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01. (Ufu) A era das Fake News, marcada pelo surgimento quase diário de teorias conspiratórias, com um enorme sucesso
no Brasil graças à disseminação nas redes sociais, elegeu o “Marxismo Cultural” como uma das principais ameaças aos
chamados “valores ocidentais e cristãos”. Sem qualquer respaldo acadêmico, essa frágil teoria da conspiração começou a
ser difundida nos círculos conservadores e de extrema-direita norte-americana desde a década de 1990. Trata-se de uma
suposta forma de marxismo, adaptada pela Escola de Frankfurt e pelo filósofo marxista Antonio Gramsci, que teria se
infiltrado nas sociedades ocidentais com o objetivo de destruir suas instituições e valores tradicionais.
Essa caracterização maniqueísta do pensamento marxista, entretanto, não condiz com as teorias criadas por Karl
Marx, Friedrich Engels e demais marxistas com o intuito de compreender o funcionamento do capitalismo e sua
eventual superação.
02. (Enem) Posturas e concepções presentes nos movimentos religiosos, como a ideia de que existem povos
escolhidos e abençoados por Deus, passariam a povoar o imaginário coletivo da nação que se acreditava eleita para
um destino glorioso. A fé nas instituições livres e democráticas também se intensificava. A partir disso, desenvolveu-
se a ideia de “destino manifesto”: seria uma missão espalhar a concepção de sociedade norte-americana para as
regiões vistas como carentes e necessitadas de ajuda.
KARNAL, L. et al. História dos Estados Unidos: das origens ao século XXI.
São Paulo: Contexto, 2013.
O projeto de posicionamento geopolítico exposto no texto fundamentava-se na articulação entre
a) fomento à expansão territorial e avanço da acumulação capitalista.
b) apelo a lideranças carismáticas e adoção de diplomacia isolacionista.
c) privatização da instrução pública e ampliação do ensino confessional.
d) construção do monolitismo partidário e abandono do legislativo bicameral.
e) contenção da indústria de defesa e promoção do internacionalismo pacifista.
03. (Uea) A condição essencial da existência e da supremacia da classe burguesa é a acumulação da riqueza nas
mãos dos particulares, a formação e o crescimento do capital; a condição de existência do capital é o trabalho
assalariado. [...] O progresso da indústria, de que a burguesia é a gente passivo e inconsciente, substitui o
isolamento dos operários, resultante de sua competição, por sua união revolucionária mediante a associação. Assim,
o desenvolvimento da grande indústria socava o terreno em que a burguesia assentou o seu regime de produção e
de apropriação de produtos.
(Karl Marx e Friedrich Engels. “Manifesto do Partido Comunista”. Textos, vol. 3, 1977.)
O Manifesto do Partido Comunista foi publicado em 1848. Os autores formulam um projeto de implantação do
socialismo, que teria como ponto de partida a
a) crise da produção industrial com a contração do mercado consumidor devido à exploração do operariado.
b) expropriação dos setores de produção de riquezas pelo capitalismo financeiro monopolista.
c) emergência de uma nova forma de organização do trabalho no interior do sistema de fábrica.
d) exígua capacidade de transformação econômica, política e cultural do capitalismo em escala global.
e) aliança político-social das classes populares submetidas ao movimento do capital especulativo internacional.
04. (Ufjf-pism 2) Leia o texto.
Quando considerado do ponto de vista das ideias e valores, o excepcionalismo norte-americano - a convicção de que
os Estados Unidos da América (EUA) são uma nação excepcional, produto de uma trajetória histórica única, e com
um papel no mundo (a que muitos se referem como “missão”) igualmente extraordinário - admite interpretações tanto
seculares como religiosas, uma vez que a natureza “extraordinária” do país eì vista, a depender do autor, como
produto do liberalismo lockiano, do capitalismo liberal, da democracia republicana ou da “providência divina”.
Adaptado de FONSECA, Carlos da. Deus está do nosso lado: excepcionalismo e religião nos EUA. Rio de Janeiro. Contexto Int. v. 29, n. 1, jun.
2007. p. 161.
Grande parte da história estadunidense pode ser vista como um processo de inclusão e de exclusão e, em casos
extremos, de expulsões e deportações forçadas. Um exemplo de processo de inclusão é Nova York, uma cidade de
imigrantes. Em 1892, começou a funcionar o posto da ilha de Ellis, na entrada do porto de Nova York, junto à Estátua
da Liberdade. Entre 1892 até seu fechamento em 1954, a ilha foi a porta de entrada de mais de 12 milhões de
pessoas e centro de inspeção de imigrantes com o maior fluxo, sobretudo entre 1905 e 1914.
Adaptado de elpais.com, 13/01/2017.
Entre 1892 e 1914, sucessivas levas de imigrantes ingressaram nos E.U.A. pelo porto de Nova York, como menciona
a reportagem.
Apresente 02 (DUAS) características motivadoras dessa onda imigratória. Apresente, também, 01 (UM) de seus
impactos para a sociedade norte-americana na época.
06. (Fmj CE) Leia o trecho do discurso de Martin Luther King Jr., pronunciado nas escadarias do Memorial Abraham
Lincoln, em Washington D. C., em 28 de agosto de 1963.
Cem anos atrás um grande americano, em cuja sombra simbólica nos encontramos hoje, assinou a proclamação da
emancipação [dos escravos]. [...] Mas, cem anos mais tarde, o negro ainda não está livre. Cem anos mais tarde, a vida do
negro ainda é duramente tolhida pelas algemas da segregação e os grilhões da discriminação. Cem anos mais tarde, o
negro habita uma ilha solitária de pobreza, em meio ao vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o
negro continua a mofar nos cantos da sociedade americana, como exilado em sua própria terra.
(https://exame.com)
O discurso de Martin Luther King Jr. refere-se à história dos Estados Unidos da América, acentuando
a) a proibição de manifestações públicas para as comunidades negras.
b) a ausência de liberdade religiosa para os ex-escravos do país.
c) a pouca importância histórica da libertação dos escravos.
d) a falta de rede escolar nos bairros negros das cidades.
e) o caráter incompleto da abolição da escravidão.
07. (Puccamp SP) Os processos de unificação da Itália e da Alemanha no século XIX são, em geral, abordados
conjuntamente pela historiografia por apresentarem alguns elementos comuns, tais como
a) a fragmentação de seus territórios, incluindo diferenças culturais e políticas internas, além de fortes tensões com a
Áustria, que impôs resistência a esses processos.
b) o crescimento de forças nacionalistas que defendiam a unificação, atrelado ao desenvolvimento interno do
capitalismo, uma vez que ambos os países eram agroexportadores e não tinham indústrias.
c) a ampla participação do exército prussiano nos dois casos, somada à emergência de líderes que defendiam a
implementação de Confederações, como Bismarck, na Alemanha, e Garibaldi, na Itália.
d) os anseios expansionistas que embasaram ambos os processos liderados por seus respectivos monarcas e
apoiados pelo Congresso de Viena que resultaram, décadas depois, na eclosão da I Guerra Mundial.
e) a ocorrência de guerras civis estimuladas por setores da burguesia emergente, influenciados pela recente
Revolução Francesa, em oposição à monarquia, à nobreza e ao Antigo Regime.
08. (Pucrj RJ) O nacionalismo varia em intensidade e formas (podendo ser progressista ou conservador, monárquico
ou republicano, fascista, de esquerda, autoritário ou liberal). O que une esses diferentes nacionalismos é o discurso e a
retórica da nacionalidade ou a ideia de nação. E, em todos os casos, pode-se dizer que o discurso nacionalista para ser
eficaz deve ser reproduzido diariamente (imprensa, festas, rituais e símbolos cívicos, monumentos, artes visuais em
geral, música, educação etc.).
b) ANÁLISE, a partir das formas acima descritas, uma ideia que impulsionou os movimentos nacionalistas no século
XIX.
09. (Ufpr PR) Considere os dois excertos a seguir sobre o tema do racismo no período da Idade Contemporânea:
O homem é antes de agir; nada que ele faça pode mudar o que ele é. Esta, grosso modo, é a essência filosófica do
racismo.
(BAUMAN, Zygmunt. Modernidade e Holocausto. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. p. 82.)
[...] quer o racismo resulte de uma catástrofe, quer seja instrumento consciente para provocá-la, está sempre intimamente
ligado ao desprezo pelo trabalho, à rejeição de limitações de posse, ao desarraigamento geral e à fé na divina escolha do
seu grupo.
(ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo. São Paulo: Cia das Letras, 2009. p. 227.)
A ideologia racial foi um componente político fundamental no desenvolvimento do nazismo. Outro exemplo histórico
em que a ideologia racial desempenhou papel importante é o:
a) mendelismo russo.
b) imperialismo britânico.
c) lamarckismo estadunidense.
d) sanitarismo brasileiro.
e) naturalismo português.
Cartaz, de 1899, dedicado à propaganda do sabonete inglês Pears,
O primeiro passo para aliviar o Fardo do Homem Branco é
pelo ensino das virtudes da limpeza. Sabonete Pears é um
potente fator para iluminar os cantos escuros da terra
conforme a civilização avança, enquanto entre os homens
cultos de todas as nações ele ocupa o lugar mais alto — é o
sabonete ideal.
(www.researchgate.net)
11. (Unicamp SP) O período de 1840 a 1890 é o do triunfo da ideologia do progresso, simultaneamente ao grande
boom econômico e industrial do Ocidente.
(Adaptado de Jacques Le Goff, História e memória. Campinas: Editora da Unicamp, 1990, p. 204-245.)
Apresente 02 (DUAS) características importantes do boom econômico e industrial do Ocidente entre 1840 e 1890;
a) O que os dados do mapa revelam sobre a origem étnica dos jogadores de futebol das duas seleções?
b) Como é possível explicar o perfil atual das seleções de futebol mencionadas, tomando por referência o passado
histórico das nações que hoje se destacam nessa modalidade esportiva?
13. (Upe-ssa 2) O darwinismo social pode ser definido como a aplicação das leis da teoria da seleção natural de
Darwin na vida e na sociedade humanas. Seu grande mentor foi o filósofo inglês Herbert Spencer, criador da
expressão “sobrevivência dos mais aptos”, que, mais tarde, também seria utilizada por Darwin.
Fonte: BOLSANELLO, Maria Augusta. Darwinismos social, eugenia e racismo científico: sua repercussão na sociedade e na educação brasileiras.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/er/n12/n12a14.pdf /Adaptado.
Essa teoria foi utilizada no século XIX pelas nações europeias para justificar a
a) independência da Oceania.
b) colonização dos Estados Unidos.
c) dominação imperialista na Ásia e África.
d) supremacia racial das nações latino-americanas.
e) inferioridade dos Estados Unidos frente ao Japão.
14. (Fuvest SP) A Índia exporta para a China vastas quantidades de ópio, para cujo cultivo possui facilidades peculiares.
O ópio pode ser produzido em Bengala melhor e mais barato do que em qualquer outra parte do mundo; e a China oferece
um mercado quase que ilimitado em suas dimensões. O gosto por essa droga espalhou-se pelo império, a despeito das
severas regulações para sua exclusão, e se diz que ele entrou no próprio palácio. Não obstante o consumo desse
estimulante pernicioso eventualmente ser reprimido de um ponto de vista moral, é certo que ele promove diversos objetos
que são igualmente desejáveis tanto pela Índia como pela Inglaterra. A Índia, ao exportar ópio, auxilia o fornecimento de
chá à Inglaterra. A China, ao consumir ópio, facilita as operações de receita entre a Índia e a Inglaterra. A Inglaterra, ao
consumir chá, contribui para aumentar a demanda por ópio indiano.
Edward Thornton, India, its state and prospects. Londres: Parbury, Allen & Co., 1835. Adaptado.
a) Indique como o texto caracteriza a cadeia mercantil do ópio e qual sua importância para a economia inglesa do
século XIX e para as relações coloniais entre Grã-Bretanha e Índia.
b) Identifique e explique um conflito posterior a 1835 que se relacione diretamente aos processos descritos no texto.
15. (Upe-ssa 2)
a) a defesa do antiocidentalismo.
b) o apoio da oligarquia colonial.
c) a adesão ao movimento colonialista.
d) a formação de um governo de coalizão.
e) o auxílio dos EUA na guerra contra os invasores.
16. (Ufjf-pism 2) Em discurso em comemoração pela independência dos EUA, em 04 de julho de 2020, o presidente
Donald Trump afirmou:
"American Way of Life" (Jeito Americano de Viver, em uma tradução livre) está presente desde a descoberta das Américas
por Cristóvão Colombo em 1492 – embora os EUA tenham se tornado independentes somente em 1776, quase 300 anos
depois.”
https://g1.globo.com/mundo/noticia/2020/07/04/trump-discursa-na-casa-branca-no-dia-da-independencia-dos-eua.ghtml
A partir do discurso e dos seus conhecimentos, marque a resposta CORRETA sobre a independência dos
Estados Unidos da América:
a) Desde a chegada de Cristóvão Colombo a república marcou a organização federalista dos EUA, como expresso
pelo presidente Donald Trump nas comemorações de independência.
b) A política nacionalista de Trump expressa a luta dos colonos, que disputaram contra as tropas inglesas em defesa
de uma política centralizadora e autoritária inspirada nos ideais iluministas.
c) A nova nação que surgiu foi construída baseada em um modelo republicano e federalista que defendia as
liberdades individuais e o livre comércio, características que marcaram a história dos EUA até os dias atuais.
d) A Declaração de Independência dos EUA gerou a Guerra de Independência, na qual as tropas inglesas foram
vitoriosas, eliminando qualquer ação política das 13 colônias, impactando decisivamente a atual estrutura política
liderada por Donald Trump.
e) A Guerra dos Sete Anos, na qual os franceses, vitoriosos, foram obrigados a ceder uma série de territórios,
reacendeu disputas da época das descobertas, marcando a política dos EUA no século XX.
17. (Unicamp SP) Leia atentamente o trecho da carta escrita em 1830 por Simón Bolívar ao General J. J. Flores. A
partir da leitura e de seus conhecimentos, responda às questões.
b) Explique como o texto contradiz o projeto político inicial de Bolívar para a América.
18. (Ufrgs RS) Leia o segmento abaixo.
Estes líderes, geralmente de origem militar, oriundos, em sua grande maioria, da desmobilização dos exércitos que
combateram nas guerras de independência, de 1810 em diante, provinham, em certos casos, de estratos sociais inferiores
ou de grupos étnicos discriminados (mestiços, índios, mulatos, negros). […]. Valiam-se do seu magnetismo pessoal na
condução das tropas, que haviam recrutado geralmente nas áreas rurais e mantinham como reses requisitadas em ações
guerreiras, seja contra o ainda mal consolidado poder central, seja contra os seus iguais [...].
BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, GianFranco. Dicionário de Política. 13. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2007.
O segmento faz referência a uma categoria que designa os líderes políticos e os chefes militares que, após os
movimentos de emancipação da América espanhola, tornaram-se governantes personalistas de suas nações ou
regiões.
19. (Fatec SP) O nome com que foi batizado o maior torneio entre clubes de futebol sul-americano homenageia o
conjunto de líderes dos processos de independência dos países da América do Sul. Os principais “libertadores” foram
Simón Bolívar e José de San Martín, que atuaram nos processos de independência de diversos países.
<https://tinyurl.com/y72ma2xo> Acesso em: 31.05.2018. Adaptado.
20. (Ufjf-pism 2) No processo de Independência e ao longo do século XIX muitas nações latino-americanas foram
marcadas pelo fenômeno político conhecido como Caudilhismo.
Documento 1
Documento 2
"Na América Latina o termo caudilho ainda continua a ser
usado, como o de cacique, para designar chefes de
partido local ou de aldeia, com características
demagógicas. Presentemente, parte dos estudiosos da
ciência política creem que o Caudilhismo é
particularmente significativo para a compreensão da
gênese do militarismo na América Latina."
Questão 14:
a) Cadeia mercantil: a Índia produzia chá (vendido para
a Inglaterra) e ópio (vendido para a China). Como
dominava a Índia aos moldes de um protetorado, a
Inglaterra lucrava com a venda de ópio, intermediando o
comércio.
Questão 17:
a) No contexto da independência da América Espanhola,
1800-1830, ocorreu uma fragmentação política surgindo
vários países adotando repúblicas.