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Biografia de Candido Portinari

Kauan Silva Medeiros,


Paulo Henrique da Cunha,
Emanuel, Erick e Matheus
pereira

1/9/2022
Biografia de Candido Portinari

Candido Portinari (1903-1962) foi um pintor


brasileiro, um dos principais nomes do Modernismo.
Suas obras alcançaram fama internacional, entre
elas, o painel Guerra e Paz, na sede da ONU em
Nova Iorque, e a série Emigrantes, do acervo do
Museu de Arte de São Paulo (MASP).
Candido Portinari nasceu em Brodósqui, no interior
de São Paulo, no dia 30 de dezembro de 1903. Filho
dos imigrantes italianos Giovan Battista Portinari e
Domenica di Bassano era o segundo filho entre 12
irmãos. Aos seis anos já começava a desenhar. Não
concluiu o curso primário e aos 14 anos
participou da restauração da Igreja de Brodowski.
Com 15 anos, Portinari foi para o Rio de Janeiro e se
instalou na casa de parentes. Ingressa no Liceu de
Artes e Ofícios, mas a cidade grande não lhe
fascinou e resolveu retornar para Brodósqui. Com 18
anos, voltou para o Rio e ingressou na Escola
Nacional de Belas Artes.
Em 1921, vendeu a tela Baile na Roça, que havia
pintado assim que chegou à cidade. Em 1922
expôs no Salão da Escola de Belas Artes. Em 1923,
o “Retrato de Paulo Mazuchelli”, ganhou os três
prêmios do Salão.

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Baile da roça (1921)

Portinari recebe do diretor da escola o direito de


escolher seus professores. Em 1928, apresentou suas
obras no Salão e conquistou o Prêmio Viagem para o
Exterior com o retrato de “Olegário Mariano”.
Candido Portinari viajou para Europa e visitou a
Itália, Inglaterra e Espanha e, se estabeleceu em
Paris, na Rue du Dragon,
entre os museus de
Luxemburgo e Louvre. Em
1930, se casou com a
uruguaia Maria Martinelli.
Durante dois anos em Paris,
produziu apenas
três naturezas-mortas.

Natureza-Morta (1930)
Em 1931, voltou ao Rio de
Janeiro e em seis meses pintou quarenta telas. Nesse

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mesmo ano, foi convidado por seu antigo colega da
Escola de Belas Artes e atual diretor da Academia, o
arquiteto Lúcio Costa, para participar do Salão. 
Em 1932, Portinari realizou uma exposição
individual no Palace Hotel, no Rio. A partir de
então, se concentrou na temática social e na busca de
exprimir a terra brasileira. A tela O Café (1934)
define essa fase.
Em 1935, a obra foi premiada na Exposição
Internacional de Arte Moderna, promovida nos
Estados Unidos pela Fundação Carnegie. Portinari
tornou-se o primeiro pintor modernista premiado no
exterior.

O Café (1935)

O realismo de Portinari começou a tender para o


monumental, os motivos da exaltação do trabalho

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braçal e da exaltação homem-terra
ganharam primazia em suas obras. Ainda em 1935,
foi convidado a lecionar pintura mural no Instituto
de Arte da Universidade do Distrito Federal. Entre
seus alunos estava Burle Marx, o futuro paisagista
de renome.
Em 1936, pintou afrescos do Monumento
Rodoviário, na estrada Rio-São Paulo. Entre 1936 e
1945, pintou 9 painéis para o novo prédio do
Ministério de Educação e Cultura, com temas dos
ciclos econômicos de Brasil, entre eles: Algodão,
Carnaúba, Borracha, Cana de Açúcar, Cacau, Pau-
Brasil e Fumo.

Algodão (1945)
Em 1939, Portinari criou 3 painéis para o pavilhão
brasileiro na Feira Mundial de Nova Iorque. Nesse

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ano, nasceu seu filho João Candido. Em
1942, pintou os afrescos da Biblioteca do Congresso,
em Washington. Em 1944, foi convidado por Oscar
Niemeyer para decorar a capela da Pampulha em
Belo Horizonte. Pintou também o “São Francisco” e
as 14 cenas da “Via Sacra”.
Em consequência das objeções estética, durante
anos, a Igreja recusou a consagração do templo.
Também dessa fase é a série Retirantes (1946), com
seus personagens esquálidos, mutilados e
maltrapilhos, que foi exposta em Paris e teve uma
das telas adquiridas pelo Museu de Arte Moderna.

Familia de Retirantes (1946)


Em 1940, Portinari pintou o grande painel,
Tiradentes, para o Colégio Cataguases em Minas

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Gerais. Em 1952, criou o painel A Chegada da
Família Real Portuguesa à Bahia.

Nesse mesmo ano, começou o estudo para a


elaboração dos dois grandes painéis Guerra e Paz
da sede da ONU em Nova Iorque, que foram só
foram concluídos em 1956.

Guerra e Paz (1956)

Nos últimos anos da década de 50, o Modernismo


brasileiro deu um passo além do expressionismo,
mas Portinari permanece fiel ao seu estilo, uma vez

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que o abstracionismo pusera em crise todo o seu
mundo estético.

Em 1960 nasceu sua neta Denise, que passou a ser


tema de seus últimos trabalhos – uma série de
retratos que denotam influência cubista.

Candido Portinari faleceu no Rio de Janeiro, no dia


6 de fevereiro de 1962, vítima de intoxicação das
tintas que utilizava.

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Espantalho no Arrozal

Espantalho no Arrozal (1947)

Composição nos tons amarelos, azuis, ocres, terras,


lilás, verde, rosa, branco e cinza. Textura áspera,
pinceladas marcadas. Representação de espantalho
em campo de plantação de arroz. Em primeiro plano,
à esquerda e ao centro, detalhe de plantação e
caminho em ziguezague em tons ocres e terras. Em
segundo plano, à esquerda, espantalho visto de
frente, ficando na terra em meio a plantação. Figura

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de espantalho com chapéu, mangas da passando por
sobre a armação de madeira e caindo soltas, pernas
das calças abertas e mantidas armadas por meio de
armação visível na ponta das calças. A roupa do
espantalho é em tons de azul e vermelho com
quadriculado em branco. Em todo o segundo plano
vê-se campo totalmente plantado em tons amarelo,
verde, azul, branco e cinza. Ao fundo, linha do
horizonte, céu azule sugestão de sol amarelo direita
do centro.

Detalhes

Titulo: Espantalho no Arrozal


Data: 1947
Local de Criação: Rio de Janeiro, Brasil
Dimensões físicas: 73 x 60cm sem moldura
Procedência: João Candido Portinari
Técnica: Óleo
Tema: Social: Cenas de trabalho: Cultura do arroz,
Cultura brasileira: Espantalho, natureza: Paisagem:
Campo

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