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O conceito de vanguarda assumiu diversas

interpretações teóricas de acordo com a


perspectiva estética, ideológica e histórica de
seus estudiosos.
• Augusto de Campos (Morte e vida da vanguarda: a questão do novo) apresenta um
conceito amplo e universal de vanguarda, dizendo que o termo vem da área
militar e se refere àquele que está na frente da tropa.

• Campos enfatiza o caráter inovador e permanente da vanguarda, salientando a


contribuição desta para o patrimônio cultural da humanidade. Ela
introduziu novas formas, novas linguagens, novas informações e foi
inovadora, experimental e contestatória.

• Campos distingue os aspectos contingente e permanente das vanguardas. O


primeiro trata de palavras de ordem, de propagação de novas ideias e de
elaboração de manifestos, visando a arregimentação coletiva. O segundo
refere-se à criação de novas obras, à superação de códigos convencionais
para a elaboração de novos códigos, que passam a ter um caráter
permanente no contexto cultural.
• Peter Bürger (Teoria da vanguarda) examina as origens das vanguardas apontando três
fases:
• A primeira emergiu no final do sec. XVIII, a Arte Romântica, foi o primeiro
questionamento da instituição artística acadêmica e aponta a origem do Modernismo e a
emergência da concepção de autonomia da arte.

• A segunda fase, a partir da segunda metade do sec. XIX, corresponde a emergência do


esteticismo articulado ao experimentalismo, que levou os artistas a questionar a própria
estrutura formal da obra de arte: Impressionismo, Sintetismo, Fauvismo, Cubismo,
Suprematismo e outros.
Fauvismo
(1905 – Paris/França)

• Ênfase na liberdade no uso das cores e síntese na configuração. Inexistência de


qualquer doutrina. A deformação é justificada pela necessidade de expressão dos
impulsos emocionais.

• Para os fauvistas, o ato de criação nada tinha haver com as faculdades


intelectuais, e sim, com os impulsos, com os instintos ou com as sensações
vitais e primárias.

• As imagens deveriam ser criadas sem preocupações e cuidados de ordem


intelectual.

• As cores deveriam “gritar”. Os fauvistas estudaram a arte tribal, primitiva,


infantil, autodidata e dos períodos arcaicos de várias culturas.
Henri Matisse – Retrato de
madame Matisse – 1905 –
41x32 cm – óleo/tela
Henri Matisse – Passeio entre as oliveiras– 1905 – 44,5 x 55,2 cm – óleo/tela
Henri Matisse – A cigana – 1905/06 –
55 x 46 cm – óleo s/ tela
Henri Matisse – A margem – 1907 –
73 x 60,5 – óleo/tela
Henri Matisse – Harmonia em vermelho - a mesa vermelha – 1908 – 180 x 220 cm – óleo/tela
Henri Matisse – A conversa – 1909 – 177 x 217 cm – óleo/tela
Henri Matisse – A dança – 1909 – 260 x 391 cm – óleo/tela
Henri Matisse – Jeannette V – 1913
– 58 cm – bronze
Henri Matisse – A serpentina –
Henri Matisse – Dorso I – 1909 – 185 x
1909 – 56,5 cm – bronze
110 x 15 cm – bronze
André Derain – Velas secando – 1905 – 82 x 101 cm – óleo/tela
André Derain – L’Estaque – 1906 – 130 x 195 cm – óleo/tela
André Derain – O porto de Londres – 1906 – 65,7 x 99,1 cm – óleo/tela
André Derain – A ponte de charing-cross – 1906 – 81,3 x 100,3 cm – óleo/tela
André Derain –Figura
inclinada – 1907 – 33 cm
– pedra
Georges Braque – L’ Estaque – 1906 – 50 x 61 cm – óleo/tela
Georges Braque – O embarcadouro – 1906 – óleo/tela
Georges Braque – Paisagem perto de Antuerpia – 1906 – óleo/tela
Maurice Vlaminck – A ponte de Chatou – 1906 – 54 x 73 cm – óleo/tela
Maurice Vlaminck – Barco à vela no Sena – 1906 – 54,5 x 73,5 cm – óleo/tela
Raoul Dufy – Bandeiras – 1906
– 45 x 37 cm – óleo/tela
Raoul Dufy – As três sombrinhas – 1906 – 60 x 73 cm – óleo/tela
Raoul Dufy – As banhistas – 1908 – óleo/tela
Albert Marquet – A praia de Fécamp – 1906 – 51 x 61 cm – óleo/tela
Albert Marquet – Férias em Havre – 1906 – 65 x 81 cm – óleo/tela
Georges Rouault – Prostituta no
espelho – 1906 – 70 x 60 cm –
óleo/tela
Georges Rouault – Odalisca – 1906 – 54 x 61 cm – aquarela e pastel/tela
Georges Rouault – O palhaço e o macaco –
1910 – 57,5 x 38,7 cm – 1910
O CAVALEIRO AZUL
(1911-1914 – Munique/Alemanha – revista Der Blaue Reiter [1912])

• Redução do naturalismo e ampliação do poder lírico expressivo. Cores brilhantes e pinceladas


intensas eram suficientemente comunicativas para depender cada vez menos do tema. Início do
abstracionismo informal. Música: encorajou os artistas a buscar pela expressão direta a partir dos
meios próprios da pintura, em especial, das cores.

• O abstracionismo se desdobrou em vários escolas e movimentos ao longo do século XX. A elaboração


teórica começou a ser esboçada no livro “Do espiritual na Arte (1911/12) de Wassily Kandinsky.

• No livro, Kandinsky defende a ideia que as imagens visuais imitadoras das aparências da realidade
visível, perturbam ou diminuem, a beleza peculiar e bastante expressivas que a forma artística
possui em si mesma. Kandinsky também afirma que as configurações e as cores possuem poder
para exprimir movimentos e impulsos mais profundos da sensibilidade, independentemente da
representação e seguindo suas próprias exigências de expressão e ritmo. Substituição da forma-
natureza pela forma-arte.

• Os membros do Cavaleiro Azul tinham a crença apaixonada e sólida na irreprimível liberdade


criativa do artista para expressar sua visão pessoal, por meio de qualquer forma que julgasse
apropriada.
Vassily Kandinsky – Munich com a
igreja de Santa Úrsula – 1908 – 68,8 x
49 cm – óleo/tela
Vassily Kandinsky – Paisagem de inverno – 1909 – 76 x 98 cm – óleo/tela
Vassily Kandinsky – Sem título – 1910 – 49,6 x 64,8 cm – aquarela, lápis e nanquim/papel
Vassily Kandinsky – Improvisação
31 (batalha no mar) – 1913 – 140
x 120 cm – óleo/tela
Vassily Kandinsky – Quadro com mancha vermelha – 1914 – 128 x 128 cm – óleo/tela
Vassily Kandinsky –
Moscou I – 1916 – 51,5
x 49,5 cm – óleo/tela
Vassily Kandinsky – Em cinza – 1919 – 129 x 176 cm – óleo/tela
Vassily Kandinsky – Composição VIII – 1923 – 138 x 200 cm – óleo/tela
Vassily Kandinsky – Acento em rosa
– 1926 – 101 x 81 cm – óleo/tela
Franz Marc – Os grandes cavalos azuis – 1911 – 102 x 160 cm – óleo/tela
Franz Marc – Dois gatos – 1912 – 74 x 98 cm – óleo/tela
Franz Marc – Veados no
bosque II – 1913-14 –
129,5 x 100 cm – óleo/tela
Auguste Macke – Mulher
de blusa verde – 1913 –
44 x 43,5 cm – óleo/tela
August Macke – Composição em
cores – 1913 – 110 x 60 cm –
óleo/tela
Alexej von Jawlensky – Som amarelo – 1908 – 43 x 33 cm – óleo/tela
Alexej von Jawlensky – Paisagem em Murnau – 1909 –– óleo/tela
Alexej von Jawlensky – Oberstdorf – 1912 –– óleo/tela
Alexej von Jawlensky –
Autorretrato – 1912 – 48 x 53
cm – óleo/tela
Auguste Macke – Kairouan III – 1913 – 46 x 66 cm – óleo/tela
Paul Klee – Saída da lua
em St. Germain (Túnis)
– 1914 – aquarela
Paul Klee – Pequeno porto – 1915 – 40 x 65 cm – aquarela e nanquim/papel
Paul Klee – Vila R – 1919 –
26 x 22 cm – óleo/tela
Paul Klee – Senecio – 1922 – 40,5 x
38 cm – óleo/tela/madeira
Paul Klee – Cena de luta da ópera cômica fantástica “Simbad,o marujo” – 1923 – 38 x 51,5 – aquarela
Paul Klee – Morte e fogo
– 1940 – 46 x 44 cm –
óleo/tela/madeira
Lyonel Feininger –
Carnaval em Arcueil –
1911 – 104,8 x 95,9 cm
– óleo/tela
Lyonel Feininger – Gelmeroda
III – 1913 – 100 x 80 cm –
óleo/tela
Lyonel Feininger – Gelmeroda –
1918 – 27 x 21 cm –
xilogravura/papel
Lyonel Feininger – Vila na costa – 1921 – 26,5 x 34,1 cm – xilogravura/papel
Lyonel Feininger – Gelmeroda
IX – 1926 – 100 x 80 cm –
óleo/tela
Gabrielle Münter – Retrato de
Kandinsky – 1906 – litografia
colorida
Gabrielle Münter – Autorretrato
– c. 1908 – 49 x 33,6 cm –
óleo/cartão
Gabrielle Münter – Jawlensky e Werefkin– 1908/09 – óleo/tela
Gabrielle Münter – Retrato de
Marianne von Werefkin – 1909
– 81 x 55 cm – óleo/cartão
Gabrielle Münter – A casa amarela – 1908 –
óleo/tela

Gabrielle Münter – Enquanto


pintava – 1911 – óleo/tela
Gabrielle Münter – Staffelsee no outono – 1923 – óleo/tela
Marianne von Werefkin -
Autorretrato – 1910 – 81 x 55 cm –
óleo/tela
Marianne von Werefkin – Colheita de frutas em um jardim de montanha – 1912 –– óleo/painel
Marianne von Werefkin – Noite de tempestade – 1915/17 – 48 x 62 cm – óleo/tela
HILMA AF
KLINT E A
ABSTRAÇÃO

A artista em seu ateliê -


1895
Hilma af Klint – Grupo 1, n.16.
Caos primordial – 1906/07 – 53
x 37 cm – óleo/tela
Hilma af Klint – Grupo IV, n.2.
As dez maiores, infância – 1907
– 315 x 234 cm –
têmpera/papel/tela
Hilma af Klint – Grupo IV, n.3.
As dez maiores, juventude –
1907 – 321 x 240 cm –
têmpera/papel/tela
Hilma af Klint – Grupo Hilma af Klint – Grupo Hilma af Klint – Grupo
X, n.2. Retábulo – 1915 X, n.3. Retábulo – 1915 X, n.1. Retábulo – 1915
– 237 x 179 cm – óleo e – 237 x 179 cm – óleo e – 237 x 179 cm – óleo e
folha de metal/tela folha de metal/tela folha de metal/tela
Hilma af Klint – O cisne,
nº 17, grupo 9, série
SUW – 1915 –cm –
têmpera/papel/tela
Vista da exposição de Hilma af Klint: Pinturas para o futuro – out. 2018 a abril de 2019 - Museu
Guggenheim – Nova York/EUA

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