TRABALHO SOBRE O

ILUMINISMO E A
REVOLUÇÃO FRANCESA
Trabalho Realizado por Estefanny

Neste trabalho irei refletir sobre o Iluminismo e a Revolução Francesa.

Inicialmente, irei destacar a importância da Revolução Científica no surgimento do
Iluminismo. Relacionarei as ideias iluministas com os objetivos revolucionários. Para além
disso, irei distinguir as fases da Revolução Francesa e destacar as grandes transformações
políticas, sociais e económicas que ocorreram. Por fim, irei referir a importância da
Revolução para a formação da Democracia Contemporânea.

A Revolução Científica do século XVII e XVIII levou ao desenvolvimento de

ciências como a matemática, a astronomia, a física, a química e a medicina, bem como à
invenção de meios que possibilitassem a obtenção de um maior rigor na medição e na
observação do que rodeava o ser humano. Nestes séculos foram inventados novos
instrumentos e foram organizadas viagens de exploração de novos territórios.
Galileu Galilei comprovou a teoria Heliocêntrica de Copérnico; Newton descobriu a teoria
da gravidade e verificou que o Universo era um sistema organizado; o telescópio e o
microscópio foram inventados.

Este ambiente revolucionário incentivou o aparecimento de academias, salões, bibliotecas e

associações científicas, onde as elites (escritores, cientistas e artistas) se reuniam para trocar
experiências e teorias determinadas na divulgação do conhecimento. Estes grupos
ambicionavam obter mais conhecimento. Desta forma, os reis começaram a olhar para a
ciência como uma oportunidade de poder, grandes e progresso.
Estas descobertas e invenções colocaram em causa as crenças religiosas da Criação do
Universo e do Homem. Por isso, começaram a surgir novas ideias e uma filosofia que
colocava em causa do Direito divino dos Reis e a desigualdade dos Homens - Surgiu o
Iluminismo.

Figura 1. Iluminismo

O século XVIII ficou conhecido como o século das luzes, devido ao Iluminismo
- movimento de renovação cultural e intelectual que se estendeu por toda a Europa. Esta
corrente assentava no racionalismo, segundo o qual o ser humano, iluminado pela Razão,
conseguiria alcançar o verdadeiro conhecimento, a felicidade e a liberdade, afastando-se da
ignorância e da superstição. Os iluministas defendiam as ideias do progresso, da razão, da
igualdade de todos os homens e da liberdade.
Entre os principais filósofos iluministas, ficaram conhecidos:
  Voltaire - denunciou as desigualdades que separavam os grupos privilegiados
dos não privilegiados e propôs a igualdade de todos perante a lei;

 Rosseau- defendeu a soberania popular, isto é, o poder devia ser entregue ao

povo que o exerceria através do voto;

 Montesquieu - era partidário da teoria da separação de poderes, ou seja, os

poderes executivo, legislativo e judicial deveriam pertencer a órgãos
independentes.

Influenciados pelas ideias de progresso e da Razão, os reis absolutos do século XVIII

tornaram-se Déspotas Esclarecidos.

Figura 2. Filósofos

Os ideias de Liberdade, Fraternidade e Igualdade foram bem acolhidos pelas massas

populares e pelas burguesias que ambicionavam a liberdade e a igualdade perante a lei.

A Guerra da Independência (1775-1783) que levou à fundação dos EUA baseou-se

nos ideais iluministas. Como os franceses foram auxiliar os revolucionários a combater os
ingleses, foram influenciados pelos ideais democráticos iluminismo. Esta influência
contribuiu para a Revolução Francesa.
Em 1789, França apresentava fatores que faziam do país um Estado característico
do Antigo Regime. Para superar a crise económica e financeira, o Estado francês decidiu
agravar os impostos – passaram a ser pagos, também, pelo clero e pela nobreza. Como é
natural, esta medida não foi bem recebida pelos grupos privilegiados. Na tentativa de
acalmar os ânimos, Luís XVI convocou os Estados Gerais. Como não chegaram a um
acordo, os representantes do Terceiro Estado revoltaram-se e criaram uma nossa
Assembleia Nacional, sem privilegiados. Neste caso, podemos observar que defendiam o
Ideal iluminista de igualdade. O rei tentou dissolver esta assembleia, mas sem sucesso. O
povo revoltou-se e, apoiado pela burguesia, ocupou a Bastilha (símbolo da monarquia
absoluta) a 14 de julho de 1789. Neste momento, iniciou-se a Revolução Francesa.
 Figura 3. Revolução Francesa

Nesta Revolução podemos distinguir diferentes fases, nomeadamente: a monarquia

constitucional, a República Jacobina, A República do Diretório e o Consulado de Napoleão.

Primeira fase (1789-1792): em 1789 a Assembleia Nacional Constituinte apresentou um

conjunto de medidas que colocaram em causa a permanência das estruturas do Antigo
Regime. Esta assembleia comprometeu-se a elaborar uma Constituição baseada na
liberdade e igualdade entre todos (influenciada pelos ideais iluministas). Em 1791, a
Constituição foi aprovada e foi instituída uma monarquia constitucional, com base na
separação de poderes, na soberania popular e na supremacia da lei.

Segunda fase (1792-1794): os grupos privilegiados não ficaram satisfeitos por verem os
seus poderes limitados. Assim, começaram a conspirar, em conjunto com o rei, contra o
novo regime.
Os jacobinos (grupos radicais franceses) mobilizaram a população e convenceram os sans-
cullotes (revolucionários de origem popular) a protestar e a acusar o rei de traição. Tendo
em conta este ambiente, o rei foi preso e os jacobinos suspenderam a Assembleia
Constituinte e, em 1792, deram lugar à Convenção Nacional.
A primeira medida desta Convenção foi pôr fim à Monarquia Constitucional e instituir uma
República. Assim se iniciou o período do terror. Durante este período, milhares de pessoas
foram perseguidas e mortas por serem consideradas como opositoras. O rei Luís XVI e a
rainha Maria Antonieta foram acusados de conspiração contra a pátria e foram condenados
à morte.

Terceira fase (1794-1799) – os excessos cometidos pela Convenção não foram bem aceites
e desagradaram a população francesa. Robespierre foi executado e, a partir daí, a
Convenção passou a estar dominada pela burguesia. O poder executivo foi entregue a um
Diretório, criado em 1795.
Quarta fase (a partir de 1799) – inicia-se o Consulado de Napoleão que, aproveitando a
popularidade, assumiu o governo concentrando em si todos os poderes. Em 1804, fez-se
nomear imperador dos franceses.

Devido a esta Revolução, ocorreram várias alterações sociais, políticas e

económicas. As ideias iluministas contribuíram bastante para estas alterações.

 Instituiu-se o respeito pela liberdade.

 Os regimes absolutistas foram derrubados e foi introduzida a soberania popular.
 Fim da sociedade de ordens e instituição da igualdade de todos os indivíduos
perante a lei.
 Consagração do direito de cidadania: o ser humano passou a ser considerado um
cidadão, com direitos e deveres próprios.
 Abolição dos direitos e privilégios feudais e garantia do direito à posso de
propriedade.
 Criação de uma Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

Posso concluir que a Revolução Francesa foi muito importante para a formação da
Democracia Contemporânea. A mensagem – Liberdade, Igualdade e Fraternidade – ecoou
por todo o mundo, chegando a todos os continentes. Esta Revolução mudou a História do
Ocidente e do Mundo. Contribuiu para a propagação e para o triunfo destes ideais
iluministas. A liberdade e a igualdade são conceitos importantíssimos e que não podem ser
esquecidos numa Democracia. Atualmente, temos a sorte de viver numa Democracia em
que somos livres e onde temos opinião e direito de voto. O direito de cidadania foi uma
alteração social que se mantém até aos dias de hoje, visto que todos temos direitos e
deveres.

Bibliografia:
https://conhecimentocientifico.com/iluminismo-novas-ideias-que-clarearam-o-mundo/
Figura 1 – consultado em 13/05/2022

https://www.historiadomundo.com.br/idade-moderna/revolucao-francesa.htm Figura 3 -
consultado em 13/05/2022

https://plushistoria.blogspot.com/2017/03/liberalismoeiluminismo.html Figura 2 -
consultado em 13/05/2022

Manual Preparar os testes 8º Ano, Areal Editores

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