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TRVB

Teste de Retenção Visual de Benton

Manual de Trabalho
Teste de Retenção Visual de Benton
(Normas dos 8 aos 64 Anos)

O TRVB é um instrumento clínico e de pesquisa destinado ao exame de:


 Percepção Visuo-espacial
 Memória Visual
 Aptidões visuo-construtivas.

 Em ADULTOS mede e é especialmente sensível à Deterioração Mental e


Organicidade, tendo em conta o tipo de erros que o sujeito comete.
 Em CRIANÇAS mede e é especialmente sensível à atenção e concentração.

Questões que se devem levantar:

Os testes que utilizamos não permitem dar uma resposta conclusiva nem
exclusiva, pois sabemos que há lesões cerebrais que não têm efeitos detectáveis em
exames tão gerais. O diagnóstico de lesão cerebral é muito difícil pelo facto de as lesões
não produzirem todas o mesmo efeito (variam consoante a sua natureza, localização,
idade em que surgiu, etc.).

Os efeitos que as lesões produzem podem ser observados em aspectos funcionais


do paciente, tais como:
 Perda de memória,
 Dificuldades de Concentração e Atenção,
 Dificuldade em Controlar os Impulsos Emocionais.

Igualmente, a maior parte das lesões acarreta sofrimento no indivíduo e é normal


provocarem determinados estados psicológicos, ex. Depressão.

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1. APLICAÇÃO:

Possui 3 Formas de Apresentação (C, D, E) e cada série é composta por 10


Desenhos, podendo ter cada uma delas uma forma de administração especifica:

Administração A: Apresenta-se cada cartão durante um período de 10´´ e depois


solicita-se a reprodução imediata de memória.
Administração B: Apresenta-se cada cartão durante um período de 5´´ e depois
solicita-se a reprodução imediata de memória.
Administração C: É pedida a cópia do desenho.
Administração D: Apresenta-se cada cartão durante 10´´ e depois faz-se um intervalo
de 15´´, em que é pedido ao paciente para contar até 15 em voz alta, seguindo-se a
reprodução diferida de memória.

Em cada uma das três formas (C, D, E) pode ser utilizada qualquer um dos tipos
de administração (A, B, C, D).

Neste manual, no entanto, só irão ser apresentadas as tabelas de interpretação da


administração A, sendo a que possui um conjunto de dados normativos devidamente
estudados e validados, pelo que será este o procedimento escolhido aquando da
aplicação do TRVBenton.

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2. PROCEDIMENTO:

ADMINISTRAÇÃO A

Dão-se ao sujeito folhas de papel branco, com as mesmas dimensões que os


cartões nos quais estão imprimidos os desenhos (cerca de 13,5 x 21 cm, ou seja, metade
de A4), e um lápis com uma borracha.

Instrução: “Vou lhe mostrar um cartão no qual existe uma figura ou mais, que deverá
examinar durante 10´´: Passado esse tempo o cartão será retirado, devendo desenhar
tudo o que viu.”

Pode-se utilizar, para medir o tempo, um cronómetro ou um relógio com


segundos. O caderno de desenhos deve-se colocar num ângulo de aproximadamente 60
graus em relação à superfície da mesa para favorecer uma boa visão ao sujeito (nunca se
deve colocar horizontalmente a esta área).

Pode acontecer, no primeiro desenho, que o indivíduo comece a desenhar antes


dos 10´´ estarem esgotados. Deve ser impedido de continuar e repetir a indicação de que
deve olhar o cartão durante todo o tempo de exposição. O examinador pode fazer um
comentário, como por ex.:

“Eu sei que este desenho é fácil, mas os outros que se seguem são mais difíceis, e
gostaria que você ganhasse o hábito de observar o cartão durante todo o tempo, 10´´”.

Cada cartão é apresentado sem comentários, com excepção do cartão n.º. 3


(primeiro que comporta duas figuras principais e uma pequena figura periférica), que
antes do apresentar, o examinador deverá dizer:

“Não se esqueça de desenhar tudo o que vê”.

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Se o sujeito omitir na reprodução do cartão a figura periférica mais pequena, o
examinador deverá fazer a mesma chamada de atenção anterior à apresentação do
cartão, estando o sujeito autorizado a apagar e a fazer correcções. Não se deve fazer
nenhum elogio, mas dever-se-á acalmar o sujeito se ele se inquietar com a qualidade do
seu trabalho.

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3. COTAÇÃO:

A cotação é realizada através de uma dupla interpretação, Quantitativa e


Qualitativa.

3.1. A análise quantitativa refere-se à eficiência do sujeito, no que refere ao total


de reproduções correctos.

 EFICIÊNCIA = N.º DE CARTÕES CORRECTOS

A análise quantitativa proporciona informação sobre o nível intelectual do


sujeito.
Cada desenho é cotado na base do “Tudo ou Nada”, e concedem-se 1 ou 0
pontos. Por conseguinte, a pontuação total para cada uma das formas do teste oscila
entre 0 e 10 pontos.
Os critérios de pontuação são bastante flexíveis, sendo o principal interesse
apreciar a capacidade do sujeito em reter uma impressão visual e não a sua habilidade
para desenhar. Por isso, o tamanho da reprodução como um todo comparado com o
tamanho do modelo não é considerado; no entanto, tem-se em conta, em cada cartão
especifico o tamanho relativo das figuras comparando-as entre si.

3.2. A análise qualitativa é realizada através da valorização dos erros, referente à


precisão que o sujeito apresenta.

 PRECISÃO = N.º TOTAL DE ERROS

Valorização dos Erros

A análise dos erros proporciona informação qualitativa, constituindo um índice


da eficácia geral de execução: 6 Categorias Principais de Erros.

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1 Omissões e Adições:

M Omissão da fig. Maior nas lâminas I ou II. Valoriza-se quando a figura


está completamente omitida ou ... quando o sujeito desenha somente
uma das linhas que não representa uma intenção para reproduzi-la.
MR / ML Omissão da figura maior à direita/esquerda (campo visual
direito/esquerdo), deixando-se o espaço para a sua reprodução em
branco ou ... quando o sujeito desenha somente uma das linhas que não
representa uma intenção para reproduzi-la.
MR! / ML! Omissão da fig. maior à direita/esquerda, sem deixar espaço para a
sua reprodução.
PR /PL Omissão de uma figura periférica do lado direito/esquerdo do
desenho.
Add Desenho de uma figura adicional, não incluída no modelo, e não
classificável como perseveração ou distorção (reprodução múltipla).

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2 Deformação/Distorções:

SM Reprodução Incorrecta (RI) da única figura das lâminas I ou II, através


de uma simples substituição (ex. um quadrado em vez de um
rectângulo).
SMR / SML RI da figura maior à direita/esquerda através de uma simples
substituição.
SPR / SPL RI de uma figura periférica direita/esquerda através de uma simples
substituição.
IM Reprodução Errada (RE) de uma figura nas lâminas I ou II, que não
seja simples substituição ou rotação (Ex. adição ou colocação
incorrecta de um detalhe interno da figura, fragmentação da figura ou
reprodução múltipla de uma figura).
IMR / IML RE da figura maior direita/esquerda, que não seja simplesmente
substituição ou rotação. Valoriza-se como em IM.
IMC RE limitada à área central, formada pela intersecção das figuras
maiores, nas lâminas C-III e D-III.
IPR / IPL RE de uma figura periférica direita/esquerda que não seja
simplesmente substituição ou rotação (ex. fragmentação ou reprodução
múltipla da figura).

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3 Perseverações/Repetições (parte do erros orgânicos):

Resposta de substituição e adição, que consiste usualmente na reprodução de


uma figura existente em lâminas imediatamente anteriores. Se repete-se a mesma figura
em várias reproduções sucessivas, valoriza-se como perseveração cada vez que se
desenhe. Existe também uma perseveração quando uma figura periférica está desenhada
de modo idêntico a uma figura maior da mesma lâmina. Quando se valoriza um erro
como perseveração não se pode considerar um outro erro de substituição ou adição na
mesma figura. Tão pouco se valorizam erros de rotação quando esta ocorre numa figura
repetida por perseveração. Contudo , valorizam-se, nestas mesmas figuras os erros de
deslocamento e tamanho.

PerM Perseveração na lâmina II da figura correspondente à lâmina I.


PerMR / PerML Perseveração no desenho da figura maior direita/esquerda.
PerPR / PerPL Perseveração no desenho de uma figura periférica direita/esquerda.

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4 Rotações:

180M Rotação plana de 180 da única figura da lâmina I ou II.


90M Rotação plana de 90 da única figura das lâminas I ou II.
45M Rotação plana de 25 a 65 da única figura das lâminas I ou II (ver
SM).
SM Rotação plana à volta de 45 da única figura das lâminas I ou II, de
modo que em lugar de descansar sobre um ângulo, a figura apoia-se
num lado.
180MR / ML Rotação plana de 180 de uma figura maior direita/esquerda.
90MR / ML Rotação plana de 90 de uma figura maior direita/esquerda.
45MR / ML Rotação plana de 45 de uma figura maior direita/esquerda.
SMR / SML Rotação plana de 45 de uma figura maior direita/esquerda que
descansa sobre um ângulo, e que se desenha apoiando-se em um dos
lados.
180PR / PL Rotação plana de 180 de uma figura periférica direita/esquerda.
90PR / PL Rotação plana de 90 de uma figura periférica direita/esquerda.
45PR / PL Rotação plana de 45 de uma figura periférica direita/esquerda.
Mir Rotação de 180 no espaço (imagem em espelho) de todo o desenho.
MirMR / Rotação de 180 no espaço (imagem em espelho) da figura maior
MirML direita/esquerda.
180MR (Mir) / Rotação da figura maior direita/esquerda que pode classificar-se ou
180ML (Mir) como uma rotação plana de 180, ou como uma rotação de 180 no
espaço (imagem em espelho).
90MR (Mir) / Rotação da figura maior direita/esquerda que pode classificar-se ou
90ML (Mir) como uma rotação plana de 90, ou como uma rotação de 90 no espaço
(imagem em espelho).
VerM Rotação do eixo horizontal através das figuras maiores. Valoriza-se
somente quando uma figura maior não está situada através da linha
central da outra.

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5 Deslocamentos (Erros de Localização):

Rev Inversão esquerda-direita das posições relativas das duas figuras


maiores.
NOv Reprodução das figuras maiores parcialmente sobrepostas
(“overlaping”) como não sobrepostas.
Ov Reprodução das figuras maiores separadas como parcialmente
sobrepostas.
MisPR / MisPL Colocação incorrecta de uma figura periférica direita/esquerda, de
modo que fique à esquerda/direita, entre, dentro, em cima, ou por
baixo das figuras maiores.
UPR /UPL Deslocamento de uma figura periférica direita/esquerda para
cima.
DPR / DPL Deslocamento de uma figura periférica direita/esquerda para
baixo.

6 Erros de Dimensão:

SzMR / SzML Distorção do tamanho relativo da figura maior direita/esquerda.


Valoriza-se quando a altura da figura direita/esquerda é menor que
3/5 da altura da figura do lado esquerdo/direita (oposto), as duas
figuras medem-se no seu ponto máximo de altura.
SzPR / SzPL Distorção do tamanho relativo da figura periférica direita/esquerda.
Valoriza-se quando a altura da figura periférica direita/esquerda é
menor que 3/5 da altura da figura maior das duas figuras grandes,
medindo-se todas elas no seu ponto máximo de altura.

Desta forma obtemos 63 erros específicos incluídos em seis categorias


principais.

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4. PRINCIPIOS E EXEMPLOS DE COTAÇÃO:

Como a cotação se faz com base em critérios específicos, não haverá usualmente
dúvidas sobre se a reprodução deve ser classificada como correcta ou não. Apesar de
tudo, ocasionalmente podem surgir dificuldades acerca da mesma; por exemplo, se uma
figura periférica está demasiado para cima, se trata-se de uma distorção do tamanho, etc.
Estas dificuldades usualmente resolvem-se fazendo medições precisas.

Por vezes, ao usar o sistema de cotação dos erros, podem-se encontrar respostas
incorrectas que admitem mais de um modo de cotação. A seguir apresentam-se duas
situações desse tipo:

a) Quando uma reprodução se pode cotar como rotação ou distorção


(deslocamento de um pormenor interior). Pelo interesse na uniformidade da
cotação, estes erros classificam-se sempre como rotações. Por conseguinte, a
resposta tem que cumprir claramente os requisitos para uma cotação como
erro de rotação, isto é, que ao continuar-se a rotação da figura se conseguirá
uma resposta correcta.

b) Quando uma reprodução se pode cotar como rotação plana ou rotação no


espaço (imagem em espelho). Para este tipo de reprodução, o sistema de
cotação oferece símbolos específicos, por exemplo 180MR(Mir),
90ML(Mir). A especificidade desta classificação permite ao examinador que
esteja particularmente interessado nesta tendência para a reprodução da
imagem em espelho, ter em conta este tipo de respostas.

Outros princípios do sistema de cotação de erros que merecem ser mencionados


são os seguintes:

c) Anota-se um só erro de deslocamento por figura. Por exemplo, se uma figura


periférica direita inferior se desenha na esquina esquerda superior, cota-se
como MisPR sem ter em atenção o seu deslocamento para cima.

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d) Quando se cota a reprodução de uma figura de perseveração, pode-se
valorizar ao mesmo tempo como erro de tamanho ou deslocamento, mas não
se consideram erros de substituição, adição ou rotação para esta figura.

e) Podem surgir dificuldades em decidir se uma figura periférica está colocada


demasiado para cima ou para baixo em relação com os limites das figuras
maiores, se estas mesmas tiverem tamanho diferente ou se localizam em
diferentes níveis ou sobre um eixo que não esteja paralelo ao bordo do papel.
A medição destes desvios deve basear-se em linhas paralelas ao bordo do
papel, isto é, qualquer rotação na orientação das figuras maiores passa por
alto. Ao estabelecer estes limites para as figuras maiores, toma-se como
critério aquela das duas figuras que permita uma cotação mais favorável. Por
isso, se o sujeito desenha as duas figuras maiores de diferentes tamanhos ou
sobre diferentes níveis, a figura periférica pode desenhar-se como deslocada
respectivamente a uma, mas não em relação à outra. Nestes casos deve ser
anotado um erro de deslocamento.

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5. EXEMPLOS DE VALORIZAÇÃO DOS ERROS:

CORRECTO INCORRECTO

FORMA C – LÂMINA I
Qualquer paralelogramo que não seja
quadrado ou que o sujeito indique que não
é quadrado, se avalia como correcto. A
figura deve repousar sobre um lado e não
sobre um ângulo. As linhas obliquas
devem estar inclinadas na mesma direcção
que o modelo.

CORRECTO INCORRECTO

FORMA C – LÂMINA II
O sujeito deve desenhar um hexágono
com um lado como base. Não é necessário
que os lados sejam iguais.

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CORRECTO INCORRECTO

FORMA C – LÂMINA III


Os dois círculos têm que se
sobrepor parcialmente. O quadrado
pequeno deve repousar sobre um lado e
estar desenhado de forma a que pelo
menos uma parte dele esteja situada na
área definida pelos limites superior e
inferior das figuras maiores.

CORRECTO INCORRECTO

FORMA C – LÂMINA IV
O triângulo deve repousar sobre um
lado e não deve ser um triângulo-
rectângulo. O quadrado pequeno deve re-
pousar sobre um lado e estar desenhado
de forma a que pelo menos uma parte dele
esteja situada na área definida pelos
limites superior e inferior das figuras
maiores.

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CORRECTO INCORRECTO

FORMA C – LÂMINA V
O triângulo deve repousar sobre
um lado e não deve ser um triângulo-
rectângulo. O círculo pequeno deve estar
desenho de forma a que pelo menos uma
parte dele esteja situada na área definida
pela linha média e limite superior das
figuras maiores.

CORRECTO INCORRECTO

FORMA C – LÂMINA VI
As figuras maiores devem estar
se-paradas entre si. As linhas interiores de
cada uma das figuras maiores não devem
ultrapassar o centro da figura. O círculo
pequeno deve estar desenho de forma a
que pelo menos uma parte dele esteja
situada na área definida pela linha média e
limite superior das figuras maiores.

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CORRECTO INCORRECTO

FORMA C – LÂMINA VII


A hipotenusa do triângulo
maior direito deve ter a mesma
direcção que o modelo. O
quadrado grande deve repousar
sobre um ângulo, não sobre um
lado. O triângulo pequeno deve
repousar sobre um lado e estar
desenhado de forma a que pelo
menos uma parte dele esteja
situada na área definida pela linha
média e limite inferior das figuras
maiores.

CORRECTO INCORRECTO

FORMA C – LÂMINA VIII


A linha curva no quadrado
esquerdo deve terminar nos
ângulos superiores do quadrado ou
muito perto deles. O triângulo
pequeno deve repousar sobre um
lado e estar desenhado de forma a
que pelo menos uma parte dele
esteja situada na área definida pela
linha média e limite superior das
figuras maiores.

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CORRECTO INCORRECTO

FORMA C – LÂMINA IX
A linha curva no quadrado
grande deve terminar nos ângulos
esquerdos do quadrado ou muito
perto deles. O lado esquerdo da
figura direita deve estar incli-nado
na mesma direcção que o modelo,
e o lado direito deve aproximar-se
da posi-ção vertical. O quadrado
pequeno deve re-pousar sobre um
lado e estar desenhado de forma a
que pelo menos uma parte dele
esteja situada na área definida pela
linha média e limite superior das
figuras maiores.

CORRECTO INCORRECTO

FORMA C – LÂMINA X
O quadrado grande deve repousar
sobre um ângulo e a linha desenhada
através do mesmo deve seguir a direcção
indicada no modelo. A linha diagonal da
figura maior direita deve originar-se no
ângulo esquerdo da figura e seguir a
direcção do modelo. O círculo pequeno
deve estar desenhado de forma a que pelo
menos uma parte dele esteja situada na
área definida pela linha média e limite
inferior das figuras maiores.

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CORRECTO INCORRECTO

FORMA D – LÂMINA I
Considera-se correcto qualquer
rectân-gulo cujo lado superior inteiro
sirva de base a um triângulo. O
triângulo não deve ser um triângulo-
rectângulo.

CORRECTO INCORRECTO

FORMA D – LÂMINA II
O sujeito deve desenhar um hexágono
que repouse sobre um ângulo, não sobre
um lado. Não é necessário que os lados
sejam iguais.

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CORRECTO INCORRECTO

FORMA D – LÂMINA III


Os dois quadrados devem repousar
sobre ângulos e devem sobrepor-se par-
cialmente. O círculo pequeno deve estar
desenhado de forma a que pelo menos
uma parte dele esteja situada na área
definida pelos limites superior e inferior
das figuras maiores.

CORRECTO INCORRECTO

FORMA D – LÂMINA IV
O triângulo deve repousar sobre um
ângulo. O quadrado pequeno deve repou-
sar sobre um lado e estar desenhado de
forma a que pelo menos uma parte dele
esteja situada na área definida pela linha
média e limite inferior das figuras
maiores.

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CORRECTO INCORRECTO

FORMA D – LÂMINA V
O triângulo pequeno deve repousar
sobre um lado e estar desenhado de forma
a que pelo menos uma parte dele esteja
situada na área definida pela linha média e
limite inferior das figuras maiores.

CORRECTO INCORRECTO

FORMA D – LÂMINA VI
As linhas diagonais no quadrado
grande devem originar-se por volta do
centro da base e terminar nos ângulos
superiores ou muito perto deles. O círculo
pequeno deve estar desenhado de forma a
que pelo menos uma parte dele esteja
situada na área definida pelos limites
superior e inferior das figuras maiores.

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CORRECTO INCORRECTO

FORMA D – LÂMINA VII


A diagonal do quadrado não deve
ultrapassar dois terços da distância até ao
ângulo oposto. O quadrado pequeno deve
repousar sobre um lado e estar desenhado
de forma a que pelo menos uma parte dele
esteja situada na área definida pela linha
média e limite inferior das figuras
maiores.

CORRECTO INCORRECTO

FORMA D – LÂMINA VIII


A linha diagonal no quadrado esquer-
do deve ser curva e a diagonal no quadra-
do direito deve ser recta. Ambas linhas
diagonais devem seguir a direcção indica-
da no modelo e devem terminar nos ângu-
los dos quadrados ou muito perto deles. O
quadrado pequeno deve repousar sobre
um lado e estar desenhado de forma a que
pelo menos uma parte dele esteja situada
na área definida pelos limites superior e
inferior das figuras maiores.

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CORRECTO INCORRECTO

FORMA D – LÂMINA IX
O círculo pequeno deve estar de-
senhado de forma a que pelo menos uma
parte dele esteja situada na área definida
pela linha média e limite inferior das
figuras maiores.

CORRECTO INCORRECTO

FORMA D – LÂMINA X
O semicírculo deve estar atravessado
por uma linha horizontal. O quadrado
deve repousar sobre um ângulo. O círculo
pequeno deve estar desenhado de forma a
que pelo menos uma parte dele esteja
situada na área definida pelos limites
superior e inferior das figuras maiores.

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CORRECTO INCORRECTO

FORMA E – LÂMINA I
O sujeito deve desenhar um triângulo
truncado, como o modelo. Os ângulos
formados pelo lado superior e laterais
devem ser obtusos.

CORRECTO INCORRECTO

FORMA E – LÂMINA II
O sujeito deve desenhar um pentágono
que repouse sobre um ângulo, não sobre um
lado. Não é necessário que os lados sejam
iguais. Os ângulos formados pelo lado
superior e laterais devem ser obtusos.

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CORRECTO INCORRECTO

FORMA E – LÂMINA III


Entre os dois quadrados deve haver
um espaço. O triângulo pequeno deve re-
pousar sobre um lado e estar desenhado
de forma a que pelo menos uma parte dele
esteja situada na área definida pela linha
média e limite superior das figuras
maiores.

CORRECTO INCORRECTO

FORMA E – LÂMINA IV
O triângulo deve repousar sobre um
ângulo. O círculo pequeno deve estar
desenhado de forma a que pelo menos
uma parte dele esteja situada na área
definida pela linha média e limite inferior
das figuras maiores.

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CORRECTO INCORRECTO

FORMA E – LÂMINA V
As linhas de cada círculo devem
formar um ângulo reconhecível, devem
estar correctamente situadas e cada uma
deve abranger desde 1/6 a 1/3 da área do
círculo. O triângulo pequeno deve repou-
sar sobre um lado e estar desenhado de
forma a que pelo menos uma parte dele
esteja situada na área definida pela linha
média e limite inferior das figuras
maiores.

CORRECTO INCORRECTO

FORMA E – LÂMINA VI
O triângulo pequeno dentro do qua-
drado deve repousar sobre um lado. O
quadrado pequeno deve repousar sobre
um lado e estar desenhado de forma a que
pelo menos uma parte dele esteja situada
na área definida pela linha média e limite
superior das figuras maiores.

25
CORRECTO INCORRECTO

FORMA E – LÂMINA VII


As linha diagonais no quadrado gran-
de devem originar-se por volta do ponto
médio do lado esquerdo e terminar nos
ângulos direitos ou muito perto deles.

CORRECTO INCORRECTO

FORMA E – LÂMINA VIII


O quadrado deve repousar sobre um
ângulo. O triângulo pequeno deve repou-
sar sobre um lado e estar desenhado de
forma a que pelo menos uma parte dele
esteja situada na área definida pela linha
média e limite inferior das figuras
maiores.

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CORRECTO INCORRECTO

FORMA E – LÂMINA IX
A reprodução da figura maior direita
deve incluir os mesmos detalhes essen-
ciais do modelo. O quadrado pequeno de-
ve repousar sobre um lado e estar dese-
nhado de forma a que pelo menos uma
parte dele esteja situada na área definida
pela linha média e limite superior das
figuras maiores.

CORRECTO INCORRECTO

FORMA E – LÂMINA X
O triângulo deve repousar sobre um
ângulo e incluir uma linha vertical dese-
nhada pelo centro. As linhas no círculo
devem formar um ângulo reconhecível,
devem estar colocadas correctamente e
abranger desde 1/6 a 1/3 da área do círcu-
lo. O quadrado pequeno deve repousar
sobre um lado e estar desenhado de forma
a que pelo menos uma parte dele esteja
situada na área definida pela linha média e
limite inferior das figuras maiores.

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6. NORMAS INTERPRETATIVAS:

Os dados normativos para o TRVBenton referem-se às três formas que o


compõem: C, D e E. Para fins clínicos ou educacionais pode-se considerar que o nível
de dificuldade nestas três provas é equivalente, embora alguns estudos indiquem que na
Administração A (reprodução de memória depois de uma exposição de 10 segundos), a
forma C é ligeiramente mais fácil do que as formas D e E.

Em sujeitos normais, a correlação entre os resultados da Administração A do


TRVBenton e o nível de inteligência é bastante alta, assim como em relação à idade
cronológica, pelo que a interpretação clínica só poderá fazer-se tendo em atenção a
idade e o nível intelectual pré-mórbido do paciente.

O nível de execução do teste aumenta progressivamente desde a idade escolar de


oito anos até atingir o nível dos 14/15 anos, mantendo-se então até por volta dos 30
anos. Na década dos 40 anos verifica-se uma diminuição progressiva da eficiência,
continuando ao longo dos anos seguintes. Os dados da normalização não apresentaram
diferenças importantes atribuíveis ao factor sexo.

ADMINISTRAÇÃO A

A interpretação da realização de um sujeito deve fazer-se sobre a base da


cotação “esperada” correspondendo ao suposto nível intelectual original ou pré -
mórbido.
Eficiência = Nota obtida – Nota esperada

A tabela 1 apresenta normas para adultos no que se refere ao número de


reproduções correctas na Administração A (exposição de 10 segundos com reprodução
imediata). Mostra a execução típica de sujeitos de diferentes níveis de inteligência. A
interpretação da execução de um sujeito deve fazer-se com base na cotação “esperada”
que corresponda ao seu suposto nível intelectual original ou pré-mórbido; esta avalia-se
considerando a sua história educativa e ocupacional, a sua situação sócio - económica e,
se for possível, também o seu rendimento noutras provas.

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Tabela 1
Normas para a Administração A: Adultos
Número de reproduções correctas esperadas em função do QI pré- mórbido e da idade

QI pré- mórbido estimado 15-44 45-54 55-64

110 e mais (Superior) 9 8 7


95-109 (Médio) 8 7 6
80-94 (Médio- baixo) 7 6 5
70-79 (Limite) 6 5 4
60-69 (Deficiente) 5 4 3
59 e menos (Muito deficiente) 4 3 2

A leitura da tabela 1 faz-se da seguinte forma: Para um sujeito de 50 anos, cujo


Q.I. pré-mórbido se estima ser superior (por exemplo, 110 ou mais), o número de
reproduções correctas esperadas é de 8. A pontuação que este sujeito obtenha comparar-
se-á com a pontuação dada.

 Uma pontuação de dois pontos abaixo (-2) do esperado pode considerar-


se como um “aviso” de que se está produzindo uma deterioração da função cognitiva.

 Uma pontuação de três pontos abaixo (-3) da esperada “sugere” esta


deterioração.

 Uma pontuação de quatro pontos ou mais abaixo (-4) da esperada


consiste numa clara indicação de deterioração.

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A tabela 2 apresenta as normas de adultos para valorização de erros na
Administração A. O mesmo que sucede no caso das “reproduções correctas”, a
interpretação dos resultados dos sujeitos faz-se com base na pontuação esperada
apropriada à idade e ao suposto nível intelectual original ou pré-mórbido.

 Uma pontuação de três pontos acima (+3) da esperada pode considerar-


se como “aviso” de que está a ocorrer deterioração.

 Uma pontuação de quatro pontos acima (+4) da esperada “sugere” essa


deterioração, e

 Uma pontuação de cinco ou mais acima (+5) da esperada dá uma “clara


indicação” de deterioração.

Tabela 2
Normas para a Administração A: Adultos
Avaliação dos erros esperados em função do QI pré- mórbido e da idade

QI pré- mórbido estimado 15-39 40-54 55-59 60-64

110 e mais (Superior) 1 2 3 4


105-109 (Médio- alto) 2 3 4 5
95-104 (Médio) 4 5 6 7
90-94 (Médio- baixo) 4 5 6 7
80-89 (Baixo) 5 6 7 8
70-79 (Limite) 6 7 8 9
60-69 (Deficiente) 7 8 9 10
59 e menos (Muito deficiente) 8 9 10 11

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A tabela 3 apresenta normas para crianças no que se refere ao Número de
Reproduções Correctas da Administração A (exposição de 10 segundos com
reprodução imediata). Contem os níveis esperados para a execução de crianças de
diferentes idades e níveis de inteligência. A interpretação baseia-se na comparação dos
níveis obtidos e “esperados”.

 Uma pontuação de dois pontos abaixo do esperado pode considerar-se


como uma “dificuldade específica” da memória visual ou da função
visuo-motora.

 Uma pontuação de três ou mais pontos abaixo da pontuação esperada


pode considerar-se como “sugestivo” de tal dificuldade.

Tabela 3
Normas para a Administração A: Crianças
Número de reproduções correctas esperadas em função do QI estimado e da idade

QI Estimado 8 9 10 11 12 13-14

105 e mais (Med. alto e sup.) 4 5 6 7 8 8


95-104 (Médio) 3 4 5 6 7 7
80-94 (Médio- baixo) 2 3 4 5 6 7
70-79 (Limite) 1 2 3 4 5 6
69 e menos (Deficiente) 0 1 2 3 4 5

31
A tabela 4 apresenta normas para crianças referentes à pontuação de erro para a
Administração A:

 Uma pontuação de três pontos acima da nota esperada pode considerar-


se como um “aviso” de dificuldade específica.

 Uma pontuação de quatro acima do esperado “sugere” esta dificuldade.

Tabela 4
Normas para a Administração A: Crianças
Pontuação de erros estimada em função do QI e da idade

QI Estimado 8 9 10 11 12 13-14

105 e mais (Med. Alto e sup.) 8-9 7-8 6 5 4 3


95-104 (Médio) 10-11 9-0 7-8 6 5 4
80-94 (Médio- baixo) 12-13 11-12 9 7-8 6 5
70-79 (Limite) 14 13 10-11 9 7-8 6-7
69 e menos (Deficiente) 15 14 12 10 9 8

32
7. INTERPRETAÇÃO E DIAGNÓSTICO:

A lesão ou doença cerebral são os determinantes mais frequentes na execução


defeituosa. A sensibilidade da provas do tipo de TRV aos defeitos da patologia cerebral
é a sua característica clínica mais relevante e explica a sua frequente inclusão nas
baterias de psicodiagnóstico. No entanto, antes de se inferir a presença de patologia
cerebral, deve considerar-se um certo número de outras possibilidades determinantes de
uma execução defeituosa, tais como as seguintes:

a) Falta de esforço adequado por parte de pacientes hostis, associais ou


paranóides;

b) Incapacidade dos pacientes muito deprimidos, para completar as


reproduções, particularmente dos desenhos mais complexos;

c) Incapacidade dos pacientes afectados por uma incapacidade física séria, para
completar as reproduções, particularmente dos desenhos mais complexos;

d) Preocupação autista em pacientes esquizofrénicos que os leva a reproduções


irrelevantes;

e) Aptidão grafo- motora deficiente e escassa adaptação à tarefa do teste, por


falta de desenvolvimento educacional ou experiência inadequada;

f) Execução defeituosa por parte de pessoas que simulam incompetência


mental com vista à obtenção de proveitos específicos (por ex. obtenção de
reforma ou indemnização da companhia de seguros).

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É particularmente importante que os factores a), b) e c), que se referem às
variáveis de esforço e nível energético, recebam uma consideração ponderada. O factor
d) que se manifesta em reproduções irrelevantes, elaboradas e estranhas, dificilmente
escaparão à atenção do examinador.

O factor e) pode encontrar-se em indivíduos com grande pobreza intelectual, ou


em culturas diferentes da ocidental. A execução característica de pessoas que simulam
uma incompetência mental (factor f)) expõem-se numa secção diferente posterior a este
capítulo.

Também deverá ter-se em consideração que nem todas as lesões cerebrais se


reflectem em resultados pobres nas tarefas de memória perceptiva. Factores tais como o
tamanho, natureza e localização da lesão, cronicidade e restituição da função cerebral
têm um papel determinante ao nível da execução. De facto, comprovou-se que há uma
proporção substancial de sujeitos com lesão cerebral demonstrável que realizam
correctamente a prova.

8. RESULTADOS DE SUJEITOS COM LESÕES CEREBRAIS:

O sinal mais importante da presença de patologia cerebral que brinda o TRVB é


o nível geral de execução, medido pelo número de reproduções correctas ou pela
valorização dos erros. Ambas constituem um índice da exactidão da percepção e
reprodução. As normas foram alcançadas através de um população escolhida ao acaso
nos registos de pacientes com patologias cerebrais que reunião as seguintes condições:
Sem manifestações ou história de psicose e com um Q.I. pré - mórbido de pelo menos
80 (Tabela 5).

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Tabela 5
Distribuição das pontuações de desvio, derivadas da pontuação correcta, em sujeitos
com lesão cerebral e sujeitos controlo
Administração A
Pontuação de desvio (*) Sujeitos com Sujeitos
lesão cerebral controlo

2 pontos mais que a pontuação esperada ... 2 4


1 ponto a mais que a pontuação esperada ... 4 17
Igual à pontuação esperada ... ... ... ... ... ... 9 34
1 ponto a menos que a pontuação esperada ... 16 29
2 pontos a menos que a pontuação esperada ... 12 12
3 pontos a menos que a pontuação esperada ... 21 4
4 pontos a menos que a pontuação esperada ... 12 0
5 pontos, ou mais, a menos que a pontuação esperada
... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... 24 0
(*) A pontuação de desvio é igual à diferença entre a pontuação correcta obtida e
a pontuação correcta esperada

9. ANÁLISE QUALITATIVA DA EXECUÇÃO:

Os observadores clínicos expressaram repetidamente a opinião de que a


execução por pacientes com patologia cerebral, seja na tarefa de copiar desenhos ou de
reproduzi-los de memória, mostrou tendência a caracterizar-se não apenas como um
defeito geral, como também com traços qualitativos distintos, traços estes que têm
significado no diagnóstico diferencial.

As três categorias de erros mencionados com maior frequência na literatura


diz respeito à omissão da figura periférica, rotações e erros de dimensão.

35
10. RESULTADO DA PROVA EM CRIANÇAS:

A influência das perturbações emocionais sobre a execução no TRVB é muito


importante porque o teste foi concebido para ajudar no despiste de lesão cerebral. Foi
feito então feita a comparação dos resultados das crianças com lesões cerebrais e
crianças com perturbações emocionais, sendo comparados em relação à sua média de
idade e ao Q.I. (WISC ou WAIS). O resumo aparece na tabela 6.

Tabela 6
Distribuição das pontuações de desvio, derivadas da pontuação correcta, em crianças
com lesão cerebral e crianças com perturbações emocionais
Administração A
Pontuação de desvio (a) Crianças com Crianças com
lesão cerebral perturbações
(N= 25) emocionais
(N= 25)

3 pontos mais que a pontuação esperada ... 1 0


2 ponto a mais que a pontuação esperada ... 0 3
1 ponto a mais que a pontuação esperada ... 3 3
Igual à pontuação esperada ... ... ... ... ... ... 4 5
1 ponto a menos que a pontuação esperada ... 4 5
2 pontos a menos que a pontuação esperada ... 6 8
3 pontos a menos que a pontuação esperada ... 4 1
4 pontos a menos que a pontuação esperada ... 2 0
5 pontos a menos que a pontuação esperada ... 1 0
(a) A pontuação de desvio é igual à diferença entre a pontuação obtida e a pontuação
esperada.

36
11. DISLEXIA EVOLUTIVA:

O TRVB tem sido utilizado em diferentes estudos para avaliar a importância das
perturbações da percepção visual e da memória visual como determinantes da
incapacidade específica de leitura em crianças.

A administração A e a administração C podem ser valiosas na clínica e na


avaliação educacional de crianças disléxicas, proporcionando uma indicação dos
factores cognitivos não verbais como componentes desta incapacidade.

12. RESULTADO DO TESTE EM SUJEITOS ESQUIZOFRÉNICOS:

Como grupo, os pacientes esquizofrénicos apresenta, uma variabilidade extrema


no TRVB. Alguns alcançam um resultado dentro dos limites normais, a execução de
outros é muito similar à de pacientes com lesão cerebral e outros ainda revelam
reproduções francamente autistas.

Uma execução dentro dos limites normais não contradiz o diagnóstico de


esquizofrenia mas implica, que pelo menos, os processos perceptivos e mnésicos
básicos, estão intactos. Uma execução defeituosa, tal como se vê usualmente em
pacientes com doença cerebral, coloca a hipótese de um factor orgânico na origem da
conduta anormal.

Por execução autista entende-se uma reprodução que não se baseia claramente
no modelo ou no qual o paciente desenha objectos, símbolos ou figuras de forma
despropositada.

13. A EXECUÇÃO DA PROVA POR SIMULADORES:

Usando a Administração A do TRVB verificam-se diferenças quantitativas, com


valores mais baixos do que os dos pacientes. Do ponto de vista qualitativo, o padrão de
execução difere também significativamente dos sujeitos com lesão cerebral, cometendo

37
maior número de erros de distorção e menos erros de omissão, perseveração e dimensão
do que os pacientes orgânicos.

Em relação aos deficientes mentais tendem a evidenciar um desempenho ainda


mais pobre, fazendo um número significativamente menor de reproduções correctas e
cometendo maior número de erros. Para além disso as suas reproduções incluem traços
pouco vulgares e estranhos, os quais raramente acontecem nos desenhos de deficientes
mentais.

14. RESULTADO DO TESTE EM IDOSOS:

Tabela 7
Médias de pontuação correcta obtida por uma amostra de 504 sujeito normais, de
acordo com a sua idade e nível intelectual
Administração A

IDADE Q.I. 105 – 114 Q.I. 115 - 124 Q.I. 125-134

Menos de 45 7.1 (N= 19) 8.0 (N= 26) 8.7 (N= 9)


45 – 54 6.6 (N= 10) 7.4 (N= 35) 7.8 (N= 17)
55 – 64 6.1 (N= 37) 6.9 (N= 65) 7.7 (N= 26)
65 – 74 5.2 (N= 67) 6.2 (N= 58) 6.8 (N= 35)
75 – 84 4.4 (N= 28) 5.6 (N= 34) 6.2 (N= 19)
Mais de 84 4.0 (N= 5) 4.7 (N= 11) 4.0 (N= 3)

15. CONCLUSÃO:

Deve-se ter em conta que TRVB é uma prova não verbal somente no sentido de
que, os estímulos que se apresentam e as respostas observáveis que se devem dar, não
são de natureza linguística.
Fica no entanto uma pequena dúvida de que a codificação verbal e a
descodificação podem facilitar a reprodução dos desenhos de memória. Esta é uma das

38
razões porque a Administração C (Cópia de Desenhos), evidencia uma relação mais
estreita com a integridade do hemisfério direito do que as Administrações A, B e D
(reprodução dos desenhos de memória).

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