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COLÉGIO MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS - DR.

JOSÉ ALUÍSIO DA SILVA


LUZ

EDUARDO BRAGA
JOSÉ ANTONIO RESPLANDES
GABRIEL SENA
MARIA CLARA MOTA
MAYRA DA SILVA SANTOS
VITÓRIA RESPLANDES

AGRICULTURA FAMILIAR.

Trabalho apresentado para fins de


avaliação parcial da disciplina
de Geografia, terceiro bimestre.
Turma: 33.05.

Professor: João Oliveira.

ARAGUAÍNA-TO
2022
Agricultura Familiar.
Agricultura Familiar é a principal responsável pela produção dos alimentos
que são disponibilizados para o consumo da população brasileira. É constituída de
pequenos produtores rurais, povos e comunidades tradicionais, assentados da
reforma agrária, silvicultores, agricultores, extrativistas e pescadores. O setor se
destaca pela produção de milho, raiz de mandioca, pecuária leiteira, gado de corte,
ovinos, caprinos, olerícolas, feijão, cana, arroz, suínos, aves, café, trigo, mamona,
fruticulturas e hortaliças.

Na agricultura familiar a gestão da propriedade é compartilhada pela família e


a atividade produtiva agropecuária é a principal fonte geradora de renda. Além disso,
o agricultor familiar tem uma relação particular com a terra, seu local de trabalho e
moradia. A diversidade produtiva também é uma característica marcante desse
setor, pois muitas vezes alia a produção de subsistência a uma produção destinada
ao mercado.

A Lei 11.326, de 24 de julho de 2006, define as diretrizes para formulação da


Política Nacional da Agricultura Familiar e os critérios para identificação desse
público. Conforme a legislação, é considerado agricultor familiar e empreendedor
familiar rural aquele que pratica atividades no meio rural, possui área de até quatro
módulos fiscais, mão de obra da própria família, renda familiar vinculada ao próprio
estabelecimento e gerenciamento do estabelecimento ou empreendimento pela
própria família.

O Censo Agropecuário de 2017, levantamento feito em mais de 5 milhões de


propriedades rurais de todo o Brasil, aponta que 77% dos estabelecimentos
agrícolas do país foram classificados como da agricultura familiar. Em extensão de
área, a agricultura familiar ocupava no período da pesquisa 80,9 milhões de
hectares, o que representa 23% da área total dos estabelecimentos agropecuários
brasileiros.

De acordo com o levantamento, a agricultura familiar empregava mais de 10


milhões de pessoas em setembro de 2017, o que representa 67% do total de
pessoas ocupadas na agropecuária. A agricultura familiar também foi responsável
por 23% do valor total da produção dos estabelecimentos agropecuários.
Conforme o censo, os agricultores familiares têm participação significativa na
produção dos alimentos que vão para a mesa dos brasileiros. Nas culturas
permanentes, o segmento responde por 48% do valor da produção de café e
banana; nas culturas temporárias, são responsáveis por 80% do valor de produção
da mandioca, 69% do abacaxi e 42% da produção do feijão.

A importância da agricultura familiar encontra-se na baixa dependência


econômica de insumos externos, o alto aproveitamento do solo, a adoção de
medidas de conservação do meio natural, o baixo impacto ambiental e o aumento do
emprego de mão de obra. Ao contrário dos latifúndios, portanto, a agricultura familiar
destaca-se pelo baixo teor químico e pelo pouco emprego de tecnologias
responsáveis pelo aumento do desemprego no campo.

Apesar dessas amplas vantagens, a agricultura familiar vem sofrendo um


decréscimo no país desde a segunda metade do século XX, quando o processo de
concentração fundiária se intensificou no país.

Como já foi citado anteriormente, a maior parte das propriedades rurais


encontra-se nas mãos de poucos produtores, geralmente grandes latifundiários.
Muitos destes não produzem (utilizando as terras como especulação financeira) ou
voltam-se para o mercado externo, com produtos como a soja, o café e a cana-de-
açúcar. Nesse sentido, emerge a necessidade de controlar a concentração de renda
no meio rural e democratizar as políticas sociais e tributárias para os trabalhadores
do campo.
A segurança alimentar e nutricional promovida pela agricultura familiar

A agricultura familiar no Brasil é essencial para a segurança alimentar, pois,


além de fornecer a maioria dos alimentos que estão nas mesas dos brasileiros, boa
parte dos agricultores praticam a agricultura orgânica e a agroecologia em seus
sistemas de produção.

Ou seja, estes alimentos estão sendo produzidos através de técnicas que


promovem a segurança ambiental e alimentar, por não fazerem uso de agroquímicos
em suas etapas produtivas. O manejo sob sistema orgânico e agroecológico envolve
diversas vertentes importantes para a sustentabilidade do planeta, como a
compostagem do lixo e transformação em adubos orgânicos.

Atualmente, muitos agricultores familiares adotaram os sistemas de produção


agroflorestais, onde espécies florestais são cultivadas junto a outras espécies
comestíveis, como as hortaliças. Todas essas práticas contribuem para a
preservação dos recursos e produzem alimentos mais saborosos e seguros, isentos
de contaminações químicas.

O cultivo orgânico assegura que as principais propriedades dos alimentos


sejam mantidas e além disso, os alimentos orgânicos são muito mais saudáveis,
preservam a saúde humana e a o meio ambiente.

Independentemente dos tipos de agricultura empregados na agricultura


familiar, seja a agroecológica, agricultura agroflorestal ou a convencional, devemos
reconhecer seu valor e importância.
Conclusão:

Portanto, por meio do trabalho produzido, foi perceptível a importância da


agricultura familiar para diversos âmbitos da nossa sociedade, seja ela o âmbito
social de forma que conscientize os cidadãos envolvidos, âmbito econômico que
rende lucros pela qualidade do produto ou mercado de trabalho no qual muitas das
vezes pessoas escanteadas procuram se reinserir por meio da agricultura familiar.

Além do mais, ficou claro que esse modo de cultivo possibilita uma relação
menos danosa a natureza sem uso de agrotóxicos, sem agilizar os processos
naturais de plantio para obter lucros, garantindo também a segurança alimentar dos
indivíduos que fazem parte do ciclo social que consomem esses produtos, e a longo
prazo é muito menos prejudicial ao organismo.

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