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MESTRE

DIDI
CARYBÉ E
RUBEM VALENTIM:
Vida e Obra
Acadêmicas: Gelci Rostirolla e Maria Carolina Paranhos

Trabalho apresentado na Disciplina de Metodologia do Ensino da Arte do Curso de Artes Visuais


da Universidade Regional de Blumenau, em 24 de outubro de 2016. Professora: Lucinéia 
Mestre Didi
Outros Nomes: 
Deoscóredes Maximiliano dos Santos
Asobá do Opô Afonjá

Biografia
• Deoscóredes Maximiliano dos Santos - Salvador BA 1917 - 2013
• Escultor e escritor. 
• Executa objetos rituais desde a infância;
• aprende a manipular materiais, formas e objetos com os mais antigos do culto
orixá Obaluaiyê. 
• Entre 1946 e 1989, publica livros sobre a cultura afro-brasileira, alguns com
ilustrações de Caribé.
• Em 1966, viaja para a África Ocidental e realiza pesquisas comparativas entre
Brasil e África, contratado pela Unesco.
• Nas décadas de 60 a 90, participa como membro de institutos de estudos
africanos e afro-brasileiros e como conselheiro em congressos com a mesma
temática, no Brasil e no exterior.
• Em 1980, funda e preside a Sociedade Cultural e Religiosa Ilê Asipá do culto aos
ancestrais Egun, em Salvador. 
• É coordenador do Conselho Religioso do Instituto Nacional da Tradição e Cultura
Afro-Brasileira, que representa no país a Conferência Internacional da Tradição
dos Orixás e Cultura. 
Mestre Didi

Opá esin Ati Ejo Meji 


Cetro da Lança com Duas
Serpentes
1992
nervura de palmeira
Couro
contas e búzio
Mestre Didi

Àpéré [A Direção]
1993 | Mestre Didi
Mestre Didi

Èyè Kan [Pássaro Ancestral]


1993 | Mestre Didi
Mestre Didi

Opá Esin Métá-[Os Três Caminhos


1993 | Mestre Didi
Mestre Didi

Idilé Aiye: Sasará Ejo ati Ibirí


[Cetro Reunindo os Símbolos do Panteão da Te
rra]
1995 | Mestre Didi
Mestre Didi

Opá Osanyin Gbegá [Magnifíco


Cetro da Vegetação com Serpentes]
1995 | Mestre Didi
Mestre Didi

Iyá Agbá - Mãe Ancestral


1998 | Mestre Didi
nervura de palmeira, couro, tecido, búzios
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini
Carybé
Biografia

Hector Julio Paride Carybe, conhecido popularmente e artisticamente como


Carybé. Nasceu na Argentina na cidade de Lanús em 7 de fevereiro de 1911.

Foi um importante artista plástico (pintor, gravador, escultor, ceramista,


ilustrador e desenhista) Argentino, naturalizado brasileiro desde 1945.

Apaixonado pela Bahia, Carybé tornou-se conhecido com suas obras que


valorizavam a cultura baiana, os rituais afro-brasileiros, a capoeira, as belezas
naturais e arquitetônicas da Bahia.

Faleceu em Salvador (Bahia) em 2 de outubro de 1997

Carybé fez ilustrações para livros de escritores famosos. 


Ilustrou a capa de livros do escritor baiano Jorge Amado e também do livro Cem
Anos de Solidão de Gabriel Garcia Márquez.
A ilustração do livro Macunaíma, de Mario de Andrade, também foi feita por
Carybé.  

Carybé também atuou na área pública, assumindo o cargo de secretário da


educação do estado da Bahia.
Formação

1925 - Inicia atividades em artes freqüentando o ateliê de cerâmica do seu irmão mais
velho, Arnaldo Bernabó, no Rio de Janeiro.

1927-1929 - Freqüenta a Escola Nacional de Belas Artes - Enba, no Rio de Janeiro

1938- enviado à Salvador pelo Jornal Pregon.

1939- Primeira exposição coletiva, com o artista Clemente Moreau, no Museu


Municipal de Belas Artes de Buenos Aires, em Buenos Aires (Argentina); realiza
ilustrações para o livro Macumba, Relatos de la Tierra Verde, de Bernardo Kardon,
publicado pela Editora Tiempo Nuestro.

1944-faz sua terceira viagem à Bahia. Em Salvador, aprende capoeira com mestre


Bimba frequenta candomblés (notadamente o
de Joãozinho da Gomeia), desenha e pinta.

1950-1997 - Fixa residência em Salvador, Bahia.


 
1958 - Recebe bolsa de estudos em Nova Iorque, Estados Unidos da América.
Algumas obras de Carybé

• São Jorge – nanquim (1956)


• Baianas – óleo sobre madeira (1957)
• Cidade Baixa – nanquim sobre papel (1964)
• Feira – nanquim sobre papel (1964)
• Nu sentado - óleo sobre tela (1965)
• Cabaré – óleo sobre tela (1966)
• Capoeira – crayon sobre papel (1974)
• Cangaceiros – vinil sobre cartão colado em eucatex (1987)
• Murais do Memorial da América Latina (1988)
• Jogos – vinil encerado (1990)
• Os Conjurados – vinil encerado (1995)
Carybé

"Mulata Grande", 1980 - obra exposta no MAM de


Salvador em homenagem aos 70 anos da chegada de
Carybé à Bahia
Carybé

"Bahia 1971"
 ´Óleo sobre tela 46x 55 cm
Carybé

"Mulher na rede"-
1968
Carybé

Carybé representou São Jorge com um coração


azul de Oxóssi (Imagem: Reprodução/
Facebook Instituto Carybé)
Carybé

Carybé.
Visitação de Exú à rua do
Açouguinho, 1972. Xilogravura
em cores do álbum Visitações
à Bahia, 70 x 50 cm
Carybé

Carybé. Fundo de quintal, 1950.


Óleo sobre madeira, 60 x 50 cm
Carybé

Carybé. A louca dos cachorros, 1950.


Guache sobre papelão, 46 x 38 cm
Carybé

"O ovo de ema"  


Carybé

"As cores do sagrado" - 128 aquarelas dos deuses africanos- 1981


Carybé

As cores do sagrado- aquarela-1981 


Carybé

Irmandade da Boa Morte- Confraria religiosa


arfo-católica brasileira. Cachoeira-Ba
Carybé

Libertadores - Criados pelos artistas


plásticos Poty e Carybé, são seis
painéis em concreto aparente,
gravados em baixo-relevo, cada
qual  medindo 4,00 x 15,00
m. (Memorial da América Latina, São
Paulo, SP) 1988
Carybé

Carybé. Mural no Cine


Glauber Rocha, 1953.
Esgrafito sobre reboco
fresco, dimensões
variadas. Salvador
Carybé

Carybé. Serra do Cupim, 1965.


Óleo sobre tela, 65 x 65 cm.
Acervo Museu de Arte
Moderna da Bahia
Carybé

Carybé. Pórtico do Parque de Esculturas do Museu de Arte Moderna da Bahia.


Ferro, dimensões variadas.
Acervo Museu de Arte Moderna da Bahia. Foto: Rômulo e Valentino Fialdini
Rubem Valentim

Biografia
Nasceu em Salvador BA 1922
Faleceu em São Paulo 1991 

Escultor, pintor, gravador, professor 

Inicia-se nas artes visuais na década de 1940, como


pintor autodidata. 

Em 1953 forma-se em jornalismo pela UFBA e


publica artigos sobre arte. 

Reside no Rio de Janeiro entre 1957 e 1963


-professor assistente no curso de história da arte, no
Instituto de Belas Artes 
Rubem Valentim
Reside em Roma entre 1963 e 1966

Em 1966 participa do Festival Mundial de Artes Negras em Dacar


– Senegal

Ao retornar ao Brasil, reside em Brasília e leciona pintura no Ateliê


Livre do Instituto de Artes da Universidade de Brasília - UnB. 

Em 1972, faz um mural de mármore para o edifício-sede


da Novacap em Brasília, considerado sua primeira obra pública. 

Em 1979 é designado, por uma comissão de críticos, para


executar cinco medalhões de ouro, prata e bronze, para os quais
recria símbolos afro-brasileiros para a Casa da Moeda do Brasil. 

Em 1998 o Museu de Arte da Moderna da Bahia - MAM/BA


 inaugura a Sala Especial Rubem Valentim no Parque de
Esculturas.​
Rubem Valentim

Composição nº 5
1953 | Rubem Valentim
óleo sobre madeira
40.00 x 40.00 cm
Coleção Museu de Arte
Contemporânea da
Universidade de São Pauo

http://enciclopedia.itaucultural.org.br/en/obra9786/composicao-no-5
Rubem Valentim

Composição
Composição
19551955
| Rubem
| Rubem Valentim
Valentim
óleoóleo
sobresobre
tela,tela,
c.i.d.
c.i.d.
100.00
100.00
x 73.00
x 73.00cm cm

http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/002272001013.jpg
Rubem Valentim

Composição
1956 | Rubem Valentim
óleo sobre tela
70.00 x 50.00 cm

http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/002272002013.jpg
Rubem Valentim

Pintura
1965 | Rubem Valentim
têmpera sobre tela
100.00 x 73.00 cm

http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/002272019013.jpg
Rubem Valentim

Pintura XIV
1965 | Rubem Valentim
têmpera sobre tela
100.00 x 73.00 cm
Reprodução fotográfica autoria
desconhecida

http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/002272020013.jpg
Rubem Valentim

Emblema
1968 | Rubem Valentim
óleo sobre relevo em
madeira
66.00 x 46.00 cm
Reprodução fotográfica
João L. Musa/Itaú Cultural

http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/013302046049.jpg
Rubem Valentim

Objeto Emblemático
8
1969 | 
Rubem Valentim
acrílica sobre
madeira

http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/002272013013.jpg
Rubem Valentim

Objeto Emblemático
1969 | Rubem Valentim
acrílica sobre madeira

http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/002272012013.jpg
Rubem Valentim

Painel Emblem
ático
1974 | 
Rubem Valenti
m
acrílica sobre
madeira
44.00 x 70.00
cm

http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/002272026013.jpg
Rubem Valentim

Sem Título
ca. 1977 | 
Rubem Valentim
madeira recortada e
esmaltada
330.00 x 1345.00
cm
Palácio do Itamaraty
(Brasília DF)

http://d3swacfcujrr1g.cloudfront.net/img/uploads/2000/01/002272027013.jpg
Rubem Valentim

Marco Sincrético da Cultura Afro-b


rasileira
1978 | Rubem Valentim
concreto
Praça da Sé (São Paulo SP)

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Rubem Valentim
Apresentada em 1977 à XIV
Bienal de São Paulo, a exposição
Templo de Oxalá, de Rubem
Valentim, é constituída de painéis
e esculturas em madeira branca.

A mostra reúne obras do escultor,


pintor, gravador e professor de
artes plásticas baiano Rubem
Valentim (1922-1991).

As duas exposições ficarão em


cartaz até 11 de setembro de 2016
Mostra Templo de Oxalá
e a visitação pode ser feita de
Foto: Ascom MAM/Divulgação
terça a domingo, das 13h às 18h.
A entrada é gratuita.
Disponível em: http://g1.globo.com/bahia/noticia/2016/07/mostras-sobre-contemporaneidade-e-templo-de-oxala-
entram-em-cartaz.html
Referências
CARYBÉ et al. Carybé. Salvador : Odebrecht, 1989. 451 p, il.

DIDI. Contos de Mestre Didi. Rio de Janeiro : Codecri, c1981. 87p, il. (Alternativa, v.3).

Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. Disponível em:  


http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa8766/rubem-valentim .. Acesso em: 24 out. 2016

Mostra contemporânea e exposição 'Templo de Oxalá' entram em cartaz. 28/07/2016. G1 BA.


Disponível em:
http://g1.globo.com/bahia/noticia/2016/07/mostras-sobre-contemporaneidade-e-templo-de-oxala-entram-
em-cartaz.html
. Acesso em: 24 out.. 2016

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