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EXERCÍCIO DE RECUPERAÇÃO DE HISTÓRIA – 1ª ETAPA – 2ª SÉRIE E.M.

Aluno(a):
Nº: Turma: Data:
Professor(a):

“GERALMENTE SUSPEITAMOS DOS DEMAIS O QUE SENTIMOS EM NÓS MESMOS.”


Sto. Agostinho

1- (ÁVILA)
Os caminhos da cidadania brasileira
Vivemos sob a égide de uma Constituição enunciada cidadã, mas, passadas duas décadas
da proclamação da Carta Magna de 1988, a cidadania no Brasil ainda está longe de ter alcançado
estabilidade. Pior, conquanto ela tenha caído literalmente na boca do povo e se transformado na
mais alta expressão do discurso democrático brasileiro, parece haver um desconhecimento coletivo
acerca de sua correta definição e, por conseguinte, uma distorção no seu alcance esperado.
Tornou-se costume, por exemplo, associar os adjetivos cidadão e cidadã exclusivamente à
garantia de direitos, tendo o uso renitente dos termos abandonado por completo a dimensão da
cidadania como um dever de participação, decorrente da natureza associativa da pessoa humana e
da parcela individual de responsabilidade com o bem comum que onera cada um de nós.
Desaparece assim a figura do cidadão revolucionário apresentada por Giuliano Grifò como sendo
aquele que resiste ativamente aos obstáculos impostos ao exercício de sua cidadania, ou ainda, a
atividade fundamental da ação, definida por Hannah Arendt como a capacidade de começar algo
novo que caracteriza o verdadeiro cidadão.
(Fonte: http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=9361 – acessado em 25/2/2015)

Partindo da perspectiva do texto, aponte uma maneira como o exercício da cidadania onera o
cidadão nos aspectos culturais e econômico:

A) Cultural: (2 linhas)

B) Econômico: (2 linhas)

2- ÁVILA
“Fazendo-se um balanço de suas consequências e de suas aplicações, o [...] surge, no século XIX,
como uma doutrina subversiva. E, de fato, trata-se de uma força propriamente revolucionária, cuja
vida implica na rejeição das autoridades, na condenação de todas as instituições que sobreviveram
à tormenta revolucionária ou que foram restabelecidas pela Restauração, e que traz em si a
destruição da antiga ordem.”
(REMOND, René – “O século XIX”)

A) Identifique a “doutrina subversiva” em questão. (2 linhas)

3- (ÁVILA) “Quem, então, tira maior partido, na França ou na Grã-Bretanha, do livre jogo da
iniciativa política ou econômica, senão a classe social mais instruída e mais rica? A burguesia
fez a Revolução e a Revolução entregou-lhe o poder; ela pretende conservá-lo, contra a volta de
uma aristocracia e contra a ascensão das camadas populares.”
(REMOND, René – “O século XIX”)

Identifique o argumento ideológico ou jurídico que a burguesia utilizaria para conservar seu poder
contra a “volta de uma aristocracia” e contra a “ascensão das camadas populares”.

A) Volta da aristocracia: (1 linha)

B) Ascensão das camadas populares: (1 linha)

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4- (2EM-H – ÁVILA)

A) “O mapa acima apresenta uma perspectiva etnocêntrica.” DISCUTA essa afirmação. (6 linhas)

5- (UFSM) Com o avanço cientifico do século XIX, em especial, com as descobertas do químico e
biólogo francês Louis Pasteur (1822-1895), a ciência médica mudou completamente. [...] Pasteur
defendia que a maioria [das doenças] tinha origem em microrganismos [...]. O maior avanço para
o combate da ação e transmissão dos micróbios e bactérias se deu com o desenvolvimento de
técnicas antissépticas e de esterilização [...].
VAINFAS, Ronaldo e outros. “História: o longo século XIX”. SP: Saraiva, 2010. p. 332.

A partir do texto, pode-se concluir que o desenvolvimento da economia capitalista, no século XIX, foi
acompanhado por

A) transformações científicas e técnicas que modificaram o exercício da medicina e diminuíram as


taxas de mortalidade.
B) conflitos nas cidades relativos à saúde pública, haja vista a inexistência de redes de esgoto e de
água canalizada nas grandes cidades europeias.
C) formação de partidos políticos, centrados no planejamento das cidades e na organização do
sistema público de saúde, em detrimento das questões econômicas e políticas.
D) lutas a favor da democratização dos avanços da medicina, haja vista que o sistema de saúde
pública existente não contemplava operários e camponeses.
E) aprimoramento dos serviços públicos relativos ao saneamento básico e à medicina coletiva,
resultando na criação do Estado do Bem-Estar Social.

6- (Fuvest) "O livre-comércio é um bem – como a virtude, a santidade e a retidão – a ser amado,
admirado, honrado e firmemente adotado, por si mesmo, ainda que todo o resto do mundo ame
restrições e proibições, que, em si mesmas, são males – como o vício e o crime – a serem
odiados e detestados sob quaisquer circunstâncias e em todos os tempos."
"The Economist", em 1848.

Tendo em vista o contexto histórico da época, tal formulação favorecia particularmente os interesses

A) do comércio internacional, mas não do inglês.


B) da agricultura inglesa e da estrangeira.
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C) da indústria inglesa, mas não da estrangeira.
D) da agricultura e da indústria estrangeiras.
E) dos produtores de todos os países.

7- (UFES – modificada)
Em 9 de junho de 1815, encerrou-se o Congresso de Viena, que contou com a presença de
representantes diplomáticos das principais nações europeias, após mais de uma década de conflitos
intitulados, posteriormente, de guerras napoleônicas.

A) Cite um impacto das guerras napoleônicas para o Brasil até o contexto do Congresso de Viena.
(2 linhas)

B) Indique duas consequências ou resultados do Congresso de Viena para os países europeus.

Consequência ou resultado 1: (2 linhas)

Consequência ou resultado 2: (2 linhas)

8- (Fuvest) A ideia de ocupação do continente pelo povo americano teve também raízes populares,
no senso comum e também em fundamentos religiosos. O sonho de estender o princípio da
“união” até o Pacífico foi chamado de “Destino Manifesto”.
Nancy Priscilla S. Naro. “A formação dos Estados Unidos”. São Paulo: Atual, 1986, p. 19.

A concepção de “Destino Manifesto”, cunhada nos Estados Unidos da década de 1840,

A) difundiu a ideia de que os norte-americanos eram um povo eleito e contribuiu para justificar o
desbravamento de fronteiras e a expansão em direção ao Oeste.
B) tinha origem na doutrina judaica e enfatizava que os homens deviam temer a Deus e respeitar a
todos os semelhantes, independentemente de sua etnia ou posição social.
C) baseava-se no princípio do multiculturalismo e impediu a propagação de projetos ou ideologias
racistas no Sul e no Norte dos Estados Unidos.
D) derivou de princípios calvinistas e rejeitava a valorização do individualismo e do aventureirismo
nas campanhas militares de conquista territorial, privilegiando as ações coordenadas pelo
Estado.
E) defendia a necessidade de se preservar a natureza e impediu o prosseguimento das guerras
contra indígenas, na conquista do Centro e do Oeste do território norte-americano.

9- (UFU – modificada) Acreditamos que a escravidão é um pecado – onde quer que seja, sempre
um pecado – pecado em si, pecado na natureza que a cria. Pecado porque ela converte pessoas
em coisas, faz dos homens propriedade, mercantilizando a imagem de Deus. Em outras
palavras, porque a escravidão detém e usa os homens como meros meios para concretizar seus
fins, aniquilando a distinção sagrada e eterna entre a pessoa e a coisa – uma distinção
proclamada como axioma de toda consciência humana – uma distinção criada por Deus...
Declaration of Sentiment, in The Liberator, vol 5, n. 20, Boston, USA, maio 16, 1835. (adaptado)

O texto acima, veiculado no jornal The Liberator, traz um argumento antiescravista da primeira
metade do século XIX que representa a(o)

A) presença da religião na política estadunidense, que se pretende virtuosa.


B) crescimento do movimento antiescravista que se propagava no sul do país.
C) defesa do abolicionismo no período posterior à Guerra de Secessão.
D) consenso nacional a respeito do atraso econômico imposto pela escravidão.
E) força dos argumentos liberais em defesa dos direitos naturais dos indivíduos.

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10- (ENEM) Na década de 30 do século XIX, Tocqueville escreveu as seguintes linhas a respeito da
moralidade nos EUA: “A opinião pública norte-americana é particularmente dura com a falta de
moral, pois esta desvia a atenção diante da busca do bem-estar e prejudica a harmonia
doméstica, que é tão essencial ao sucesso dos negócios. Nesse sentido, pode-se dizer que ser
casto é uma questão de honra.”
TOCQUEVILLE, A. “Democracy in America”. Chicago: Encyclopædia Britannica, Inc., Great Books 44, 1990 (adaptado).

Do trecho, infere-se que, para Tocqueville, os norte-americanos do seu tempo

A) buscavam o êxito, descurando as virtudes cívicas.


B) tinham na vida moral uma garantia de enriquecimento rápido.
C) valorizavam um conceito de honra dissociado do comportamento ético.
D) relacionavam a conduta moral dos indivíduos com o progresso econômico.
E) acreditavam que o comportamento casto perturbava a harmonia doméstica.

11- (2EM-ÁVILA) “Fazendo-se um balanço de suas consequências e de suas aplicações, o


liberalismo surge, no século XIX, como uma doutrina subversiva. E, de fato, trata-se de uma
força propriamente revolucionária, cuja vida implica na rejeição das autoridades, na condenação
de todas as instituições que sobreviveram à tormenta revolucionária ou que foram restabelecidas
pela Restauração, e que traz em si a destruição da antiga ordem.”
(REMOND, René – “O século XIX”)

Levando em consideração o evidenciado no texto, é fato afirmar que, politicamente, na primeira


metade do século XIX o liberalismo

A) foi uma ideologia revolucionária, alterando profundamente a estrutura social, lançando as bases
para a edificação de novos critérios de estratificação social.
B) torna-se uma ideologia conservadora, ao aliar-se aos elementos sociais do Antigo Regime na
intenção de preservar os privilégios de nascimento.
C) é uma ideologia que revela estritos interesses de classe, alterando a vida de um segmento
estreito do antigo terceiro Estado, a burguesia.
D) lutou contra os princípios do organicismo e as autoridades políticas que foram entronizadas por
Napoleão.
E) assim como o Anarquismo e os Socialismos, foi a ideologia motivadora das principais
revoluções, por isso é considerado subversivo.

12- (UFSM) Analise o texto:


Com todas as suas deficiências, as primeiras Leis Fabris [Grã-Bretanha, 1802 e 1819] foram os
primeiros direitos sociais legalmente conquistados na era do capitalismo industrial. A limitação da
idade para o trabalho infantil e da jornada de trabalho para crianças e adolescentes são
intervenções significativas do Estado no funcionamento [...] do mercado de trabalho. Essas leis
declaram que a liberdade de contratar não é ilimitada e que o limite é a pessoa humana, cuja
integridade física e mental tem de ser preservada.
SINGER, Paul. “A cidadania para todos”. In: PINSKY, J. (org.). “História da cidadania”. SP: Contexto, 2010. p. 222.

A partir do texto, assinale a alternativa correta:

A) Interessados na integridade e bem-estar dos trabalhadores, os industriais e o Estado britânico,


desde cedo, favoreceram uma ampla legislação trabalhista.
B) Desde a Revolução Industrial, os capitães de indústrias se preocupam com a implantação de
uma legislação trabalhista estabelecida pelo Estado, pois só assim se concretizam os ideais do
liberalismo.
C) As leis que asseguram limites às relações de trabalho são importantes para o movimento
operário, porém, historicamente, não garantiram a sua efetivação, exigindo a mobilização dos
trabalhadores.
D) Do ponto de vista do movimento operário, desde o início da Revolução Industrial, era importante
defender a livre contratação dos empregados pelos patrões, assim como a não intermediação do
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Estado nas negociações salariais.
E) Os interesses do capital e os do trabalho foram harmonizados pelo Estado britânico, tendo em
vista os preceitos liberais quanto à intervenção estatal na esfera das relações trabalhistas.

13- (IFSP) Compreenderemos mais facilmente os efeitos produzidos pela divisão do trabalho na
economia geral da sociedade, se considerarmos de que maneira essa divisão do trabalho opera
em algumas manufaturas específicas. (...) Tomemos, pois, um exemplo, tirado de uma
manufatura muito pequena, mas na qual a divisão do trabalho muitas vezes tem sido notada: a
fabricação de alfinetes. (...) da forma como essa atividade é hoje executada, não somente o
trabalho todo constitui uma indústria específica, mas ele está dividido em uma série de setores.
(...) Um operário desenrola o arame, um outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto faz as
pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete.

O texto faz uma clara referência à tese da(do)

A) lei férrea dos salários, desenvolvida por David Ricardo.


B) anarquismo, desenvolvida por Joseph Proudhon.
C) socialismo científico, desenvolvida por Karl Marx.
D) parcelamento das tarefas, desenvolvida por Adam Smith.
E) socialismo utópico, desenvolvido por Saint-Simon.

14- (CPS) Com base no texto, avalie os argumentos a seguir e identifique o que pode ser
considerado válido.

UMA GALINHA É CULTURA TAMBÉM

Além dos seres vivos e da matéria cósmica, existem, também, coisas culturais, muitíssimo mais
complicadas. Chama-se cultura tudo o que é feito pelos homens, ou resulta do trabalho deles e de
seus pensamentos. Por exemplo, uma cadeira está na cara que é cultural porque foi feita por
alguém. Mesmo o banquinho mais vagabundo, que mal se põe em pé, é uma coisa cultural. Uma
galinha é cultura também, porque feita pelos homens. Sem a intervenção humana, que criou os
bichos domésticos, as galinhas, as vacas, os porcos, os cabritos, as cabras, não existiriam. Só
haveria animais selvagens.
Uma casa qualquer é claramente um produto cultural, porque é feita pelos homens. A mesma coisa
se pode dizer de um prato de sopa, de um picolé ou de um diário. Mas estas são coisas de cultura
material, que se pode ver, medir, pesar.
Há, também, para complicar, as coisas da cultura imaterial, impropriamente chamadas de espiritual -
muitíssimo mais complicadas. A fala, por exemplo, que se revela quando a gente conversa, e que
existe independentemente de qualquer boca falante, é criação cultural. Aliás, a mais importante.
Sem a fala, os homens seriam uns macacos, porque não poderiam se entender uns com os outros,
para acumular conhecimento e mudar o mundo como temos mudado. A fala está aí, onde existe
gente, para qualquer um aprender.
Além da fala, temos as crenças, as artes, que são criações culturais, porque inventadas pelos
homens e transmitidas uns aos outros através das gerações. Elas se tornam visíveis, se
manifestam, através de criações artísticas, ou de ritos e práticas – o batizado, o casamento, a missa
– em que a gente vê os conceitos e as ideias religiosas ou artísticas se realizarem...
(Adaptado de: RIBEIRO, Darcy. “Noções de coisas”. São Paulo: Ed. FTD, 1995.)

I. A humanidade, ao longo da História, produziu cultura ao dominar a natureza e extrair dela o que
precisa para sua subsistência, garantindo as condições materiais de seu desenvolvimento.
II. A comunicação em língua falada e escrita é um importante bem cultural desenvolvido pelos
homens, pois graças a ela foi possível registrar e reproduzir o conhecimento.
III. A produção cultural de uma determinada sociedade define o seu grau de desenvolvimento, sendo
justo afirmar que aqueles que mais produzem são superiores aos que pouco ou nada fazem.
IV. Cultura é o conjunto das práticas, das técnicas, dos valores e dos símbolos que são transmitidos
às novas gerações como garantia de reprodução de um estado de paz e justiça social.

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São válidas as afirmações contidas em apenas

A) I e II.
B) III e IV.
C) I, II e IV.
D) I, III e IV.
E) II, III e IV.

15- (1,0) (Unifesp) ... a multiplicação dos confortos materiais; o avanço e a difusão do conhecimento;
a decadência da superstição; as facilidades de intercâmbio recíproco; o abrandamento das
maneiras; o declínio da guerra e do conflito pessoal; a limitação progressiva da tirania dos fortes
contra os fracos; as grandes obras realizadas em todos os cantos do globo graças à cooperação
de multidões.
(do filósofo John Stuart Mill, em 1830.)

O texto apresenta uma concepção

A) de progresso, que foi dominante no pensamento europeu, tendo chegado ao auge com a 'belle
époque'.
B) da evolução da humanidade, a qual, por seu caráter pessimista, foi desmentida pelo século XX.
C) positivista, que serviu de inspiração a Charles Darwin para formular sua teoria da evolução
natural.
D) relativista das culturas, a qual considera que não há superioridade de uma civilização sobre
outra.
E) do desenvolvimento da humanidade que, vista em perspectiva histórica, revelou-se profética.

16- (1,0) (FGV) Os soberanos do Antigo Regime venceram Napoleão, em que eles viam o herdeiro
da Revolução, e a escolha de Viena para a realização do Congresso, para a sede dos
representantes de todos os Estados europeus, é simbólica, pois Viena era uma das únicas
cidades que não haviam sido sacudidas pela Revolução e a dinastia dos Habsburgos era o
símbolo da ordem tradicional, da Contrarreforma, do Antigo Regime.
(René Remond, “O século XIX: introdução à história do nosso tempo”)

Acerca do Congresso de Viena (1815), afirma-se que

A) tornou-se a mais importante referência da vitória do liberalismo na Europa, na medida em que


defendia a legitimidade de todas as dinastias que aceitavam a limitação dos seus poderes por
meio de cartas constitucionais.
B) países como a Inglaterra, Portugal e a Espanha, os mais prejudicados com o expansionismo
napoleônico, defendiam que a França deveria tornar-se republicana, com o intuito de evitar
novos surtos revolucionários.
C) foi orientado, entre outros, pelo princípio da legitimidade – que determinava a volta ao poder das
antigas dinastias reinantes no período pré-revolucionário, além do recebimento de volta dos
territórios que possuíam em 1789.
D) presidido pelo chanceler austríaco Metternich, mas controlado pelo chanceler francês Talleyrand,
decidiu-se por uma solução conciliatória após o caos napoleônico: haveria a restauração das
dinastias, mas não a volta das antigas fronteiras.
E) criou, a partir da sugestão do representante da Prússia, um organismo multinacional, a Santa
Aliança, que detinha a tarefa de incentivar regimes absolutistas a se modernizarem com o
objetivo de sufocar as lutas populares.

17- (1,0) (UECE) Leia com atenção o texto a seguir.


“Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob
circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e
transmitidas pelo passado.”
MARX, Karl. “O Dezoito Brumário de Louis Bonaparte”. São Paulo: Centauro, 2006.

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Baseado no texto, assinale a afirmação coerente:

A) A História não é construída pelos homens porque ela é pré-definida pelo destino.
B) A História permite perceber que a realidade depende unicamente das escolhas dos homens.
C) A História é feita pelos homens dentro de condicionamentos herdados do passado.
D) A História não é feita pelo passado e sim pelas circunstâncias das escolhas.
E) A História é uma reinterpretação constante das temporalidades passadas.

18- (1,0) (Enem 2ª aplicação) O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do homem
miserável no princípio do século XIX. A resposta foi a consciência de classe e a ambição de
classe. Os pobres então se organizavam em uma classe específica, a classe operária, diferente
da classe dos patrões (ou capitalistas). A Revolução Francesa lhes deu confiança: a Revolução
Industrial trouxe a necessidade da mobilização permanente.
HOBSBAWN, E. J. “A era das revoluções”. São Paulo: Paz e Terra, 1977.

No texto, analisa-se o impacto das Revoluções Francesa e Industrial para a organização da classe
operária. Enquanto a “confiança” dada pela Revolução Francesa era originária do significado da
vitória revolucionária sobre as classes dominantes, a “necessidade da mobilização permanente”,
trazida pela Revolução Industrial, decorria da compreensão de que

A) a competitividade do trabalho industrial exigia um permanente esforço de qualificação para o


enfrentamento do desemprego.
B) a completa transformação da economia capitalista seria fundamental para a emancipação dos
operários.
C) a introdução das máquinas no processo produtivo diminuía as possibilidades de ganho material
para os operários.
D) o progresso tecnológico geraria a distribuição de riquezas para aqueles que estivessem
adaptados aos novos tempos industriais.
E) a melhoria das condições de vida dos operários seria conquistada com as manifestações
coletivas em favor dos direitos trabalhistas.

19- (1,0) (Fuvest) No Ocidente, o período entre 1848 e 1875 “é primariamente o do maciço avanço
da economia do capitalismo industrial, em escala mundial, da ordem social que o representa, das
ideias e credos que pareciam legitimá-lo e ratificá-lo”.
E. J. Hobsbawm. “A era do capital 1848-1875”.

A “ordem social” e as “ideias e credos” a que se refere o autor caracterizam-se, respectivamente,


como

A) aristocrática e conservadoras.
B) socialista e anarquistas.
C) popular e democráticas.
D) tradicional e positivistas.
E) burguesa e liberais.

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20- (1,0) (Fatec) Considere a foto para responder à questão.

O Arco do Triunfo foi iniciado por ordem de Napoleão Bonaparte em 1806, e a Paris dos boulevares
(das avenidas) surgiu a partir da reforma urbana implantada pelo barão Haussmann, prefeito de
Paris entre 1853 e 1870, período em que a França era governada por Luís Bonaparte. A foto
demonstra o resultado final dessas duas iniciativas que representam a vitória do projeto

A) socialista, de uma cidade em que seus espaços devem pertencer igualmente a todos os
cidadãos.
B) burguês, em que o embelezamento da cidade, os parques, novos edifícios e monumentos devem
atender mais às necessidades da classe burguesa do que às da população mais pobre.
C) anarquista, de uma cidade onde a população não precisaria de um órgão governamental, pois os
próprios cidadãos a governariam.
D) neoliberal, em que a economia da cidade deve ser gerada não mais pelo investimento do Estado
e sim pelo livre investimento das empresas privadas.
E) comunista, de uma cidade moldada nas diretrizes da Primeira Internacional Comunista.

21- (1,0) (FGV) Restauração é o nome do regime estabelecido na França durante quinze anos, de
1815 a 1830, mas essa denominação convém a toda a Europa. Ela é múltipla e se aplica a todos
os aspectos da vida social e política.
(René Rémond, “O século XIX: introdução à história do nosso tempo”)

Reconhece-se a Restauração no processo que

A) restituiu o poder aos monarcas europeus alinhados a Napoleão Bonaparte, provocando a


generalização da contrarrevolução na América colonial, que havia sido varrida pelas
independências nacionais.
B) alçou a Inglaterra à condição da nação mais poderosa do mundo, com capacidade de reverter a
proibição do tráfico de escravos africanos para a América e de defender a recolonização de
espaços coloniais espanhóis americanos.
C) restabeleceu as bases do sistema colonial na América e na Ásia, com a recriação de
companhias de comércio marcadas pela rigidez metropolitana, além da prática do “mar fechado”
e do porto único.
D) permitiu a volta das antigas dinastias ao poder, que o haviam perdido com as guerras
napoleônicas, e que criou a Santa Aliança, nascida com o intuito de reprimir movimentos
revolucionários.
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E) ampliou os direitos trabalhistas em toda a Europa, condição que provocou as revoluções de 1820
e 1830, eventos fundamentais para a retomada dos valores políticos anteriores à Revolução
Francesa.

22- (1,0) (Unesp) A divisão capitalista do trabalho – caracterizada pelo célebre exemplo da
manufatura de alfinetes, analisada por Adam Smith – foi adotada não pela sua superioridade
tecnológica, mas porque garantia ao empresário um papel essencial no processo de produção: o
de coordenador que, combinando os esforços separados dos seus operários, obtém um produto
mercante.
(Stephen Marglin. In: André Gorz (org.). “Crítica da divisão do trabalho”, 1980.)

Ao analisar o surgimento do sistema de fábrica, o texto destaca o(a)

A) maior equilíbrio social provocado pelas melhorias nos salários e nas condições de trabalho.
B) melhor aproveitamento do tempo de trabalho e a autogestão da empresa pelos trabalhadores.
C) desenvolvimento tecnológico como fator determinante para o aumento da capacidade produtiva.
D) ampliação da capacidade produtiva como justificativa para a supressão de cargos diretivos na
organização do trabalho.
E) importância do parcelamento de tarefas e o estabelecimento de uma hierarquia no processo
produtivo.

23- (1,0) (G1 – IFBA) “Se a economia do mundo do século XIX foi formada principalmente sob a
influência da Revolução Industrial britânica, sua política e ideologia foram formadas
fundamentalmente pela Revolução Francesa.”
(Fonte: HOBSBAWM, Eric. “A Era das Revoluções: Europa 1789-1848”. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008. P. 83).

A citação de Eric Hobsbawm destaca a importância das Revoluções Industrial e Francesa para a
história do Ocidente, especialmente porque:

A) consolidaram o capitalismo e a sociedade burguesa no Ocidente.


B) ambas fortaleceram o Antigo Regime europeu.
C) construíram a base para a consolidação dos Estados Absolutistas na Europa.
D) diminuíram as diferenças entre burgueses e proletários em todo o Ocidente da era Moderna.
E) restabeleceram os laços entre as metrópoles e suas colônias na América.

24- (1,0) (Fuvest) "Uma casa dividida contra si mesma não subsistirá. Acredito que esse governo,
meio escravista e meio livre, não poderá durar para sempre. Não espero que a União se
dissolva; não espero que a casa caia. Mas espero que deixe de ser dividida. Ela se transformará
só numa coisa ou só na outra."
Abraham Lincoln, em 1858.

Esse texto expressa a:

A) posição política autoritária do presidente Lincoln.


B) perspectiva dos representantes do sul dos EUA.
C) proposta de Lincoln para abolir a escravidão.
D) proposição nortista para impedir a expansão para o Oeste.
E) preocupação de Lincoln com uma possível guerra civil.

25- (1,0) (Fatec) No caso da história americana, um dos eventos mais retratados pela memória
social é, sem dúvida, a chamada Marcha para o Oeste. Mesmo antes do surgimento do cinema,
esses temas já faziam parte das imagens da história americana. A fronteira foi um tema
constante dos pintores do século XIX. A imagem das caravanas de colonos e peregrinos, da
corrida do ouro, dos cowboys, das estradas de ferro cruzando os desertos, dos ataques dos
índios marcam a arte, a fotografia e também a cinematografia americana.
(CARVALHO, Mariza Soares de. In: http://www.historia.uff.br/primeirosescritos/files/pe02-2.pdf, acessado em 29/8/2009)

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Entre os fatores que motivaram e favoreceram a Marcha para o Oeste está

A) a possibilidade de as famílias de colonos tornarem-se proprietárias, o que também atraiu


imigrantes europeus.
B) o desejo de fugir da região litorânea, afundada em guerras com tribos indígenas fixadas ali,
desde o período da colonização.
C) a beleza das paisagens americanas, o que atraiu muitos pintores e fotógrafos para aquela
região.
D) o avanço da indústria cinematográfica, que encontrou no Oeste o lugar perfeito para a realização
de seus filmes.
E) a existência de terras férteis que incentivaram a ida para o Oeste de agricultores que buscavam
ampliar suas plantações de algodão.

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