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MANUAL TÉCNICO E DE APLICAÇÃO - TNVRI

Material necessário para aplicação


● Caderno de exercício: contém as instruções e 58 itens;
● Folha de resposta;
● Folha de correção (não vamos usar).

Cuidados para aplicação


● É necessário que se tome o cuidado de que as crianças compreendam corretamente
as instruções;
● Preencher, inicialmente, os dados sociobiográficos da criança, para depois iniciar o
teste;
● As respostas devem ser anotadas pelo próprio entrevistador, no caso da aplicação
individual.

Aplicação individual

1) Ao abrir o caderno de questões, é preciso dizer: “olhe para este desenho” (e apontar
para a figura inicial A: o coelho);

2) Em seguida, dizer: “como você vê, este é um coelho do qual foram tiradas as
orelhas. Cada um desses espaços abaixo (apontar para todos os pequenos
desenhos) têm a forma certa para completar o espaço em branco na figura, mas
apenas um deles é o pedaço que completa a figura corretamente. É aquele que tem
a orelha. O pedaço marcado com a letra “e” tem a orelha, mas também tem todo o
coelho, então não é a resposta certa, porque do desenho grande só foi tirada a
orelha. Então a resposta certa é o pedaço marcado com “a”. Os outros pedaços
estão todos errados, porque o “b” tem as pernas, o “c” tem o rabo, o “d” um pedaço
do corpo do coelho e o “f” está totalmente errado (aponta para a cara de gato). Só
um é certo. Mostre o pedaço que é totalmente certo.”

Caso a criança não consiga acertar, o aplicador deve continuar explicando até que a tarefa
seja bem compreendida pela criança, até seguir para o próximo exercício.

3) Depois, o entrevistador passa para o outro exemplo (exemplo B) e diz: “agora


mostre o que foi tirado deste desenho.”

Caso a criança erre, o entrevistador pode explicar porque a resposta certa deve ser a “e”.
Se ainda assim a criança não compreender, o entrevistador pode usar as mesmas técnicas
para os próximos exercícios, 1 e 2. Assim que resolvidos os exemplos e as duas primeiras
atividades, o entrevistador inicia com o item 1.

4) Ao iniciar o teste com o item A1, dizer: “olhe bem para o desenho (passar o dedo na
figura grande). Embaixo do desenho você vê seis pedaços. Um desses pedaços
está completamente certo. Preste atenção, olha para cada um deles primeiro”
(apontar para cada um dos pedaços). Agora mostre o certo para colocar aqui
(apontar para o espaço vazio da figura grande).”
5) Quando a criança indicar um dos pedaços, certo ou não, dizer: “é este o certo para
colocar aqui? (apontar para o desenho e espaço a ser completado). Se a criança
dizer sim, independente de estar certo ou errado, aceitar a escolha com aprovação.
Caso ela mude de escolha, diga: “então me mostre qual é o certo”. Se a criança
escolher certo ou errado, questionar novamente: “é este que é o certo?” . Se a
criança estiver satisfeita com a sua escolha, é aceita. Se ela ainda demonstrar
dúvida, dizer: “então, qual é o certo?” e aceitar a decisão final da criança.

Caso se perceba que a criança não está entendendo a atividade, é possível voltar para os
exemplos/exercícios iniciais e explicar novamente o que ela deve fazer, solicitando que ela
tente novamente. Se os exemplos e exercícios forem resolvidos facilmente, voltar para o
item 1.

6) Novamente solicitar: “Olhe bem para o desenho. Agora, qual destes pedaços
(apontar para cada um) vai aqui? (Mostrar o espaço vazio). Preste atenção, apenas
um é totalmente certo, qual é ele? Pense bem antes de mostrar qual é.”

As instruções acima devem ser seguidas à medida que o teste evolua, enquanto for
necessário.

Aplicação coletiva

● Na aplicação coletiva, não devem ser testadas mais do que dez crianças de cada
vez;
● É necessário reservar em média uma hora e meia, embora muitas terminem na
metade do tempo;
● Na aplicação coletiva, é preciso reproduzir as imagens em tamanho de cartaz,
fixadas em cavaletes, de tal modo que a figura anterior oculte a posterior, mas possa
ser virada para o próximo exemplo;
● Cada criança precisa de um lápis e um caderno de TNVRI;
● Cada criança precisa de uma folha de respostas;
● Antes de as crianças entrarem na sala, é preciso anotar os dados sociobiográficos
de cada uma na folha de resposta, além de distribuir os cadernos de exercícios e
folhas, de modo a impedir a cópia;
● Certificar-se de que cada criança sente no lugar correto.
● Ao entrarem na sala: pedir para que não abram o caderno até a ordem, explicar que
o teste mede a capacidade de perceber e pensar com clareza;
● E finalmente, solicitar que abram os cadernos na primeira página.

1) Mostrando a ampliação da figura no cavalete, diga: “este desenho é igual ao de


vocês. Como vocês vêem, na parte superior há um desenho grande com um pedaço
faltando. Cada um destes pedaços embaixo (apontar para cada um deles) tem a
forma correta para completar o espaço, mas nem todos completam o desenho
corretamente. O pedaço “b” (apontar para o pedaço e depois para o desenho
grande) está errado, porque mostra pernas. Os pedaços “c”, “d”, e “e” também estão
errados porque eles completam o espaço, mas não tem o desenho correto. O
pedaço “f” está completamente errado, porque não tem nada a ver com o coelho da
figura. Então fica o pedaço marcado com a letra “a” como o desenho certo (ilustrar
que o desenho é o mesmo que está acima). Assim, vocês vão escrever “a” na Folha
de respostas, no quadradinho que está escrito exemplo a.”

Na sequência, o aplicador deve observar se este comando é feito corretamente.

2) Caso necessário, explicar mais a atividade e então dizer: “sim, o certo é o desenho
“a”. Portanto, a resposta para o exemplo A será “a”. Escreva um A (maiúsculo ou
minúsculo) aqui, no quadradinho onde está escrito “Exemplo A”, na sua folha de
respostas. Não virem a página ainda.”

3) Esperar que todos preencham e continuar: “em todas as páginas dos cadernos há
um desenho com um pedaço faltando. Vocês têm que procurar em cada um dos
pedaços embaixo do desenho maior, qual é o certo para completar o desenho
acima. Quando vocês encontrarem o pedaço certo, escrevam a letra dele na folha
de respostas, no quadradinho do número do desenho. Não escrevam nada nos
cadernos. Inicialmente, vocês têm dois desenhos que servem como exercício. Em
seguida, começam os desenhos que valem. Estes, no começo são fáceis, mas vão
ficando cada vez mais difíceis à medida que vocês continuam. Sempre há apenas
um pedaço que completa o desenho. Não há truques. Se vocês prestarem atenção
à maneira de responder os fáceis, acharão também os outros menos difíceis.
Tentem cada um na ordem, isto é, do começo para o fim do caderno, trabalharem
no seu próprio ritmo. Não pulem nenhuma página. Vejam quantos vocês podem
fazer corretamente. Vocês podem gastar quanto tempo quiserem. Virem a página e
resolvam o Exemplo B”.

4) Quando tiver passado tempo suficiente para todos anotarem a resposta do exemplo
B, dizer: “Naturalmente o certo é o pedaço “e”. Vejam se vocês escreveram a letra e
na sua folha de resposta, no quadradinho onde está escrito exemplo B. Continuem
sozinhos dessa maneira até o fim do caderno. Eu vou andar pela sala, para ver se
vocês estão continuando corretamente. Levantem a mão quando acabarem.”

Caso alguma criança tenha dúvida, o aplicador pode explicar individualmente até o
exercício 2, até mesmo mostrando a resposta certa.

É válido anotar o tempo, verificar se cada criança anotou corretamente as respostas nas
folhas de resposta e, ao final de 15 minutos, verificar se as crianças estão registrando
adequadamente os itens. Ao final de 20 minutos, pedir para que as crianças façam um
círculo em volta do número da questão em que estão trabalhando e solicitar que elas
avisem quando terminarem, para assim, verificar se a folha de resposta foi preenchida
corretamente e se a idade que elas declararam correspondem à sua data de nascimento.
OBS: anotar o tempo a partir do item 1, após os exemplos.

Suplemento: o TNVRI é muito pesado para crianças com deficiência intelectual. Nestes
casos, é recomendável a aplicação apenas do fator 2 (série A: A1 até A11) e pelos dois
primeiros exercícios da série B (B1 e B2).

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