Você está na página 1de 1

É fato que o movimento sem terra foi de extrema importância para a população que

encontrava-se em situação de carência quanto a sua segurança, estabilidade e qualidade


de vida. Ademais, o MST também garantiu a defesa do movimento agroecológico e
combate aos agroquímicos, lutando pela floresta que é colocada em risco perante
empreendimentos que só visam a economia.

Sob esse viés, a disputa de terras permanecia cada vez mais acirrada, principalmente pela
questão dos búfalos que eram deixados soltos pelos fazendeiros, destruindo os pequenos
rogados, no intuito de expulsar as pessoas e conseguir toda a área do entorno de suas
fazendas. Nesse aspecto, foi iniciado o enfrentamento baseado nos princípios do MST, que
mostrou às pessoas seus direitos de ir e vir, e permanecer. Todo o processo foi violento,
principalmente quando se iniciou a desapropriação, retirando os moradores do local de
onde tiravam sua subsistência.

Por conseguinte, como resultado dessa desapropriação os camponeses precisaram


procurar por novas terras, acarretadas pela necessidade de moradia e de subsistência. No
entanto, o processo de ocupação foi complicado em virtude das novas áreas se
encontrarem devastadas, muitas delas propiciadas pelo pisoteio dos búfalos no território. À
vista disso, a dificuldade do movimento de entender o que seria feito com as terras;
evidenciando novamente o desamparo vivenciado por esses trabalhadores a mercê de um
meio de produção que visa a somente o capital e não a seus trabalhadores, que sem
direitos de terra são subjugados constantemente, podendo chegar a ficar sem o que
consumir, visto que as terras “livres” normalmente encontram-se já assoladas. Posto isso,
surge a agroecologia e a agrofloresta como proposta para a devida situação, podendo ser
usada tanto para a sobrevivência quanto para a preservação.

Portanto, o sistema agroecológico mostra-se o mais viável na parte de produção,


principalmente em relação à agricultura familiar, de forma que o camponês conquista sua
emancipação do mercado e tange o consumo e venda protegendo e respeitando o meio
ambiente, além de conseguir também recuperá-lo. Ainda que a agrofloresta se mostra
positiva, apresenta ainda certas dificuldades, sendo uma delas acerca da produtividade
preciso para industrializar, pois nem tudo que é vendido será comercializado em natura,
sendo muitas vezes processados, outra seria a carência da comunidade quanto a
assistência técnica e a logística e por último a comercialização. Entretanto, todos esses
fatores não anulam a importância e os benefícios desse sistema, que mesmo à seus
desafios se mostra bastante positivo.

Perante o exposto, por certo o MST movimenta o mercado agroecológico/agroflorestal, que


contradita àquela indústria de capital que assola a terra em benefício da economia; assim
sendo interessante frisar o prêmio ganho pelo acampamento discorrido no documentário
‘Agrofloreta é mais’ por sua produção e recuperação da Mata Atlântica.

Você também pode gostar