Perguntas de geografia

- Justifique a importância da pluriatividade para a mudança do setor agrícola

A pluriatividade é importante para o setor agrícola, pois permite outras fontes de rendimento
para os agricultores como, o turismo rural, o artesanato, o agroturismo e a vigilância das
florestas. Os trabalhadores que trabalham simultaneamente noutras atividades para além da
agricultura são, geralmente, os produtores singulares.

- De que forma a idade média dos agricultores associada à baixa escolaridade, é um entrava
para o desenvolvimento da agricultura

A população ativa no setor agrícola, em geral, é envelhecida, sendo a idade mais predominante
dos 45 aos 64 anos. A escolaridade dos agricultores normalmente é baixa, sendo o 1º ciclo o
nível de escolaridade mais dominante. Estas características apresentam um entrave para o
desenvolvimento agrícola pois, há um menor empreendorismo, menos oportunidades de
inovação de técnicas utilizadas e pode haver um uso errado de fertilizantes devido há falta de
formação.

- Qual são as dificuldades associadas na possibilidade do desenvolvimento da agricultura

relativamente às dimensões das explorações agrícolas

As explorações de pequena dimensão, ou seja, os minifúndios (fortemente parcelados), têm

uma maior dificuldade em aplicar novas técnicas (sistemas de regas e máquinas agrícolas) e
têm um menor subsídio devido à sua pequena dimensão, o que gera um baixo rendimento e,
portanto, não consegue ser competitiva.

- Caracterização das regiões agrárias

EDM: minifúndios – campos ou parcelas de pequena dimensão, de forma irregular e com

vedação, ou seja, campos fechados = dificulta a mecanização/ sistema intensivo (solo é todo
ocupado, sem recurso a pousio)/ culturas de regadio em regime de policultura (cultivo de
vários produtos simultaneamente na mesma parcela)/ povoamento disperso/ cultivo de batata,
vinha (culturas tradicionais), milho (cerais), frutos secos e hortaliças (culturas emergentes)/
predomina as pastagens permanentes (culturas industriais)/ exploração da terra por conta
própria

TM: latifúndios – campos ou parcelas de grande dimensão, de forma regular e sem vedação, ou
seja, campos abertos/ sistema extensivo (rotação de culturas com recurso a pousio para o solo
recuperar/ culturas de sequeiro em regime de monocultura (um só cultivo na mesma parcela) /
povoamento concentrado/ trigo (cereais), vinha, azeite, batata (culturas tradicionais), maçãs e
frutos secos (fruticultura), horticultura e com menor produção tabaco (culturas industriais)/
exploração da terra por conta própria
BL: minifúndio/sistema intensivo/ cultura de regadio em regime de policultura/ povoamento
disperso/ milho (cereais), batata, vinha (culturas tradicionais), tomate (culturas industriais) /
exploração da terra por conta própria

BI: minifúndio/ sistema extensivo/ cultura de sequeiro em regime de monocultura/

povoamento concentrado/ trigo (cereais), vinha, azeite, batata (culturas tradicionais), maçãs,
pêssegos e frutos secos, horticultura, tabaco (culturas industriais) / exploração da terra por
conta própria

RO: latifúndio/ sistema extensivo/ cultura de regadio em regime de monocultura/ povoamento

maioritariamente concentrado/ milho e arroz (cereais), vinha, batata (culturas tradicionais),
maçã, pêssego, citrinos (fruticultura), tomate (culturas industriais) /exploração da terra por
conta própria

ALE: latifúndio/ sistema extensivo/ cultura de sequeiro em regime de monocultura/

povoamento concentrado/ trigo, milho, arroz (cereais) vinha, batata e azeite (culturas
tradicionais) melão e citrinos (fruticultura), horticultura, tomate e girassol (culturas
industriais) / exploração da terra por conta própria

ALG: latifúndio (em altitude) minifúndio (no litoral) /sistema extensivo e intensivo/ cultura de
regadio e sequeiro em regime policultura e monocultura/ povoamento concentrado/ litoral:
citrinos, pêssegos (fruticultura), produtos horticulas; altitude: sobreiro, alfarroba, figueira
(árvores), tomate (cultura industrial)/ exploração da terra por conta própria

RAA: minifúndio/ sistema intensivo/ cultura de regadio em regime de policultura/ povoamento

disperso/ batata e milho (culturas tradicionais), ananás e batata doce (fruticultura), tabaco, chá
e beterraba sacarina (culturas industriais)/ exploração da terra por arrendamento

RAM: minifúndio/ sistema intensivo/ cultura de regadio em regime de policultura/

povoamento misto/ milho (cereais), vinha (culturas tradicionais) banana, ananás, maracujá
(fruticultura) cana de açúcar (culturas industriais), hortícolas/ exploração da terra por conta
própria
- Quais são os condicionalismos naturais e humanos que afetam a agricultura

Os fatores naturais que condicionam a agricultura são o clima, a qualidade dos solos, o relevo e
a disponibilidade de água. Os fatores humanos são o passado histórico e cultural, o
povoamento e a demografia, os processos científicos e tecnológicos e também os fatores
económicos

- Caracterização da SAU e as suas explorações agrícolas

A SAU é caracterizada na sua estrutura pela ocupação dos solos com diferentes tipos de cultura
sendo elas, as culturas temporárias (terras aráveis) com o cultivo de tomate e batata, as
culturas permanentes com os pomares e as vinhas, as pastagens permanentes que ocupam
maior parte da SAU e as hortas familiares muito pouco representativas da SAU.

O número de explorações agrícolas tem vindo a diminuir, sendo em maior número nas regiões
agrárias de EDM, TM e BL, e a sua dimensão média tem vindo a aumentar (por parcelamento,
expansão ou encerramento das propriedades mais pequenas) tendo as regiões agrarias de ALE,
RO, BI e RAA maior dimensão, mas com um menos número de explorações.

- A importância da aquicultura

É importante pois é uma forma alternativa de obtenção de pescado, tendo várias vantagens
como a permissão para as espécies se repovoarem, permitir um maior stock de recursos
piscícolas, um maior controlo do peixe produzido e pode ser mais económica pelo seu menor
custo unitário.

- Impacto da Política Comum de Pescas na pesca

A pesca tem vindo a diminuir tanto no número ativo de embarcações como no número de
trabalhadores principalmente devido à implementação de quotas, na dimensão mínima das
embarcações e pela obrigatoriedade de ETARs e certos equipamentos destinados á melhor
conservação de pescado dentro dos navios e também no tamanho das redes que impõe um
certo investimento, cujo muitos pescadores não têm capacidade para fazê-lo. Todos estes
fatores levam a que muitos trabalhadores abandonem a atividade.

- Qual é a importância do setor das pescas para Portugal

A pesca é uma fonte de subsistência da população ribeirinha, depende desta atividade, faz
parte da alimentação de muitas famílias portuguesas e tem efeitos multiplicadores, gerando
emprego e dinamismo económico, portanto este setor tem uma grande importância para
Portugal.
- Qual é a importância das embarcações de pequena dimensão na pesca

É importante para mercados locais, lotas ou até restaurantes pois são apenas as embarcações
de pequena dimensão que pescam peixes como sardinha, polvo, choco, robalo e linguado, que
se encontram perto da costa onde essas embarcações se encontram.