Você está na página 1de 6

COLÉGIO MILITAR DO RECIFE 

AGRICULTURA FAMILIAR NO 


BRASIL / ​SD06 
 

6 DE AGOSTO DE 2020 / SALA 202  

PARTICIPANTES 
Luan Pires 5357, Gabriela Machado 5775, Marilson 5171, Eduarda Peres 6168, Bianca 5932 

INTRODUÇÃO 
 

1. A agricultura familiar é abordada no documentário como uma alternativa para substituir o


agronegócio, como uma forma de diminuir os impactos ambientais catastróficos que o agronegócio
provoca, além dos danos à saúde humana com os agrotóxicos. Uma possibilidade sustentável, que é
fonte de renda de diversas famílias brasileiras, e responsável por mais que a metade dos alimentos da
nação.

2. No território brasileiro, existem cerca de 40 milhões de pessoas em situação rural, gerando 4367902
estabelecimentos adeptos da agricultura familiar, juntos esses dados representam na agricultura 84,4%
de agricultura familiar, e 15,6% de agronegócio, em contrapartida as terras direcionadas a essa opção
sustentável é de 24,3%, que produz 7 a cada 10 alimentos consumidos pela população, enquanto o
agronegócio ocupa 75,7% com o objetivo de exportação.

 
MATO GROSSO 
 

3.   Nos últimos 20 anos o agronegócio da região norte do estado tem avançado sobre a Floresta
Amazônica e por isso disso milhares de famílias são envenenadas com agrotóxico e são destruídas
centenas de milhares de hectares de floresta que dão lugar à monocultura. Esse modelo de
desenvolvimento enriquece poucos, mas principalmente as grandes corporações internacionais
produtoras dos venenos e das sementes transgênicas contribuindo ainda mais na concentração da
propriedade e de renda neste já tão injusto país. Mais de 80% dos alimentos vem de fora (outros
estados) mas eles mesmos poderiam estar produzindo isso. São muito preservadores da natureza. O
denominado Ouro da Bacia Amazônica é a fruta chamada ouriço, existente em poucos lugares, dita
como o futuro da região que tem agricultores familiares com pequenas posses.

4. Os agricultores familiares desvendam os mistérios das matas e buscam por novas formas de geração
de renda que, por ventura, conciliam com a preservação das florestas e dos animais, além de uma
produção saudável de alimentos para a população. É comum entre os mesmos o uso de pequenas
“ilhas” principalmente em plantação de soja. Além de que, são produtores de uma variedade de
alimentos, dentre eles, mel, cacau e variados tipos de doces. Muitos agricultores familiares têm como
fonte principal de renda o ouriço para a produção de castanha (bastante famosa e rara do país).

RIO GRANDE DO NORTE 


 

5. 94% das terras do Rio Grande do Norte é semi árido na qual a seca é o maior problema, porém para
solucionar o problema existem dois lados, um lado é a agricultura familiar que defende os projetos de
convivência com o semiárido, como a construção de açudes etc, já no outro lado há o Governo que
prioriza os grandes projetos de irrigação que vem contribuindo para a ocupação do rio São Francisco.
Segundo o documentário o semiárido é viável por meio de técnicas, como a irrigação que nem todos
podem ter, mas a ajuda na produção das vegetações (hortaliças).

6. Para resolver a questão da seca existe um antagonismo, de um lado há os movimentos sociais


juntamente com a agricultura familiar que defendem projetos de convivência com o semiárido, como a
construção de pequenos açudes e cisternas, já do outro lado há os Governo brasileiro que priorizaram
grandes projetos de irrigação que vem contribuindo para a ocupação do rio São Francisco, expulsando a
agricultura familiar. Porém os mesmos acreditam na convivência com o semiárido produzindo agro
ecologicamente, com a irrigação que é possível produzir vários alimentos como vegetais, frutas e
hortaliças.

PERNAMBUCO 
 

7.   ​A cana-de-açúcar sempre foi o principal elemento no tocante a questão econômica e que fez regular a
vida social dos municípios canavieiros da região Nordeste, principalmente na Zona da Mata
Pernambucana. O processo do corte manual da cana impõe ao cortador uma elevada carga física, pois
requer a execução de movimentos vigorosos e repetitivos com facão. O cortador de cana caminha em
média 9 km, carrega 12 toneladas em montes de 15 quilos, faz cerca de 800 flexões de pernas, 33332
golpes com o facão e flexiona o corpo cerca de 36630 vezes, perdendo cerca de 8 litros de água. São
submetidos a trabalharem sobre um sol forte, poeira, fuligem da cana queimada, poluentes e com
horas de trabalho demasiadas, o que causa exaustão, estresse, esforço excessivo e até mesmo morte e
problemas visuais.

8. O sindicato dos trabalhadores rurais tem a finalidade de defender o papel dos trabalhadores e tomar a
frente na defesa dos direitos que são assegurados ao trabalhador rural. Ele atua como um órgão
receptor das necessidades dos agricultores, catalisador e gerador de propostas, voltadas à viabilidade e
sustentabilidade da agricultura familiar. Proporcionou uma melhoria na qualidade de vida dos
cortadores de cana, a partir do momento que deu uma condição para essas famílias assentadas de irem
para a agricultura familiar e ocuparem os engenhos sítio e velho. Com a adoção do sistema de
agrofloresta, houve uma melhoria no solo, agora sem agrotóxicos, diminui as doenças, garantiu uma
segurança no comércio, utilizando a plantação como venda em feiras de produtos orgânicos, e para a
família com a construção desse espaço agroecológico, iniciando um sistema de preservação da
natureza, em que ela é a principal agricultura e professora. Esses sindicatos, por meio de todas essas
ações, garantem um novo modelo de produção e de relações com esses cortadores, com uma melhora
nas condições de vida e trabalho.

9. A opção por comercializar seus produtos em feiras livres garante ao agricultor rentabilidade e
movimenta a economia de muitas famílias que vivem no campo. O fato de lidar diretamente com o
consumidor, sem o atravessador, melhora o valor recebido pelos produtos. A importância das feiras
livres de produtos orgânicos está que com elas, os trabalhadores conseguem vender seus produtos e
disseminar sua agricultura familiar no comércio local e os clientes conseguem adquirir produtos mais
saudáveis, limpos, com preços mais acessíveis e mais baratos que os supermercados e produtos não
orgânicos, melhorando sua qualidade de vida e diminuindo a propagação de doenças, além de ajudar os
trabalhadores que uma vez já foram explorados. A feira incentiva que os agricultores diversifiquem as
culturas em suas propriedades, garantem uma segurança alimentar e nutricional, proporciona a
inserção de pequenos produtores no mercado e serve como uma porta de entrada para outras
atividades de rentabilidade econômica, como o agroturismo.

TOCANTINS 
 

10. ​A história da agricultura familiar no Tocantins está repleta de lutas e disputas por terras que, de
maneira totalmente arbitrária, foram tiradas dos devidos donos. Isso ocorreu tanto pela presença de
grileiros, isto é, forjadores de documentos para tomar posse de propriedades, como também por uma
“Reforma Agrária às avessas” no final da década de 90, quando o governo deu terras que já eram
ocupadas por agricultores para aliados políticos. Essas pessoas fizeram acordos com empresas do
agronegócio, que começaram a explorar as terras. Desde então, as famílias afetadas tentam conseguir
suas terras de volta por meio de associações.

11. Com a expulsão de várias famílias de suas respectivas terras (em torno de 400 famílias), a única opção
foi recorrer às periferias próximas, em Campos Lindos. Já que perderam suas fontes de renda, a maioria
dos habitantes é desempregado e vive em condições extremamente precárias, dado que se mostra ao
analisar o Índice de Desenvolvimento Humano do local, que é o segundo pior de Tocantins (0,544).
Além disso, mesmo os poucos que conseguem emprego em grandes latifúndios recebem muito abaixo
de um salário mínimo, sendo praticamente uma escravidão moderna.

12. ​As associações de agricultores na região do Bico do Papagaio no Tocantins têm como principal
objetivo lutar pela criação de uma Reforma Agrária justa, com uma distribuição de terras que beneficie
a agricultura familiar. Esses movimentos já conseguiram causar um impacto real, com a conquista e
retomada de certas terras. Além disso, as associações também aumentaram significativamente a renda
dos trabalhadores. Exemplo disso é a Associação Regional das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Bico
do Papagaio, que causou um aumento na renda mensal das mulheres de 100 reais para 1000 reais. A
defesa da agricultura familiar também é positiva para as florestas, já que há um maior plantio de
culturas diversas e locais, diferente do agronegócio, que utiliza a monocultura ao mesmo tempo que
devasta a vegetação local.

 
RIO GRANDE DO SUL 
 

13. ​Como se sabe, cerca de 12% das propriedades agrícolas não possuem um sucessor familiar que possa
continuar a utilizar aquela área e produzir, essa realidade é preocupante, tendo em vista que por meio
da sucessão é possível garantir empregos para as próximas gerações e estimular a policultura familiar e
variabilidade de produtos no mercado. Dentre os pilares necessários para o mantimento dos jovens no
campo, temos: políticas de acesso a terra, diversificação da produção e melhoria geral dos serviços
públicos. Com a garantia desses elementos, será então possível estimular a sucessão familiar,
administração do próprio negócio pelos jovens com mão de obra familiar, estimular a melhora dos
métodos de produção das pequenas propriedades e expandir da produção agropecuária, garantindo a
dinamicidade e qualidade dos produtos.

14. Dentre os fatores naturais, temos o bioma dos Pampas, caracterizado como perfeito para o pastoril
devido à sua vegetação composta principalmente por plantas rasteiras e gramíneas, principal fonte de
alimentação do gado leiteiro e de corte, sem citar o clima agradável para a estadia dos animais.

15. O grupo avalia a participação feminina como fundamental no cenário da agricultura familiar,
contribuindo igualmente para a dinamização e qualidades dos diversos alimentos, seja no que tange à
sua participação dentro da sua organização familiar, ou em relação à organização em pequenos grupos
como o da “Mulheres Guerreiras”, contribuindo para a agroindústria. Além disso, a participação
feminina também contribui aumentando a produção e engajamento no campo, causando o crescimento
do cultivo, trato da terra e a própria comercialização no meio rural com sua participação.

CONCLUSÃO 
 

16. ​ Necessária, porém não se trata de uma reforma agrária orquestrada por latifundiários e feita para
eles, e sim para os agricultores que mesmo sendo maioria não ocupam nem ¼ das terras destinadas a
essa prática. O agricultor familiar é o mais afetado atualmente, mesmo com seu importante papel, a
necessidade de redistribuição de terra é vigente para diminuir a desigualdade social e garantir uma
qualidade boa de vida rural.
17. Sim, apesar de ser uma questão complexa a problemática da produção de alimentos acaba não sendo
sobre a produção em si, mas sobre a distribuição, visto que em solo brasileiro cerca de 23,6 milhões de
toneladas de comida são desperdiçadas em média por ano, de acordo com a FAO. Outro aspecto
importante é que apesar da agricultura familiar ser a principal fornecedora dos alimentos para os
brasileiros e serem maioria, eles também têm menores porcentagens de terras, pois estas ficam com os
latifundiários que tem como objetivo a exportação, ressaltando o capital como principal objetivo.

18. Sobre a situação no Rio Grande do Norte referente a construção do São Francisco, já que na grande
mídia é propagado que essa obra distribui a água para as comunidades sertanejas, e em um
documentário encontrar os problemas não falados, sobre a comunidade ribeirinha e a água que tem o
foco para a capital, deixando ao léu os mais afetados com a situação natural do estado.

Você também pode gostar