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Agricultura

Agricultura – produção de alimentos e matérias-primas, a partir do solo,


que inclui o cultivo de vegetais, a silvicultura e a pecuária.
Minifúndios – terreno pequeno – agricultura intensiva.
Latifúndios – terreno grande – agricultura extensiva.
Melhor rendimento agrícola:
 Adequação de culturas;
 Fertilidade do solo;
 Qualidade das sementes;
 Proteção das culturas contra doenças, insetos e ervas daninhas.
A agricultura é condicionada por dois fatores, naturais e humanos.
Fatores naturais:
 Clima – cada espécie vegetal tem necessidades especificas de calor,
humidade e irrigação.
 Relevo – nas áreas de montanha, o declive favorece a erosão dos
solos, dificulta o cultivo e o uso da maquinaria agrícola. Nas
planícies, os vales favorecem o solo e facilitam o uso de tecnologia
agrícola;
 Solos – influenciam a quantidade e qualidade da produção.
Fatores humanos:
 Nível económico;
 Nível científico;
 Nível tecnológico;
 Qualificação dos agricultores.
Existem dois tipos de agricultura, intensiva e extensiva.
Agricultura intensiva:
Os campos são sempre ocupados de forma contínua, é praticada em áreas
com abundância de água e solos mais ricos e requer maior mão de obra.
É associada a:
 Explorações de pequena dimensão;
 Policultura (várias coisas plantadas ao mesmo tempo);
 Culturas de regadio (rega regular).

Agricultura extensiva:
É praticada geralmente em áreas de pouca abundância de água e com
rotação de culturas, fica sempre uma parte em pousio ou são cultivadas
plantas que fixam o azoto e os nutrientes do solo, para melhorar a
fertilidade.
É associada a:
 Exploração de maior dimensão;
 Monocultura (cultivo de uma só coisa no mesmo campo);
 Culturas de sequeiro (sem muito uso de água).
Nos PD é voltada para o mercado e muito mecanizada.
Existem vários tipos de agricultura:
 Agricultura tradicional;
 Agricultura moderna;
 Agricultura de plantação;
Agricultura tradicional:
 Com objetivo de alimentar o agricultor e a sua família, se sobrar vai
para mercado local;
 Mão de obra numerosa;
 Pouca capacidade de prevenção e proteção das culturas;
 Rega manual ou com água da chuva e dos cursos de água;
 Uso de pousio e de adubos naturais;
 Utilização de animais;
 Produtividade do trabalho e rendimento por hectare baixos.

Dentro desta agricultura destaca-se:


 Agricultura itinerante – em clareiras abertas (praticada nas florestas
da zona equatorial) onde estas são queimadas e as cinzas são usadas
como fertilizante.
 Agricultura extensiva de sequeiro – usa rotação de culturas e pousio,
onde se cultiva cereais especialmente na África, interior da Ásia e
nos planaltos dos Andes (áreas de clima tropical seco);
 Agricultura de oásis – praticada em áreas desérticas e água das
toalhas freáticas vem à superfície;
 Rizicultura intensiva tradicional – praticada em clima tropical
húmido da América latina e África, na Ásia Oriental e do Sul e
Sudeste, onde é usado uma grande mão de obra.
Agricultura moderna:
A agricultura moderna é praticada nos países desenvolvidos:
 Na agricultura norte americana, é praticada a monocultura em
grandes quantidades;
 Na agricultura europeia, a monocultura e as explorações de grande
dimensão são importantes na Europa Central e Oriental. É também
utilizada a policultura, onde são usadas as explorações de média e
pequena dimensão, especialmente a Europa do Sul.
O uso de máquinas e de produtos químicos são usados nos PED (Argentina,
Brasil, Tailândia, China, África do Sul, Marrocos), devido:
 À necessidade do aumento da produção alimentar;
 Ao crescimento económico desses países;
 Levar o conhecimento científico e tecnológico;
 Crescimento das exportações de produtos agrícolas.
Agricultura de Plantação:
A agricultura de plantação desenvolve-se em explorações de grande
dimensão, em regime de monocultura e com tecnologias e práticas
modernas.
Os produtos deste tipo de plantação veem normalmente das regiões
tropicais (clima tropical húmido):
 Brasil;
 Indonésia;
 Vietname;
 EUA;
 China;
 Índia.
Os produtos mais importantes são:
 Café;
 Cacau;
 Algodão;
 Cana-de-açúcar;
 Chá;
 Tabaco;
 Borracha natural;
 Frutos tropicais.
As empresas de países desenvolvidos têm uma grande importância neste
tipo de agricultura, mas esta também gera desenvolvimento onde é
praticada, porque:
 Gera emprego;
 Dinamiza as exportações, porque coloca os PED em destaque;
 Leva ao conhecimento de práticas e técnicas agrícolas modernas.
Agricultura biológica.
Obtém-se alimentos de maior qualidade nutritiva, sem resíduos tóxicos e
mantém a fertilidade dos solos por mais tempo.
Vantagens:
 Não utiliza maquinaria pesada;
 Não aplica agroquímicos;
 Otimiza técnicas tradicionais;
 Utiliza tecnologias modernas de rega e de cultura em estufa,
privilegiando o uso de energias renováveis.
Esta agricultura tem vindo a crescer nos PD e na América Latina porque
tem os maiores mercados, mas na Ásia e na África é onde se encontra a
maior proporção de produtores.
Desvantagens:
 O produto tem menor dimensão e uma aparência menos atrativa;
 A durabilidade é menor;
 O preço é superior;
 Maior complexidade técnica.
Os maiores problemas:
 Degradação dos solos, sobretudo na agricultura moderna;
 Contaminação dos recursos hídricos;
 Aumento da resistência genética;
 Emissão de gases;
 Desflorestação, principalmente nos países em desenvolvimento.
Soluções:
Prática agrícolas ambientalmente sustentáveis.
 Agricultura biológica;
 Agricultura biodinâmica;
 Agricultura natural;
 Permacultura;
Pesca
Pesca – captura de peixe e de outras espécies aquáticas, nos mares, rios,
lagos e pântanos.
Upwelling – subida de águas profundas e frias, que arrastam nutrientes e
favorecem a oxigenação.
O mar constitui um fator atrativo para a fixação humana, devido:
 Recursos naturais;
 Acessibilidade;
 Suporte de atividades económicas: turismo, práticas desportivas,
produção de energia, recolha de algas, salicultura, aquacultura,
pesca.
Recursos piscícolas são importantes para a alimentação e matéria-prima das
indústrias de transformação do mercado de pesca. Se houver abundância ou
não depende das características da água do mar, que é influenciado pelo
relevo marinho e as correntes marítimas.
Para haver maior captura de peixe, deve-se às condições naturais que
favorecem o desenvolvimento das espécies marinhas:
 As plataformas continentais que têm água mais agitada e rica em
oxigénio, baixa profundidade que permite maior penetração da luz
solar para a formação de plâncton, menor salinidade e grande riqueza
de nutrientes;
 As correntes marítimas que transportam grande quantidade de
nutrientes;
 A subida de águas profundas, upwelling.
As áreas de pesca mais exploradas confinam com regiões muito populosas,
onde operam frotas de pesca de todo o mundo.
Existem dois tipos de pesca.
Pesca artesanal:
 Predomina no Peru e na China;
 Técnicas de captura artesanais: anzóis, armadilhas, redes e até
animais;
 Sem barco ou em pequenas embarcações;
 Pratica-se em águas interiores ou costeiras;
 Muita mão de obra, mas a captura é reduzida;
 Consumo familiar ou mercado local ou nacional.
Pesca industrial:
 Usa modernas tecnologias de detenção de cardumes e técnicas de
captura: arrastamento, redes de deriva, sucção;
 Frotas com embarcações motorizadas e especializadas, com reduzida
tripulação;
 Por vezes tem um navio-fábrica, com meios modernos de
transformação e conservação do pescado.
 Pratica-se em águas territoriais e internacionais e nas Zonas
Económicas Exclusivas (ZEE);
 Destina-se ao mercado nacional e internacional.
Medidas para diminuir os impactos ambientais da pesca:
 Malhagens mínimas para as redes;
 Zonas e períodos de defeso;
 Tamanhos mínimos de desembarque;
 Limites de capturas acessórias;
 Utilização de artes de pesca de menor impacto ambiental;
 Desenvolvimento da aquacultura.
Aquacultura – É a cultura de organismos aquáticos em ambientes
controlados de água doce, salobra ou marinha.
Acontece em três regimes:
 Extensivo – com alimentação totalmente natural;
 Intensivo – com alimentação à base de compostos;
 Semi-intensivo – conjuga alimentação natural e rações.
Vantagens:
 Reduz a pressão sobre os habitats e repovoa as espécies em vias de
extinção;
 Diminuição dos preços para consumo mais acessível;
 Rápido aumento da produção.
Desvantagens:
 Poluição das águas;
 Desequilíbrios provocados nos ecossistemas, por favorecem a
proliferação de espécies invasoras.

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