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Pré-modernismo
• No final do século XIX, os
pintores nacionais
começaram a seguir novas
direções.
• Os artistas que foram para
a Europa entraram em
contato com os
movimentos
Impressionista e
Pontilhista.
• Essa mudança apareceu
de forma mais clara nas
obras de Eliseu Visconti e
Belmiro de Almeida.
“Moça no Trigal”, Eliseu Visconti, 1913. Óleo sobre tela, c.i.d.
65,00 cm x 80,00 cm
"Maternidade em círculos“, Belmiro de Almeida, 1908. Coleção Sérgio Fadel, Rio de Janeiro
“Manequinho”, Belmiro de Almeida, c. 1911.
Bronze, 107 x 59 x 48 cm. Pinacoteca de São Paulo
Pintura Acadêmica Pintura Modernista
“A Carioca” – Pedro Américo, 1882. “A estudante”, Anita Malfatti, 1915/16
“O Farol de Monhegan”, Anita Malfatti, 1915. Óleo sobre tela, c.i.d. 46,50 cm x 61,00 cm
Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM RJ
“A Onda”, Anita Malfatti, 1915. Óleo sobre tela, c.i.d. 26,50 cm x 36,00 cm
1917
Exposição de Anita Malfatti
• Iniciou o Modernismo
brasileiro em 1917.
• Figura e fundo em tensão.
• Desenho deformado de
influência expressionista.
• Pincelada livre.
• Luz conseguida com
tonalidades sem o
claro/escuro.
“Acidente de trabalho”,
Eugênio de Proença Sigaud, 1944
• O pensamento modernista avança e a defesa da
arte moderna se acentua em um período de
acirrado debate ideológico, que abrangia a
Revolução de 1930, o Estado Novo, o Comunismo
e o Integralismo.
• Junto com essas transformações, ocorre a crise
de 1929 e alguns agravantes, como a quebra dos
fazendeiros do café, que sustentavam como
grandes mecenas os anos iniciais do
modernismo.
• Logo, o sentido temático da arte mudou.
• Adquiriu um caráter social e militante e uma luta
maior pela democratização da arte.
• Se em São Paulo o modernismo sentia sua lenta
acomodação e seus desdobramentos, no resto do
país a realidade não era a mesma.
• A resistência dos artistas acadêmicos ameaçados de
perder seus cargos e o poder provocou reações
calorosas.
• Em Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador uma
inusitada violência promoveu a expulsão dos artistas
modernistas dos seus locais de trabalho.
• Exposições foram fechadas e obras danificadas.
• Caracterizavam a arte moderna como subversiva e
atentatória à moral.
Clubes e Grupos Artísticos
• Grupo modernista de elite –
devido às ambições intelectuais,
apostavam na ruptura estética e
na promoção da inteligência
brasileira.
• Grupos operários – propunham
a revolução na continuidade.
• A expansão e consolidação do
modernismo em outras partes
do país.
• Muitos artistas eram humildes e
despreparados e não entendiam
o modernismo, diferentemente
dos intelectuais.
• Eram mais rebeldes e
politicamente mais eficazes.
Francisco Rebolo, “Lavadeiras”, 1937.
Óleo sobre madeira, 35.00 cm x 39.00 cm.
Coleção Isaac Krasilchik
• Principais grupos:
• Clube de Arte Moderna
(CAM) – classe média /
baixa, com orientação
esquerdizante e política.
• Sociedade Pró-Arte
Moderna (SPAM) –
patrocinado pela burguesia;
não apresentava
preocupação política.
• Núcleo Bernardelli (RJ,
1931 - 1942) - era a ala
moderada do modernismo
carioca. Principais artistas: “Lavadeiras do Abaeté”, José Pancetti, 1957.
José Pancetti e Milton Óleo sobre tela, c.i.d. 57,70 cm x 71,00 cm
Dacosta.
• Grupo Santa Helena (SP,1935 -
1944) – os principais artistas
foram Alfredo Volpi, Bonadei,
Rebolo e Mário Zanini.
• Os “santaelenistas” eram
imigrantes italianos ou
descendentes humildes.
“Paisagem”, Francisco Rebolo, 1939. Óleo sobre tela, c.i.d.
• Registraram cenas do cotidiano 34,50 cm x 44,00 cm
de São Paulo.
• Foram eficazes com as pesquisas
técnicas.
• Aproximaram-se
espontaneamente uns dos
outros, identificados pela origem
social, vivências artísticas ou
artesanais.
“Paisagem”, Bonadei, 1946. Óleo sobre tela, c.i.e.
50,00 cm x 63,00 cm
• Eram artistas ligados a
atividades de pintura de
paredes ou decoração de
residências.
• Dedicavam-se ao desenho de
modelo vivo.
• Transformaram-se em um
movimento pelos intelectuais.
• Visão social do grupo.
• Representação ao ar livre,
paisagens humildes,
despojadas, operários
anônimos, natureza-morta,
temas religiosos, cotidiano.
“Futebol”, Francisco Rebolo, 1936
Óleo sobre tela, c.i.d. 86,00 cm x 36,00 cm
• Alfredo Volpi (1896-1988) destacou-se com telas com
aparência arcaica e influenciada pelas texturas dos
afrescos do início do Renascimento, principalmente
Giotto.
“Autorretrato II”,
Lasar Segall, 1919.
Óleo sobre tela, 68 x 58,5 cm.
Acervo Museu Lasar Segall
“Aldeia Russa” Lasar Segall, c. 1917-1918. Óleo sobre tela, 62,5 x 80,5 cm. Acervo Museu Lasar Segall (São Paulo).
“Menino com lagartixas”, Lasar Segall,
1924. Óleo sobre tela, 98 x 61 cm. Acervo
Museu Lasar Segall
“Terceira classe”, Lasar Segall, 1928. Ponta-seca sobre papel, 32,5 x 28 cm.
Acervo Museu Lasar Segall (São Paulo)
“Marinheiro deitado com cachimbo”, Lasar Segall, 1930. Ponta-seca sobre papel, 29 x 36 cm.
Acervo Museu Lasar Segall (São Paulo)
“Pogrom”,
Lasar Segall, 1937.
Óleo com areia sobre tela,
184 x 150 cm.
Acervo Museu Lasar Segall.
• A obra “Navio de Emigrantes” começou a ser pintada no início da Segunda
Guerra Mundial.
• Representa em sua composição um numeroso grupo de emigrantes
observados do alto.
• Mesmo sendo uma visão de cima e distanciada ela envolve aquele que
observa os emigrantes.
• Para Segall “o emigrante não é apenas um tema novo”,
mas um tema de caráter universal.
• “Eu observo o ser humano como eterno refugiado e
desde sempre tratei deste problema em minha arte”.
• Segundo Segall “muitos se referem ao meu Navio de Emigrantes e
ligam-no imediatamente ao drama dos judeus perseguidos. É uma
interpretação errada. O tema dos emigrantes é muito amplo e
independente de épocas e grupos humanos.”
• Faz referência e sim mesmo. O emigrante como ele é aquele que
teve que partir.
• O artista apresenta na composição, de dentro para fora, especificidades da
embarcação e um amontoado de mais de 150 emigrantes no convés.
• Fez questão de individualizar os emigrantes.
• Destaca a sensação de imensidão do convés lotado e do mar ao seu redor.
• Expõe suas reflexões sobre a fragilidade do destino humano naquele
período de Guerra.
• O artista
estabeleceu uma
perspectiva, na
qual a ponta da
proa do navio
coincide com o
ponto de fuga.
• Aponta para a
terra ao longe,
ainda não visível.
• A maioria dos
passageiros demonstra
cansaço.
• Muitos se recostam uns
nos outros como o casal.
• Outros dormem.
• Alguns apenas esperam
com o olhar perdido,
como o rapaz, que, com
a mulher deitada em seu
colo e o filho pequeno
encostado na mãe, olha
vagamente para o alto.
• Um série de pessoas se
aglomera na amurada.
• Observam as ondas
cinzas e agitadas em
contraste com o
interior estático do
navio.
• Entre eles há uma
mulher de frente para
o expectador.
• Ela coloca a mão no
rosto, gesto comum
nas pinturas de Segall.
• A proximidade da terra é indicada pela presença das
três gaivotas que sobrevoam a embarcação, no alto à
esquerda.
• O horizonte não é solar.
• Nuvens cinza-escuro criam uma contradição: será
possível encontrar, na terra nova, um paraíso
terrestre?
• Essa pode ser considerada uma expressão sentimental de solidão ou
desesperança tanto pelo momento complexo do conflito armado global que
mais uma vez a humanidade atravessava, quanto pela expressividade gélida
alcançada pelos tons marrons, cinzas e ocres escolhidos pelo artista para
deixar a imagem um tanto mais nebulosa e melancólica.