onde as ruas davam acesso a
áreas verdes de acesso público e onde as casas formavam tipos habitacionais: unifamiliar,
isolado, geminado e em banda e blocos de apartamentos.

Os interiores são demonstrações de espaços flexíveis com partições móveis e em planta livre e
o mobiliário foi projetado de acordo com os novos programas e materiais.

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